Saúde

Casos de HIV e Aids crescem no Brasil pelo terceiro ano consecutivo; mortalidade diminui

Por que não conseguimos nos livrar do HIV mesmo após tratamento?Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira à noite, o novo boletim epidemiológico sobre HIV/Aids no Brasil com dados de 2023 e parciais de 2024. Os números mostram que, no ano passado, houve 46.495 novos registros de infecções pelo HIV, um aumento de 4,5% em relação a 2022. Além disso, foram 38 mil casos de Aids, 2,5% a mais que no ano anterior.

Sobre os casos de HIV e Aids, ambos os números aumentaram pelo terceiro ano consecutivo e são os mais altos desde 2019. Os registros haviam caído de forma significativa em 2020, com a restrição do acesso ao diagnóstico durante a pandemia, e voltaram a subir com a retomada dos serviços de saúde.

Os números de HIV e Aids são diferentes porque, embora o HIV seja o vírus que cause a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), hoje o tratamento antirretroviral (TARV) consegue impedir essa evolução. Por isso, nem toda pessoa que vive com HIV tem Aids.
Em relação ao perfil do novos casos, o boletim mostra que 70,7% foram entre homens; 63,2% entre pessoas pretas e pardas e 53,6% entre homens que fazem sexo com outros homens (HSH). A faixa etária com mais registros (37,1%) é a de 20 a 29 anos de idade. O perfil é semelhante ao dos casos de Aids.

Em 2024, os números parciais do documento indicam que, até junho, foram detectadas 19.928 infecções pelo HIV e 17.889 casos de Aids. Em comunicado, o Ministério da Saúde atribui o crescimento dos casos de HIV à ampliação da testagem com a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). A estratégia envolve comprimidos diários para prevenir a infecção pelo vírus e é ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2017.

O país chegou, no final de novembro, a 109 mil pessoas usuárias da profilaxia. O número mais que dobrou em relação a 2022, quando eram 50,8 mil. De acordo com a pasta, a PrEP leva a mais diagnósticos porque, para dar início à estratégia, um dos requisitos é fazer o teste e saber se a pessoa já vive com o HIV e não sabe.

De fato, o Ministério da Saúde anunciou, com base em dados do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a Aids (Unaids), que o Brasil alcançou a marca de 96% das pessoas estimadas que vivem com HIV devidamente diagnosticadas em 2023, um aumento em relação aos 90% de 2022.

Mortalidade pela Aids em queda

Em 2023, o Brasil registrou 10.390 mortes causadas pela Aids, o menor número já registrado segundo o DataSUS, que tem dados desde 1996. No entanto, não houve uma diminuição significativa em relação a 2019, por exemplo, quando foram 10.687 vítimas fatais.

O Ministério da Saúde reconhece que um desafio é “revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas”, alegando que muitos casos de interrupção ocorreram “no último governo”, além de “disponibilizar o tratamento para todas as pessoas recém diagnosticadas para que tenham melhor qualidade de vida”.

O Globo

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Saúde

PBSaúde e enfermeiros decidem por manter escala 24 x 96 por 60 dias

Hospital Metropolitano de Santa Rita – Foto

A Fundação PBSaúde anunciou, na tarde desta quinta-feira (05), a manutenção da escala 24 x 96 pelos próximos 60 (sessenta) dias para enfermeiros. O entendimento se deu após uma reunião entre o presidente da Fundação, Jhony Bezerra, e o Sindicato dos Enfermeiros no Estado da Paraíba

Em nota, a PB Saúde disse que irá “manter diálogo permanente com todos os sindicatos com representação para finalização de Acordos Coletivos de Trabalho, bem como para a criação de uma mesa de negociação para discutir os planos de cargos e carreira de cada categoria, reiterando assim o compromisso da PB Saúde com a valorização de seus profissionais”, diz a nota.

Veja a nota completa 

A FUNDAÇÃO PARAIBANA DE GESTÃO EM SAÚDE (PB Saúde), fundação pública de direito privado, após diálogo com todos os Sindicatos representativos de suas categorias profissionais e após reunião com o Sindicato dos Enfermeiros no Estado da Paraíba, na tarde desta quinta-feira, dia 05 de dezembro, firmou entendimento para manutenção da escala 24 x 96 pelos próximos 60 (sessenta) dias.

