Brasil

Benefício para automóveis não é suficiente, diz Tebet

Simone Tebet defende que o Congresso faça todos os questionamentos, mas que não deixe de votar a reforma tributária

 

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse nesta 4ª feira (28.jun.2023) não basta dar benefícios para a indústria automotiva no Brasil. Ela defende que é preciso aprovar a reforma tributária para conseguir reduzir o Custo Brasil, que seria, segundo a ministra, o motivo para empresas fecharem. A Volkswagem paralisou na 3ª feira (27.jun) todas suas fábricas no país.

“Reforma tributária é a única bala de prata que temos para resolver problema do custo Brasil. As empresas fecham no Brasil em função do custo do Brasil. Segurança jurídica, previsibilidade e credibilidade nós já estamos dando. Esse é um novo momento do país, equipe econômica está no caminho certo em relação ao fiscal, mas tem a parte tributária”, afirmou.

Para Tebet, notícias como a do fechamento das fábricas da empresa alemã são “recado muito claro” para o governo mudar o “caótico” sistema tributário. A ministra declarou que programas de benefício para as empresas automotivas não bastam para resolver a questão.

“Significa que isso não basta, que não podemos ficar só com remendos. Temos que mexer na base, e mexer na base significa mexer no sistema tributário brasileiro. Tem que colocar o Brasil produtivo no mesmo grau de competitividade do mundo competitivo, e isso passa, obviamente, com o pagamento de impostos”, disse. 

A paralisação das fábricas da Volks ocorre 3 semanas depois de o governo anunciar incentivo de R$ 500 milhões ao setor de automóveis para fomentar as vendas de carros. Questionado sobre a paralisação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que não iria comentar.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté já havia anunciado uma paralisação de 3 dias que deveria começar na 2ª feira (26.jun). A entidade justifica a decisão por causa da manutenção da Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao ano na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Tebet também defendeu que faz parte do processo de controlar o custo Brasil ter juros mais baixos para que as empresas tenham a previsibilidade de que conseguirão arcar com o crédito.

Poder360

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Brasil

André Mendonça vê perseguição no voto para tornar Bolsonaro inelegível

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça disse não poder compactuar com “perseguição”, ao comentar o voto do ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à inelegibilidade por 8 anos, por ataques públicos ao processo eleitoral no Brasil.

A declaração do ministro indicado ao STF por Bolsonaro foi dada a repórteres em Portugal, onde participa, nesta quarta-feira (28), do Fórum Jurídico de Lisboa.

Mendonça disse esperar um julgamento justo, em que não sejam cerceados direitos, por conveniência ou circunstância, com base em divergências ideológicas.

“Não acompanhei o julgamento, vi rapidamente pela imprensa. Voto numa direção prejudicial ao ex-presidente… O que espero é um julgamento justo. Assim como nós não queremos perseguição para um lado, assim como se critica perseguição a certos atores políticos, nós não podemos, por conveniência ou circunstância, compactuarmos com atitudes que não garantam os mesmos direitos de defesa e de justiça para quem não pensa ideologicamente como nós”, avaliou Mendonça.

Diário do Poder

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Brasil

Brasil chega a 203 milhões de habitantes e tem menor crescimento da história, diz IBGE

Rua de São Gonçalo nem tão cheia assim: cidade foi uma das que encolheu desde 1990Foto: Reprodução

No mais completo retrato da população brasileira, o IBGE começa a divulgar nesta quarta-feira (28) os resultados do Censo Demográfico de 2022 e contou nada menos do que 203.062.512 de habitantes no país. O número representa um aumento de 12 milhões em relação a 2010, data do último levantamento.

E surpreende pelo ritmo acelerado da transição demográfica do país. Nunca a população do país cresceu tão pouco. Em média, foi apenas 0,52% ao ano nos últimos 12 anos, a menor taxa já registrada desde o primeiro Censo, realizado em 1872. Grandes cidades já veem sua população encolher.

