Saúde

Hospital da FAP enfrenta problemas para realizar cirurgias pelo SUS em CG

O Hospital da FAP, em Campina Grande, têm enfrentado dificuldades para a realização de cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade atende mais de 160 municípios e a falta de cirurgias acontece em virtude de uma série de questões referentes à administração dos repasses realizados pelo Ministério da Saúde.

Nesta segunda (13), o secretário de estado da Saúde, Ari Reis, o superintendente da PB Saúde, Jhony Bezerra e a representante dos usuários da FAP, Raquel Brito, estiveram reunidos em busca de soluções para amparar os pacientes em tratamento que dependem dos serviços.

O superintendente da PB Saúde destacou os esforços do Governo da Paraíba para que os pacientes sejam amparados pela gestão dupla entre estado e os municípios, para ampliar a assistência aos usuários de serviços de oncologia.

“Estamos hoje em busca de soluções para que os pacientes não fiquem sem o devido amparo. Essa é uma preocupação do Governador João Azevêdo, que e da própria secretaria de saúde que está conosco hoje para que possamos acolher e dar tratativas para que a população oncológica de Campina Grande municípios referenciados siga com seus tratamentos e cirurgias”, enfatizou Jhony Bezerra.

O Hospital da FAP é referência em oncologia para a segunda Macrorregião de Saúde e vem enfrentando problemas na execução dos serviços desde o final de 2024. O secretário de saúde o Estado, Ari Reis, enfatizou que a SES é coordenadora da política de saúde em âmbito estadual e tem por obrigação pedir apuração sobre o caso e intervir para dar o suporte necessário cabível.

“Nós temos por obrigação neste momento de crise pedir a apuração sobre o caso e dar as devidas respostas. A SES atualmente possui um convênio com a FAP no valor de R$ 5 milhões anuais e, por ordem do Governador, nós estamos tomando as medidas para antecipar as parcelas para dar o suporte financeiro neste momento de crise”. Frisou o secretário.

Ainda de acordo com o secretário, o momento foi oportuno para discutir a gestão dupla do SUS no Hospital da FAP. “Hoje a gestão é plena, feita pelo município, e que precisa sim ser compartilhada, para que em um momento de crise como este o estado tenha robustez para dar o suporte necessário aos municípios, em caso e atrasos de parcelas dos recursos federais. Precisamos dar a certeza do atendimento ao paciente com câncer. É preciso garantir o direito de luta de quem tem câncer aqui na Paraíba”, finalizou.

A unidade segue enfrentando dificuldades devido ao envio de recursos do Ministério da Saúde, provenientes do Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC), referentes ao mês de outubro. A situação vem sendo acompanhada também pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), em busca de alternativas que impeçam a suspensão dos atendimentos para a população.

A representante dos pacientes, Raquel Brito, enfatizou a importância desta interveção em busca de manter o atendimento, uma vez que o os pacientes já se sentem fragilizados com o diagnóstico e com a necessidade de rapidez no tratamento. “Eu, enquanto usuária sou impactada diretamente e espero que a gente possa articular para que essa crise seja sanada e não seja normalizada. Nós pacientes, a gente já sofre com tantas outras fragilidades que não dá para ficar com esse tipo de insegurança”, destacou.

Hoje o Estado conta com o Programa Paraíba Contra o Câncer, desenvolvido pelo Governo da Paraíba para promover o acesso de pacientes oncológicos a exames, estadiamento, diagnóstico e tratamento do câncer.

O acesso realizado por Teleoncologia, em funcionamento desde maio em todo o estado. O agendamento para realização de procedimentos, exames e encaminhamento é gerido pelo Complexo Regulador Estadual, que organiza uma fila única para o acolhimento dos pacientes. As equipes especializadas, compostas por oncologistas clínicos e enfermeiros navegadores, coordenam o atendimento desde o ingresso no Programa até a realização dos exames necessários para diagnóstico, estadiamento e tratamento.

