Saúde

‘Pílula do câncer’ não tem autorização para uso ou eficácia contra a doença, diz Anvisa

ImagemFoto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma nota nesta terça-feira (23) em que esclarece que a fosfoetanolamina, conhecida como a “pílula do câncer’, não possui autorização ou registro para uso como suplemento alimentar ou medicamento no Brasil. Por isso, a venda do composto é proibida no país.

A Agência ainda alerta sobre os riscos do uso de medicamentos não registrados. “Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais, além de apresentar riscos de contaminação. É crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para utilizar terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida, como é o caso da fosfoetanolamina”, diz o texto.

Outro ponto destacado na nota é a disseminação de fake News sobre a pílula nas redes sociais. “Propagandas nas redes sociais que sugerem que a fosfoetanolamina combate o câncer ou qualquer outra doença, atribuindo-lhe propriedades funcionais ou de saúde, são irregulares e enganosas”, afirma a agência.

R7

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Saúde

Dengue já causou prejuízos de R$ 28 bilhões ao Brasil em 2024

Foto: EBC

A dengue causou um prejuízo estimado de US$ 5 bilhões no Brasil neste ano – número equivalente a R$ 28 bilhões. Incluem-se na conta gastos públicos e privados de saúde, como consultas e internações, e demais impactos econômicos. Neste caso, são considerados fatores como faltas ao trabalho por causa da doença e perda de produtividade.

O dado consta em um artigo de pesquisadores brasileiros publicado na sexta-feira (19/7) na revista Science, uma das mais respeitadas do mundo entre cientistas. O objetivo dos autores foi chamar a atenção para a necessidade de se adotar medidas de prevenção à doença.

O Ministério da Saúde (MS) contabilizou 6,37 milhões de casos prováveis de dengue em 2024. O número é o maior da história. No ano passado, que era o último recorde, houve 1,65 milhão de notificações do tipo. A quantidade de pessoas que morreram por causa da doença em 2024 é de 4.714 e ainda há 2.351 óbitos sob investigação para constatar a possível relação com a doença.

Para chegar ao valor estimado dos prejuízos, os pesquisadores apuraram casos de dengue e dados de internação no Ministério da Saúde. Eles cruzaram as informações com dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Professor de fisiologia e epidemiologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Claudio Lira é um dos pesquisadores que assinam o artigo. Ele cita o exemplo de um empregado que adoece e tem de faltar ao trabalho para explicar o prejuízo econômico causado pela dengue.

“Vai ter de alguém minimamente substituir as funções que essa pessoa exerce. Se o profissional tinha uma função muito específica, outro funcionário teria de ser treinado para substituir. Tudo isto tem um custo”, diz o professor.

Além de Lira, assinam o artigo Rodrigo Vancini, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e Marilia Andrade, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Gastos com saúde

De acordo com o pesquisador, o que mais impactou para se chegar ao montante foram os gastos com saúde. Informações do DataSUS contabilizam 109.167 internações pela doença, de janeiro a maio deste ano. A Região Sudeste, que é a mais populosa do país, tem o maior número de internações: 54,6 mil (50%).

Lira considera que a disponibilidade da vacina contra a dengue na rede pública deve ter impacto futuro na redução de casos da dengue, em 2025 e 2026. “Com o surgimento da vacina, ganha-se um aspecto de prevenção. A vacina é segura, foi testada e há indicação que o governo brasileiro consiga, no futuro próximo, possibilitar que toda população tenha acesso a ela.”

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, foram adquiridas 6,5 milhões de doses da vacina contra a dengue. Assim, 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas. São priorizadas localidades onde há alta transmissibilidade da dengue.

Metrópoles

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Saúde

Saúde alerta para baixa adesão da segunda dose da vacina contra Dengue na Paraíba

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) chama a atenção da população imunizada com a primeira dose da vacina contra a dengue para fortalecer a vacinação com a segunda dose e completar o esquema vacinal contra a doença. De acordo com o Núcleo de Imunização da SES, até o momento, na Paraíba, já foram aplicadas mais de 42 mil doses do imunizante, sendo 24.447 da primeira dose (D1). Há no estado ainda um total de 22.655 doses de reforço (D2) para serem aplicadas.