Estas são as primeiras informações que ajudam a traçar uma fotografia do Brasil depois da pandemia de Covid-19. A pesquisa deveria ter ido a campo em 2020, mas a crise sanitária e o impasse orçamentário com o governo federal, durante a gestão de Jair Bolsonaro, atrasaram a coleta. O último Censo foi realizado em 2010 e, de lá pra cá, o instituto realizava projeções para estimar o tamanho da população brasileira.

O resultado indica que o país cresce a um ritmo de crescimento cada vez menor. Desde o Censo de 1970 a taxa de crescimento vem caindo, mas nunca foi tão baixa. Entre 2000 e 2010, a população avançava 1,17% ao ano. Em pouco mais de uma década, o crescimento da população caiu a menos da metade: passou para 0,52% ao ano.

Apesar disso, houve uma alta de 34% no número de domicílios: agora há 90,6 milhões de lares no país. Em 2010, eram 67,6 milhões.

O Globo

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Brasil

IBGE divulga dados do Censo Demográfico 2022 nesta quarta

Dados preliminares do Censo 2022 mostram aumento de 11% na população de  João Pessoa | Paraíba | G1Foto: Rizemberg Felipe/Jornal da Paraíba

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga às 10h desta quarta-feira (28) os dados da população nacional levantados no Censo Demográfico 2022, que enfrentou uma série de atrasos na apuração da pesquisa e teve um impasse sobre o período de divulgação.

Em uma nota publicada no dia 31 de março e atualizada posteriormente em seu site, o Ministério do Planejamento e Orçamento do governo Lula havia afirmado que o IBGE anunciaria os dados preliminares do Censo em 5 de maio.

Três dias antes da data, porém, o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, foi questionado sobre a data em um seminário organizado pelo Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Ele disse que daria a data certa no dia seguinte, quando anunciou o dia 28 de junho.

A contagem do Censo começou no dia 1º de agosto de 2022. Inicialmente, o IBGE planejava encerrar essa etapa em três meses, até outubro.

Folha de S. Paulo

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Brasil

Um em cada dez pequenos industriais pode fechar as portas em até três meses, aponta pesquisa

Pequena indústria espera volta dos negócios, mas desconfia de retomada da  economia | O PopularFoto: Palácio Piratini

Em meio aos juros altos e ao aumento da capacidade ociosa, um em cada 10 pequenos industriais admite o risco de fechar as portas nos próximos três meses, de acordo com dados do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi) obtidos com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

“Os 10% são um número extremamente elevado que existe de empresas fechando. O esforço tem que ser exatamente ao contrário, porque se o Brasil quer gerar emprego, se quer gerar oportunidades, ele precisa ter empresas. Se não tem empresa, não tem emprego, não tem imposto, não tem nada de produção, não tem distribuição de renda via trabalho, por aí afora. Então esse número de 10% nos preocupa, sim. Esse número tem que ser reduzido substancialmente”, alertou Joseph Couri, presidente do Simpi.

Menos da metade (48%) dos pequenos industriais funcionavam em maio com plena capacidade produtiva. Na pesquisa anterior, referente a fevereiro e março, essa fatia em funcionamento normal era de 50%. Os dados são do Indicador Nacional da Micro e Pequena Indústria, com informações coletadas entre 9 e 29 de maio pelo Datafolha, sob encomenda do Simpi.

“Piorou a produção, e aumentou a capacidade ociosa da empresa”, explicou Couri.

A região Sul tinha a maior proporção de micro e pequenas indústrias funcionando com algum nível de ociosidade, 60%. Apenas 40% das companhias locais estavam operando normalmente.

No Nordeste, 47% das micro e pequenas indústrias funcionavam normalmente; no Sudeste, 53%; e no Centro-Oeste e Norte, 51%. Em São Paulo, 56% das empresas pesquisadas tinham funcionamento normal, contra uma fatia de 44% que enfrentavam algum grau de paralisação de atividades.

