Saúde

Ministério da Saúde distribui vacina contra dengue para apenas 14 municípios da Paraíba

Foto: Reprodução

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (25), as cidades da Paraíba que vão receber, neste primeiro momento, doses da vacina contra dengue. Todos os municípios selecionados estão localizados na Região Metropolitana de João Pessoa.

Além da Capital, vão receber imunizantes Santa Rita, Cabedelo, Bayeux, Conde, Caaporã, Sapé, Alhandra, Pitimbu, Cruz do Espírito Santo, Lucena, Mari, Riachão do Poço e Sobrado. A quantidade de vacinas por cidade não foi divulgada ainda.

O esquema vacinal é aplicado em duas doses com um intervalo de três meses. Segundo o Ministério da Saúde, a divisão das cidades foi feita em conjunto com as secretarias Estadual e municipais de Saúde.

“As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses”, explica o Ministério.

O público-alvo, em 2024, serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas.

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Saúde

Chega ao Brasil o primeiro lote de vacina contra a dengue

Vacina Covid-19
(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Brasil recebeu, neste sábado (20), o pioneiro lote de vacinas contra a dengue destinado à aplicação pelo Sistema Único de Saúde, com o anúncio oficial feito pelo Ministério da Saúde no domingo (21). A remessa, doada pelo laboratório japonês Takeda, é composta por 750 mil doses.

O governo indicou que as primeiras doses serão direcionadas a adolescentes de 10 a 14 anos, residentes em cidades com mais de 100 mil habitantes, considerando as taxas de transmissão para a definição do público-alvo.

O aumento significativo nos casos de dengue nas duas primeiras semanas de 2024, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior, totalizando 55,8 mil casos prováveis e seis óbitos por complicações da doença, impulsionou a iniciativa de vacinação. Inicialmente planejada para crianças e jovens entre 6 e 14 anos, a primeira remessa será destinada a indivíduos entre 10 e 14 anos, conforme informado pelo Ministério da Saúde.

Os critérios de distribuição foram elaborados em conjunto pelo Ministério da Saúde e estados/municípios. A lista das cidades contempladas será divulgada após uma reunião tripartite programada para 1º de fevereiro em Brasília.

O governo brasileiro adquiriu 5,2 milhões de doses da vacina, com o primeiro lote de 570 mil doses previsto para chegar ao país em fevereiro. Estima-se que aproximadamente 3,2 milhões de pessoas serão vacinadas ao longo de 2024.

Portal Correio

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Saúde

Em 5 anos, número de pacientes com ansiedade aumentou 200% no SUS

Foto: Getty Images

Durante a pandemia de Covid-19, um dos principais assuntos — além das vacinas e dos sintomas causados pelo coronavírus — foi a saúde mental. As restrições de circulação adotadas para evitar a propagação do vírus trouxeram à tona a importância de prestar atenção no que acontece dentro da cabeça.

Mesmo com a volta da população à “vida normal”, o assunto continua relevante. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de pessoas com ansiedade generalizada aumentou mais de 200% na rede pública desde o ano anterior à pandemia. Em 2019, 71.293 pessoas procuraram atendimento com o quadro ansioso e, em 2023, o número saltou para 274.682.

Os casos de depressão aumentaram 34% no mesmo período. Já o transtorno de pânico teve alta de 93%, de acordo com o órgão.

Segundo a psicóloga Carmela Silvana da Silveira, da Santa Casa de São José dos Campos, o aumento de casos tem duas explicações: por um lado, a população está de fato com mais problemas emocionais, mas os números também mostram que as pessoas estão procurando ajuda.

Ela aponta que as restrições da pandemia, a falta de convívio social, o medo despertado pela doença, preocupações financeiras e o luto pela morte de pessoas queridas prejudicaram a saúde mental dos brasileiros nos últimos anos.

Segundo ela, todos os problemas merecem atenção. Os transtornos podem evoluir não só para desequilíbrio mental profundo, mas também para impactos físicos. O transtorno de pânico, por exemplo, pode ter sudorese e taquicardia como consequência.

“A resistência ao atendimento psicológico tem diminuído. Aquela coisa de dizer que é apenas frescura já não é tão forte. Claro que ainda há muito para desmistificar, mas o autocuidado tem falado mais alto. Basta ver os números”, afirma Carmela.

Saiba os sintomas dos principais transtornos mentais

Depressão

A depressão, explica a psicóloga, é uma condição psiquiátrica que impacta as emoções das pessoas, levando a uma profunda tristeza, falta de apetite, desânimo e pessimismo. Sem tratamento, esses sentimentos podem se combinar e evoluir para um atentado contra a própria vida.

Ansiedade generalizada

“A ansiedade generalizada, por outro lado, é marcada por uma preocupação excessiva em diversas áreas da vida. Quem sofre desse distúrbio vive constantemente ansioso, com sintomas como taquicardia e mãos trêmulas. É crucial buscar ajuda diante deste cenário”, enfatiza Carmela.