De acordo com a chefe do Núcleo de Imunizações da SES, Márcia Mayara, o esquema vacinal completo, com a primeira e segunda dose (D1 e D2), é o que garante a eficácia da proteção contra a dengue. “Nós estamos com uma baixa cobertura da segunda dose, por isso, é importante fazermos esse chamamento para que a população verifique a caderneta de vacinação e fique atenta ao prazo de intervalo entre a primeira a segunda dose, que é de três meses (90 dias). Se o usuário já tiver tomado a D1 e estiver dentro desse prazo, é necessário que ele compareça ao posto de vacinação mais próximo para receber a D2. Desta forma, a população estará, de fato, protegida contra a doença”, explicou.

A gestora destaca que a vacina contra a dengue está disponível nos 24 municípios aptos para a vacinação: Alagoa Grande, Alhandra, Aroeiras, Bayeux, Caaporã, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Conde, Cruz do Espírito Santo, Esperança, Guarabira, Itabaiana, João Pessoa, Lucena, Mari, Pitimbu, Pombal, Princesa Isabel, Riachão do Poço, Santa Rita, Sapé, Sobrado e Sousa.

O último boletim epidemiológico divulgado pela SES informa que, até o momento, foram contabilizados 10.932 casos de dengue na Paraíba. Ao todo, foram confirmados oito óbitos decorrentes de doença, com residentes dos municípios de Camalaú (1), Conde (1), Campina Grande (2), Cabedelo (1), São João do Rio do Peixe (1), João Pessoa (1) e Massaranduba (1).

A SES reforça que as ações coletivas e os cuidados individuais para evitar o acúmulo de água são as melhores formas de prevenção e devem ser contínuos, como a limpeza das vasilhas de água dos animais e vasos de plantas, o armazenamento de pneus e garrafas em locais cobertos, bem como a limpeza das caixas d’água. A recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas procurem um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, como febre alta, dor de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações.

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Saúde

Câncer de mama: Pacientes sofrem com falta de medicamentos no SUS

Controle de Qualidade na produção de medicamentos - Blog NeoprospectaFoto: Reprodução

Dois anos depois de a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovar a inclusão de medicamentos para tratamento do câncer de mama no Sistema Público de Saúde, pacientes ainda precisam recorrer à Justiça para obter os remédios, em processo penoso que pode durar até 6 meses para a entrega dos medicamentos. Sem o atendimento adequado, mulheres são prejudicadas na luta contra a doença.

Apesar de já ter submetido à consulta pública e aprovado em abril um protocolo que garante a distribuição dos medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a pasta ainda não publicou o documento no Diário Oficial da União (DOU). Por isso, não há oferta dos medicamentos no SUS.

Na versão submetida à consulta pública, os novos protocolos previam a incorporação de dois tipos de remédios para tratamento de câncer de mama no SUS: os inibidores de ciclina, que foram aprovados pela Conitec em dezembro de 2021 (oferta no SUS atrasada há mais de 764 dias) e o trastuzumabe entansina, que foi incorporado em setembro de 2022, que desde a aprovação já acumula mais de 488 dias sem o início de sua oferta no SUS. Os medicamentos são considerados de primeira linha para tratamento do câncer de mama, ou seja, fornecem os melhores resultados com o menor número de efeitos colaterais.

A demora desrespeita os prazos da Conitec. Por lei, os remédios devem ser incorporados pelo Ministério da Saúde em até 180 dias, com direito a 90 dias de prorrogação após aprovação da Comissão.

Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 2020 a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) do Ministério da Saúde tem 46 processos judiciais relacionados ao medicamento trastuzumabe entansina e 112 para os inibidores de ciclinas.

