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Governo Lula bloqueia verba do Auxílio Gás e 2 milhões podem ficar sem o benefício em dezembro

Foto: reprodução/Senado Federal

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bloqueou recursos do Auxílio Gás e 2 milhões de famílias podem ficar sem o benefício no fim do ano. O programa paga o gás de cozinha para pessoas de baixa renda e foi atingido pela tesourada determinada na Esplanada dos Ministérios.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome travou a liberação de R$ 262 milhões do Auxílio Gás, de acordo com levantamento da Associação Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).

O valor representa 14% do orçamento do programa (um total de R$ 1,8 bilhão) que ainda não foi liberado para os beneficiários. Considerando o número de famílias atendidas e o benefício pago atualmente, ou não vai ter dinheiro até o fim do ano ou algumas famílias ficarão desatendidas.

O ministério foi alvo de um bloqueio de R$ 262 milhões após dois decretos do governo. Todo o corte ficou em cima do Auxílio Gás, programa criado na gestão de Jair Bolsonaro, e nenhuma outra área foi atingida na pasta. O dinheiro das emendas parlamentares, por exemplo, foi poupado.

A pasta, comandada pelo ministro Wellington Dias, admitiu que a decisão “poderia afetar o Auxílio Gás, mas apenas em dezembro” e disse que colocou o bloqueio no programa porque não haveria prejuízos “neste momento”.

O ministério também afirmou que espera a liberação da verba travada até o fim do ano. Se isso não acontecer, se prepara para “remanejar recursos de outras ações orçamentárias”, ou seja, garantir o Auxílio Gás e deixar outras áreas sociais sem dinheiro.

O governo efetuou o bloqueio porque apontou risco de furar o teto de gastos públicos, conduta que pode levar ao impeachment de um presidente da República. Mesmo com essa imposição, são os ministérios que definem quais ações ficarão sem dinheiro garantido. O recurso só é destravado se a situação financeira se resolver – o que não tem prazo para acontecer.

Estadão Conteúdo

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Fila do INSS continua lenta, mesmo com programa do governo para reduzir espera por benefícios

Antes do programa ser lançado, em julho, quase 1,8 milhão de pessoas aguardavam atendimento. A maioria à espera de benefício assistencial ou previdenciário, como aposentadoria. E quase 600 mil dependendo da perícia médica.

O governo pretende reduzir o tempo de espera para 45 dias. Para isso, passou a pagar um bônus aos servidores que analisarem processos, além do horário de trabalho. No Portal da Transparência, o dado mais recente é de 28 de agosto. O número de pedidos parados estava em 1, 691 milhão – queda de 5,7%, em relação a junho.

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Brasil

Técnicos do TCU veem “promoção pessoal” de Lula em lives semanais em canais do governo

Foto: reprodução/Canal Gov

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) sugeriu que a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República seja advertida por causa da divulgação das lives semanais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais de órgãos oficiais do governo.

O parecer é relativo a uma representação proposta pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP). O caso vai a julgamento nesta quarta-feira (20), no plenário da Corte de Contas.

“No presente caso, havendo situações tanto de caráter informativo quanto de promoção pessoal no programa ‘Conversa com o Presidente’, conclui-se pela procedência parcial da representação”, diz o parecer da auditoria, que pode ou não ser acatado pelo plenário do TCU.

Orleans e Bragança apresentou prints do “Conversa com o Presidente” compartilhados nas redes sociais da Secom, da Presidência da República, da Casa Civil, da Secretaria de Relações Institucionais, do Ministério das Cidades, da TV Brasil e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e afirmou que há “uma estruturação da publicidade institucional direcionada à promoção” de Lula.

O programa “Conversa com o Presidente”, exibido às terças-feiras, é produzido pela EBC. Ele repete uma estratégia adotada por Jair Bolsonaro (PL) de realizar lives semanais para dialogar diretamente com correligionários.

O petista, no entanto, aderiu a outro formato — o programa é conduzido por um jornalista, exibido de manhã, com produção de som e de imagem –, que não tem o mesmo apelo de audiência.

Secom de Bolsonaro foi notificada em 2021

Em 2021, a Secom do ex-presidente foi notificada pelo TCU para se abster da “divulgação de peças publicitárias, ainda que em redes ou mídias sociais e digitais, não vinculadas aos fins educativo, informativo ou de orientação social, que enalteçam nominalmente o presidente da República, seus ministros de Estado ou qualquer outro detentor de cargo político”.

A sugestão dos auditores da Corte é de que a Secom de Lula seja advertida exatamente nesses mesmos termos, “devendo ser privilegiada a harmonia entre os julgados do Tribunal”.

De acordo com o parecer, tanto a Secom quanto os demais órgãos que compartilharam a “Conversa com o Presidente” devem ser alertados, arquivando-se o caso em seguida. Não há outras punições sugeridas no texto.