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Saúde

Dengue na Paraíba: mais de 28 mil crianças e adolescentes faltam completar esquema vacinal



					Dengue na Paraíba: mais de 28 mil crianças e adolescentes faltam completar esquema vacinal
77% dos jovens paraibanos não completaram o esquema vacinal contra a dengue. Foto: Divulgação/PMJP

Mais de 28 mil crianças e adolescentes ainda não completaram o esquema vacinal contra a dengue, segundo a Secretaria de Saúde da Paraíba. O Núcleo Estadual de Imunizações informou que foram distribuídas aproximadamente 120 mil doses para as duas aplicações recomendadas da vacina, mas uma parte significativa do público ainda está com a dose de reforço pendente.

“É importante ressaltar que a vacina só concede a proteção máxima contra a dengue com o esquema completo de D1 e D2. Portanto, se já faz 90 dias que a criança ou adolescente recebeu a primeira dose, é importante comparecer a uma unidade de saúde para reforçar o esquema vacinal e garantir mais eficácia na proteção”, ressaltou a chefe do Núcleo Estadual de Imunizações, Márcia Fernandes.

A distribuição de novas doses teve início nesta quarta-feira (8), e pais e responsáveis podem levar os jovens para a imunização. Mais de 24 mil doses foram enviadas para 24 municípios com maior incidência de dengue entre 2023 e 2024.

Atualmente, a vacina é indicada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. São necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre a primeira e a segunda aplicação.

Os municípios que receberão as vacinas são: João Pessoa, Santa Rita, Cabedelo, Bayeux, Conde, Caaporã, Sapé, Alhandra, Pitimbu, Cruz do Espírito Santo, Lucena, Mari, Riachão do Poço, Sobrado, Cajazeiras, Sousa, Itabaiana, Alagoa Grande, Princesa Isabel, Aroeiras, Esperança, Guarabira, Campina Grande e Pombal.

Além da distribuição das doses, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) destaca que está implementando diversas ações junto aos municípios para intensificar a vacinação em toda a Paraíba, como a realização de “Dias D” e atividades de busca ativa.

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Saúde

Cada cigarro fumado reduz 20 minutos da expectativa de vida, revela pesquisa

Foto: Catherine Falls Commercial/GettyImages

Se você está pensando em fazer uma resolução de Ano Novo para parar de fumar, pode ser bom saber que uma nova pesquisa indica que isso pode aumentar sua expectativa de vida. Cada cigarro fumado, em média, pode reduzir cerca de 20 minutos da expectativa de vida geral, de acordo com nova pesquisa baseada em fumantes britânicos.

Após considerar o status socioeconômico e outros fatores, pesquisadores da University College London estimaram a perda de expectativa de vida por cigarro em cerca de 17 minutos para homens e 22 para mulheres, conforme escreveram em um editorial publicado domingo (29) na revista Addiction.

Isso significa que se alguém fuma um maço de 20 cigarros por dia, “20 cigarros a 20 minutos por cigarro resulta em quase sete horas de vida perdidas por maço”, disse a Sarah Jackson, pesquisadora principal do Grupo de Pesquisa em Álcool e Tabaco da UCL e autora principal do artigo.

“O tempo que eles estão perdendo é tempo que poderiam estar passando com seus entes queridos em boa saúde”, disse Jackson. “Com o tabagismo, não se perde o período final da vida que tende a ser vivido com saúde mais precária. Em vez disso, parece corroer uma parte relativamente mais saudável no meio da vida”, ela disse. “Então, quando falamos sobre perda de expectativa de vida, a expectativa de vida tenderia a ser vivida em relativamente boa saúde.”

A pesquisa, encomendada pelo Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, inclui dados de mortalidade de homens do British Doctors Study e dados de mulheres do Million Women Study. Estes estudos descobriram que, em média, pessoas que fumaram durante toda a vida perderam cerca de 10 anos de vida em comparação com pessoas que nunca fumaram.

