Judiciário

MPF vai à Justiça contra ‘padrões estéticos e de comportamento’ impostos por escolas militares

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Um dia depois de o governo Lula anunciar o fim do Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares), o MPF (Ministério Público Federal) ajuizou uma ação civil pública para proibir que colégios militares e cívico-militares “imponham padrões estéticos e de comportamento baseados na cultura militar”.

A ação quer vedar que essas escolas interfiram em decisões estritamente pessoais, “sem qualquer relação para a melhoria do ensino”, diz nota divulgada pelo MPF. “Tais como cabelos, unhas, maquiagem, tatuagem, forma de se vestir.”

A Procuradoria pede ainda que esses colégios “se abstenham de punir os alunos em virtude da apresentação pessoal”. Protocolada na Justiça Federal do Acre, a ação “tem efeitos nacionais”.

Para o MPF, a imposição de padrão estético uniforme aos alunos, quanto ao tipo de corte de cabelo, roupas, maquiagem e outros adereços possui impacto negativo desproporcional em indivíduos de grupos minoritários e revela verdadeira discriminação injustificável.

UOL

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Judiciário

Discussão com filho de Moraes não teve conotação política, dizem acusados em depoimento à PF

Foto: Reprodução

O empresário Roberto Mantovani Filho, sua esposa e filho, acusados de agredirem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, divulgaram, na noite desta terça-feira (18), por meio de seu advogado, Ralph Tórtima, uma nota na qual afirmam que, nos depoimentos que foram prestados à Polícia Federal hoje, disseram não haver qualquer envolvimento deles com ataques ao ministro, e que houve um “engano interpretativo”.

A nota diz que, “na data de hoje (18/07/2023), na Polícia Federal de Piracicaba, após mais de sete horas de depoimentos, deixaram assentado que: ‘não visualizaram ou encontraram o ministro Alexandre de Moraes, bem como qualquer familiar seu, na área de embarque do aeroporto de Roma’, conforme constou da representação por ele ofertada, evidenciando o engano interpretativo havido, o que torna claro que as pessoas que eventualmente o ofenderam ou cercearam seu deslocamento, são outras”.

Diz ainda que “que em nenhum momento foram ao encontro ou direcionaram qualquer ofensa ao ministro Alexandre de Moraes, quando o visualizaram, por segundos, na área de ingresso de uma sala VIP, situada no mezanino do aeroporto em questão”.

Eles afirmam terem admitido nos depoimentos que houve uma “discussão inicial havida entre a pessoa de Andréia e dois jovens, uma mulher e um homem” e que “somente quando chegaram ao Brasil souberam tratar-se do filho do ministro”, e que a discussão “se deu sem que ele estivesse presente, por razões outras, desvinculadas do seu cargo e, também, sem qualquer conotação política”.

Argumentam, contudo, que a discussão ocorreu após a esposa do empresário ter sido agredida. “Que foram, em especial Andreia, gravemente ofendidos por mencionado jovem que, em duas oportunidades, os desrespeitou, com ofensas extremamente pesadas, o que somente cessou quando da intervenção do ministro Alexandre de Moraes, que o reconduziu ao interior da sala VIP”, afirma.

Declararam na nota também que, nos depoimentos, “reiteram estarem seguros de que as imagens do aeroporto evidenciarão o quanto afirmaram em depoimento, especialmente a mais absoluta inexistência de qualquer ato que pudesse, sequer levemente, atingir a imagem pública do ministro Alexandre de Moraes”.

E por fim comentam a operação da PF hoje que fez uma busca e apreensão em sua residência em Santa Bárbara D’oeste.