O Globo

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Saúde

Energético com álcool prejudica o cérebro a longo prazo, aponta estudo

Energético com álcool prejudica o cérebro a longo prazo, aponta estudo

 

Misturar bebida alcoólica com energético é um hábito bastante popular em festas para dar uma dose extra de energia e aguentar a balada até mais tarde. Contudo, pesquisadores italianos descobriram que a combinação pode prejudicar a função cognitiva a longo prazo. Publicado nesta sexta-feira (5/7), na revista Neuropharmacology, o estudo foi realizado por cientistas das universidades de Cagliari e de Catania, ambas na Itália, com ratos.

No experimento, ratos com um tempo de vida equivalente à adolescência em humanos foram separados em três grupos. Os animais do primeiro grupo receberam doses de álcool, os do segundo tomaram bebidas energéticas e os do terceiro receberam uma mistura de ambos. A quantidade de álcool oferecida a todos era compatível com uma “bebedeira”.

Os animais passaram por testes de avaliação da função cognitiva nos 53 dias após o consumo das bebidas. Os testes incluíam exames cerebrais e testes comportamentais. No primeiro momento, os ratos que consumiram álcool e bebidas energéticas mostraram aumento em algumas métricas das funções cerebrais, como o da proteína que impulsiona o crescimento dos neurônios. Mas os benefícios não duraram. Com o tempo, os pesquisadores observaram um declínio na capacidade cerebral dos animais.

Os ratos que beberam a combinação de bebida alcoólica com energético apresentaram mudanças persistentes na capacidade de aprender e lembrar. Exames confirmaram que eles sofreram mudanças no hipocampo do cérebro, área responsável pelo aprendizado e pela memória.

Os pesquisadores sugerem que a mistura pode afetar a plasticidade do hipocampo, prejudicando a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar para responder a novas informações e demandas. É uma parte crucial do funcionamento normal do cérebro.

“Nossos resultados mostram que o consumo de álcool misturado a bebidas energéticas durante o período da adolescência produz alterações adaptativas no hipocampo nos níveis eletrofisiológico e molecular, associadas a alterações comportamentais, que já são detectáveis ​​durante a adolescência e persistem na idade adulta”, consideram os pesquisadores.

“É importante que o cuidado com a memória seja diário. Por isso, antes de dormir, tente recordar das atividades que fez ao longo do dia
Pratique exercícios específicos para a memória, como jogos com palavras, sudoku, 7 erros, caça-palavras, dominó, palavras cruzadas ou montar um quebra-cabeças
Consuma alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, atum, salmão, chia, linhaça, castanhas, nozes e azeite de oliva. Eles contêm nutrientes que facilitam a memorização e evitam o esquecimento. Utilizar a mão não dominante para realizar atividades como escrever, escovar os dentes, folhear um livro ou abrir uma porta, por exemplo, também pode ajudar na memória”.

Os autores do estudo explicam que mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar os efeitos em humanos. Eles também acreditam haver diferenças entre homens e mulheres devido às interações hormonais.

“No geral, a análise de todo o conjunto de dados obtidos sugere fortemente que o álcool misturado com bebidas energéticas, durante a adolescência, pode ter consequências que não são necessariamente a soma daquelas observadas com o álcool ou bebidas energéticas isoladamente, e afetar permanentemente a plasticidade do hipocampo”, sugerem os pesquisadores.

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Saúde

Brasil tem mais mortes por dengue em 2024 que a soma dos últimos sete anos

O Brasil acumulou 4.367 mortes por dengue desde o começo do ano. O número é maior do que a soma dos óbitos registrados entre 2017 e 2023 (4.331). Outras 2.659 mortes estão sendo investigadas até esta quarta-feira (3). Os dados são do painel de monitoramento do Ministério da Saúde.

número deste ano é o mais alto da série histórica. O registro mais alto era, até então, de 2023, com 1.179. Além disso, o Brasil tem, em 2024, a maior contabilização de casos prováveis. Veja abaixo o número de óbitos dos últimos anos:

  • 4.367 em 2024;
  • 1.179 em 2023;
  • 1.053 em 2022;
  • 315 em 2021;
  • 583 em 2020;
  • 820 em 2019;
  • 201 em 2018; e
  • 180 em 2017.