Danos causados pelo tabagismo parecem ser cumulativos

Em geral, os novos dados do Reino Unido indicam que o dano causado pelo tabagismo parece ser cumulativo. E a quantidade de expectativa de vida que pode ser recuperada ao parar pode depender de vários fatores, como idade e quanto tempo alguém fumou.

“Estes estudos mostraram que pessoas que param muito jovens — por volta dos 20 ou início dos 30 anos — tendem a ter uma expectativa de vida similar a pessoas que nunca fumaram. Mas conforme você envelhece, progressivamente perde um pouco mais que então não pode recuperar ao parar”, ela disse.

“Mas não importa qual idade você tem quando para, você sempre terá uma expectativa de vida maior do que se tivesse continuado a fumar. Então, na prática, embora você possa não estar revertendo a vida já perdida, está prevenindo perdas futuras de expectativa de vida.”

O estudo também descobriu que quanto mais alguém fumava, mais isso alterava sua resposta imunológica. Quando os fumantes no estudo pararam, sua resposta imunológica melhorou em um nível, mas não se recuperou completamente por anos, segundo o coautor do estudo Darragh Duffy, que lidera a unidade de Imunologia Translacional do Institut Pasteur.

“A boa notícia é que começa a se restaurar”, ele disse quando o estudo foi divulgado. “Nunca é um bom momento para começar a fumar, mas se você é fumante, o melhor momento para parar é agora.”

CNN Brasil

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Saúde

Cerca de 50% dos municípios paraibanos estão em alerta para surtos de arboviroses

Quase 50% dos municípios paraibanos estão em alerta para surtos de arboviroses

Quase 50% dos municípios paraibanos estão em alerta para surtos de arboviroses

Levantamentos indicam que 49% dos municípios paraibanos estão em alerta para surtos de arboviroses. A população deve dedicar 10 minutos para inspecionar suas residências e remover possíveis criadouros do mosquito, além de limpar jardins e quintais. A participação de todos é crucial para controlar as arboviroses na Paraíba.

Com o aumento das temperaturas e chuvas, o mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças, prolifera mais.

De acordo com o gerente operacional de Saúde Ambiental da SES, Luiz Almeida, o último boletim epidemiológico das arboviroses da Paraíba apontou que o estado tem 16.004 casos prováveis de arboviroses, sendo 14.253 de dengue; 1.665 de Chikungunya e 86 de Zika.

Dessa forma, é crucial redobrar os cuidados nesse período de temperaturas elevadas e chuvas ocasionais, pois esse cenário cria um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor.

“No último levantamento entomológico, quatro municípios apresentaram índice de infestação de alto risco para ocorrência de surto e 106 mostraram um índice de infestação de alerta, ou seja, 49% dos municípios apresentaram um indicativo de que nesse verão é necessário intensificar as ações de prevenção. E a população, nesse caso, deve ser a principal protagonista nesse processo, uma vez que os focos estão dentro ou próximo às residências. Então, reiteramos a necessidade de todos tirarem dez minutinhos para observar seus espaços e retirar, corrigir ou destruir qualquer situação que possa servir de criadouro para mosquito Aedes aegypti”, destacou.

A Gerência Operacional de Saúde Ambiental da SES ressalta a importância também da população ter um olhar mais cuidadoso para os jardins e quintais onde hajam plantações ou criação de animais, de modo a retirar toda e qualquer matéria orgânica em decomposição, que nesse caso serve de atrativo para o inseto culicoides paraensis, conhecido como maruim, que é o transmissor da febre do Oropouche.

