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Ministério Público pede cassação da prefeita Anna Lorena por abuso de poder em Monteiro

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu à Justiça Eleitoral a cassação do mandato da prefeita de Monteiro, Anna Lorena de Farias Leite Nóbrega, por abuso de poder político e econômico nas últimas eleições municipais.

A ação foi protocolada com base na distribuição de cestas básicas durante o ano eleitoral, que não teria autorização legislativa específica e cumprimento dos requisitos exigidos. Além da cassação, o MPE pede a inelegibilidade da gestora por oito anos.

Após esgotados todos os recursos apresentados pela prefeita, o MPE concluiu recentemente que não há justificativa para o não conhecimento do agravo em recurso especial e pediu o provimento do recurso dos investigantes. Agora, o pedido segue para o Tribunal Superior Eleitoral decidir sobre a cassação por abuso de poder político e econômico.

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba reconheceu a prática da conduta vedada prevista na lei eleitoral, referente à distribuição de cestas básicas em ano eleitoral, mas afastou o abuso de poder político-econômico. No entanto, o MPE sustenta que a distribuição gratuita das cestas básicas, sem previsão específica do programa social e sem comprovação dos requisitos necessários, configura abuso de poder.

A quantidade de quinhentas cestas básicas distribuídas em um município com 32.277 habitantes, sendo apenas 23.667 eleitores, é considerada excessiva e desproporcional, podendo comprometer a igualdade da disputa eleitoral e a legitimidade do pleito. O MPE argumenta que a distribuição foi realizada sob o pretexto de um programa social já existente, mas sem cumprir os requisitos legais necessários e que tinha apenas 103 cadastrados.

Caso o Tribunal Superior Eleitoral acate o pedido do MPE, Monteiro poderá ter novas eleições para o cargo de prefeito.

A distribuição de benefícios realizada pelos investigados, conforme detalhes adicionais fornecidos pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), evidencia uma conduta revestida de notória finalidade eleitoreira. Isso é verificável não apenas pelo desrespeito à necessidade de criação de lei específica, o que por si só caracterizaria a prática de conduta vedada, mas também pelo desvirtuamento das doações feitas em suposta conformidade com uma lei municipal genérica.

Todos os recursos da equipe jurídica da prefeita foram negados, o que intensifica a expectativa em relação à decisão do Tribunal Superior Eleitoral sobre a cassação da Prefeita Anna Lorena por abuso de poder político e econômico.

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MPF cobra “medidas concretas” urgentes de Cícero Lucena para pacientes com câncer em João Pessoa

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) enviaram ofício à Secretaria de Saúde do Município de João Pessoa (SMS) cobrando medidas concretas para cumprimento da Recomendação nº 01/2024, expedida no último dia 2, especialmente quanto ao atendimento dos pacientes com leucemia em situação de urgência.

Embora a SMS tenha sinalizado intenção de acolher a recomendação, limitou-se a informar a criação de grupo condutor e de uma comissão, além da contratação de dois médicos fiscais, sem nenhuma medida concreta ainda para assumir o atendimento dos pacientes que permanecem desassistidos pela falta de fluxo adequado de regulação. Comprometeu-se apenas a produzir plano de fiscalização em sete dias.

A SMS informou ainda que, após notificado, o Hospital Napoleão Laureano (HNL) – entidade que deveria atender cerca de 70% da demanda de pacientes do estado – não adotou todas as providências que lhe cabiam. Foi informada a instauração de procedimento de apuração administrativa pelo descumprimento de contrato.

O MPF e o MPPB alertaram que a simples instauração de processo de responsabilização não serve ao objetivo de garantir o direito desses pacientes em grave risco de danos irreparáveis à saúde e morte.

Na recomendação, os Ministérios Públicos apontaram o descumprimento da decisão da Justiça Federal proferida no processo nº 0812231-24.2019.4.05.8200, determinando ao Município socorrer pacientes não atendidos pelo HNL, com posterior custeio pela União. Frisou-se também que pode haver ainda novas medidas judiciais e extrajudiciais em amparo a esses pacientes.