Couri diz que a taxa de juros em patamar elevado é o principal elemento por trás das dificuldades enfrentadas atualmente pela micro e pequena indústria brasileira, uma vez que encarece o custo de manutenção do negócio e reprime a demanda de consumidores.

“Se você pegar os dados da pesquisa, 66% das empresas estão sendo muito prejudicadas pela taxa de juros. Você tem mais 16% sendo prejudicados. Ou seja, 82% das micro e pequenas indústrias do Brasil estão sendo prejudicadas (em alguma magnitude) pelas taxas de juros”, ressaltou Couri, com base nos achados da pesquisa.

A taxa básica de juros, a Selic, está no patamar de 13,75% ao ano desde agosto de 2022. Couri ressalta que, mesmo que se inicie em breve o esperado ciclo de cortes, as reduções serão modestas e o impacto defasado sobre a economia real atrasará o alívio sentido pelos pequenos industriais.

“Isso afeta diretamente emprego, porque, infelizmente, nós estamos demitindo mais do que contratando”, disse Couri.

A pesquisa de maio mostra que 13% das empresas precisaram recorrer ao cheque especial como capital de giro, além de outros 7% de empresários apelando a empréstimo pessoal para essa finalidade.

“Nós temos uma restrição de crédito forte somada a uma taxa de juros extremamente elevada, inibidora da produção”, concluiu Couri.

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Brasil

Julgamento de Bolsonaro no TSE continua nesta sexta; veja próximos passos

Entenda a ação que pode levar à inelegibilidade de BolsonaroFoto: REUTERS/Adriano Machado

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) continuará na próxima quinta-feira (29), em sessão a partir das 9h.

Na última terça-feira (27), o relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou para condenar Bolsonaro e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos. Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro à reeleição no ano passado, foi absolvido por “não ter sido demonstrada sua responsabilidade na acusação”.

Os demais ministros votarão nesta quinta-feira na seguinte ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Para formar maioria são necessários quatro votos.

Conforme o regimento interno da Corte Eleitoral, caso algum magistrado solicite vista do processo, deverá devolver os autos para a retomada do julgamento em até 30 dias, renováveis por mais 30 dias.

O processo contra o ex-presidente teve como origem uma ação de autoria do Partido Democrático Trabalhista (PDT) referente a uma reunião de Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022.

CNN Brasil

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Brasil

VÍDEO: Relator vota por inelegibilidade de Bolsonaro e opta por salvar Braga Netto

Benedito Gonçalves começa a votar em ação que pode tornar Bolsonaro  inelegívelFoto: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro Benedito Gonçalves votou, nesta quinta-feira (27), para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos.

O magistrado é o relator da ação em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma reunião de Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022, em um processo em que o PDT o acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicações.

Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa à reeleição nas eleições do ano passado, foi absolvido por “não ter sido demonstrada sua responsabilidade na acusação”.

Para Benedito, ficou comprovado abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião em que o ex-chefe do Executivo fez ataques ao sistema eleitoral.

A corte eleitoral retomou a análise do caso nesta terça-feira com o voto do relator.

Os demais ministros votarão na sessão que continuará na próxima quinta-feira (29), com a seguinte ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes.

Em 22 de junho, na primeira sessão de análise, se manifestaram os advogados das partes e o Ministério Público Eleitoral (MPE).

CNN Brasil

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Brasil

Volkswagen suspende produção de carros no Brasil por “estagnação do mercado”

A Gazeta | Volkswagen suspende produção de carros no Brasil por 'estagnação  do mercado'Foto: Divulgação

A Volkswagen anunciou nesta terça-feira (27) a suspensão temporária da produção de carros em suas três fábricas no Brasil. De acordo com a empresa, a medida foi adotada por “estagnação do mercado”. A decisão da montadora ocorre em plena vigência do programa de incentivo do governo federal à indústria automotiva, iniciado em junho, que oferece descontos para a aquisição de veículos que custam até R$ 120 mil.