A Justiça foi mais severa com as lives de Bolsonaro durante a campanha eleitoral passada.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu proibi-lo de fazer as transmissões dentro de prédios públicos, como o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada, por entender que seria uma tentativa de “converter bens públicos de uso privativo, custeados pelo erário, em bens disponibilizados, sem reservas, à conveniência da campanha à reeleição”.

A CNN entrou em contato com a Secom questionando-a sobre a representação de Orleans e Bragança que vai a plenário nesta quarta. Não houve retorno até a publicação desta matéria.

CNN Brasil com informações de Estadão Conteúdo

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Planalto alega ‘agenda de viagens’ para justificar gastos de R$ 8 mi no cartão corporativo de Lula

Presidente Lula embarca para Cuba para a Cúpula do G77 | Agência BrasilFoto: Agência Brasil

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) afirmou nesta segunda-feira (18) que a maior parte dos gastos no cartão corporativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se deve às viagens oficiais para cumprir agendas no exterior. Dados do Portal da Transparência, que monitora o uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) pela Secretaria de Administração da Presidência da República, revelam que no chamado “cartão corporativo” do chefe do Executivo foram gastos quase R$ 8 milhões de janeiro a julho deste ano.

“O Brasil havia abandonado o seu protagonismo internacional e para reverter esse quadro o presidente Lula vem realizando uma intensa agenda de viagens internacionais em 2023, que resultaram diretamente em 111,5 bilhões de reais em novos investimentos para o país nos seis primeiros meses do ano”, disse a Secom, em nota.

O Palácio do Planalto ainda informou que a maior parte dos gastos com o cartão corportativo é referente a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais.

“Além de recuperar a imagem do país no exterior, o objetivo das viagens é também restabelecer as relações comerciais com parceiros importantes, o que resulta na atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas que contribuem diretamente para recuperação da capacidade do mercado interno, impulsionando a geração de emprego e renda no Brasil”, completa a nota.

R7

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(VÍDEO) Lula reconhece o que Bolsonaro fez pelas prefeituras e diz que vai no mínimo, igualar o FPM de 2022

 

A queda na arrecadação federal em 2023 e a consequente redução nos repasses de recursos a estados e municípios levaram prefeitos e governadores a pressionarem o governo federal por compensações. Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quinta-feira (14/9), que pedirá ao Congresso a aprovação de um piso nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, prevendo que nenhuma prefeitura receba menos do que recebeu em 2022, ainda que haja queda na arrecadação.

A pauta interessa a todos os partidos que governam cidades e estados e não deve ter dificuldade de ser aprovada em urgência no Congresso ainda nesta semana.

Lula anunciou ainda um repasse extra de R$ 1,6 bilhão aos governos estaduais, também como forma de compensar perdas em repasses.

O governo federal já havia anunciado a antecipação de R$ 10 bilhões aos estados, acelerando para 2023 o cronograma de repasses de 2024.

Metrópoles

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Documento secreto: Governo Lula ignorou protocolo de defesa do Palácio

A crise do GSI e a arte de salvar o PT e Lula de si mesmos - 20/04/2023 -  UOL NotíciasFoto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Um documento do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência revela que o governo Lula ignorou o protocolo de defesa que deveria ter sido acionado no 8 de Janeiro. Elevado ao grau de sigilo “secreto” após as depredações, com segredo de 15 anos, o Plano Escudo determina os procedimentos que o GSI deve adotar em situações de risco ao Palácio do Planalto.

A coluna Paulo Cappelli teve acesso ao protocolo e constatou que as diretrizes foram negligenciadas pelo governo. Para evitar invasões, o Plano Escudo estipula, por exemplo, a atuação conjunta das tropas de choque do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), do Batalhão de Polícia do Exército (BPE) e do 1º Regimento de Cavalarias de Guardas do Exército (1RCG). No dia 8, porém, apenas o BGP estava de prontidão quando o Palácio foi invadido.

O protocolo determina, ainda, a formação de quatro barreiras de contenção para evitar o acesso de invasores ao Planalto. As chamadas “linha branca”, “linha verde”, “linha azul” e “linha vermelha”.

As linhas branca e verde são compostas por policiais militares do Distrito Federal, que devem ser posicionados seguindo orientação da Coordenação-Geral de Segurança de Instalações do GSI. Ou seja: se o Plano Escudo tivesse sido acionado, o governo federal deveria ter orientado as tropas da PMDF. O que não ocorreu.

Procurado pela coluna, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência se manifestou por meio de nota. “O GSI informa que o Plano Escudo é documento operacional que possui classificação sigilosa e que os eventos relacionados ao dia 8 de Janeiro foram objeto de uma sindicância investigativa, cujos autos foram encaminhados ao STF, no âmbito do inquérito conduzido por aquela Corte.”