A Paraíba está participando ativamente, neste sábado (14), do Dia D de mobilização contra a dengue, e a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde, convocou todos os municípios paraibanos e a população para o combate às arboviroses como dengue, zika, chikungunya e febre do oropouche. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância de prevenir a doença da melhor forma: eliminando os criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

Arboviroses

Arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos. As arboviroses mais comuns em ambientes urbanos são: Dengue, Chikungunya e Zika, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

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Saúde

Casos de HIV e Aids crescem no Brasil pelo terceiro ano consecutivo; mortalidade diminui

Por que não conseguimos nos livrar do HIV mesmo após tratamento?Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira à noite, o novo boletim epidemiológico sobre HIV/Aids no Brasil com dados de 2023 e parciais de 2024. Os números mostram que, no ano passado, houve 46.495 novos registros de infecções pelo HIV, um aumento de 4,5% em relação a 2022. Além disso, foram 38 mil casos de Aids, 2,5% a mais que no ano anterior.

Sobre os casos de HIV e Aids, ambos os números aumentaram pelo terceiro ano consecutivo e são os mais altos desde 2019. Os registros haviam caído de forma significativa em 2020, com a restrição do acesso ao diagnóstico durante a pandemia, e voltaram a subir com a retomada dos serviços de saúde.

Os números de HIV e Aids são diferentes porque, embora o HIV seja o vírus que cause a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), hoje o tratamento antirretroviral (TARV) consegue impedir essa evolução. Por isso, nem toda pessoa que vive com HIV tem Aids.
Em relação ao perfil do novos casos, o boletim mostra que 70,7% foram entre homens; 63,2% entre pessoas pretas e pardas e 53,6% entre homens que fazem sexo com outros homens (HSH). A faixa etária com mais registros (37,1%) é a de 20 a 29 anos de idade. O perfil é semelhante ao dos casos de Aids.

Em 2024, os números parciais do documento indicam que, até junho, foram detectadas 19.928 infecções pelo HIV e 17.889 casos de Aids. Em comunicado, o Ministério da Saúde atribui o crescimento dos casos de HIV à ampliação da testagem com a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). A estratégia envolve comprimidos diários para prevenir a infecção pelo vírus e é ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017.

O país chegou, no final de novembro, a 109 mil pessoas usuárias da profilaxia. O número mais que dobrou em relação a 2022, quando eram 50,8 mil. De acordo com a pasta, a PrEP leva a mais diagnósticos porque, para dar início à estratégia, um dos requisitos é fazer o teste e saber se a pessoa já vive com o HIV e não sabe.

De fato, o Ministério da Saúde anunciou, com base em dados do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a Aids (Unaids), que o Brasil alcançou a marca de 96% das pessoas estimadas que vivem com HIV devidamente diagnosticadas em 2023, um aumento em relação aos 90% de 2022.

Mortalidade pela Aids em queda

Em 2023, o Brasil registrou 10.390 mortes causadas pela Aids, o menor número já registrado segundo o DataSUS, que tem dados desde 1996. No entanto, não houve uma diminuição significativa em relação a 2019, por exemplo, quando foram 10.687 vítimas fatais.

O Ministério da Saúde reconhece que um desafio é “revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas”, alegando que muitos casos de interrupção ocorreram “no último governo”, além de “disponibilizar o tratamento para todas as pessoas recém diagnosticadas para que tenham melhor qualidade de vida”.

O Globo

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Saúde

PBSaúde e enfermeiros decidem por manter escala 24 x 96 por 60 dias

Hospital Metropolitano de Santa Rita – Foto

A Fundação PBSaúde anunciou, na tarde desta quinta-feira (05), a manutenção da escala 24 x 96 pelos próximos 60 (sessenta) dias para enfermeiros. O entendimento se deu após uma reunião entre o presidente da Fundação, Jhony Bezerra, e o Sindicato dos Enfermeiros no Estado da Paraíba

Em nota, a PB Saúde disse que irá “manter diálogo permanente com todos os sindicatos com representação para finalização de Acordos Coletivos de Trabalho, bem como para a criação de uma mesa de negociação para discutir os planos de cargos e carreira de cada categoria, reiterando assim o compromisso da PB Saúde com a valorização de seus profissionais”, diz a nota.