Transtorno do pânico

No transtorno do pânico, ocorrem crises de ansiedade intensas, muitas vezes acompanhadas por um medo intenso, inclusive da morte. Essas crises podem se manifestar com sintomas físicos como taquicardia e sudorese. É importante observar os sinais e buscar apoio quando necessário.

Metrópoles

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Saúde

Número de fumantes cai em quase todo o mundo, diz relatório da OMS

Foto: Reprodução

O mais recente relatório sobre tabagismo da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado nesta terça-feira (16), revela que o número de adultos fumantes vem diminuindo em todo o mundo nas últimas décadas. Em 2022, um em cada cinco adultos consumiam tabaco, em comparação com um em cada três na virada do milênio.

O documento destaca o Brasil entre os países com políticas bem-sucedidas de controle do tabaco, que resultou em queda relativa de 35% nos consumidores desde 2010. Na Holanda, a redução foi de quase 30%.

Ao todo, 150 países reduziram com sucesso o tabagismo no período analisado. Por outro lado, ainda há 1,25 bilhão de usuários adultos no mundo, de acordo com o relatório.

A OMS reforça a importância de os países manterem políticas de restrição ao tabaco e combaterem interferências da indústria.

“Tivemos bons avanços nos últimos anos, mas não há tempo para complacência. Estou surpreso com o quão longe a indústria do tabaco irá para buscar lucro às custas de incontáveis vidas. Vemos que no momento em que um governante pensa ter vencido a luta contra o tabaco, a indústria aproveita a oportunidade para manipular políticas de saúde e vender seus produtos mortais”, afirma o Ruediger Krech, diretor do Departamento de Promoção de Saúde da OMS.

Atualmente, segundo a OMS, o sudeste asiático é a região com maior proporção de fumantes entre a população (26,5%), seguido de perto pela Europa (25,3%).

Projeções indicam que até 2030, a Europa terá as maiores taxas de consumo de tabaco no mundo, superando 23%. O estudo mostra que o índice de tabagismo entre mulheres europeias é mais que o dobro da média mundial, com ritmo de redução abaixo da média global.

Embora haja uma tendência de queda global, o relatório destaca que o mundo não alcançará a meta de reduzir em 30% o consumo de tabaco entre 2010 e 2025. Apenas 56 países devem atingir esta meta, segundo a projeção –quatro a menos desde o último relatório da OMS, publicado em 2021.

Ainda segundo o relatório, a prevalência do uso de tabaco manteve-se estável desde em alguns países na comparação com 2010, enquanto outros registraram aumento: Congo, Egito, Indonésia, Jordânia, Omã e República da Moldávia.

A OMS adverte que, apesar dos progressos, políticas para controle do tabaco ainda devem ser ampliadas, e diz que a interferência da indústria em políticas de saúde aumentou.

O relatório também ressalta a preocupação com o uso de tabaco e produtos de nicotina por adolescentes de 13 a 15 anos na maioria dos países.

Folha de S. Paulo

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Saúde

Paraíba teve seis mortes por dengue e quatro por chikungunya em 2023

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou nesta sexta-feira (12) o Boletim das arboviroses, apresentando um alerta à população sobre o período sazonal propício à proliferação do mosquito Aedes Aegypti. O documento também traz o levantamento final do cenário epidemiológico da dengue, zika e chikungunya em 2023, registrando um total de 8.800 casos prováveis dessas doenças e 10 óbitos.

 

Segundo o boletim, houve uma redução nas notificações dos casos de dengue, zika e chikungunya em comparação a 2022. A técnica de arboviroses da SES, Carla Jaciara, destaca que ao longo de 2023 foi observada uma diminuição constante nos casos. Entretanto, ela alerta a população para os cuidados rotineiros na eliminação de focos do mosquito.

 

“Estamos entrando em um período sazonal com altas temperaturas e chuvas intensas, condições propícias para a proliferação do mosquito. Por isso, é fundamental ressaltar os cuidados de controle e a eliminação adequada de focos, evitando o acúmulo de água”, pontua Jaciara.

 

Dos 8.800 casos prováveis, o boletim detalha que 7.240 foram de dengue, 1.449 de chikungunya e 111 de zika. Comparando com 2022, houve uma redução significativa de 76% para os casos de dengue, 92% para chikungunya e 82% para os casos de zika. As regiões de saúde mais afetadas foram a 1ª, 4ª e 11ª. Dos 10 óbitos confirmados, seis foram relacionados à dengue e quatro à chikungunya.