R7

 

 

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Saúde

DENÚNCIA: Pacientes reclamam de demora no atendimento da UPA de Cruz das Armas

 

Mais uma Unidade de Pronto Atendimento de João Pessoa tem sido alvo frequente de denúncias e reclamações por parte dos pacientes. Registros feitos pela população revelam que os equipamentos de ar condicionado da UPA de Cruz das Armas, que seriam novos, estão sem funcionar há vários dias.

O longo tempo de espera para os atendimentos também foi criticado por quem depende dos serviços. “Três aparelhos ar-condicionados novinhos e quebrados. Atendimento péssimo. Mais de três horas para ser atendido. A saúde de João Pessoa tá só Jesus na causa. Estão tratando as pessoas sem um pingo de empatia”, condenou um paciente que preferiu não se identificar.

O local é o mesmo que na atual gestão teve um aparelho de eletrocardiograma furtado, por conta do abandono e do descaso administrativo.

A UPA de Cruz das Armas não é a única que apresenta graves problemas. Pacientes e funcionários da unidade dos Bancários têm convivido com equipamentos quebrados, materiais em péssimas condições de funcionamento, registros de intoxicação alimentar, provocados por refeições oferecidas na unidade, além de falta de medicamentos e de materiais.

De acordo com os próprios servidores municipais, os registros mais graves estão relacionados aos monitores cardíacos e ao aparelho de raio X.

 

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Saúde

Testado na África, novo medicamento contra HIV alcança 100% de eficiência

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um amplo ensaio clínico com o medicamento lenacapavir surpreendeu especialistas. O ensaio, chamado Propósito 1, foi prorrogado em Uganda e na África do Sul após constatar que uma injeção semestral do novo medicamento deu proteção total contra o HIV em mulheres com idades entre 16 e 25 anos.

Mais de 5.300 pessoas em 28 cidades participaram do ensaio. Por conta do resultado, o comitê independente da pesquisa recomendou que as doses fossem aplicadas em todos — e não só em parte dos participantes, na chamada fase cega do ensaio.

Os resultados foram anunciados pela Giliad, farmacêutica responsável pelo medicamento. Os dados ainda não foram submetidos à revisão da comunidade científica.

Fonte: SBT news

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Saúde

Vírus zika pode voltar a se replicar após recuperação, aponta estudo

Aedes aegypti – (Foto: Divulgação)

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) investigou a reação tardia do vírus da zika e como isso pode levar a novos episódios de sintomas neurológicos da doença, como crises convulsivas. Os resultados do estudo inédito estão em um artigo científico publicado nesta semana no periódico iScience, do grupo Cell Press.

O estudo foi realizado durante quatro anos com cerca de 200 camundongos que se recuperaram da infecção pelo vírus zika. A pesquisa foi liderada pelas cientistas Julia Clarke, do Instituto de Ciências Biomédicas, e Claudia Figueiredo, da Faculdade de Farmácia, ambas da UFRJ.

Os resultados apontam que em situações de queda na imunidade, como stress, tratamento com medicamentos imunossupressores ou durante infecções por outros vírus, o zika pode voltar a se replicar no cérebro e em outros locais onde antes não era encontrado, como nos testículos.

“Alguns vírus podem “adormecer” em determinados tecidos do corpo e depois “acordar” para se replicar novamente, produzindo novas partículas infecciosas. Isso pode levar a novos episódios de sintomas, como acontece classicamente com os vírus simples da herpes e da varicela-zoster.

Segundo Julia Clarke, essa nova replicação está associada à produção de espécies secundárias de RNA viral, que são resistentes à degradação e se acumulam nos tecidos.