“Que a despeito de terem sido interceptados pela Polícia Federal, ao saírem do avião, na chegada ao Brasil, sendo fotografados, filmados e interrogados, com suas identificações expostas publicamente; bem como a despeito de terem sido procurados no último domingo, às 6:00 horas da manhã, pela Polícia Federal, para oitiva agendada para aquele mesmo dia, horas depois; bem como o fato de terem tido mandado de busca cumprido em suas residências e locais de trabalho, nesta tarde, em busca de celulares e computadores, mesmo assim, a despeito de tudo, continuam acreditando na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e no Poder Judiciário, certos de que a Justiça prevalecerá após o encerramento das investigações.”

CNN Brasil, por Caio Junqueira

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Judiciário

OPERAÇÃO CALVÁRIO: Justiça Eleitoral flexibiliza cautelares de Ricardo, Márcia e investigados; entenda

Ricardo Coutinho e Márcia Lucena são investigados na Operação Calvário

O juiz Roberto D’Horn Moreira Monteiro da Franca Sobrinho, relator da Operação Calvário no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), relaxou, na semana passada, medidas cautelares impostas a investigados no processo que apura o desvio de recursos do Estado com mediante a contratação de Organizações Sociais durante a gestão Ricardo Coutinho (PT).

Na decisão, que corre em segredo de justiça, o magistrado entendeu que não se faz mais necessário, por exemplo, Ricardo se apresentar mensalmente à Justiça. O comparecimento agora será bimestral e em Brasília, onde o ex-governador reside.

Já sobre a ex-prefeita Márcia Lucena (PT) precisava viajar até João Pessoa todo mês para se apresentar ao juízo, o que agora acontecerá a cada dois meses no Conde, na Região Metropolitana da Capital.

No caso de Denise Pahim, que ainda usava tornozeleira eletrônica, foi autorizada a deixar de usar o equipamento e autorizou a investigada a ter contato com o esposo e a cunhada, também réus na ação.

Em relação com os demais alvos do Ministério Público, houve a flexibilização do comparecimento judicial, assim como foi decidido para Coutinho e Lucena.

Em relação a Ricardo, ele permanece proibido de ter contato com outras pessoas denunciadas pelo Ministério Público no âmbito da Operação Calvário.

MaisPB

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Judiciário

Abuso de confiança: Justiça mantém condenação de homem que furtou supermercado onde trabalhava na Paraíba

O Tribunal de Justiça da Paraíba manteve a condenação de um promotor de vendas que, com abuso de confiança, furtou mercadorias de um supermercado onde trabalhava, na cidade de Bayeux, na grande João Pessoa.

Segundo consta nos autos, os produtos eram retirados pelo acusado de maneira clandestina do interior do supermercado, se aproveitando ele do livre acesso que tinha ao estoque, e eram repassados a uma terceira pessoa.

O repasse era realizado após prévio contato via telefone/aplicativo WhatsApp, onde o destinatário dizia o que queria ou o acusado lhe informava quais produtos tinha disponíveis para encaminhá-lo.

O homem já estava sendo observado, porque foi constatado que ele vinha subtraindo produtos do estabelecimento onde trabalhava, de maneira reiterada, tais como: whiskys, vinhos e outras bebidas alcoólicas em geral, energéticos, azeites, molhos, dentre outros.

Ouvido pela polícia, o acusado confirmou que em duas ou três vezes por semana subtraiu produtos diversos, entre bebidas e outros gêneros alimentícios do supermercado.

No julgamento foi substituída a pena final imposta para três anos de reclusão e 15 dias-multa pela pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, conforme o voto do relator do processo, desembargador Ricardo Vital de Almeida.

Blog do BG PB

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Judiciário

Mulher é condenada por preconceito religioso contra terreiro de candomblé, em João Pessoa

Uma mulher foi condenada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) por crime de injúria qualificada por preconceito religioso, em João Pessoa. O caso ocorreu contra um terreiro de candomblé, que está estabelecido no local há uma década. Vídeos anexados ao processo demonstram a mulher ofendendo a religião e seus seguidores, além de atirar objetos no muro durante uma celebração.