Nesse período, a Fundação PB Saúde irá manter diálogo permanente com todos os sindicatos com representação para finalização de Acordos Coletivos de Trabalho, bem como para a criação de uma mesa de negociação para discutir os planos de cargos e carreira de cada categoria, reiterando assim o compromisso da PB Saúde com a valorização de seus profissionais.

Ao passo em que a Fundação continuará prezando pelo oferecimento de um serviço de qualidade aos usuários do sistema único de saúde (SUS) em suas unidades, de maneira justa e transparente.

Por fim, a PB Saúde e o Governo do Estado da Paraíba reafirmam o compromisso com a saúde da população paraibana e ressaltam o trabalho desempenhado diariamente para que seja prestada uma assistência de qualidade, gratuita e de maneira justa e transparente.

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Saúde

Paraíba confirma 14 mil casos e 11 mortes por dengue em 2024

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Paraíba confirmou mais de 14 mil casos de dengue de janeiro a novembro de 2024. Os registros representam quase 90% dos casos de arboviroses confirmados no estado neste ano. De acordo com um boletim epidemiológico das arboviroses, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), dos casos confirmados, 11 pessoas morreram.

De acordo com o relatório da SES, na Paraíba foram registrados 16.004 casos de arboviroses, sendo 14.253 de  dengue, 1.665 chikungunya e 86 de zika.

As mortes por dengue foram confirmadas nas cidades de Cabedelo (1 caso); Camalaú (1); Campina Grande (2); Catolé do Rocha (1); Conde (1); João Pessoa (2); Lucena (01); Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Uma das mortes está sendo investigada no município de Itabaiana.

No que se refere à chikungunya, cinco mortes foram confirmadas, com maior incidência em Campina Grande, João Pessoa e Monteiro. Nenhuma morte foi confirmada por zika.

A técnica responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, alerta que, embora as autoridades de saúde estejam monitorando e reagindo a essas ocorrências, a participação da população é fundamental. “Dentro desse contexto do plano de contingência das arboviroses, é importante que a população exerça o seu papel de cidadão, faça sua atividade diária para a eliminação do foco de forma adequada, de forma correta, como também o armazenamento de água de forma correta”, destacou.

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Saúde

Casos de dengue na PB aumentam mais de 110% em relação a 2023

Foto: Joao Paulo Burini

Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta terça-feira (12), o Boletim Epidemiológico de nº 11º/2024 com o cenário epidemiológico dos casos prováveis de arboviroses na Paraíba. De acordo com os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e consolidados pela SES, na Semana Epidemiológica 44, que corresponde ao período de janeiro a 2 de novembro de 2024, foram contabilizados 15.535 casos, sendo 13.827 de dengue (89,01%), 1.662 de chikungunya (10,44%) e 86 de zika (0,55%).

Ao todo, foram confirmados 11 óbitos decorrentes de dengue, com residentes nos municípios de Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (2), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Outros dois óbitos seguem em investigação nos municípios de Riachão e São Vicente do Seridó. Também foram registrados cinco óbitos por chikungunya, sendo um óbito em cada um dos seguintes municípios: Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro. Não há óbito (confirmado ou em investigação) em decorrência de zika.

O boletim destaca que o número de casos de dengue registrou um aumento superior a 110,75% em comparação com o mesmo período em 2023, contendo uma maior incidência nas 1ª, 10ª e 9ª regiões de saúde. Já para os casos prováveis de chikungunya, houve um aumento de 22% e, em contrapartida, os casos de zika apresentaram uma redução de 21%, também em relação ao ano anterior.

De acordo com a técnica responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, o combate e a prevenção contra as arboviroses precisam ser contínuos. Para isso, o trabalho precisa ser feito tanto pelo Estado, que já realiza ações junto aos municípios e às Gerências Regionais de Saúde, como também pela população.