Paulo Cappelli – Metrópoles

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Governo registra rombo de R$ 45,2 bi em junho, terceiro pior mês da série histórica

Cédulas do realFoto: Divulgação

O governo registrou déficit primário de R$ 45,2 bilhões em junho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Tesouro Nacional. O resultado foi pior do que a mediana das expectativas coletadas pelo Ministério da Fazenda, que previa déficit de R$ 34,1 bilhões.

O déficit registrado é o terceiro maior para um mês de junho em termos reais na série histórica, iniciada em 1997. A maior parte do saldo negativo veio da Previdência Social (RGPS), que teve déficit de R$ 51,7 bilhões. O Tesouro e o Banco Central tiveram superávit de R$ 6,5 bilhões.

De acordo com os números do Tesouro, o déficit em junho veio de queda real de 26,1% na receita e acréscimo de 4,9% nas despesas.

Segundo o governo, parte da queda percentual na receita veio da base de comparação em relação a junho de 2022, que teve, na ocasião, R$ 27,5 bilhões adicionais oriundos da concessão da Eletrobras. No mesmo período do ano passado, o governo também contou com distribuição de R$ 19,5 bilhões em dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), enquanto nenhum pagamento foi feito em 2023.

Em nota, o Tesouro destacou também as quedas na arrecadação de Imposto de Renda (-R$8,7 bilhões) e CSLL (-R$2,5 bilhões) no resultado de junho.

Metrópoles

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Brasil

Líder do MST diz que ‘sempre haverá ocupação de terra’ e defende críticas se governo for ‘medroso’

Jovens e mulheres são porta-vozes da luta pelo resgate da democraciaFoto: Rafael Stedile/BdF

Fundador e principal liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile defendeu que o grupo tem o direito de tecer críticas ao governo Lula por ter ajudado a elegê-lo. Em entrevista ao site da revista Carta Capital, Stédile também alertou que “sempre haverá” ocupações de terra, sobretudo se o ritmo de distribuição de áreas para assentar não for considerado satisfatório.

— Compreendemos a natureza do governo, que é um governo de frente ampla, que tem uma composição bem ampla. Mas o nosso papel é ser sempre zelador dos interesses do povo. Naquilo que o governo fica lerdo, medroso, não toma iniciativa, nossa obrigação é criticar — afirmou o líder do MST à publicação de esquerda, antes de continuar: — Temos que ter autonomia e temos moral para criticar, porque nós ajudamos a eleger, então ele é nosso governo.

Perguntado se há previsão de novas ocupações de terra este ano, Stédile respondeu que “isso depende muito”. Nos primeiros meses de governo Lula, em especial durante o chamado Abril Vermelho — período em que o MST historicamente intensifica suas ações —, o ritmo das incursões do movimento foi alvo de críticas por parte de integrantes do Planalto.

O Globo

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STF

Moraes manda Lula apresentar plano para sem-teto em 120 dias

Governo de SP anuncia entrega de 50 alojamentos para moradores sem-teto e  lança campanha para arrecadar cobertores | São Paulo | G1Foto: Sérgio Lima/Poder360

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes deu 120 dias para o governo Lula apresentar um plano nacional para a população em situação de rua.

A decisão do ministro foi motivada por ação protocolada no Supremo pelos partidos Psol e Rede Sustentabilidade e pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Os autores da ação alegaram omissão do Executivo e do Legislativo com a implementação de políticas (estipuladas pelo Decreto nº 7.053/2009) para quem vive nas ruas.

Na decisão, Moraes afirma que o Judiciário deve intervir na questão para promover esforços para impedir a continuidade da violação de direitos humanos.

Na mesma decisão, Moraes determinou que Estados e municípios não podem:

  • realizar obras com arquitetura hostil contra a população de rua;
  • promover o recolhimento forçado de pertences pessoais;
  • remover as pessoas de maneira compulsória.

Poder360

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Brasil

Bolsonaro diz que Lula desconhece democracia ao falar em “derrotar o bolsonarismo”

Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu, em conversa com a CNN nesta segunda-feira (24), a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) sobre o bolsonarismo, em evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no domingo (23).

“Não persegui ninguém enquanto presidente. Para quem diz se orgulhar do comunismo, jamais saberá o que é a democracia. Infelizmente, a democracia que ele [Lula] conhece é a de Fidel Castro, de Nicolás Maduro, de Daniel Ortega“, disse à CNN Jair Bolsonaro.

Durante discurso em evento em São Paulo no último final de semana, Lula se referiu ao ex-presidente e aos apoiadores de Jair Bolsonaro.

“Nós derrotamos o Bolsonaro, mas não derrotamos os bolsonaristas ainda. Os malucos estão na rua, ofendendo pessoas, xingando pessoas e nós vamos dizer para eles que nós queremos fazer com que esse país volte a ser civilizado”, afirmou Lula na ocasião.

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