Veja a nota completa 

A FUNDAÇÃO PARAIBANA DE GESTÃO EM SAÚDE (PB Saúde), fundação pública de direito privado, após diálogo com todos os Sindicatos representativos de suas categorias profissionais e após reunião com o Sindicato dos Enfermeiros no Estado da Paraíba, na tarde desta quinta-feira, dia 05 de dezembro, firmou entendimento para manutenção da escala 24 x 96 pelos próximos 60 (sessenta) dias.

Nesse período, a Fundação PB Saúde irá manter diálogo permanente com todos os sindicatos com representação para finalização de Acordos Coletivos de Trabalho, bem como para a criação de uma mesa de negociação para discutir os planos de cargos e carreira de cada categoria, reiterando assim o compromisso da PB Saúde com a valorização de seus profissionais.

Ao passo em que a Fundação continuará prezando pelo oferecimento de um serviço de qualidade aos usuários do sistema único de saúde (SUS) em suas unidades, de maneira justa e transparente.

Por fim, a PB Saúde e o Governo do Estado da Paraíba reafirmam o compromisso com a saúde da população paraibana e ressaltam o trabalho desempenhado diariamente para que seja prestada uma assistência de qualidade, gratuita e de maneira justa e transparente.

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Saúde

Paraíba confirma 14 mil casos e 11 mortes por dengue em 2024

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Paraíba confirmou mais de 14 mil casos de dengue de janeiro a novembro de 2024. Os registros representam quase 90% dos casos de arboviroses confirmados no estado neste ano. De acordo com um boletim epidemiológico das arboviroses, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), dos casos confirmados, 11 pessoas morreram.

De acordo com o relatório da SES, na Paraíba foram registrados 16.004 casos de arboviroses, sendo 14.253 de  dengue, 1.665 chikungunya e 86 de zika.

As mortes por dengue foram confirmadas nas cidades de Cabedelo (1 caso); Camalaú (1); Campina Grande (2); Catolé do Rocha (1); Conde (1); João Pessoa (2); Lucena (01); Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Uma das mortes está sendo investigada no município de Itabaiana.

No que se refere à chikungunya, cinco mortes foram confirmadas, com maior incidência em Campina Grande, João Pessoa e Monteiro. Nenhuma morte foi confirmada por zika.

A técnica responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, alerta que, embora as autoridades de saúde estejam monitorando e reagindo a essas ocorrências, a participação da população é fundamental. “Dentro desse contexto do plano de contingência das arboviroses, é importante que a população exerça o seu papel de cidadão, faça sua atividade diária para a eliminação do foco de forma adequada, de forma correta, como também o armazenamento de água de forma correta”, destacou.

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Saúde

Casos de dengue na PB aumentam mais de 110% em relação a 2023

Foto: Joao Paulo Burini

Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta terça-feira (12), o Boletim Epidemiológico de nº 11º/2024 com o cenário epidemiológico dos casos prováveis de arboviroses na Paraíba. De acordo com os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e consolidados pela SES, na Semana Epidemiológica 44, que corresponde ao período de janeiro a 2 de novembro de 2024, foram contabilizados 15.535 casos, sendo 13.827 de dengue (89,01%), 1.662 de chikungunya (10,44%) e 86 de zika (0,55%).

Ao todo, foram confirmados 11 óbitos decorrentes de dengue, com residentes nos municípios de Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (2), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Outros dois óbitos seguem em investigação nos municípios de Riachão e São Vicente do Seridó. Também foram registrados cinco óbitos por chikungunya, sendo um óbito em cada um dos seguintes municípios: Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro. Não há óbito (confirmado ou em investigação) em decorrência de zika.

O boletim destaca que o número de casos de dengue registrou um aumento superior a 110,75% em comparação com o mesmo período em 2023, contendo uma maior incidência nas 1ª, 10ª e 9ª regiões de saúde. Já para os casos prováveis de chikungunya, houve um aumento de 22% e, em contrapartida, os casos de zika apresentaram uma redução de 21%, também em relação ao ano anterior.