“Além dessas ações habituais, estaremos intensificando o combate contra a dengue e outras arboviroses com a Semana de Mobilização Estadual, que será entre os dias 25 e 29 de novembro. Então, estaremos com todos os municípios engajados nesta ação. Com relação aos cuidados, a população precisa estar sempre atenta a eliminar qualquer foco que venha acumular água. É importante fazer uma vistoria pelo menos uma vez por semana na residência, no quintal, no jardim, para observar qualquer local que venha acumular água. Vale lembrar também da febre do Oropouche, que é outro alerta para a população. A Paraíba já registrou cinco casos confirmados, não são graves, porém é importante não estar circulando nos municípios que já registram casos positivos (João Pessoa, Alagoa Nova e Campina Grande), como também nos estados vizinhos, como Pernambuco, que tem casos graves, óbitos e óbito fetal confirmados”, explicou.

O Boletim divulgado da SES também traz um balanço das ações realizadas para vigilância da Febre Oropouche – uma arbovirose com sintomatologia semelhante a da dengue, chikungunya e zika, transmitida pelo mosquito conhecido como “maruim”. Entre as atividades, destacam-se as testagens, realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), notas técnicas e reuniões internas de integração com equipes da assistência em saúde.

“O combate a Febre Oropouche é feito, principalmente, com o uso de repelente, o produto é imprescindível para as gestantes. Ainda destacamos o uso de telas e a proteção das partes do corpo que ficam mais expostas. Então é importante sempre estar atento aos cuidados de prevenção e controle para evitar um maior número de casos circulando no nosso estado”, frisou Carla Jaciara.

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Saúde

CFM entra na Justiça contra cotas na residência médica

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) por causa da reserva de 30% das vagas (cotas) para grupos populacionais vulnerabilizados – como pessoas com deficiência, indígenas, negros e residentes em quilombos – na distribuição de vagas dos aprovados no Exame Nacional de Residência (Enare). A ação corre na 3ª Vara Cível de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

O concurso do Enare foi realizado no dia 20 de outubro em 60 cidades, oferecendo 4.854 vagas de residência médica e mais 3.789 vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde. As vagas serão abertas em 163 instituições de todo o país. Dos 89 mil candidatos inscritos, aproximadamente 80 mil compareceram aos locais da prova.

Em nota, o CFM descreve que as cotas vão fomentar “a ideia de vantagens injustificáveis dentro da classe médica” e que “esse mecanismo vai criar discriminação reversa.” O conselho defende que a seleção para residência médica seja baseada “no mérito acadêmico de conhecimento.” Apesar das críticas o CFM “reconhece a importância das políticas afirmativas para a concretização do princípio de equidade.”

A Associação Médica Brasileira (AMB) também manifestou contrariedade em relação ao critério de cotas para a residência médica. “É preciso o entendimento de que todos que farão a prova de especialista já se encontram graduados no curso de medicina, de forma igualitária, avalia a associação.

Discordância

Em resposta, a Ebserh “manifesta profunda discordância em relação a notas publicadas que questionam a inclusão de políticas afirmativas nos editais do Enare.” A empresa lembra que as reservas de vagas, como feita no Enare, estão previstas em lei e há respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF) ao “critério étnico-racial na seleção para ingresso no ensino superior público.”

A Ebserh, criada em 2011, é uma empresa estatal vinculada ao Ministério da Educação, que administra 45 hospitais universitários federais. Segundo a estatal, as regras do Enare visam “garantir que o acesso aos programas de residência reflita a diversidade demográfica do Brasil e contribua para um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo.”

O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manifestou apoio aos critérios do Enare que observam as ações afirmativas. “O acesso às diferentes modalidades de pós-graduação, inclusive às residências em saúde, ainda é extremamente desigual, com sub-representação das pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e pessoas com deficiência”, assinala a nota.

Pontuação alcançada

Na seleção do Enare para a área médica, o participante indica a especialidade em que deseja fazer residência e após prova, escolhe o hospital que deseja trabalhar conforme pontuação alcançada – sistema semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Para as vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde, o participante indica a profissão pela qual concorre no ato da inscrição e após os resultados da prova, aponta onde quer trabalhar, também conforme pontuação alcançada.

