Brasil

Um em cada dez pequenos industriais pode fechar as portas em até três meses, aponta pesquisa

Pequena indústria espera volta dos negócios, mas desconfia de retomada da  economia | O PopularFoto: Palácio Piratini

Em meio aos juros altos e ao aumento da capacidade ociosa, um em cada 10 pequenos industriais admite o risco de fechar as portas nos próximos três meses, de acordo com dados do Sindicato da Micro e Pequena Indústria de São Paulo (Simpi) obtidos com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

“Os 10% são um número extremamente elevado que existe de empresas fechando. O esforço tem que ser exatamente ao contrário, porque se o Brasil quer gerar emprego, se quer gerar oportunidades, ele precisa ter empresas. Se não tem empresa, não tem emprego, não tem imposto, não tem nada de produção, não tem distribuição de renda via trabalho, por aí afora. Então esse número de 10% nos preocupa, sim. Esse número tem que ser reduzido substancialmente”, alertou Joseph Couri, presidente do Simpi.

Menos da metade (48%) dos pequenos industriais funcionavam em maio com plena capacidade produtiva. Na pesquisa anterior, referente a fevereiro e março, essa fatia em funcionamento normal era de 50%. Os dados são do Indicador Nacional da Micro e Pequena Indústria, com informações coletadas entre 9 e 29 de maio pelo Datafolha, sob encomenda do Simpi.

“Piorou a produção, e aumentou a capacidade ociosa da empresa”, explicou Couri.

A região Sul tinha a maior proporção de micro e pequenas indústrias funcionando com algum nível de ociosidade, 60%. Apenas 40% das companhias locais estavam operando normalmente.

No Nordeste, 47% das micro e pequenas indústrias funcionavam normalmente; no Sudeste, 53%; e no Centro-Oeste e Norte, 51%. Em São Paulo, 56% das empresas pesquisadas tinham funcionamento normal, contra uma fatia de 44% que enfrentavam algum grau de paralisação de atividades.

Couri diz que a taxa de juros em patamar elevado é o principal elemento por trás das dificuldades enfrentadas atualmente pela micro e pequena indústria brasileira, uma vez que encarece o custo de manutenção do negócio e reprime a demanda de consumidores.

“Se você pegar os dados da pesquisa, 66% das empresas estão sendo muito prejudicadas pela taxa de juros. Você tem mais 16% sendo prejudicados. Ou seja, 82% das micro e pequenas indústrias do Brasil estão sendo prejudicadas (em alguma magnitude) pelas taxas de juros”, ressaltou Couri, com base nos achados da pesquisa.

A taxa básica de juros, a Selic, está no patamar de 13,75% ao ano desde agosto de 2022. Couri ressalta que, mesmo que se inicie em breve o esperado ciclo de cortes, as reduções serão modestas e o impacto defasado sobre a economia real atrasará o alívio sentido pelos pequenos industriais.

“Isso afeta diretamente emprego, porque, infelizmente, nós estamos demitindo mais do que contratando”, disse Couri.

A pesquisa de maio mostra que 13% das empresas precisaram recorrer ao cheque especial como capital de giro, além de outros 7% de empresários apelando a empréstimo pessoal para essa finalidade.

“Nós temos uma restrição de crédito forte somada a uma taxa de juros extremamente elevada, inibidora da produção”, concluiu Couri.

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Brasil

Volkswagen suspende produção de carros no Brasil por “estagnação do mercado”

A Gazeta | Volkswagen suspende produção de carros no Brasil por 'estagnação  do mercado'Foto: Divulgação

A Volkswagen anunciou nesta terça-feira (27) a suspensão temporária da produção de carros em suas três fábricas no Brasil. De acordo com a empresa, a medida foi adotada por “estagnação do mercado”. A decisão da montadora ocorre em plena vigência do programa de incentivo do governo federal à indústria automotiva, iniciado em junho, que oferece descontos para a aquisição de veículos que custam até R$ 120 mil.

A empresa informou que a fábrica de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o T-Cross, está com um turno em layoff (modelo de suspensão temporária de trabalho) desde 5 de junho. A medida deve durar entre dois e cinco meses. O outro turno na mesma indústria parou nesta semana, em regime de banco de horas (e não em layoff).

