Brasil

O ANTAGONISTA: Terrorismo econômico


Foto: Ricardo Stuckert.

Em seu conceito mais moderno, o terrorismo econômico consiste em ações desestabilizadoras variadas, coordenadas numa estratégia sofisticada de ação de massa, a fim de interromper a estabilidade econômica e financeira de um estado. Tais ações podem ser violentas ou não, mas ter efeitos psicológicos na sociedade e, por sua vez, consequências econômicas.

Em geral, são ataques externos que partem de nações inimigas ou grupos de interesse, com objetivo de dominação. Em alguns casos, porém, o terrorismo econômico pode ser usado por agentes nacionais, inclusive por quem controla o Estado.

O que se vê no Brasil de hoje é a execução de um plano coordenado de terror para desestabilizar a economia. O objetivo de dominação é o mesmo.

Ele é conduzido por Lula, o presidente da República, que após obter, via Congresso, a pulverização do arcabouço fiscal — sem apresentar qualquer modelo que o substitua –, tenta submeter o Banco Central, partindo para um ataque coordenado contra seu presidente Roberto Campos Neto.

Sob o argumento falacioso de que a taxa básica de juros está muito acima do que deveria, encarecendo o custo do dinheiro e reduzindo a atividade econômica, o petista ataca os fundamentos econômicos, gera insegurança institucional e jurídica, o que termina por pressionar o juros futuros para cima.

Não é uma atitude isolada. Como eu disse, o faz de forma coordenada com ministros, parlamentares, militantes e blogueiros amigos.

Só ontem, no mesmo dia em que ofereceu um café da manhã para jornalistas alinhados, surgiram na mídia matérias desabonadoras contra Campos Neto. Deputados apresentaram pedidos de convocação dele à Câmara e um partido (PSOL) anunciou projeto para revogar a autonomia do BC.

O atual governo age rápido para poder sustentar o discurso de que seu antecessor deixou uma economia em frangalhos, o que não poderia ser mais distante da verdade. Ainda na transição, surgiu na imprensa festiva a tese de que Paulo Guedes havia deixado um rombo superior a R$ 300 bilhões nas contas públicas.

O que se verificou, porém, foi um superávit de R$ 54 bilhões, a menor taxa de desemprego (8,1%) em 7 anos — desde o desastroso governo Dilma — e uma dívida pública em trajetória descendente (73,5%). E isso num cenário externo com pressão inflacionária pós-Covid e guerra na Ucrânia.

Em 1908, Stálin analisou os primeiros conflitos anárquicos contra a “exploração dos trabalhadores” e criticou a destruição de máquinas e fábricas. Segundo ele, ações pontuais de violência deveriam ser substituídas por uma estratégia permanente de enfrentamento da “burguesia”. “Devemos mantê-la em estado de medo o tempo todo, até que a vitória final seja alcançada!”

“Não devemos destruir as máquinas e fábricas, mas tomar posse delas, quando isso for possível, se estivermos de fato lutando para abolir a pobreza (…) tudo o que é necessário é que as fábricas e máquinas sejam transformadas de propriedade privada de capitalistas individuais na propriedade pública do povo”, escreveu Stálin há mais de um século.

Uma sociedade próspera e livre não se submete a projetos de poder ou desígnios individuais, então é preciso empobrecê-la para torná-la submissa.

“Vamos tomar o poder, o que é diferente de ganhar a eleição”, diria Zé Dirceu. O poder, claro, é econômico.

Por O Antagonista

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Paraíba

João escolhe Chico Mendes como novo líder da bancada governista na Assembleia da PB

O governador João Azevêdo (PSB) anunciou, na manhã desta terça-feira (07), o deputado Chico Mendes (PSB) como novo líder do governo na Assembleia Legislativa da Paraíba. Na legislatura anterior a liderança era ocupada por Wilson Filho (Republicanos).

Chico Mendes está em seu primeiro mandato como deputado estadual e anteriormente era prefeito de São José de Piranhas, no Sertão paraibano.

A bancada governista na ALPB é composta por 24 parlamentares.