Os resultados do exame escrito do Enare serão divulgados no dia 20 de dezembro. Em 7 de janeiro do próximo ano será publicado o resultado da análise curricular. As notas definem quem ocupará as vagas disponíveis. A partir de 21 de janeiro, tem início as convocações. Estão previstas três chamadas. Nesta página está a área do candidato com os gabaritos da prova objetiva e a plataforma para apresentar recursos contra as questões da avaliação.

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Saúde

Casos de AVC aumentaram cerca de 15% em pessoas jovens; veja riscos

Cresce índice de AVC em jovens, risco é maior para mulheres - Olhar DigitalFoto: Freepik

Um estudo publicado neste mês na revista científica The Lancet Neurology mostrou que os casos de acidente vascular cerebral (AVC) cresceram 14,8% em pessoas com menos de 70 anos no mundo. No Brasil, cerca de 18% da incidência afeta a faixa etária de 18 a 45 anos, de acordo com dados da Rede Brasil AVC.

Para alertar sobre os riscos e prevenção do AVC, é reconhecido nesta terça-feira (29) o Dia Mundial do AVC. A condição decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro, causando a morte de células nervosas na região atingida. Entre as causas para o acidente vascular estão a obstrução dos vasos sanguíneos (AVC isquêmico) ou a ruptura do vaso (AVC hemorrágico).

Globalmente, o número de casos de AVC aumentou 70% entre 1990 e 2021, segundo a pesquisa, com um aumento de 44% nas mortes por AVC e 32% no agravamento de condições relacionadas à doença. No total, foram 11,9 milhões de novos casos no mundo. No Brasil, cerca de 39.345 brasileiros perderam a vida devido ao AVC entre janeiro e agosto de 2024, uma média de seis óbitos por hora, de acordo com o Portal de Transparência do Registro Civil (ARPEN Brasil).

De acordo com Angelica Dal Pizzol, membro da Rede Brasil AVC e médica neurologista, estudos recentes já têm mostrado que o número de casos de AVC em pacientes jovens tem aumentado.

“Esse crescimento é atribuído a diversos fatores, incluindo o sedentarismo e hábitos de vida pouco saudáveis, como uma alimentação inadequada, que podem levar à obesidade, diabetes e hipertensão, mesmo entre pessoas mais jovens. Além disso, mudanças climáticas, altas temperaturas e a poluição ambiental também são fatores que contribuem para o aumento nos casos de AVC”, afirmou.

Fatores genéticos e hereditários podem aumentar o risco de AVC em pessoas jovens, incluindo doenças genéticas e hematológicas. “Jovens com esses fatores de risco precisam de um acompanhamento mais atento, além de um cuidado redobrado com outros fatores de risco. Manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente são essenciais para evitar a acumulação de riscos que possam elevar as chances de um AVC”, orienta a neurologista.

Principais sinais de acidente vascular cerebral

A dificuldade de movimentação e de fala são alguns dos sintomas comuns dos AVCs isquêmicos e hemorrágicos. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sinais de acidente vascular cerebral incluem:

  • Dor de cabeça intensa e de início súbito;
  • Fraqueza ou dormência na face;
  • Paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
  • Perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar;
  • Perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.

Também podem ocorrer sintomas como tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação, além de alterações na memória, dificuldade para planejar atividades diárias, náuseas, vômitos, confusão mental e perda de consciência.

CNN Brasil

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Saúde

Ministério da Agricultura proíbe a venda de lotes de 12 marcas de azeite de oliva; saiba quais

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta terça-feira (22), uma nova lista com 12 marcas de azeite de oliva que tiveram lotes considerados impróprios para o consumo (veja quais são). Seis marcas tiveram todos os seus lotes desclassificados. As análises do Ministério revelaram a presença de outros óleos vegetais misturados aos azeites, comprometendo a qualidade e a segurança dos produtos.

De acordo com o Ministério, os produtos foram analisados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária e foram desclassificados por estarem em desacordo com os parâmetros estabelecidos pelas normas vigentes.

