Brasil

Câmara aprova aumento de pena para crime de injúria racial

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7) proposta que inclui agravantes para o crime de injúria racial, cuja pena é aumentada de 1 a 3 anos de reclusão para 2 a 5 anos. A proposta seguirá para sanção presidencial.

Embora desde 1989 a legislação tenha tipificado crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, a injúria continua tipificada apenas no Código Penal.

Assim, a pena de 1 a 3 anos de reclusão continua para a injúria relacionada à religião ou à condição de pessoa idosa ou com deficiência, aumentando-se para 2 a 5 anos nos casos relacionados a raça, cor, etnia ou procedência nacional.

Outra novidade na redação proposta é que todos os crimes previstos nessa lei terão as penas aumentadas de 1/3 até a metade quando ocorrerem em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação.

Na interpretação da lei, o juiz deve considerar como discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida e que usualmente não se dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência.

Quanto à fase processual, seja em varas cíveis ou criminais, a vítima dos crimes de racismo deverá estar acompanhada de advogado ou de defensor público.

Em relação ao crime de injúria em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional, a pena é aumentada da metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas.

Funcionário público

Quando esse crime de injúria racial ou por origem da pessoa for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, a pena será aumentada de um terço.

O conceito de funcionário público que deve ser usado é o do Código Penal, que inclui aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, abrangendo as empresas estatais ou prestadoras de serviço contratadas ou conveniadas para executar atividade típica da administração pública.

O agravante será aplicado também em relação a outros dois crimes tipificados na Lei 7.716/89:

– praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional: reclusão de 1 a 3 anos e multa;
– fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada para fins de divulgação do nazismo: reclusão de 2 a 5 anos e multa.

Para esses dois tipos de crime, se a conduta ocorrer “no contexto de atividades esportivas, religiosas, artísticas ou culturais destinadas ao público”, será determinada pena de reclusão de 2 a 5 anos e proibição de o autor frequentar, por três anos, locais destinados a práticas esportivas, artísticas ou culturais destinadas ao público, conforme o caso.

Sem prejuízo da pena pela violência, quem dificultar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas será punido com reclusão de 1 a 3 anos e multa.

Redes sociais

Para todos esses crimes, exceto o de injúria, o texto atualiza o agravante (reclusão de 2 a 5 anos e multa) quando o ato é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou de publicação de qualquer natureza, incluindo também os casos de postagem em redes sociais ou na internet.

Blog do BG PB

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Paraíba

Daniella, Nilda e Veneziano votam a favor PEC do Estouro, aprovada em segundo turno no Senado

ICMS dos combustíveis: confira votos dos senadores da Paraíba ao PL 18/22

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estouro foi aprovada, nesta quarta-feira (7), no plenário do Senado Federal, por 64 votos a 13. Não houve abstenção. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados.

Os três senadores paraibanos Veneziano Vital (MDB), Nilda Gondim (MDB) e Daniella Ribeiro (PP) foram favoráveis à proposta. No primeiro turno, foram 64 votos a 16. Eram necessários ao menos 49 parlamentares favoráveis. No segundo turno, foram 64 votos a 13.

Na última terça-feira (6), a medida passou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) depois de acordo. O teto de gastos públicos foi expandido em R$ 145 bilhões por dois anos, viabilizando a manutenção do Auxílio Brasil, que deverá voltar a se chamar Bolsa Família, em R$ 600 no próximo ano.

 

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Paraíba

PM descobre fábrica de máquinas caça-níqueis dentro de cassino clandestino em JP

PF apreende caça-níqueis em camarote que imitava cassino na Sapucaí

Policiais do Batalhão Especializado de Polícia Turística (BEPTur), Choque e Batalhão Especializado de Policiamento com Motocicletas (BEPMotos) da Paraíba realizaram uma operação que resultou na apreensão de 28 máquinas caça-níqueis na noite desta quarta-feira (7) em uma casa de jogos de azar, que funcionava no bairro de Manaíra, em João Pessoa. O imóvel, na Avenida Pombal, estava sendo monitorado pela polícia após denúncias de uma movimentações suspeitas.