Segundo a empresa, todas as “as ferramentas de flexibilização” do trabalho adotadas “estão previstas em acordo coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”.

Desde o início do ano – e até o começo deste mês –, ocorreram pelo menos 14 paralisações em fábricas de automóveis.

Metrópoles

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Economia

Preço dos medicamentos em João Pessoa varia mais de 128%, diz pesquisa

Pesquisa de preços para medicamentos realizada pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor na Capital registra uma variação de até 128,45% no preço do xarope para tosse Bromexina (Bilsovan) Medley 125mg, com os preços oscilando entre R$ 14,80 (Drogaria Carrefour – Aeroclube) e R$ 33,81 (Drogasil – Bairro dos Estados), a segunda maior diferença: R$ 19,01.

O levantamento do Procon-JP foi realizado no dia 26 de junho em 14 farmácias da Capital e traz preços de 125 tipos de medicamentos como xaropes para tosse (seca e alérgica), antigripais em comprimidos (para dores e antitérmicos), vitamina C em comprimidos e efervescentes (com e sem zinco).

Outras grandes variações ficaram com o antigripal Cimegripe (20 comprimidos) Cimed, 122,25%, com preços entre R$ 12,00 (Farmácia Faustino – Expedicionários) e R$ 26,67 (Drogasil – Bairro dos Estados), diferença de R$ 14,67; e na vitamina C Redoxon + zinco (10 comprimidos efervescente) Bayer, 116,95%, com preços entre R$ 10,50 (Drogaria Carrefour – Aeroclube) e R$ 22,78 (Drogasil – Bairro dos Estados), diferença de R$ 12,18.

A maior diferença de todo o levantamento, porém, ficou com o xarope Expec 120ml, R$ 21,00, que está com os preços oscilando entre R$ 24,99 (Farmácia Permanente – Epitácio Pessoa) e R$ 45,99 (Drogasil – Bairro dos Estados), variação de 84,03%.

Mais diferenças – Outras duas diferenças significativas ficaram com o antigripal Fluvial Dia (20 comprimidos), R$ 18,90, com preços entre R$ 18,00 (Drogaria Carrefour – Aeroclube); e R$ 36,90 (Permanente – Epitácio Pessoa), variação de 105%; e com o xarope Bronquivita Vitalas 150ml, R$ 12,54, com preços entre R$ 14,00 (Camila Farma – Geisel) e R$ 26,54 (RedePharma – Praça 1817, Centro e Farmácia Francy – Geisel), variação 89,57%.

As farmácias – A pesquisa do Procon-JP levantou preços nos seguintes estabelecimentos: Drogasil (Bairro dos Estados); Faustino (Expedicionários); Santana (Torre); Permanente e Pague Menos (Epitácio Pessoa); Redepharma (Praça 1817, Centro); Drogaria Farmed (Cristo); Camila Farma, Medicamentos Genéricos e Francy (Geisel); Rede Med (Bancários); Mais Farma (Manaíra); Drogaria Carrefour (Aerolube); e Linda Farma (Brisamar).

Blog do BG PB

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Economia

O que pensa o presidente da Febraban sobre a taxa de juros

O que pensa o presidente da Febraban sobre a taxa de juros

No mesmo dia que o Banco Central sinalizou que a taxa básica de juros (Selic) pode ser reduzida a partir de agosto, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, comentou o tema.

“Os juros altos são consequência de problemas da economia”, comentou.

A declaração foi dada durante o evento Febraban Tech 2023, nesta terça-feira (27), em São Paulo.

“Crescimento econômico não surge por geração espontânea. É necessário que haja condições para que o crescimento aconteça”, emendou.

O Antagonista

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Brasil

Pela segunda vez, governo Lula aumentará tributos sobre combustíveis

Preço do litro da gasolinaFoto: Marcelo Camargo/ABr

A partir do próximo sábado, 1º de julho, o governo Lula (PT) aumentará os tributos federais Pis/Pasep e Cofins sobre o etanol e a gasolina. O aumento deve ser de R$0,22 por litro. Esta já é a segunda vez que o governo aumenta os impostos neste ano.