“A gente observou que, ao voltar a replicar no cérebro, o vírus gera substâncias intermediárias de RNA e a gente vê um aumento na predisposição desses animais a apresentarem convulsões, que é um dos sintomas da fase aguda”, acrescentou.

Em modelos animais, o grupo da UFRJ e outros aplicaram testes de PCR, microscopia confocal, imunohistoquímica, análises comportamentais e mostraram que o vírus da zika pode permanecer no corpo por longos períodos, após a fase aguda da infecção. Em humanos, o material genético do vírus da zika já foi encontrado em locais como placenta, sêmen, cérebro, mesmo muitos meses após o desaparecimento dos sintomas.

Ela explica que os resultados mostraram que a amplificação do RNA viral e a geração de material genético resistente à degradação pioram os sintomas neurológicos nos animais, principalmente nos machos. Embora a reativação tardia do vírus da zika ainda não tenha sido investigada em humanos, os dados sugerem que pacientes expostos ao vírus, no início da vida, devem ser monitorados a longo prazo e que novos sintomas podem ocorrer. Como próximos passos, Julia Clarke explica que se aprofundarão nas calcificações cerebrais provocadas pelo vírus.

“O cérebro exposto ao vírus, tanto de animais quanto de humanos, desenvolve áreas de lesão características com morte de células e acúmulo de cálcio – as chamadas calcificações. Nosso grupo pretende caracterizar se essas áreas de calcificações são os locais onde o vírus permanece adormecido. Além disso, pretendemos testar um medicamento que diminui muito o tamanho dessas áreas de calcificação para avaliar se consegue prevenir essa reativação do vírus”, explica.

Julia Clarke ressalta que a pesquisa é de extrema importância, pois revela a capacidade do vírus persistir e reativar, o que pode ter grandes implicações para a saúde pública. O trabalho contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes e do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis, ambos da UFRJ, e financiamento de cerca de R$ 1 milhão da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

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Blog do BG PB com Agência Brasil

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Saúde

Consumo abusivo de álcool pelas mulheres quase dobra em 17 anos no Brasil

Foto: Reprodução

O abuso de bebidas alcoólicas entre as mulheres brasileiras subiu de 7,8% para 15,2% entre 2006 e 2023. Isso significa que quase o dobro de entrevistadas declarou ao Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) tomar quatro ou mais doses em uma mesma ocasião. A pesquisa, realizada anualmente pelo Ministério da Saúde, monitora indicadores sanitários da população brasileira.

De acordo com Lucas Benevides, psiquiatra e professor do curso de medicina do Ceub, muitos fatores contribuem para o aumento. “A crescente participação das mulheres no mercado de trabalho e as pressões associadas a essa mudança têm desempenhado um papel significativo. Além disso, mudanças culturais que normalizam o consumo de álcool entre as mulheres e o marketing direcionado também são influências importantes. Questões como depressão, ansiedade e experiências traumáticas, que podem ser mais prevalentes ou manifestadas de maneira diferente em mulheres”, explica.

Entre os homens, percentual teve variação pequena na séria histórica

Na mesma edição, o Vigitel mostrou que não foi identificada variação significativa no abuso de álcool entre os homens. O índice saiu de 25% no início da série histórica para 27,3% no ano passado. A elevação no consumo excessivo das mulheres ajudou a aumentar a média geral de abuso entre os brasileiros. No final de 17 anos, 20,8% das pessoas ouvidas declaram abusar das bebidas do tipo.

Adultos mais velhos e mais escolarizados abusam mais da bebida

O Vigitel também revelou um aumento maior no consumo abusivo entre os adultos com idades entre 25 e 34 anos, variando de 21,7% em 2006 a 29,8% em 2023. Aqueles que estudaram por 12 anos ou mais também declaram beber em excesso com maior frequência: 18,1% em 2006 a 24,0% em 2023. Mais recentemente, outra faixa etária, de 45 a 54 anos, registrou um grande salto: 14,7% bebiam cinco ou mais doses em uma mesma ocasião em 2018 contra 21,1% em 2023.

R7

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