MaisPB

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Brasil

Kassab fala em “falta de sintonia” entre Lula e Haddad


Foto: Reprodução

O presidente do PSD, Gilberto Kassab (PSD), disse enxergar um pouco de “falta de sintonia” entre Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesse início de governo. A avaliação foi feita em entrevista ao UOL nesta terça (7).

“O presidente Lula, nesses primeiros dias, tem demonstrado em relação à economia, com as suas manifestações, que ele quer dar uma guinada e isso é muito perigoso. Acho que está faltando um pouco de sintonia entre ele e o ministro Haddad [da Fazenda] e isso pode geral junto aos investidores uma intranquilidade, uma insegurança, o que não é bom para o país e muito menos para o seu governo”, afirmou Kassab.

Questionado sobre qual tema nas falas de Lula mais tem lhe preocupado, o presidente do PSD citou o equilíbrio fiscal.

“Bom, primeiro, ele tem sido muito coerente. Ele nunca escondeu na campanha que é contra a independência do Banco Central e a lei do teto [de gastos], mas durante a campanha ele sempre teve um posicionamento francamente favorável à austeridade no campo fiscal e ao equilíbrio das contas públicas. É evidente que, em suas manifestações, ele só tem apresentado um lado da ação governamental, que são os investimentos, o que é muito correto, mas falta ele transmitir a segurança para país e para o investidor que vamos ter o equilíbrio de contas. Isso está fazendo falta e gerando uma expectativa que não é boa”, disse Kassab, que destacou que os discursos de Haddad em entrevistas têm sido “corretos” junto a investidores.

Por O Antagonista

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Brasil

Bolsonaro revela por que viajou aos EUA e anuncia volta ao Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro prometeu voltar ao Brasil, nos próximos dias, para liderar os conservadores, com quem afirmou ter uma “obrigação”. “Tenho de continuar na política”, disse, durante entrevista ao podcast de Charlie Kirk, que leva o nome do jornalista. “Por ausência de lideranças de direita no Brasil, me vejo na obrigação de coordenar essas novas lideranças que têm surgido, para que o Brasil não mergulhe de vez no socialismo ou no comunismo.”

Bolsonaro observou que há “uma vontade muito grande” para ele voltar ao Brasil. “Pretendo, nas próximas semanas, retornar e fazer uma oposição responsável contra o atual governo”, prometeu.

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“O Brasil não tinha direita”, constatou Bolsonaro. “Eu consegui juntar esse povo todo, falar dos valores e da importância deles para o futuro do Brasil. É uma massa muito grande que fará a diferença em eleições futuras.”

Durante a entrevista, o ex-presidente revelou ter viajado para os Estados Unidos, no fim do ano passado, de modo a afastar-se do governo Lula. “Eu sabia que seria bastante conturbado e eu não queria ser acusado de colaborar com uma forma desastrada de começar aquele governo”, disse.

Revista Oeste

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Brasil

Novo governo Lula é o 3º mais rejeitado na democracia


Foto: Sérgio Lima/Poder360

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa seu novo mandato como o 3º presidente mais rejeitado desde a volta das eleições direitas no Brasil. O petista é considerado “ruim” ou “péssimo” por 35% dos eleitores depois de 1 mês no cargo, segundo o PoderData.

Só Dilma Rousseff (PT) em 2015 (no 2º mandato) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1999 (também no 2º mandato) ficaram numericamente à frente de Lula, rejeitados por 44% e 36%, respectivamente, nos meses iniciais de cada governo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era considerado “ótimo” ou “bom” por 39% no 2º mês de seu mandato –patamar semelhante ao de Lula (43%). Mas só 19% o avaliavam como “ruim” ou “péssimo”.

O Poder360 considerou os primeiros levantamentos realizados por grandes empresas nos inícios de mandato de cada presidente. Os números são do acervo de pesquisas deste jornal digital, com dados de popularidade, aprovação e confiança de cada governo desde a redemocratização.

Nos primeiros meses de seus 2 mandatos iniciais (2003 e 2007), Lula tinha só 7% e 14%, respectivamente, de avaliação como “ruim” ou “péssimo”. Hoje, essa taxa está em 35%

O atual presidente foi eleito por margem estreitíssima contra Bolsonaro –a menor desde a redemocratização.