 

O Boletim também destaca as ações da SES ao longo de 2023, incluindo a qualificação de equipes, intervenções com o UBV Acoplado a veículo (Carro Fumacê), e Oficinas de Qualificação de registros de Arboviroses para orientação sobre notificação dos casos no sistema. A SES recomenda o fortalecimento da notificação oportuna, conduta clínica e organização dos serviços de saúde diante de casos suspeitos de arboviroses.

 

Carla Jaciara ressalta a importância de reforçar a vigilância no combate ao mosquito, preparando a rede assistencial para os cuidados com pacientes suspeitos de arboviroses. “Essas recomendações são essenciais, visto que as arboviroses ocorrem durante todo o ano, com ênfase no primeiro semestre”, enfatiza.

 

A Secretaria de Saúde lembra à população que a maioria dos focos do mosquito Aedes Aegypti são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Destaca-se a importância de realizar uma faxina semanal para eliminar possíveis criadouros, adotar medidas simples como não acumular água em pneus e adicionar cloro à água da piscina. A SES reitera a necessidade da visita periódica de técnicos de saúde credenciados para fortalecer a vigilância e combater a proliferação do mosquito.

Blog do BG PB

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Saúde

Rótulos de medicamentos passarão a indicar presença de substâncias consideradas como doping

Rótulos de medicamentos terão indicação de substâncias consideradas no doping — Foto: Hal Gatewood/UnsplashFoto: Hal Gatewood/Unsplash

Rótulos de medicamentos passarão a indicar a presença de substâncias que têm o uso considerado como doping. A medida foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (12) e entra efetivamente em vigor daqui a 180 dias. O Comitê Olímpico do Brasil define o doping como o uso ilícito de substâncias para aumentar a performance em competições esportivas.

A regra foi estabelecida por lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula (PT). Um dos objetivos da proposta é evitar o doping acidental por parte de atletas. Conforme o texto, medicamentos que contenham substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem precisarão trazer um alerta com essa informação nos rótulos, bulas e materiais publicitários.

Quando a lei com a nova regra foi aprovada no Senado, a relatora do texto, Leila Barros (PDT-DF), afirmou que a falta de informações sobre essas substâncias estava entre as maiores causas de consumo acidental de medicamentos proibidos em competições, gerando punições injustas para atletas.

g1

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Saúde

URGENTE: Pane em ar-condicionado causa princípio de incêndio no Hospital Trauminha, em João Pessoa

Um princípio de incêndio atingiu nesta quinta-feira (04) o Complexo Hospitalar Tarcísio de Miranda Burity, o popular “Trauminha de Mangabeira”, após uma pane em um ar-condicionado.

Os pacientes e funcionários foram retirados da unidade antes das chamas se espalharem para outros setores.

Não é de hoje que a unidade de saúde é alvo de críticas como já noticiou o Blog do BG PB

(VÍDEO) Enquanto Cícero comemora “boa” gestão na saúde, falta até agulha para fazer cirurgia no Trauminha

Com MaurílioJR

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Saúde

Farmácia Popular vendeu R$ 2,5 bi em medicamentos sem nota fiscal

Foto: Rodrigo Nunes

O programa Farmácia Popular do Brasil, executado pelo Ministério da Saúde, vendeu R$ 2,5 bilhões em medicamentos sem lastro em estoque, ou seja, sem nota fiscal que comprovasse sua aquisição pelo estabelecimento credenciado, entre julho de 2015 e dezembro de 2020.

Lançado em 2004, durante o primeiro governo Lula, o programa também dispensou R$ 7,4 milhões em medicamentos para pessoas já falecidas no mesmo período.

Segundo auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), 17,4% das vendas de fármacos foram feitas pelos estabelecimentos credenciados naquele período.

O volume de despesas com medicamentos sem nota fiscal realizadas pelo Farmácia Popular entre 2015 e 2020 representa 18,5% dos R$ 13,8 bilhões gastos pelo programa na época.

No Farmácia Popular, os estabelecimentos credenciados repassam aos pacientes os medicamentos relacionados de forma gratuita – para diabete, asma e hipertensão – ou a preços reduzidos, com 90% do valor de referência subsidiado pelo governo, que faz o ressarcimento aos estabelecimentos nos quais os medicamentos foram retirados.

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Metrópoles

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Saúde

Unidade Básica de Saúde de João Pessoa é interditada pelo CRM após irregularidades

UBS Alto do Céu, em João Pessoa, está interditada eticamente pelo CRM-PB desde 29 de dezembro — Foto: Divulgação/CRM-PB

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Integrada Alto do Céu, em João Pessoa, está sob interdição ética pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) há cinco dias. A decisão do CRM-PB foi tomada devido a irregularidades relacionadas a diversos equipamentos presentes na unidade de saúde.

A interdição ética ocorreu após uma fiscalização realizada nesta sexta-feira (29) pelo CRM-PB, que reavaliou a unidade em questão após uma inspeção anterior em 11 de setembro deste ano que já indicava a possibilidade de interdição ética. Diante da persistência das irregularidades, a decisão de interditar a atividade médica foi tomada.