Esses produtos representam risco à saúde devido à incerteza sobre a sua origem e composição.

Algumas das empresas responsáveis por essas marcas estão com CNPJs suspensos ou baixados pela Receita Federal, “o que reforça a suspeita de fraude”, diz o Ministério.

“A comercialização desses produtos configura uma infração grave, e os estabelecimentos que continuarem a vendê-los poderão ser responsabilizados”, acrescenta.

G1

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Saúde

Paraíba registra falta de vacinas contra catapora e Covid-19

Vacina bivalente contra a Covid — Foto: Reprodução

Vacina bivalente contra a Covid — Foto: Reprodução

 

A Paraíba registra desabastecimento das vacinas contra catapora e Covid-19 em diversos municípios do estado. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) aguarda o envio de doses pelo Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição das vacinas para os estados.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que uma nova remessa de mais de 1 milhão de doses da vacina contra a Covid-19 será distribuída ainda nesta semana. Quanto à vacina contra a catapora, o governo afirmou que 150 mil doses serão distribuídas em novembro e que está finalizando o processo de aquisição regular para o envio de mais doses. (Confira mais informações abaixo)

O último lote de vacinas contra a Covid-19 recebido pela Paraíba foi registrado em 12 de setembro deste ano, data em que também ocorreu a última distribuição para os municípios. A validade dos imunizantes expirou no dia 18 de outubro. Atualmente, não há vacinas nos estoques da Rede de Frio Estadual, e a SES-PB aguarda uma previsão de chegada de novas doses.

Em João Pessoa, os imunizantes recebidos contra a Covid-19 também venceram em 18 de outubro. Apesar disso, ainda há estoque da vacina para a variante XBB para imunizar crianças com menos de 12 anos. O município também espera o envio de novas doses.

A Secretária de Estado da Saúde também confirmou que o imunizante contra a Varicela, a catapora, está em falta na Paraíba.

 

Quanto à vacina contra Varicela, o último lote recebido por João Pessoa foi há cerca de dois meses e foi distribuído para as unidades de saúde. Em alguns desses locais, os imunizantes se esgotaram, mas ainda há estoque disponível em algumas salas de vacinação. A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que as pessoas procurem sua Unidade de Saúde para verificar a disponibilidade dessa vacina.

De acordo com o Ministério da Saúde, o órgão deve distribuir aos estados um novo lote de 1,2 milhão de doses da vacina contra a Covid-19 nesta semana, o que deve regularizar os estoques para a vacinação de crianças. O quantitativo faz parte de uma compra emergencial das vacinas mais atualizadas contra a doença, realizada em maio deste ano, com o objetivo de garantir a proteção máxima da população.

Ainda segundo o Ministério, um novo pedido foi concluído recentemente para a aquisição de 60 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, o que deve garantir proteção contra cepas atualizadas pelos próximos dois anos. As entregas pelos fabricantes serão feitas de forma parcelada, conforme a adesão da população à vacinação e as atualizações aprovadas pela Anvisa.

Sobre a vacina contra a Varicela, o Ministério informou que, no final de 2023, foram adquiridas 2,7 milhões de doses por meio do Fundo Rotatório da OPAS/OMS, com 150 mil previstos para entrega em novembro. A aquisição regular está em processo de finalização, com previsão de normalização para o primeiro semestre de 2025.

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Saúde

UFPB descobre potencial de óleo de canabidiol no tratamento da hipertensão

 Pesquisadores descobrem potencial terapêutico do óleo de canabidiol no tratamento da hipertensão
Pesquisadores da UFPB identificaram óleo de canabidiol no tratamento da hipertensão

 

Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba identificou um potencial uso terapêutico do canabidiol (CBD) no tratamento da hipertensão. A pesquisa foi publicada na revista Journal of Hypertension e realizada por pesquisadores do Centro de Biotecnologias da UFPB, em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace).

A professora Josiane Cruz, que coordenou o estudo, explicou que o canabidiol é um dos muitos canabinóides encontrados na planta Cannabis sativa, a maconha. Os pesquisadores utilizaram um óleo rico em canabidiol, obtido em parceria com a Abrace Esperança, uma associação sem fins lucrativos que produz e comercializa o produto em João Pessoa.