Poder360

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Política

‘Amigos’ de Lula, Venezuela, Moçambique e Cuba devem R$ 5,3 bilhões ao BNDES


Foto: RICARDO STUCKERT

Chamados de ‘amigos’ pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Venezuela, Moçambique e Cuba estão inadimplentes com o Brasil em relação aos empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A dívida somada até dezembro de 2022 é de R$ 5,3 bilhões.

A Venezuela é a maior devedora: R$ 3,5 bilhões. Depois vêm Cuba, com R$ 1,22 bilhão, e Moçambique, que deve R$ 628 milhões. Quem faz a cobrança dessas dívidas é o próprio BNDES, presidido por Aloizio Mercadante, empossado no cargo nessa segunda-feira (6).

Durante a cerimônia de posse de Mercadante, Lula afirmou ter certeza de que os valores serão pagos no atual governo “porque são todos países amigos do Brasil e certamente pagarão a dívida que tem com o BNDES”. O presidente da República culpou a gestão anterior por não ter cobrado.

“Países que não pagaram [as dívidas] é porque o ex-presidente [Jair Bolsonaro] resolveu cortar a relação internacional e para não cobrar e ficar nos acusando”, disse Lula, que cobrou do novo presidente do BNDES a intensificação da atuação do banco de forma a contribuir com o crescimento econômico brasileiro.

O petista alegou ser “mentira” que a instituição emprestou dinheiro para nações com quem o presidente da República tem afinidade. “O BNDES nunca deu dinheiro para países amigos do governo. O banco financiou serviço de engenharia de empresas brasileiras em nada menos que 15 países da América Latina e Caribe entre 1998 e 2017.” Lula destacou, ainda, que não se pode ter “medo de emprestar dinheiro para o Estado se tiver capacidade de endividamento”.

R7

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Brasil

Após gastar ao menos R$ 216 mil em hospedagem, Lula se muda para o Alvorada


Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se mudou para o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (6). Desde a posse, ele e a primeira-dama, Janja da Silva, estavam hospedados em um hotel de Brasília. A estada dos dois no estabelecimento custou ao menos R$ 216.823 aos cofres públicos, segundo dados publicados no Diário Oficial da União.

Lula não ocupou o Palácio da Alvorada desde o início do mandato porque o local precisou passar por reformas depois da saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para acelerar o processo de mudança, o petista chegou a articular com o Tribunal de Contas da União (TCU) uma reforma sem licitação na residência oficial.

“Eu não sei quanto tempo vai demorar [a reforma do Palácio da Alvorada] ainda, por que vai depender de fazer um acerto com o Tribunal de Contas [da União] para saber se é possível comprar as coisas em caráter emergencial. Sem passar por um processo de esperar 90 dias para uma licitação para comprar uma cama, comprar um colchão. Senão, eu vou ficar no hotel mais tempo do que o necessário”, disse ele, à época, durante um café da manhã com jornalistas.

À imprensa, Lula ainda reclamou das condições do Palácio da Alvorada e disse que seria necessário trocar boa parte do mobiliário. “A parte de cima está como se não tivesse sido habitada. Está tudo desmontado. Não tem cama, não tem sofá”, afirmou.

R7

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Brasil

Mario Frias propõe proibir transição de gênero em menores de idade


Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal Mario Frias (PL-SP) apresentou um projeto de lei (PL) para proibir a transição de gênero em crianças e adolescentes, vetando o uso de bloqueadores hormonais e procedimentos cirúrgicos.

O projeto de lei foi elaborado após uma reportagem do g1 indicar que há 280 menores de idade em procedimentos de transição no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP): 100 são crianças entre os 4 e os 12 anos e 180 são adolescentes de 13 a 17 anos.

“Essa proposição é um grito de socorro das nossas crianças visando um crescimento sadio e livre de ingerências dogmáticas e ideológicas quaisquer, nesse sentido é importante garantir por lei que fatores externos não afetarão o desenvolvimento natural de sua sexualidade”, justifica Frias no PL, divulgado pela revista Oeste.

Segundo o parlamentar, ex-secretário da Cultura de Jair Bolsonaro (PL), os tratamentos com inibidores hormonais podem ser utilizados apenas depois dos 18 anos, à exceção de casos nos quais for constatada puberdade precoce. Já as cirurgias seriam liberadas apenas após os 21 anos completos. O texto foi apresentado na quinta-feira (2/2).