O sacerdote da casa, Diego Logunsy, afirmou que essas situações tiveram início aproximadamente há cinco anos e citou alguns exemplos. Ele mencionou que a mulher costumava aumentar o volume do som em volumes extremos, colocando caixas de som no muro que divide sua propriedade com o terreiro, com o intuito de perturbar o ritual. Quando não utilizava esse som excessivamente alto, ela jogava sal grosso no telhado, aproveitando-se das brechas das telhas, o que fazia com que o sal caísse justamente dentro dos aposentos sagrados.

O babalorixá também relatou que a religião e seus seguidores foram alvo de ofensas verbais em várias ocasiões. A mulher afirmava que o candomblé era uma prática demoníaca, uma religião de marginais, maconheiros e drogados, e que todos os praticantes arderiam no fogo do inferno. Em um dos episódios em que a mulher gritou e lançou objetos contra o muro do local, as pessoas presentes ficaram extremamente assustadas, levando algumas a decidir deixar o ambiente.

A acusada recebeu a condenação de um ano de reclusão e 10 dias-multa pela 2ª Vara Criminal da Capital. Ela recorreu à Câmara Criminal, onde a sentença foi mantida.

F5 com informações G1 Paraíba

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Judiciário

Após denúncias, Justiça determina investigação contra cartórios de João Pessoa; confira documento

Como funcionam os cartórios em outros países? - Cartório no Brasil
O juiz Romero Carneiro Feitosa determinou que seja aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar contra os cartórios Decarlinto e o 7° Tabelionato de Notas, situados em João Pessoa.

A determinação ocorreu após uma denúncia oficializada na Vara de Feitos Especiais da capital, onde cita uma série de reclamações contra os dois cartórios.

No documento (veja abaixo) que o Polêmica Paraíba teve acesso, o denunciante alega irregularidades quanto a possíveis descontos aplicados em atos praticados pela Serventia Extrajudicial, há também suspeitas de que os tabeliães não tenham agido com cuidado em suas responsabilidades e tenham cometido comportamentos inadequados.

Confira documento

Diante das alegações presentes nas reclamações, foi instaurado o processo administrativo, com o intuito de apurar as supostas condutas irregulares praticadas pelos cartórios.

O processo administrativo disciplinar tem como objetivo específico esclarecer a verdade dos fatos constantes da representação ou denúncia associadas, direta ou indiretamente, ao exercício do cargo, sem a preocupação de incriminar ou exculpar indevidamente o servidor ou empregado.

Blog do BG PB com PolêmicaPB

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Judiciário

Barroso dá 48 horas para CPMI do 8 de Janeiro explicar quebra de sigilo de Silvinei Vasques

Réu e investigado, ex-diretor Silvinei Vasques se aposenta da PRFFoto: Reprodução

O ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para a CPMI do 8 de Janeiro prestar informações sobre a quebra de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.

“O pedido será analisado após as informações, em razão da excepcionalidade da apreciação de medidas de urgência”, afirmou o magistrado em despacho.

A defesa de Silvinei Vasques protocolou um mandado de segurança no STF nesta sexta-feira (14), alegando que a decisão da CPMI violam os “direitos à imagem e à privacidade” do ex-diretor-geral da PRF, garantidos pela Constituição Federal.

De acordo com o despacho, a defesa também argumenta que Vasques foi ouvido pelo colegiado, no último dia 20 de junho, na condição de testemunha, e não de investigado, “tendo prestado regularmente todas as informações solicitadas.”

Por fim, destaca que a decisão da CPMI de quebrar os sigilos não corresponde às condutas do ex-diretor-geral que “teriam contribuído para o ocorrido no dia 8 de janeiro de 2023, tampouco apresenta provas ou indícios da suposta autoria.

Depoimento

Em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, Silvinei Vasques negou ter direcionado as operações da PRF na região Nordeste no segundo turno das eleições presidenciais. Ele é investigado por usar o cargo para apoiar bloqueios ilegais em rodovias, dificultando o acesso de eleitores às urnas no que seria uma tentativa de interferir no resultado das eleições de 2022, supostamente beneficiando o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Na época, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a ampliar o horário de votação na região e pediu explicações à PRF. Segundo a coãrporação, o foco da operação era evitar possíveis crimes eleitorais.