Na semana do dia 4 a 10 de junho, o preço do combustível teve um aumento de R$0,21 por litro, causado pela mudança na forma de tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passa a ser uma alíquota fixa por litro.

A redução anunciada na semana passada pela Petrobras, que era de R$0,13 por litro de gasolina para as distribuidoras, não será sentida após o segundo aumento.

No mês de fevereiro deste ano, a equipe econômica, após autorizar uma alta de tributos de R$0,47 por litro para a gasolina e R$0,02 por litro para o etanol, anunciou o fim da desoneração dos combustíveis. O governo criou então um imposto de exportação de óleo cru com validade de 4 meses em forma de compensar o aumento dos tributos. Mas com o fim do prazo de validade do imposto de 4 meses, o governo voltará a aumentar o Pis/Cofins.

Diário do Poder

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Brasil

Pedidos de recuperação judicial disparam em maio, diz levantamento da Serasa

Micro e pequenas empresas (MPEs) foram as mais impactadasFoto: Freepik

Os pedidos de recuperação judicial aumentaram 105,2% em maio de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (26), são do Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian.

Os números revelam ainda que as micro e pequenas empresas (MPEs) foram as mais impactadas, com um total de 68 pedidos de recuperação judicial, ante 36 em maio de 2022.

Já as empresas médias somaram 38 pedidos de recuperação judicial no período, frente a 16 na mesma época do ano passado. As grandes empresas mais que dobraram os números: em maio de 2023 foram 13 solicitações, frente a apenas 6 um ano antes.

Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, explica que os juros altos foram um dos fatores que provocaram o aumento da inadimplência das empresas, o que, consequentemente, impactou a alta expressiva dos pedidos de recuperação judicial.

“Os juros altos impactam duplamente esses números, primeiro porque a tomada de crédito fica mais cara para as empresas, e a dívida delas aumenta. Além disso, as taxas de juros elevadas inibem o crescimento econômico e prejudicam o caixa das empresas”, explica.

Além disso, Rabi comenta que o constante aumento de inflação provocou recorde de endividamento de pessoas físicas, o que também acaba influenciando as empresas. “Quando um consumidor fica inadimplente, ele está deixando de pagar alguém. E esse alguém é uma pessoa jurídica”.

O especialista ainda afirma que mais da metade da inadimplência de consumidores acontece fora dos bancos. “O surto inflacionário produziu inadimplência de pessoas físicas, e a inflação alta provocou aumento de juros. Isso acaba potencializando a inadimplência de empresas, que ficam sem dinheiro para pagar suas contas”, diz.

“Este cenário só irá se reverter quando tudo o que provocou o aumento de pedidos de recuperação judicial e falência se reduzir: inflação, juros e inadimplência de pessoas físicas. Aí, sim, a gente estanca esse processo”, conclui Rabi.

O levantamento da Serasa Experian também mostrou que 119 empresas entraram com pedido de recuperação judicial no mês passado. Além disso, os requerimentos de falência de negócios também subiram para uma total de 121 pedidos — sendo a maioria demandada por MPEs, que somaram 73 requisições.

CNN

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Brasil

Crise no comércio brasileiro tem potencial para prejudicar a indústria

Saiba como fica o funcionamento de shoppings e serviços na Paraíba durante  a chegada de 2022 - Portal Correio – Notícias da Paraíba e do BrasilFoto: Ilustração/Jornal Correio

A crise que assola o varejo brasileiro nos últimos meses em meio à queda do poder de compra da população pode contaminar a indústria, setor responsável por 20% de toda a produção nacional.

O movimento preocupante tem origem no elevado número de pedidos de recuperações judiciais que envolvem o comércio. Neste ano, as 99 solicitações realizadas até abril representam um de cada quatro (26%) pedidos efetivados no período.

Entre todas as requisições do varejo, 71 foram aprovadas pela justiça, segundo dados do Serasa Experian. Em ambos os casos apenas o setor de serviços aparece com mais pedidos (164) e deferimentos (143) no primeiro quadrimestre de 2023.

