A falsa psicóloga que atendia crianças autistas em Campina Grande vai permanecer presa, após ter um habeas corpus negado pela justiça nesta quarta-feira (21). Ela está detida desde o último dia 14 no Presidio Feminino da cidade.
A decisão foi do relator João Benedito da Silva, que recusou o pedido da defesa da psicóloga.
A investigação começou há cerca de 4 meses e foi conduzida pela Delegacia de Defraudações e Falsificações de Campina Grande, que recebeu denúncias feitas por mães de crianças com autismo, que desconfiaram da conduta de Kaligina Araújo Machado até então, apontada como referência para o atendimento desses pacientes no interior da Paraíba.
De acordo com o inquérito, de posse da falsa titulação profissional, a acusada também dava aulas em escolas, vinha oferecendo cursos de formação para professores da rede pública de ensino à prefeituras do interior e até conseguiu autorização para atender pacientes pela Unimed – Cooperativa de Trabalho Médico de Campina Grande
De posse dessas informações, a polícia já confirmou que tanto o documento de formação em Psicologia – apresentado como sendo da UNIP (Universidade Paulista), como o de doutorado, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) são falsificados.
Inclusive em um dos documentos, até a assinatura de um ex-ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Pedro Paulo Teixeira Manus (falecido) e que foi vice reitor da PUC, também foi fraudada. Os documentos mostram também que a assinatura da atual reitora da instituição é falsa.
A ação é fruto da denúncia-crime feita pela advogada Karla Silveira, representante de uma das menores beneficiárias do plano de saúde Unimed Campina Grande, junto à Polícia Civil que concluiu o inquérito e o encaminhou para análise do Ministério Público Estadual.
Com informações de Márcio Rangel
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