União e Estado da Paraíba – O Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) informou o acolhimento da recomendação, informando que promoverá o monitoramento da crise detectada na rede de oncologia na Paraíba.

O MPF e o MPPB deferiram prazo suplementar para manifestação da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde e reiteraram pedido de manifestação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) sobre a recomendação, no que se refere à sua função de coordenação e articulação da rede estadual de oncologia.

Solicitaram ainda a averiguação e o acompanhamento do Conselho Regional de Medicina (CRM) em relação à situação dos pacientes em espera, especialmente os casos urgentes.

Demanda reprimida – Ao longo das investigações, os MPs apuraram que a SMS não estava cumprindo orientações do Denasus para que assumisse integralmente a regulação dos atendimentos em oncologia na rede local. Permanecia com o HNL a prerrogativa de agendar consultas com oncologistas para início de tratamento. Eram então disponibilizadas consultas para número limitado de pacientes no início de cada mês, dispensando-se os demais, sem nenhum controle. A SMS por sua vez, não dispunha de informações sobre a quantidade de pacientes aguardando atendimento e sobre o real atraso no início de seus tratamentos.

Após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar obstrução por parte da SMS ao trabalho de fiscalização, o MPF e o MPPB realizaram inspeção in loco no Hospital Napoleão Laureano em 1º de fevereiro e verificaram dezenas de pacientes e familiares amontoados, implorando por senhas de consulta, sendo mais da metade dispensada – muitos vindos do interior – para voltar no próximo mês. Em rápida amostragem, foram apurados cerca de 30 pacientes. Em levantamento efetivado junto aos municípios do estado, identificaram-se 139 pacientes aguardando agendamento de consulta para viabilizar início do tratamento, sendo que a demora para tal início chega a 180 dias.

Havia ainda cerca de dez pacientes de leucemia mielóide aguda impedidos de agendar consulta por suposta limitação de vagas de internação, sem comunicação à SMS. Esses casos são considerados de urgência médica e devem ser atendidos imediatamente. Até o momento, o HNL informou à SMS o início de tratamento quimioterápico de apenas um desses pacientes urgentes, estando os demais a aguardar consultas.

O MPF e o MPPB verificaram que os cerca de 85 pacientes que conseguiram agendar consultas para março e abril, conforme informações iniciais, estão tendo seu direito a atendimento no prazo de 60 dias gravemente violado (com esperas de mais de 100, 200 e até 300 dias). Também não havia nenhum controle do tempo efetivo de espera para o início do tratamento, como exige a lei (60 dias).

Os MPs recomendaram providências imediatas da SMS quanto ao agendamento das consultas dos pacientes e o cumprimento do prazo legal de início de tratamento para todos eles, conforme listas encaminhadas, com máxima prioridade aos casos de urgência. Recomendaram ainda promovesse busca ativa de outros, sendo que, com o mesmo objetivo, os Ministérios Públicos estão difundindo formulário pelas mídias sociais.

Versões desencontradas – A direção do HNL alega que atingiu limite contratual de atendimentos acordado e que a responsabilidade pelos pacientes não atendidos é do Município de João Pessoa. Alega também que o valor dos pagamentos feitos com base na tabela do SUS não cobre seus custos e precisa de mais recursos públicos para atender pacientes.

Equipe da SMS, por sua vez, diz que não foi atingido o teto para consultas e por isso o HNL não poderia impedir o acesso dos pacientes ao serviço, sendo que não teve ciência da elevada demanda reprimida identificada para início de tratamento. Alega ainda que, além dos repasses regulares do SUS, autorizou o pagamento extra de mais de R$ 15 milhões em emendas parlamentares federais e municipais somente em 2022 e 2023, mencionando um total de 50 milhões de reais pagos ao HNL. A SMS disse ainda que o hospital se recusou a alterar planos de trabalho para recebimento de mais recursos de emendas parlamentares, insistindo em receber tais recursos sem nenhum compromisso de ampliação proporcional de atendimentos para a população.