De acordo com a técnica responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, o combate e a prevenção contra as arboviroses precisam ser contínuos. Para isso, o trabalho precisa ser feito tanto pelo Estado, que já realiza ações junto aos municípios e às Gerências Regionais de Saúde, como também pela população.

“Além dessas ações habituais, estaremos intensificando o combate contra a dengue e outras arboviroses com a Semana de Mobilização Estadual, que será entre os dias 25 e 29 de novembro. Então, estaremos com todos os municípios engajados nesta ação. Com relação aos cuidados, a população precisa estar sempre atenta a eliminar qualquer foco que venha acumular água. É importante fazer uma vistoria pelo menos uma vez por semana na residência, no quintal, no jardim, para observar qualquer local que venha acumular água. Vale lembrar também da febre do Oropouche, que é outro alerta para a população. A Paraíba já registrou cinco casos confirmados, não são graves, porém é importante não estar circulando nos municípios que já registram casos positivos (João Pessoa, Alagoa Nova e Campina Grande), como também nos estados vizinhos, como Pernambuco, que tem casos graves, óbitos e óbito fetal confirmados”, explicou.

O Boletim divulgado da SES também traz um balanço das ações realizadas para vigilância da Febre Oropouche – uma arbovirose com sintomatologia semelhante a da dengue, chikungunya e zika, transmitida pelo mosquito conhecido como “maruim”. Entre as atividades, destacam-se as testagens, realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), notas técnicas e reuniões internas de integração com equipes da assistência em saúde.

“O combate a Febre Oropouche é feito, principalmente, com o uso de repelente, o produto é imprescindível para as gestantes. Ainda destacamos o uso de telas e a proteção das partes do corpo que ficam mais expostas. Então é importante sempre estar atento aos cuidados de prevenção e controle para evitar um maior número de casos circulando no nosso estado”, frisou Carla Jaciara.

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Saúde

CFM entra na Justiça contra cotas na residência médica

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) por causa da reserva de 30% das vagas (cotas) para grupos populacionais vulnerabilizados – como pessoas com deficiência, indígenas, negros e residentes em quilombos – na distribuição de vagas dos aprovados no Exame Nacional de Residência (Enare). A ação corre na 3ª Vara Cível de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

O concurso do Enare foi realizado no dia 20 de outubro em 60 cidades, oferecendo 4.854 vagas de residência médica e mais 3.789 vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde. As vagas serão abertas em 163 instituições de todo o país. Dos 89 mil candidatos inscritos, aproximadamente 80 mil compareceram aos locais da prova.

Em nota, o CFM descreve que as cotas vão fomentar “a ideia de vantagens injustificáveis dentro da classe médica” e que “esse mecanismo vai criar discriminação reversa.” O conselho defende que a seleção para residência médica seja baseada “no mérito acadêmico de conhecimento.” Apesar das críticas o CFM “reconhece a importância das políticas afirmativas para a concretização do princípio de equidade.”

A Associação Médica Brasileira (AMB) também manifestou contrariedade em relação ao critério de cotas para a residência médica. “É preciso o entendimento de que todos que farão a prova de especialista já se encontram graduados no curso de medicina, de forma igualitária, avalia a associação.

Discordância

Em resposta, a Ebserh “manifesta profunda discordância em relação a notas publicadas que questionam a inclusão de políticas afirmativas nos editais do Enare.” A empresa lembra que as reservas de vagas, como feita no Enare, estão previstas em lei e há respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF) ao “critério étnico-racial na seleção para ingresso no ensino superior público.”

A Ebserh, criada em 2011, é uma empresa estatal vinculada ao Ministério da Educação, que administra 45 hospitais universitários federais. Segundo a estatal, as regras do Enare visam “garantir que o acesso aos programas de residência reflita a diversidade demográfica do Brasil e contribua para um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo.”