Denis Medina, economista e professor da FAC-SP (Faculdade do Comércio de São Paulo), explica que a recuperação judicial representa uma proteção da Justiça para que a empresa em situação delicada reorganize seus prazos de pagamento, o que pode afetar toda a cadeia econômica do país.

R7

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Economia

Impostos da gasolina e do etanol vão subir de novo e combustíveis terão alta em julho; Confira valor

Imagem ilustrativa (Foto: Reprodução)

 

O governo federal aumentará, novamente, impostos federais sobre gasolina e etanol no início de julho, ou seja, a partir do próximo sábado (1º). O aumento do PIS/Cofins será de R$ 0,22 por litro no caso dos dois combustíveis.

A alta na tributação acontece após a Petrobras ter anunciado, na semana passada, uma redução de R$ 0,13 por litro preço da gasolina para as distribuidoras. Com isso, o efeito dessa redução sobre a gasolina, para os consumidores, será eliminado pelo aumento dos tributos federais.

Como o aumento da tributação será maior do que a queda anunciada pela Petrobras na gasolina, a tendência é que o preço do combustível fique acima do praticado anteriormente à redução anunciada na última semana.

O preço da gasolina já havia aumentado R$ 0,21 por litro na semana de 4 a 10 de junho, com a mudança na forma de tributação do ICMS, que passou a ser uma alíquota fixa por litro.

  • Em fevereiro deste ano, a equipe econômica já tinha anunciado uma alta de tributos de R$ 0,47 por litro para a gasolina e de R$ 0,02 por litro para o etanol.
  • Na ocasião, foi feita uma “reoneração” parcial. Para compensar o aumento apenas parcial dos tributos, foi instituído um imposto sobre exportação de óleo cru – este com validade de quatro meses.
  • Ao fim desse período, no começo de julho, haverá um novo aumento dos tributos sobre gasolina e álcool.

Governo pode atuar, indica Haddad

Em meados de maio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, que a Petrobras pode reduzir os preços dos combustíveis nos próximos meses para compensar o aumento dos tributos federais previstos para julho.

“Com o aumento [de tributos] previsto para 1º de julho, vai ser absorvido pela queda do preço deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo o que podíamos. Justamente esperando o 1º de julho, quando acaba o imposto de exportação e acaba o ciclo de reoneração”, declarou, ele na ocasião.

Com ações listadas em bolsa, a Petrobras divulgou um fato relevante no mesmo dia.

“A Petrobras não antecipa decisões de reajustes e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado”, informou a empresa, em 17 de maio.

De acordo com ele, essa redução prevista para julho, na gasolina e no álcool pela Petrobras, estaria em linha com os preços internacionais.

“A Petrobras deixou claro que obviamente vai olhar o preço internacional. Não tem como escapar disso porque ela importa. Ela pode, em uma situação mais favorável como agora em que o preço do petróleo caiu, mas que o preço do dólar caiu, combinar os dois fatores e reonerar sem impacto na bomba”, declarou Haddad.

Ele também sinalizou que o mesmo procedimento deve ser feito com o diesel, cuja desoneração vale até o fim desse ano. “E tudo bem, como vai acontecer com o diesel no final do ano. Já deixou uma gordura para computar a reoneração”, acrescentou.

Política de preços da Petrobras

Neste mês de maio, a Petrobras anunciou uma nova política para os combustíveis, que considerará usa duas referências de mercado:

  • o maior preço que a distribuidora de combustíveis pode comprar antes de procurar outro fornecedor;
  • o menor preço que a Petrobras pode vender mantendo lucro.

Especialistas ouvidos pelo g1 consideram que a nova política deve beneficiar o consumidor final no curto prazo, porque impede que oscilações muito drásticas no preço do dólar ou do petróleo sejam repassadas nos combustíveis.

Em entrevista à GloboNews, em 17 de maio, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa poderá seguir orientações do governo para precificar os combustíveis – desde que isso faça sentido para o o consumidor e para o acionista.