A CGU, por sua vez, aponta, dentre diversas irregularidades, que o HNL vem se valendo de cobranças indevidas de cidadãos e Municípios para terem acesso prioritário ao atendimento, dando início a tratamentos sem autorização da SMS e violando assim a isonomia que deve existir no SUS.

O MPF e o MPPB destacam que pacientes em risco de vida não podem ser prejudicados enquanto a SMS não consegue se entender com fundação privada que contratou e sobre a qual deveria manter estrita supervisão, como diz a legislação.

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MP investiga excesso de comissionados em câmara de vereadores na PB; veja salários

Foto: Reprodução/Diamante Online

O Ministério Público da Paraíba instaurou um inquérito civil para apurar um possível excesso de cargos comissionados na Câmara Municipal de Conceição, no Sertão da Paraíba. O auto foi publicado na edição desta sexta-feira (9), do Diário Oficial do MPPB.

A ação foi distribuída para o promotor de justiça da promotoria de justiça de Conceição, Levi Emanuel Monteiro De Sobral. De acordo com a portaria do MP, a apuração teve como uma das motivações a ausência de concurso na casa legislativa a 10 anos.

Segundo o portal da transparência do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, a Câmara Municipal de Conceição tem 15 servidores comissionados. Entre as funções, a de maior salário é a de diretor financeiro, com remuneração bruta de R$ 7.899,49.

Uma determinação do Superior Tribunal de Justiça considera como ato de improbidade administrativa a nomeação de cargos comissionados sem que sejam atribuídas atividades típicas de chefia, direção ou assessoramento, mas, sim, atribuições básicas da administração.

O presidente da Câmara Municipal de Conceição, o vereador Fidelis Rodrigues, a fim de dar esclarecimentos em relação ao número de funcionários comissionados alegou que um concurso já está sendo estudando junto a uma assessoria jurídica e o cronograma deve ser apresentado pela Câmara ao MP.

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Prefeito José João nomeia filhos para Secretarias e MP abre inquérito para apurar nepotismo

Ministério Público da Paraíba (MPPB)

O Ministério Público instaurou um inquérito civil para apurar a prática de nepotismo na prefeitura de Caturité, no Cariri do Estado. Por lá, conforme o procedimento, assinado pela promotora Carolina Soares Honorato de Macedo, o prefeito José Gervásio da Cruz – conhecido como José João – nomeou pelo menos três secretários municipais entre os seus parentes.

Joelson Gervásio Araújo, filho do prefeito, é o atual secretário de infraestrutura; Renato Araújo Cruz ocupa a pasta de Turismo, Esporte e Cultura; e Maria José Marília Gervásio Araújo, que também é filha, comanda a Secretaria de Finanças.

Registre-se: o município tem no total 8 secretarias, além do Gabinete do Prefeito e da Procuradoria.

Por serem cargos políticos, a jurisprudência considera que as nomeações de secretários municipais não são alcançadas pela Súmula Vinculante nº 13, do Supremo Tribunal Federal – que veda a indicação de parentes até o terceiro grau.

Uma recomendação também foi expedida recomendando que o gestor exonere “os agentes políticos que não apresentem qualificação técnica para o cargo”, assim como “se abstenha de manter ou realizar admissão, contratação, ou credenciamento de servidores para o exercício de cargo em comissão, temporário, ou contratações esporádicas, para os cargos disponíveis em toda a estrutura dos Poderes Executivo e Legislativo, por pessoas que ostentem qualquer condição em afronta aos regramentos legais que vedam a prática do nepotismo”.

Prefeito nomeia filhos para Secretarias e MP instaura inquérito para apurar nepotismo

Pelo cargo de prefeito José João recebe R$ 16 mil, conforme o Sagres do TCE. Já os secretários recebem, cada um, R$ 4 mil de salário.