A professora explicou que os experimentos começaram em 2020, durante a pandemia, e que a equipe foi desenvolvendo os estudos aos poucos por causa das restrições ao laboratório na época.

O teste foi conduzido em etapas: primeiro, a equipe confirmou a hipertensão nos ratos, registrando a pressão arterial. Em seguida, iniciaram o tratamento com óleo rico em canabidiol. Foram feitos grupos de controle, com uma parte dos animais recebendo óleo sem extrato de CBD e outro grupo recebendo o óleo com o ativo. O tratamento foi realizado por 14 dias.

 Pesquisadores descobrem potencial terapêutico do óleo de canabidiol no tratamento da hipertensão
Óleo de canabidiol utilizado no estudo de pesquisadores da UFPB.. UFPB/Divulgação

Os pesquisadores identificaram que o canabidiol reduziu significativamente a pressão arterial e também melhorou a função dos vasos sanguíneos, além de diminuir o estresse oxidativo nas artérias, apontado como um dos principais fatores associados ao desenvolvimento e à progressão da hipertensão.

O tratamento com óleo rico em CBD também melhorou a resposta ao barorreflexo, um mecanismo fisiológico importante para a regulação da pressão arterial, e reduziu a atividade do sistema nervoso simpático, que frequentemente está exacerbada em casos de hipertensão.

“A gente sabe que na hipertensão há um aumento das espécies oxidativas e também de processos inflamatórios que podem danificar vasos, o tecido endotelial do vaso, pode danificar neurônios que estão envolvidos com o controle da pressão arterial, e tudo isso levar então a hipertensão. Foi mais ou menos o que a gente observou, que o tratamento com CBD reduz pressão arterial e o que a gente analisou foi que também reduz as espécies reativas de oxigênio, ou seja, tem também um efeito antioxidante que pode estar contribuindo para a redução da pressão arterial”, explica Josiane Cruz.

Josiane Cruz também explica que há estudos prévios que mostram que o CBD tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. De acordo com a professora, os próximos passos da pesquisa são entender o efeito anti-inflamatório do CBD e quais mecanismos levam à redução da pressão arterial. Na sequência, farão estudos para analisar se o CBD reduz a produção de citocinas pró-inflamatórias.

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Saúde

Paraíba aplica mais de 18,5 mil vacinas contra HPV, meningite e outras doenças

vacinação, gripe, Paraíba

Imagem ilustrativa (Foto: reprodução)

A Paraíba conseguiu aplicar 18.592 vacinas contra HPV, meningite e outras doenças durante ao Dia D de Vacinação, que aconteceu nesse sábado (20). Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Foram aplicadas 2.203 doses para a meningite, 2.679 para o HPV e 13.710 doses para as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.

Em resultados parciais divulgados da SES, os cinco municípios que mais vacinaram foram Campina Grande (2.459 doses); Patos (1.105 doses); João Pessoa (1.043 doses); Alhandra (514 doses); e Sousa (499 doses).

A vacina meningocócica ACWY (conjugada) é recomendada para adolescentes entre 11 e 14 anos de idade e previne as doenças causadas pela bactéria meningococo dos sorogrupos A, C, W e Y, que incluem a meningite meningocócica (inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal).

Enquanto a vacina contra o HPV é indicada para adolescentes na faixa etária de 9 a 14 anos de idade, para a prevenção da infecção contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, além do colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis, boca e orofaringe e outras doenças relacionadas ao HPV, como as verrugas genitais e a papilomatose de laringe.

“Lembramos que as vacinas do calendário de vacinação da criança, do adolescente, do adulto, da gestante e do idoso estão disponíveis nos municípios do estado durante todo o ano. É importante que a população procure a unidade de saúde mais próxima da residência, para que o profissional de saúde possa avaliar qual vacina precisa ser tomada de acordo com cada faixa etária”, afirmou a chefe do Núcleo Estadual de Imunização da SES, Márcia Mayara

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