O Departamento de Fiscalização do CRM-PB apontou diversas irregularidades no relatório, incluindo a ausência de equipamentos básicos nos consultórios, como otoscópio, oftalmoscópio, sonar e negatoscópio, além da falta de lavatório para as mãos. Em alguns consultórios, os condicionadores de ar apresentam falhas, como não funcionamento, vazamentos, infiltrações e mofo nas paredes.

A UBS abriga quatro equipes de saúde da família, com oito médicos, incluindo dois preceptores. Atualmente, quatro consultórios médicos estão operacionais, enquanto os demais estão atendendo em salas improvisadas e com adaptações. A desinterdição ética está condicionada à resolução imediata das irregularidades apontadas pelo CRM-PB.

A Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMS) informou nesta terça-feira (2) que está providenciando as medidas necessárias para a desinterdição. Durante esse período, os médicos estão sendo realocados para outras salas na UBS Alto do Céu que não foram alvo das irregularidades apontadas pelo Conselho.

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Com T5

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Saúde

Brasil é o país com mais casos de dengue no mundo, alerta OMS

A pasta diz que está alerta e monitora constantemente o cenário da dengue no Brasil

 

O Brasil lidera o número de casos de dengue no mundo, com 2,9 milhões registrados em 2023, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Os casos são mais da metade dos 5 milhões registrados mundialmente. A organização chamou a atenção, nesta sexta-feira (22), para a doença, que tem se espalhado por países onde historicamente a doença não circulava. 

Entre as razões para o aumento está a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido que o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, sobreviva em ambiente no qual antes isso não ocorria. O fenômeno El Niño de 2023 também acentuou os efeitos da elevação global das temperaturas e das alterações climáticas.

Em todo o mundo, a OMS relatou mais de 5 milhões de infecções por dengue e 5.000 mortes devido à doença. A maior parte, 80% desses casos, o equivalente a 4,1 milhões, foi notificada nas Américas, seguidas pelo Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Nas Américas, o Brasil concentra o maior número de ocorrências, seguido por Peru e México. Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro a 11 de dezembro.

Do total de casos constatados no Brasil, 1.474, ou 0,05% do total, são de dengue grave, também chamada de dengue hemorrágica. O país é o segundo na região com maior número de casos mais graves, atrás apenas da Colômbia, com 1.504 ocorrências.

Países anteriormente livres de dengue, como França, Itália e Espanha, reportaram casos de infecções originadas no país — a chamada transmissão autóctone —, e não fora dele. O mosquito Aedes aegypti é amplamente distribuído na Europa, onde é mais conhecido como mosquito-tigre.

No Brasil, levantamento feito pela plataforma AdaptaBrasil mostrou que as mudanças climáticas no país podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti, e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. A plataforma é vinculada ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral. O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência dos vetores, que são os mosquitos transmissores das doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.

A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos picados por mosquitos infectados, encontrados principalmente em áreas urbanas em climas tropicais e subtropicais.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele.

Segundo orientação do Ministério da Saúde, para evitar a infestação de mosquitos, é necessário eliminar os criadouros, mantendo os reservatórios e qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos com tela, capa ou tampa. Medidas de proteção contra picadas também podem ajudar especialmente nas áreas de transmissão. O Aedes aegypti ataca principalmente durante o dia.

Na última quinta-feira (21), o Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue ao SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país a oferecer o imunizante no sistema público universal.

Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritários. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS).

O Ministério da Saúde informou que o PNI (Programa Nacional de Imunizações) trabalhará junto à Ctai (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização) para definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível, como público-alvo e regiões com maior incidência da doença, para aplicação das doses. A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.

Em entrevista à Radioagência Nacional, o vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri, enfatiza a importância da vacina para controlar a dengue no país. “A vacina, sem dúvida, junto com outras medidas, será importante instrumento para controle dessa doença”, disse.

Ele acrescenta que “a dengue é uma doença que impacta diretamente praticamente todo o território nacional, vem se expandindo em regiões onde a gente não tinha dengue e o controle do vetor do mosquito transmissor da doença tem sido insuficiente para que nós consigamos diminuir as taxas de infecção, que só se alastram”.

Em nota, a pasta diz que está alerta e monitora constantemente o cenário da dengue no Brasil. Para apoiar estados e municípios nas ações de controle da dengue, o ministério repassou R$ 256 milhões a todo o país para reforçar o enfretamento da doença.

A pasta informa que instalou uma Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e zika, para preparar o Brasil em uma eventual alta do número de casos nos próximos meses. Com a medida, será possível direcionar melhor as ações de vigilância.

“O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção por parte de todos para reduzir a transmissão da doença. Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas”, diz o texto, que ressalta ainda que cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle da dengue.

R7

 

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