De acordo com o Tenente Thierry, do BEPTur, a casa estava sendo observada há cinco dias. Além dos caça-níqueis, a polícia encontrou material para fabricação dessas máquinas, além de uma grande quantia em dinheiro. Uma pessoa foi presa e o dono do local identificado.

“Já vinhamos monitorando a residência e, junto com as guarnições do choque, fizemos a averiguação e constatamos que havia 28 máquinas de bingo eletrônico no interior do imóvel, uma vasta quantia em dinheiro, resultante de apostas, e ainda uma série de materiais eletrônicos para montagem de mais máquinas de jogos de azar. Fizemos imediatamente a apreensão do material, a prisão dos envolvidos que irão responder um termo circunstanciado de ocorrência”, disse.

“Uma pessoa foi presa e o proprietário da residência identificado. Outras pessoas suspeitas de ter envolvimento devem ser investigados. Alguns clientes estavam no local. Vemos que ainda hoje existem pessoas que tem esse vício em jogos e acabam prejudicando as próprias vidas”, completou.

Todo material foi levado para a Central de Flagrantes, no bairro do Geisel, Zona Sul de João Pessoa.

Com informações do Portal T5

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Política

TRAIÇÃO: Prefeito acusa vereadores de criar ‘rebelião’ contra gestão, na PB e dispara: ‘não tenho medo’

Clinton Medeiros - Alerta contra prefeito de Sousa-PB
O prefeito de Sousa, no sertão paraibano, Fábio Tyrone, classificou de “trama” a ala da bancada governista que abriu dissidência e se rebelou na disputa pela Mesa Diretora da Câmara Municipal.

O grupo divergente é liderado pelo vereador Novinho de Carlão, que se aliou aos dois vereadores da oposição, Bruna Verás e Cacá Gadelha.

“Me traíram da maneira mais vil possível. A minha luta vai continuar contra esses negociantes da política. Eu não tenho medo não”, disse Tyrone, durante audiência pública ontem, (07) na sede do Poder Legislativo local.

Blog do BG com MaisPB

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Brasil

CARLOS PEREIRA: O estelionato secreto de Lula

Assim como a democracia necessita de partidos que percam eleições para que o jogo político seja considerado democrático, o presidencialismo multipartidário necessita dotar o presidente de “moedas-de-troca” discricionárias para que tenha condições de montar e gerenciar maiorias legislativas.

Partidos no Brasil não participam de coalizões programáticas ou baseadas em identidades ideológicas. O apoio político à agenda do presidente é fundamentalmente consequência de ganhos políticos e financeiros ofertados estrategicamente pelo chefe do Executivo.

Essas trocas podem acontecer sob limites éticos, por meio de moedas legais e institucionalizadas (como ministérios, cargos na burocracia, recursos orçamentários etc.) ou podem descambar para práticas corruptas a partir de moedas de recompensa ilegais ou pouco transparentes (como mensalão, petrolão ou orçamento secreto).

É um equívoco defender que todos os parlamentares devam receber de forma igualitária os mesmos recursos orçamentários. Os partidos mais fiéis ao presidente precisam ser sobre recompensados em relação aos de oposição. É esse “bônus” que gera incentivos para que participem da coalizão do presidente e a governabilidade seja alcançada.

Se existe algum aspecto positivo no orçamento secreto seria justamente o fato da sua alocação e execução não obedecerem a uma lógica igualitária.

Entretanto, os ministros da Suprema Corte ainda teriam vários outros motivos para considerar o orçamento secreto inconstitucional no julgamento que hoje se inicia.

Em primeiro lugar, o orçamento secreto corrompe a lógica do presidencialismo multipartidário tornando-o disfuncional. O chefe do Executivo se enfraquece ao deixar de ser o coordenador do jogo legislativo que passa a ser exercido pelos presidentes das Casas legislativas.

Os partidos também se enfraquecem, pois a disciplina partidária tende a diminuir. Parlamentares passam a ter incentivos de cooperar com os presidentes da Câmara e do Senado para ter acesso a recursos orçamentários e não mais com o líder do partido.

O orçamento secreto não é baseado em um projeto tecnicamente elaborado e aprovado, como as emendas individuais e coletivas, o que diminui tanto a sua eficiência alocativa como sua fiscalização pelos órgãos de controle. Em que pese a alocação do orçamento secreto não ser transparente, sua execução não é impositiva.