A empresa informou que a fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, está com um turno em layoff (modelo de suspensão temporária de trabalho) desde 5 de junho. A medida deve durar entre dois e cinco meses. O outro turno na mesma indústria parou nesta semana, em regime de banco de horas (e não em layoff).

Segundo a empresa, todas as “as ferramentas de flexibilização” do trabalho adotadas “estão previstas em acordo coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”.

Desde o início do ano – e até o começo deste mês –, ocorreram pelo menos 14 paralisações em fábricas de automóveis.

Metrópoles

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A conversa entre Xandão e os dois ministros do TSE que podem pedir vista e beneficiar Bolsonaro

A conversa entre Xandão e os dois ministros do TSE que podem pedir vista e beneficiar Bolsonaro

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu na semana passada aos ministros Raul Araújo e Nunes Marques que eles não peçam vista durante o julgamento que pode resultar na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Antagonista

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Brasil

Lula reclama de comida servida na Europa

Presidente francês, Emmanuel Macron, recebe Lula para jantar oficial em Paris - 22/06/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou os almoços servidos na França e na Itália durante transmissão ao vivo nesta terça-feira (27). Lula almoçou com o presidente francês Emmanuel Macron na última sexta-feira (23) e com o presidente italiano Sergio Mattarella na quarta-feira (21), durante a viagem à Europa em que se encontrou também com o papa Francisco.

Em sua fala, feita durante a live “Conversa com o Presidente”, Lula ainda disse que a comida do Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores, “não está boa”.

“Almocei com o Macron e almocei com o presidente Mattarella, duas comidas de palácio que sabe… não são essas coisas. Em lugar nenhum do mundo. Eu vou brigar com o Itamaraty para melhorar a comida, aquela comida não está boa. Você traz um convidado aqui e vão oferecer”, disse.

A declaração aconteceu depois que o presidente comentou sobre o retorno ao Brasil e disse que pode viajar o mundo inteiro, “mas se eu chegar em casa tiver um feijão com arroz, um bife e dois ovos fritos, para mim, é o melhor prato do mundo”.

O presidente lembrou quando serviu feijoada, em 2005, aos príncipe das Astúrias, dom Felipe de Borbón e sua esposa, a princesa Letícia Ortiz.

“Eu cismei de dar feijoada, e o pessoal começou ‘Lula, feijoada é muito forte, a princesa não vai se acostumar, pode dar um mal-estar nela’, eu falei ‘que mal-estar? É feijoada’. Olha, a princesa Letícia comeu 3 vezes, repetiu 3 vezes e depois deu uma entrevista para a Tereza Cruvinel dizendo ‘olha foi a melhor comida que eu comi fora da Espanha’.”

“Então pode ser que, de vez em quando, as pessoas gostem, mas eu normalmente não consigo comer bem em palácio. É tudo pequenininho, é tudo restrito, sabe? Não tem uma ‘bandejona’ para você escolher e pegar o que você usa, vem aquele pouquinho ali e você come.”

Lula ainda lembrou de outro almoço, de despedida do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, onde considerou a comida insuficiente.

“Uma vez eu vim comer com o Fernando Henrique Cardoso, na despedida dele, ele convocou os presidentes da América do Sul, e tinha uma chefe de cozinha francesa que era tudo uns ‘pouquinhos de comida’ assim. Eu sinceramente não me acostumo com isso, eu preciso de um pouco de quantidade.”

Depois, o presidente completou dizendo que prefere pratos típicos brasileiros, como galinhada ou rabada.

“Pode ser guloseima da minha parte, mas eu gosto de quantidade. Uma rabada, por exemplo, uma galinhada, não tem nada melhor. Um frango com quiabo, não tem nada melhor, uma costelinha de porco frita. Então essas coisas… lá fora a gente não encontra muito essas coisas, tudo é muito sofisticado, às vezes a gente fica até sem saber o que é. De qualquer forma, sobrevivemos.”

CNN

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