Prefeito nomeia filhos para Secretarias e MP instaura inquérito para apurar nepotismo

Outro lado

Ao Blog, a Assessoria Jurídica da prefeitura de Caturité informou que ainda não foi notificada da Recomendação expedida pelo MP, mas irá analisar o documento e prestar informações ao órgão. Já com relação ao Inquérito o município afirma que já apresentou os esclarecimentos necessários, inclusive mencionando a qualificação técnica dos secretários.

Os três, Joelson, Marília e Renato, conforme a Assessoria Jurídica, têm formação superior e qualificações para o desempenho das funções.

Em tempo

Embora não esteja alcançada pela Súmula do STF, a prática de nomear parentes – de forma excessiva – para cargos de 1º escalão é imoral e deveria ser repensada pelos gestores públicos. Vai de encontro ao princípio da impessoalidade da administração pública. Passa a mensagem para a população de que os entes públicos são uma espécie de ‘cabide’ de emprego para os familiares do gestor de plantão.

No caso específico de Caturité, 30% dos auxiliares de 1º escalão são parentes do prefeito José João. Um patamar, claramente, não recomendado para uma gestão pública.

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Crime fútil e cruel: MPPB denuncia acusado de matar gerente no Mangabeira Shopping

Luiz Carlos Rodrigues dos Santos foi preso após matar a gerente de um restaurante dentro do Shopping Mangabeira, em João Pessoa (Foto: Roberto Targino / MaisPB)

O juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa, recebeu, na semana passada, a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba contra Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, preso em flagrante após matar Mayara Valéria Barros Ramalho Lemos Siqueira dentro do Mangabeira Shopping, no mês de janeiro.

+ Mulher é assassinada a tiros dentro do Mangabeira Shopping, em JP

Na acusação, que a reportagem do Portal MaisPB teve acesso, a promotora Artemise Leal argumentou à Justiça que Luiz Carlos assassinou Mayara Valéria, de forma cruel, em razão de não ter obtido uma resposta sobre a vaga de emprego que o acusado buscava, o que caracteriza “futilidade do delito”.

+ Homem matou mulher por não aceitar recusa de emprego em restaurante

“Dessume-se que o recurso utilizado para assassinar Mayara impossibilitou a sua defesa, que foi atacada de inopino, enquanto conversava com o acusado, sendo surpreendida pelos disparos de arma de fogo efetuados pelo irrogado, bem como, pelo fato de que, mesmo caída ao solo, sem chance de esboçar qualquer reação defensiva, o indigitado continuou a atirar contra a ofendida”, escreve a promotora.

Mayara Valéria foi assassinada dentro do Mangabeira Shopping, em João Pessoa

Para o Ministério Público, há o agravante pelo modo em que o acusado agiu, já que o crime foi cometido na praça de alimentação de um dos maiores shoppings da cidade. Diante dessa situação, houve, segundo a ação, “a real possibilidade de o acusado alvejar outras pessoas durante as práticas criminosas”. A promotora pediu que Luiz Carlos seja levado a júri popular.

O que disse o juiz 

Ao receber a peça acusatória apresentada pelo Ministério Público da Paraíba, o juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior afirmou que há provas suficientes para que a denúncia seja recebida, dando prosseguimento ao processo.

“Há um lastro mínimo de provas vinculando os acusados à prática delitiva, o que se faz pela análise dos elementos de informação coligidos na fase preliminar, indicando-se, em tese, a autoria e materialidade, devidamente demonstradas pelos elementos informativos constantes do inquérito policial, notadamente os depoimentos das testemunhas e a prova documental, bem como o Laudo de Constatação preliminar”, escreve o magistrado.