“A Petrobras do governo anterior é uma Petrobras que combinava esse jogo, mas a Petrobras que combinava jogo acabou e ela vai fazer o que é importante para o Brasil. E se tiver que seguir a orientação do governo, seguirá se fizer sentido para ela, para o consumidor e acionista”, disse Prates, em meados de maio.

Questionado na mesma entrevista se a Petrobras vai baixar os preços para compensar o aumento dos tributos, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que a companhia vai avaliar.

“Não sei, vamos ver até lá, as circunstâncias vão dizer, se a gente estiver num ciclo de baixa [do preço do barril de petróleo]”, respondeu. “Quando chegar lá, no dia, a gente vai dizer se cabe ou não cabe absorver o tanto de imposto que vai reentrar”, completou.

G1

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Economia

Reforma tributária pode elevar em 261% impostos de serviços

O substitutivo da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária, apresentado na 5ª feira (22.jun.2023) no Congresso Nacional, pode resultar em aumento de impostos em diversos setores do comércio e serviços. A informação é de um estudo da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgado na 6ª feira (23.jun.2023).

No setor de serviços, o aumento pode chegar a 261% para as empresas do Simples Nacional. Os mais prejudicados serão as atividades recreativas e culturais (171%), os serviços pessoais (160%), seleção, agenciamento e locação de mão de obra (157%), serviços de alojamento (153%), e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (145%).

No comércio, os mais atingidos deverão ser o varejo e atacado de calçados (41,2% e 37,3%, respectivamente); atacado de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico (32,2%); varejo de vestuário (31,8%); e varejo de tecidos (31,4%).

O levantamento mostra ainda uma possível alta superior a 100% nos serviços de vigilância, segurança e transporte de valores, serviços de escritório, serviços técnico-profissionais e serviços financeiros, de seguros e previdência complementar.

A CNC diz ainda que, no caso do comércio, é previsto o aumento acima de 20% para papelarias, lojas de móveis e decorações, revendedores de artigos esportivos e de produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, odontológicos e veterinários.

“A reforma tributária é essencial ao desenvolvimento econômico do país, mas não pode penalizar o setor de serviços, que é o que mais avança e foi o primeiro a ajudar os brasileiros na recuperação pós-pandemia, quando centenas de milhares de famílias enfrentavam o luto e as enormes dificuldades provocadas pelo desemprego e altos índices de inflação”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em comunicado.

Tadros afirma que, de 2002 a 2021, a participação dos serviços na força de trabalho formal avançou de 35% para 59%.

O Brasil precisa, neste momento, da sensibilidade e empatia dos deputados e senadores para com esse setor, que vem absorvendo trabalhadores que perderam seus empregos por conta da automação da indústria e da agropecuária ao longo das duas últimas décadas”, declarou.

A CNC afirma que a proposta de alíquota do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) em 25% pode colocar em risco cerca de 3,8 milhões de empregos no setor do comércio. Segundo o estudo, mesmo que os recursos vindos da redução tributária da indústria fossem integralmente utilizados para contratações, seriam criados só 3,2 milhões de empregos, resultando em uma queda 600 mil postos de trabalho no mercado.

Poder360

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Brasil

Estados aprovam imposto de compra on-line e cobrança deve afetar Shein e Shopee

Fachada da loja Shein

Os governos de Estados assinaram nesta quinta-feira (22) um convênio que estabelecerá cobrança de 17% das compras eletrônicas de empresas que estão no exterior, como Shein, Shopee e outras.

O convênio do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) permitirá a incidência do ICMS, o imposto estadual. Mas a cobrança será feita pela Receita Federal, junto com o Imposto de Importação, que poderá integrar os 60% do RTS (Regime de Tributação Simplificada).

A previsão é que a Receita Federal leve ao menos mais 1 mês para implantar a cobrança. Isso levaria o início da taxação para o final de julho de 2023.

As empresas aderem ao programa de forma espontânea. Quem aderir terá seus produtos em um canal verde para produtos importados, sem averiguações alfandegárias burocráticas que podem exigir a retenção do produto por vários dias.

O tema foi discutido na terça-feira, mas o governo de São Paulo havia pedido vista para analisar melhor o tema.

Poder360

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