A decisão de Bolsonaro de não executar o restante das emendas de relator deste ano fiscal deu um nó nas negociações de Lula com Arthur Lira para a aprovação da “PEC do fura teto” em troca da manutenção do orçamento secreto. Seria o equivalente a um “cartão vermelho” que Bolsonaro colocou no bolso do Lula para que ele use contra o Arthur Lira. Resta saber se Lula terá inteligência e coragem para usá-lo ou se ele vai preferir trair seus eleitores.

Em sua campanha, Lula classificou o orçamento secreto como “usurpação de poder” e como a “maior excrescência da política orçamentária do país”. Chegou até a chamar Bolsonaro de “bobo da corte” por não mais coordenar o orçamento. Ao que parece, é Lula quem está prestes a fazer de bobo seus eleitores com esse estelionato eleitoral.

Estadão

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Brasil

“Golpe militar nunca foi cogitado”, diz Flávio Bolsonaro

Se alguém ainda imagina que Jair Bolsonaro tentará um golpe militar para evitar a posse de Lula, está enganado. O senador Flávio Bolsonaro afirmou à coluna que o presidente não planeja qualquer movimento de ruptura institucional.

Isso, garante – apesar das sucessivas críticas do pai às urnas eletrônicas e das manifestações de apoiadores em portas de quartéis.

“Nunca houve essa conversa de golpe (militar). Um golpe nunca foi cogitado. Muitos em Brasília estavam tentando se proteger de algo que nunca existiu. Bolsonaro sempre agiu e agirá dentro da Constituição Federal”, afirmou Flávio Bolsonaro, ressaltando que não será criado empecilho para a posse de Lula.

O parlamentar, contudo, adianta que a pauta do voto impresso continuará a ser pleiteada por deputados e senadores bolsonaristas na próxima legislatura. Uma PEC que propunha a medida foi levada a plenário e rejeitada pela Câmara em agosto de 2021.

Flávio afirma ainda que, ao longo dos próximos anos, Bolsonaro buscará se manter como a principal voz de oposição ao governo Lula.

Para tentar conservar o protagonismo no cenário político, Bolsonaro pretende permanecer em Brasília mesmo após o fim do mandato, em vez de retornar para o Rio de Janeiro, seu reduto eleitoral.

Como a coluna mostrou nesta terça-feira (6/12), Bolsonaro procura uma casa para morar na capital federal. A ideia é que o imóvel funcione também como uma espécie de “QG” de políticos de oposição a Lula. O foco já está em 2026.

Metrópoles

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Brasil

Plenário do Senado deve votar hoje a PEC do estouro, que expande o teto de gastos em R$ 145 bi

O plenário do Senado deve votar na tarde desta quarta-feira (6) a proposta de emenda à Constituição (PEC) do estouro. A matéria busca expandir o limite do teto de gastos em R$ 145 bilhões para o governo do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), arcar com os custos, principalmente, do Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado de Bolsa Família.

Na terça-feira (6), a PEC foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. No colegiado, a proposta sofreu alterações. A redação original previa a ampliação do teto de gastos em R$ 175 bilhões apenas para bancar o Auxílio Brasil, além de outros R$ 22,9 bilhões provenientes de excesso de arrecadação para outras despesas.

O texto substitutivo aprovado na CCJ, no entanto, propõe o aumento do limite do teto de gastos para R$ 145 bilhões. Além disso, a versão inicial da PEC sugeria que a ampliação do teto valesse pelos próximos quatro anos, mas o colegiado definiu que a medida valerá apenas para 2023 e 2024.

R7

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Brasil

Gleisi presta apoio à Cristina Kirchner após condenação por corrupção: “O PT está ao seu lado”

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) Gleisi Hoffmann prestou apoio a Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina. Kirchner foi condenada, nesta terça-feira (6/12), a seis anos de prisão por corrupção e pode ficar inelegível.

Gleisi afirmou que Kirchner é “vítima de perseguição e politização do judiciário”. “O PT está ao seu lado, força, a verdade vencerá!”, escreveu a petista.

