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O governo registrou déficit primário de R$ 45,2 bilhões em junho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Tesouro Nacional. O resultado foi pior do que a mediana das expectativas coletadas pelo Ministério da Fazenda, que previa déficit de R$ 34,1 bilhões.
O déficit registrado é o terceiro maior para um mês de junho em termos reais na série histórica, iniciada em 1997. A maior parte do saldo negativo veio da Previdência Social (RGPS), que teve déficit de R$ 51,7 bilhões. O Tesouro e o Banco Central tiveram superávit de R$ 6,5 bilhões.
De acordo com os números do Tesouro, o déficit em junho veio de queda real de 26,1% na receita e acréscimo de 4,9% nas despesas.
Segundo o governo, parte da queda percentual na receita veio da base de comparação em relação a junho de 2022, que teve, na ocasião, R$ 27,5 bilhões adicionais oriundos da concessão da Eletrobras. No mesmo período do ano passado, o governo também contou com distribuição de R$ 19,5 bilhões em dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), enquanto nenhum pagamento foi feito em 2023.
Em nota, o Tesouro destacou também as quedas na arrecadação de Imposto de Renda (-R$8,7 bilhões) e CSLL (-R$2,5 bilhões) no resultado de junho.
Metrópoles
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