Brasil

Planalto alega ‘agenda de viagens’ para justificar gastos de R$ 8 mi no cartão corporativo de Lula

Presidente Lula embarca para Cuba para a Cúpula do G77 | Agência BrasilFoto: Agência Brasil

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) afirmou nesta segunda-feira (18) que a maior parte dos gastos no cartão corporativo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se deve às viagens oficiais para cumprir agendas no exterior. Dados do Portal da Transparência, que monitora o uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) pela Secretaria de Administração da Presidência da República, revelam que no chamado “cartão corporativo” do chefe do Executivo foram gastos quase R$ 8 milhões de janeiro a julho deste ano.

“O Brasil havia abandonado o seu protagonismo internacional e para reverter esse quadro o presidente Lula vem realizando uma intensa agenda de viagens internacionais em 2023, que resultaram diretamente em 111,5 bilhões de reais em novos investimentos para o país nos seis primeiros meses do ano”, disse a Secom, em nota.

O Palácio do Planalto ainda informou que a maior parte dos gastos com o cartão corportativo é referente a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais.

“Além de recuperar a imagem do país no exterior, o objetivo das viagens é também restabelecer as relações comerciais com parceiros importantes, o que resulta na atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas que contribuem diretamente para recuperação da capacidade do mercado interno, impulsionando a geração de emprego e renda no Brasil”, completa a nota.

R7

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Polêmica

Calotes e ameaças: Chega a 24 mil, o número de prejudicados pelo Hurb, no país

Hurb vai falir? Saiba o que está acontecendo em 2023

Medo de cancelamento de pacotes, dúvidas sobre pedidos de reembolso, revolta com o deboche e ameaças doex-CEO da empresa, João Ricardo Mendes, e até mesmo vergonha por ter convidado amigos para viajar pelo Hurb. Estes são os tópicos predominantes em um grupo de consumidores que alegam ter sido lesados pela agência de turismo digital nascida há 14 anos como Hotel Urbano.

Criado no Facebook, o grupo “Prejudicados pelo Hotel Urbano” já reúne 24,3 mil pessoas com o propósito de se “unir para processar” a empresa. Os integrantes afirmam, na descrição, que desejam que os gestores do Hurb “paguem pelos seus erros e aprendam a tratar seus clientes com respeito e honestidade”.

Nesta segunda-feira, o Hurb anunciou que João Ricardo Mendes vai deixar o comando da empresa. Em seu lugar, quem assume a empresa é Otávio Brissant, atual general council da companhia.

Uma cliente compartilhou neste domingo o drama que enfrenta após ter firmado contratos para fazer turismo por meio dos serviços do Hurb. “Estou com pacote para Dubai, Orlando, Chile, punta Cana, San Andres e Europa. Não sei se choro, se cancelo tudo, o medo é grande de perder toda essa grana deixada nessa empresa”, escreveu.

Uma outra consumidora sugere que os lesados entrem com processo em algum Juizado Especial Cível (JEC), caso ainda não tenham recebido o reembolso após os 60 dias úteis do cancelamento do pacote de viagem.

“Ingressem com ação no JEC que é bem mais rápido para resolver do que vcs ficarem aguardando a boa vontade da empresa! Infelizmente a solução é esta! JEC não precisa pagar advogado. Se informem nas suas cidades como proceder. Quem ainda está vivendo o sonho colorido de viajar, desejo boa sorte, mas quem já caiu na real parem de esperar e fazer perguntas que só tem 1 resposta: JEC- Juizado Especial Cível é quem pode resolver o problema antes de tudo ruir de vez e aí ficar todos sem estorno e sem viagem”, escreveu a consumidora.

Calotes, ameaças e deboche

O Hurb é alvo de milhares de queixas de clientes que compraram pacotes e não conseguem viajar. No entanto, João Ricardo Mendes, ex-CEO do Hurb, havia reagido às reivindicações dos consumidores com ameaças e deboche.

A crise no Hurb teve início durante a pandemia de Covid-19. No auge da propagação do coronavírus, a empresa vendeu pacotes turísticos com preços abaixo do valor de mercado. Mas agora a agência tem dificuldade para cumprir os contratos firmados.

Desde o começo do mês clientes relatam atrasos no pagamento a hotéis e pousadas pelo Brasil. Esses estabelecimentos então passaram a parar de receber novos hóspedes da startup carioca.

Mais de uma dezena de hotéis independentes publicaram nas redes sociais comunicados informando aos clientes que não vão mais aceitar check-ins de reservas feitas pelo Hurb. O problema afeta de pousadas a grandes redes hoteleiras de todo o país.

As reclamações foram tratadas com deboche pelo ex-CEO do Hurb. João Ricardo Mendes publicou um vídeo em 13 de abril no qual aparece descalço e caminhando sobre faixa de protesto de clientes lesados, transformando-a em capacho do seu escritório. A postagem traz ainda uma série de referências desconexas ao filme Matrix e ao universo geek.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.