Metrópoles

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Política

2024: pelo menos 12 deputados da PB já sinalizam pré-candidaturas; confira lista

Veja como funciona a urna eletrônica - UNALE
O deputado estadual Eduardo Carneiro (Solidariedade) arriscou um palpite: depois do Carnaval já se começa a pensar as eleições municipais de 2024. Aliás, as conversas começaram bem antes da posse dos parlamentares na Assembleia Legislativa.

Dos 36 parlamentares da Casa de Epitacio Pessoa, pelo menos 12 foram identificados, até o momento, como pré-candidatos nas eleições do próximo ano. Se chegarão até a urna, aí sim, é cedo para confirmar.

A vantagem é disputar as eleições sem precisar se afastar do mandato parlamentar. A legislação eleitoral permite. Se perder, volta “tranquilo” para a Assembleia Legislativa.

Walber Virgolino (PL), disputou em 2020, ficando em 4º lugar; Wilson Filho (Republicanos), lançou a pré-candidatura em 2020, mas abriu mão; e Luciano Cartaxo (PT) – prefeito por dois mandatos – na Capital. Dra Paula e Júnior Araújo em Cajazeiras.

Gilbertinho, ex-prefeito de Lagoa já avisou que vai entrar em Pombal. Já Galego Souza deve voltar a disputar as eleições em São Bento.

Daniele do Vale, cuja mãe, a prefeita Eunice está no segundo mandato, e Eduardo Brito vão colocar o espólio eleitoral em Mamanguape para jogo. Aliás, a troca de farpas já começou.

Camila Toscano (PSDB) deve ser o nome do grupo em Guarabira já que o atual prefeito, Marcos Diogo (PSDB), está no segundo mandato. O pai e a mãe, Zenóbio e Léa Toscano, já administraram a cidade.

E, o último: Inácio Falcão (PCdoB) deve tentar mais uma vez chegar à Prefeitura de Campina Grande. Pode ter na cola, Sargento Neto (PL), que está no primeiro mandato, e se cacifa para a disputa municipal como estratégia de fortalecimento do PL na Rainha da Borborema.

Ainda tem uma outra “bancada” que vai para campo em busca de eleger seus prefeitos, que são os principais cabos eleitorais de eleições estaduais. Na Paraíba é assim: uma eleição é formatada com os acordos para a próxima.

Já Eduardo Carneiro, que se lançou a pré-candidatura à prefeito da Capital em 2020, abriu mão para apoiar Cícero Lucena (PP). Não deve participar como candidato direto em 2024, apenas nos bastidores.

Blog do BG PB com SonyLacerda

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Brasil

Lula quer criar uma “polícia de opinião”, diz deputado

O deputado federal José Mendonça Filho (União Brasil-PE) apresentou um projeto para suspender o Decreto Presidencial que criou a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia. Estabelecido por meio de uma das primeiras canetadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o órgão responde à Advocacia Geral da União (AGU).

“A Procuradoria de ‘Defesa da Democracia’ é, na verdade, uma ‘polícia de opinião’”, disse Mendonça Filho em uma postagem no Twitter. “Para impedir esse absurdo, apresentei o projeto de Decreto Legislativo para sustar o Decreto Presidencial que criou a estrutura na AGU para regular opiniões e a liberdade de expressão.”

Mendonça filho disse ainda que Lula extrapolou seu poder ao dispor sobre um tema de competência do Ministério Público e do Judiciário. “Não é papel da AGU dizer o que é verdade ou não na manifestação de qualquer cidadão”, explicou.

Lula anunciou o novo órgão na primeira semana de mandato. A estrutura aparece em um Decreto Presidencial publicado no começo de janeiro. O jornalista J.R. Guzzo definiu com maestria a criação do petista.

“O governo Lula criou, já nestes seus primeiros dias de atuação, um serviço oficial de repressão à discordância política — algo que o Brasil nunca teve antes em toda a sua história, mesmo nas ditaduras mais evidentes”, escreveu. “É isso, e apenas isso, embora digam que é outra coisa.”

Revista Oeste

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