Durante a oitiva, Vasques defendeu a atuação da PRF e afirmou que a corporação sofreu “a maior injustiça já realizada na história”.

Réu em ação por improbidade administrativa, por suposto uso indevido do cargo para pedir votos para o então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, Silvinei Vasques foi exonerado da direção-geral da PRF em dezembro de 2022.

R7

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Judiciário

ABUSO DE PODER: Relator no TRE vota pela cassação da prefeita de Bayeux, Luciene Gomes

O juiz Fábio Leandro de Alencar Cunha, do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), votou, na tarde desta quinta-feira (13), pela cassação dos mandatos da prefeita de Bayeux, Luciene Gomes, e do vice-prefeito, Clecitoni de Albuquerque. Os dois são acusados de abuso poder político nas eleições de 2020.

No voto, o magistrado votou pela realização de novas eleições e comunicado imediato à Câmara de Bayeux para que o presidente do legislativo municipal assuma o poder executivo. O julgamento, no entanto, foi suspenso até o dia 27 de julho após o pedido de vista da desembargadora Agamenilde Dias.

Segundo o processo e a decisão da Primeira Instância, Luciene Gomes e Clecitoni de Albuquerque teriam se beneficiado durante o processo eleitoral com a distribuição de cestas básicas e nomeação de servidores públicos em período vedado pela legislação eleitoral.

MaisPB

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Judiciário

Unimed-JP é condenada a indenizar família de criança em R$ 10 mil por demora no atendimento

Covid-19: cresce 32% número de atendimentos na Unimed-JP, alerta CRM-PB
Foto: Ilustração

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba condenou a Unimed João Pessoa a pagar indenização, por danos morais, no valor de R$ 10 mil, devido à falha no atendimento a uma criança de cinco anos de idade. De acordo com os autos, o menor sofreu um acidente doméstico e foi atendido por médico pediatra, que solicitou avaliação por cirurgião pediátrico de plantão, mas nenhum dos dois plantonistas foi localizado.

“Importante destacar que trata-se de falha na prestação de serviço médico no atendimento de um menor com apenas 5 anos de idade ao tempo do acidente, quando se está diante de situação que colocou em risco o bem maior do ser humano, qual seja, a vida”, destacou o relator do processo, juiz convocado Aluízio Bezerra Filho.

O relator deu provimento ao recurso, oriundo da 15ª Vara Cível da Comarca da Capital, para majorar o valor da indenização de R$ 3 mil para R$ 10 mil. “No caso dos autos, verifico que a indenização fixada no importe de R$ 3.000,00 deve ser majorada para se adequar aos parâmetros da razoabilidade e da proporcionalidade, de forma que a quantia de R$ 10.000,00 se mostra compatível com a conduta da instituição de saúde”, pontuou. Da decisão cabe recurso.

Blog do BG PB

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Brasil

“Nós derrotamos o bolsonarismo”, diz Barroso em evento da UNE

Ministro do STF Luís Roberto Barroso participa da abertura do 59º Congresso da UNEFoto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso fez críticas ao “bolsonarismo” e reagiu às vaias que recebeu de um grupo ligado a profissionais da área de enfermagem, nesta quarta-feira (12), enquanto discursava no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE).

“Já enfrentei a Ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo”, afirmou Barroso.

Em seguida, o ministro enfatizou em seu discurso: “Saio daqui com as energias renovadas pela concordância e discordância porque essa é a democracia que nós conquistamos.”

“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, citou.

As falas de Barroso foram uma reação a um grupo de manifestantes que protestava contra ele no Congresso da UNE. Além das vaias, eles carregavam uma faixa com a frase “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”.

CNN Brasil

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