A vice-presidente da Argentina é acusada de liderar um esquema de desvio de verbas públicas. A política argentina é investigada, desde 2019, por associação ilícita e fraude ao Estado, junto a outros 12 réus no caso – todos empresários e ex-funcionários do governo dela (2007-2015) e do marido e antecessor, Néstor Kirchner (2003-2007).

Kirchner não será presa, apesar da condenação, pois tem foro privilegiado. A vice-presidente pode recorrer da decisão da Justiça até que chegue à Corte Suprema de Justiça. Apoiadores de Kirchner tomaram as ruas na Argentina para protestar contra a decisão.

Metrópoles

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Política

Mercadante descarta aumento para servidor em 1º momento do governo Lula

Mercadante é escalado por Lula para discutir ajustes no Orçamento de 2023 |  Brasil e Política | Valor Investe
O coordenador dos grupos temáticos do Gabinete de Transição, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira (6/12) que não haverá reajuste de salários de servidores públicos federais no primeiro momento do governo Lula.

“Os servidores que ficaram sete anos sem reajuste não podem esperar que o governo que entra daqui a um mês possa fazer um reajuste retroativo por uma perda, que nós reconhecemos, porque não tem esse recurso no orçamento”, disse.

Segundo Mercadante, o reajuste ainda depende da PEC da Transição, que aumenta o limite do teto orçamentário em R$ 175 bilhões. O texto está em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça.

“Vamos aguardar a aprovação do orçamento e ver qual é a margem que teremos em relação a um reajuste para os servidores”, declarou. “Nós não podemos ter nenhum compromisso com recurso que nem sabemos se vamos ter.”

Metrópoles

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Paraíba

TCE-PB adia análise das contas de João Azevêdo para a próxima semana

Contas de João Azevedo de 2020 são rejeitadas por unanimidade no TCE –  Parlamento PB

O Pleno do Tribunal de Contas do Estado Paraíba adiou para a próxima terça-feira (13), às 9h, a apreciação das contas do Governador do Estado, relativas ao exercício de 2021. O pedido foi feito pelo Procurador Geral do Estado, Fábio Andrade, que alegou a necessidade de anexar aos autos publicações do Diário Oficial feitas no exercício, que segundo ele, são fundamentais para incrementar a defesa, especificamente, em relação aos contratos de servidores pela Secretaria de Saúde.

O relator do processo, conselheiro Antônio Nominando Diniz, explicou que o procurador anexou aos autos o ofício nº 113.994/22, solicitando o adiamento da análise das contas governamentais. Observou que o requerimento merece acolhida, tendo em vista que a questão dos servidores contratados de forma precária consta entre os itens de irregularidades e precisa de esclarecimentos, disse ele ao propor o encaminhamento à Auditoria. O presidente da Corte, conselheiro Fernando Catão, colocou o pedido em votação, sendo aprovado à unanimidade.

As contas anuais do Governador João Azevedo Lins Filho estavam agendadas para esta terça-feira (06), às 9hs, em sessão extraordinária. O conselheiro Nominando Diniz, relator (Proc. TC nº 03480/22), explicou que o procurador justificou por meio de documentos anexados ao requerimento nº 4004/22. Reiterou que o processo já conta com Parecer Ministerial e está devidamente instruído para análise em plenário.

Consta no relatório técnico do Tribunal de Contas a verificação dos limites constitucionais, execução orçamentária, balanços e demonstrações financeiras, bem como outros subsídios que concorram para o conjunto de elementos que possam influir no parecer conclusivo. O relatório é submetido ao gestor para eventual defesa. Após última análise, vai ao Ministério Público de Contas para emissão de parecer.

Com base nos estudos das unidades técnicas da casa, bem como no Parecer emitido pelo Ministério Público de Contas junto ao TCE, o relator encaminha seu voto, que será submetido ao Pleno, em sessão extraordinária. É elaborado o parecer prévio favorável ou não, sobre as contas do Governador. Este parecer é votado pelos conselheiros do TCE, e na sequência, após a análise dos recursos cabíveis, será encaminhada à Assembleia Legislativa, a quem cabe o julgamento definitivo das contas.

ParlamentoPB

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