Na mesma decisão, Antônio Gonçalves manteve a prisão preventiva de Luiz Carlos. O juiz pontuou que se faz a necessária a restrição de liberdade para “garantir da ordem pública, para conveniência da instrução processual e da eventual aplicação da lei penal”.

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Polêmica

Ministério Público abre inquérito para apurar denúncia de poluição em Cabedelo

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou um inquérito civil público para apurar denúncia de moradores de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, sobre a presença de um ‘pó preto” em ruas, comércios e casas do município. O ICP 014.2024.000203 foi instaurado, na última sexta-feira (2/02), pelo promotor de Justiça de Cabedelo, Francisco Bergson Gomes Formiga Barros, que atua na defesa do meio ambiente, para apurar a prática de poluição ambiental.

Conforme explicou o promotor de Justiça, as reclamações feitas pelos moradores e noticiadas pela imprensa local dizem que o problema estaria ligado, supostamente, ao transporte de petcoke (um tipo de combustível sólido rico em carbono, proveniente do refinamento do petróleo), que estaria sendo retirado de um navio atracado no porto da cidade e transportado por uma empresa no município.

O MPPB já requisitou que a Companhia Docas da Paraíba seja oficiada para apresentar, no prazo de cinco dias, manifestação sobre o assunto. A companhia deverá apresentar documentação comprobatória de tudo que alegar e informar quem seria o responsável pela contratação do transporte do produto e os dados completos da empresa transportadora.

Também requisitou que a operadora portuária Combulk Marítima Ltda seja notificada para que, no mesmo prazo, apresente manifestação sobre a denúncia dos moradores e da imprensa local, indicando os dados da empresa que está fazendo o transporte do produto e quem a contratou.

A atuação ministerial está respaldada no artigo 225 da Constituição Federal, segundo o qual todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. “O meio ambiente é um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, ressaltou o promotor de Justiça.

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Folia de Rua 2024: MP recomenda uso de câmeras de reconhecimento facial e revista

Foto: Reprodução/Secretária de Segurança Pública da Bahia

O Ministério Público da Paraíba se manifestou nesta sexta-feira (2) com medidas para disciplinar as festividades de pré-carnaval em João Pessoa. Dentre o pacote de recomendações para o Folia de Rua 2024, está a instalação de câmeras de reconhecimento facial em pontos estratégicos da Epitácio Pessoa, além de revista pessoal.

Assinada pela promotora Cláudia Cabral, a recomendação destaca que as medidas têm o objetivo de zerar os prejuízos ambientais, de conforto, de mobilidade urbana e de segurança pública e social, além de prevenir a poluição sonora.

Além da questão da segurança, o órgão ministerial propôs que as festividades de pré-carnaval na capital paraibana sejam encerradas às 2h da manhã, nos dias de semana e fim de semana, com tolerância de 30 minutos para dispersão. Após esse horário, fica proibido a instalação de paredões e uso som alto.

Outra medida sugerida pelo MP é a proibição do uso e comercialização de bebidas em vasilhame de vidros dentro do âmbito do Folia de Rua 2024. Sendo assim, os comerciantes devem se atentar ao material do produto que será ofertado.

Por fim, a promotora do Ministério Público da Paraíba ressaltou que a prefeitura de João Pessoa deve se abster de fazer uso de fogos de artifício com estampidos, conforme vedação da Lei nº 1947/2020.

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Com MaisPB

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Confira ranking de salários dos promotores e procuradores dos Ministérios Públicos estaduais; veja o da PB

 

Quase metade dos procuradores dos Ministérios Públicos estaduais ganha acima do teto constitucional do funcionalismo público, de R$ 41,6 mil. A regra foi criada para limitar o salário dos servidores, mas uma série de penduricalhos faz com que esses procuradores e promotores furem o teto e recebam mensalmente até R$ 200 mil.