O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manifestou apoio aos critérios do Enare que observam as ações afirmativas. “O acesso às diferentes modalidades de pós-graduação, inclusive às residências em saúde, ainda é extremamente desigual, com sub-representação das pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e pessoas com deficiência”, assinala a nota.

Pontuação alcançada

Na seleção do Enare para a área médica, o participante indica a especialidade em que deseja fazer residência e após prova, escolhe o hospital que deseja trabalhar conforme pontuação alcançada – sistema semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Para as vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde, o participante indica a profissão pela qual concorre no ato da inscrição e após os resultados da prova, aponta onde quer trabalhar, também conforme pontuação alcançada.

Os resultados do exame escrito do Enare serão divulgados no dia 20 de dezembro. Em 7 de janeiro do próximo ano será publicado o resultado da análise curricular. As notas definem quem ocupará as vagas disponíveis. A partir de 21 de janeiro, tem início as convocações. Estão previstas três chamadas. Nesta página está a área do candidato com os gabaritos da prova objetiva e a plataforma para apresentar recursos contra as questões da avaliação.

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Saúde

Casos de AVC aumentaram cerca de 15% em pessoas jovens; veja riscos

Cresce índice de AVC em jovens, risco é maior para mulheres - Olhar DigitalFoto: Freepik

Um estudo publicado neste mês na revista científica The Lancet Neurology mostrou que os casos de acidente vascular cerebral (AVC) cresceram 14,8% em pessoas com menos de 70 anos no mundo. No Brasil, cerca de 18% da incidência afeta a faixa etária de 18 a 45 anos, de acordo com dados da Rede Brasil AVC.

Para alertar sobre os riscos e prevenção do AVC, é reconhecido nesta terça-feira (29) o Dia Mundial do AVC. A condição decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro, causando a morte de células nervosas na região atingida. Entre as causas para o acidente vascular estão a obstrução dos vasos sanguíneos (AVC isquêmico) ou a ruptura do vaso (AVC hemorrágico).

Globalmente, o número de casos de AVC aumentou 70% entre 1990 e 2021, segundo a pesquisa, com um aumento de 44% nas mortes por AVC e 32% no agravamento de condições relacionadas à doença. No total, foram 11,9 milhões de novos casos no mundo. No Brasil, cerca de 39.345 brasileiros perderam a vida devido ao AVC entre janeiro e agosto de 2024, uma média de seis óbitos por hora, de acordo com o Portal de Transparência do Registro Civil (ARPEN Brasil).

De acordo com Angelica Dal Pizzol, membro da Rede Brasil AVC e médica neurologista, estudos recentes já têm mostrado que o número de casos de AVC em pacientes jovens tem aumentado.

“Esse crescimento é atribuído a diversos fatores, incluindo o sedentarismo e hábitos de vida pouco saudáveis, como uma alimentação inadequada, que podem levar à obesidade, diabetes e hipertensão, mesmo entre pessoas mais jovens. Além disso, mudanças climáticas, altas temperaturas e a poluição ambiental também são fatores que contribuem para o aumento nos casos de AVC”, afirmou.

Fatores genéticos e hereditários podem aumentar o risco de AVC em pessoas jovens, incluindo doenças genéticas e hematológicas. “Jovens com esses fatores de risco precisam de um acompanhamento mais atento, além de um cuidado redobrado com outros fatores de risco. Manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente são essenciais para evitar a acumulação de riscos que possam elevar as chances de um AVC”, orienta a neurologista.

Principais sinais de acidente vascular cerebral

A dificuldade de movimentação e de fala são alguns dos sintomas comuns dos AVCs isquêmicos e hemorrágicos. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sinais de acidente vascular cerebral incluem:

  • Dor de cabeça intensa e de início súbito;
  • Fraqueza ou dormência na face;
  • Paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
  • Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar;
  • Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Também podem ocorrer sintomas como tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação, além de alterações na memória, dificuldade para planejar atividades diárias, náuseas, vômitos, confusão mental e perda de consciência.

CNN Brasil

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