Para oito Estados, a prática é tão comum que mais de 75% dos procuradores recebem acima do teto. Os dados fazem parte de levantamento do Estadão sobre os contracheques disponíveis nos sites dos Ministérios Públicos dos 26 Estados e do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

 

Já a Paraíba está no grupo das exceções e tem o menor salário bruto do país, no valor de R$ 36,5 mil, abaixo do teto constitucional.

 

A reportagem considerou a remuneração recebida pelos membros ativos dos órgãos no mês de outubro de 2023 para evitar possíveis distorções que ocorrem nos últimos dois meses do ano ou no início do ano com o pagamento de gratificação natalina, por exemplo.

 

Questionados, os MPs afirmaram que a remuneração encontra-se em “integral consonância com o ordenamento jurídico vigente”.

 

Só com essas remunerações, os Ministérios Públicos gastaram no mês R$ 696,8 milhões com os 11,2 mil procuradores e promotores estaduais do País, o que equivale a um despesa anual na faixa de R$ 8,3 bilhões. Do total, 5,3 mil membros (47,3%) ganharam um salário líquido maior que R$ 41,6 mil.

 

“Está ocorrendo uma prática em que salários de procuradores e juízes estão sendo elevados sem que isso seja aprovado pelo Legislativo. Esses benefícios se enquadram como indenização e, por isso, conseguem elevar a própria remuneração de forma administrativa”, afirma a diretora-executiva da Transparência Brasil, Juliana Sakai.

 

Reunião entre o CNMP e o Ministério Público de Santa Catarina; os procuradores e promotores do MPSC são os que recebem os maiores salários entre os Ministérios Públicos Estaduais Foto: Divulgação/ Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

O teto constitucional do funcionalismo público é baseado no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje o subsídio fixo mensal de um procurador estadual varia entre R$ 32,3 mil e R$ 37,6 mil, mas a remuneração é engordada com as chamadas verbas de caráter indenizatório, que estão livres de impostos e não se sujeitam ao abate-teto. É aqui onde ocorrem os dribles ao limite constitucional.

 

Os benefícios mais pomposos no contracheque são a licença compensatória, paga aos servidores que acumulam cargos ou funções, e a licença-prêmio, benefício de três meses de folga a cada cinco anos que pode ser convertido em dinheiro. Mas também ajudam a elevar os salários dos procuradores benefícios que são quase exclusividade da categoria, como auxílio-moradia, auxílio-educação e auxílio-creche.

 

Procuradores estaduais mais bem pagos são de Santa Catarina

Os procuradores e promotores de Santa Catarina (MPSC) são os que recebem os maiores salários entre os Ministérios Públicos Estaduais. Em outubro, os 499 membros do órgão embolsaram em média R$ 106,6 mil bruto (R$ 92,3 mil líquido), custando um total de R$ 53 milhões aos cofres públicos. Somente 10 membros, ou seja, uma pequena parcela de 2%, não ganharam verbas acima do teto.

 

Só o procurador César Augusto Grubba, chefe do gabinete da 3ª Procuradoria Cível do MP de Santa Catarina, recebeu R$ 204,2 mil (R$ 178 mil líquido). Desse total, R$ 146,7 mil se referem a verbas indenizatórias, de acordo com a folha de pagamento da Promotoria. O Estadão enviou pedido de esclarecimentos ao e-mail de Grubba, mas ele não se manifestou.

 

Em seguida no ranking estão os procuradores do Rio de Janeiro (MPRJ) e de Rondônia (MPRO), que receberam, respectivamente, em média R$ 93,3 mil (R$ 72,1 mil líquidos) e R$ 86,3 mil (R$ 60,8 mil líquidos) naquele mês.

 

No total, os Ministérios Públicos de 20 Estados pagaram salários líquidos que ultrapassam o teto constitucional a 20% ou mais dos procuradores. As exceções são Piauí (MPPI), Rio Grande do Sul (MPRS), Paraíba (MPPB), Distrito Federal (MPDFT), Tocantins (MPTO), Amapá (MPAP) e Pará (MPPA).

 

Conselho do MP exige dados pessoais de quem busca salário de procuradores

 

Juliana Sakai também pontua que os Ministérios Públicos não têm dado a transparência adequada às remunerações dos procuradores. No levantamento feito pelo Estadão, foi necessário acessar todos os 27 portais de transparência, uma vez que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) não reúne mais essas informações publicamente num só site, como faz hoje, por exemplo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no caso dos magistrados.

 

Além disso, uma resolução aprovada no fim do ano passado pelo CNMP vai reduzir a transparência das remunerações ao obrigar os cidadãos a se identificarem para consultar os dados relativos a salários e benefícios de procuradores.

 

A exigência de fornecer nome e CPF foi proposta pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas tem sido vista por especialistas em transparência pública como um grave retrocesso no direito constitucional de acesso à informação. “É uma postura extremamente corporativista e opaca”, analisa Sakai. Os Ministérios Públicos têm pedido até número de celular.

 

MPs dizem que indenizações são constitucionais

O Estadão procurou os Ministérios Públicos em que a taxa de membros que recebem acima do teto é maior que 20%. Os MPs de Goiás, Ceará, Acre, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Sergipe, Pernambuco e Rio de Janeiro responderam de forma semelhante. Alegam que os subsídios são limitados ao teto do funcionalismo público, com exceção das verbas indenizatórias, que são autorizadas pela Constituição Federal.

 

“A remuneração recebida pelos membros do Ministério Público de Santa Catarina segue o ordenamento jurídico vigente, com o subsídio observando o limite imposto pelo teto constitucional – exceto as verbas indenizatórias autorizadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)”, disse a promotoria catarinense.

“A remuneração dos membros do MPRJ observa as disposições da Constituição Federal, LCE 106/03 e Resolução do Conselho Nacional do Ministério Público, que dispõe sobre a aplicação do teto remuneratório e do subsídio dos membros do Ministério Público”, assegurou o MP fluminense.

“O MPRO informa que efetua o pagamento de todos os seus integrantes, membros e servidores, com absoluta observância das regras constitucionais, legais e resoluções do CNMP referentes ao teto remuneratório, que autorizam o pagamento de verbas de natureza indenizatória previstas em lei, conforme a Constituição Federal, artigo 37,§ 11,” disse o de Rondônia.

Não houve resposta dos Ministérios Públicos de Roraima, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, São Paulo, Amazonas e Bahia. O procurador Grubba também não se manifestou.

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Do Estadão

 

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Engenho Triunfo é denunciado por suposta aplicação irregular de agrotóxico com drone contaminando população, na PB

Foto: Gilmar Batista

O Engenho Triunfo é alvo de investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) por contaminação da população com agrotóxicos. A denúncia foi acatada pelo promotor de Justiça de Areia Newton da Silva Chagas, que instaurou inquérito civil, nesta quinta-feira (1º).

Veja documento clicando aqui

De acordo com a denúncia, o dono do Engenho Triunfo, Rafael Baracho, estaria aplicando de maneira irregular agrotóxico através de drone e “teria atingido de forma significativa as residências e boa parte da extensão de terra próximo à propriedade, causando contaminação da área, com riscos à saúde pública”.

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Vereador Francisco Felipe é alvo do MP por supostamente utilizar dinheiro público para construir área de lazer em casa

Ministério Público da Paraíba (MPPB). Imagem: Assessoria

A promotora de Justiça, Paula da Silva Camillo Amorim, determinou a instauração de procedimento para apurar se um vereador construiu uma área de lazer em sua residência com dinheiro público da Prefeitura de Duas Estradas, no interior da Paraíba.

A medida foi publicada na edição do Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público dessa quarta-feira (31).

De acordo com o documento, o parlamentar também teria utilizado mão de obra, serviços e materiais da prefeitura.

 

 

A publicação não traz mais detalhes sobre as supostas irregularidades e nem qual teria sido o volume de recursos empregados na obra, alvo da denúncia.

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