Economia

João Pessoa registra aumento de 10,52% no preço da cesta básica em um ano

Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) revelou que João Pessoa foi uma das capitais do Nordeste a registrar um dos maiores aumentos no preço da cesta básica em janeiro de 2025, com uma alta de 10,52% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No primeiro mês de 2025, 13 das 17 capitais brasileiras monitoradas pelo DIEESE registraram aumento no custo da cesta básica. As maiores elevações foram observadas em Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%).

Em João Pessoa, o valor da cesta básica em janeiro de 2025 atingiu R$ 618,64, um dos menores entre as capitais do país. No entanto, o aumento expressivo de 10,52% em 12 meses coloca em evidência a dificuldade dos trabalhadores em arcar com os custos básicos de alimentação, especialmente em um cenário de alta generalizada dos preços.

Diante desse cenário, torna-se urgente a implementação de políticas públicas que visem mitigar os impactos da alta dos preços dos alimentos sobre a população, como o fortalecimento da agricultura familiar, a ampliação do acesso à alimentação saudável e a revisão da política de salário mínimo.

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Economia

Lula credita inflação dos alimentos a alta do dólar, ‘arapuca’ do Banco Central e aumento de exportações

Imagem: reprodução/TV Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elencou nesta quinta-feira (6) três motivos que, na visão dele, levaram à inflação dos alimentos registrada nos últimos meses: a alta do dólar, a condução da política monetária pelo Banco Central e o aumento da exportação dos produtos.

“Esse é um problema que me persegue desde que eu trabalhava no chão de uma fábrica. Toda vez que a inflação cresce, o alimento cresce, o trabalhador que vive de salário é quem paga o preço alto. Na medida em que a gente aumenta o salário mínimo acima da inflação, aumenta a massa salarial, temos que compensar com uma redução do preço dos alimentos”, afirmou Lula em entrevista a rádios da Bahia.

“Tivemos um aumento do dólar porque tivemos um Banco Central totalmente irresponsável, que deixou uma ‘arapuca’ que a gente não pode desmontar de uma hora para outra”, disse, em referência à gestão de Roberto Campos Neto.

g1

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Economia

Após reajuste, preço da gasolina chega a custar R$ 6,26 na Região Metropolitana de João Pessoa

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Imagem ilustraativa. (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Após o reajuste de 7,3% no preço dos combustíveis em todo o país, o preço da gasolina pode ser encontrado até R$ 6,26 nesta segunda-feira (3). O aumento de R$ 0,10 entrou em vigor no dia 1 de fevereiro por determinação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

A plataforma Preço da Hora Paraíba, registra que nesta segunda-feira (3), o preço da gasolina comum pode ser encontrado até R$ 6,26 em um posto de combustível de Bayeux.

Nesta segunda-feira (3), estão disponíveis os preços cobrados por 114 postos na Região Metropolitana de João Pessoa, com preços entre R$ 6,08 e R$ 6,26.

Já o menor preço registrado é de R$ 6,08 em um posto de combustível de Santa Rita.

Plataforma Preço da Hora

A plataforma Preço da Hora Paraíba é uma realização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Governo da Paraíba.

As informações são oriundas de vendas registradas em Notas Fiscais Eletrônicas.  Os preços são médias baseadas nas últimas vendas de cada produto pelos lojistas. Portanto, eles tendem a se aproximar daqueles praticados com maior frequência.

Aumento de R$ 0,10 no imposto

O Secretário da Fazenda da Paraíba, Marialvo Laureano, explicou ao Arapuan Verdade que o reajuste representa um aumento de R$ 0,10 nas refinarias, definido em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em novembro de 2024.

“Esse imposto é cobrado nas refinarias, só vai começar a valer para os postos apenas os combustíveis que forem comprados a partir de 1 de fevereiro. Isso é definido pelo Confaz, para todo o país”, destacou Marialvo Laureano.

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Economia

Brasil tem maior juro real do mundo após corte de taxa na Argentina

Foto: Pexels

O Brasil assumiu a liderança do ranking com maiores juros reais do mundo após a Argentina anunciar o corte nas taxas básicas, segundo relatório do MoneYou publicado nesta sexta-feira (31).

O banco central argentino anunciou na véspera a redução dos juros de 32% para 29%, com perspectivas de alívio na inflação.

Fonte: MoneYou

Com a medida, os juros reais da Argentina recuaram a 6,14%, caindo para o terceiro lugar no ranking.

A primeira posição passa a ser ocupada pelo Brasil, com juros reais de 9,18%. A Rússia aparece na sequência, com taxa de 8,91%.

O atual patamar do Brasil reflete a alta em 1 ponto na Selic, a 13,25%, segundo decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), na quarta-feria (29).

Juros reais são a conta considerando a taxa de juros descontada da inflação, e, mais do que a taxa bruta, é o número que de fato afeta a economia.

O cálculo considera tanto a inflação quanto os juros futuros, estimados pelo mercado para 12 meses à frente, já que é a tendência futura dessas duas variáveis o que realmente influencia tanto o andamento da economia quanto as decisões BC para a Selic.

Para a taxa brasileira, a metodologia usou a inflação projetada para os próximos 12 meses pelo mercado e coletada pelo Boletim Focus, que é de 5,5%.

Também foi considerada a taxa de juros DI a mercado dos aproximados dos próximos 12 meses no vencimento mais líquido, em janeiro de 2026.

CNN Brasil

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Economia

Petrobras anuncia aumento de R$ 0,22 no diesel a partir deste sábado (1º)

Foto: Getty Images

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (31) o aumento de R$ 0,22 no preço do diesel a partir deste sábado (1º), alta de 6,29%. O valor aos distribuidores será em média de R$ 3,72 por litro.

“Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 3,20 /litro, uma variação de R$ 0,19 a cada litro de diesel B”, informou a estatal.

Segundo a Petrobras, este é o primeiro reajuste no preço do diesel aos distribuidores desde outubro de 2023.

“Considerando o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel em R$ 0,77/ litro, uma redução de 17,1%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ -1,20/ litro ou 24,5%”, disse a companhia.

Preços em debate

O aumento de preços dos combustíveis foi tema em reuniões do governo e da Petrobras nesta semana.

Na segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para discutir a possibilidade de reajuste nos preços dos combustíveis.

Também participaram os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

Segundo apuração do analista de economia da CNN, Victor Irajá, a estatal via necessidade para aumentos na gasolina devido ao recuo do dólar nas últimas semanas, que voltou a performar abaixo de R$ 6.

Já a alta valor do diesel, que está com maior defasagem, era considerada.

CNN Brasil

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Economia

Compras internacionais recuam 11% em 2024; arrecadação sobe 40% com novo imposto e bate recorde

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Secretaria da Receita Federal informou nesta quarta-feira (29) que o número de encomendas internacionais feitas pelos brasileiros caiu 11% em 2024 na comparação com 2023.

Foram 187,12 milhões de mercadorias compradas no exterior em 2024, contra 209,58 milhões no ano anterior.

“A importação por meio do Programa Remessa Conforme representou 91,5% do total de importações de 2024, representando 171.323.467 declarações de importações registradas”, acrescentou a Receita Federal.

Apesar da queda no número das remessas internacionais, a arrecadação do imposto de importação cresceu 40,7% em relação a 2023.

O governo recolheu R$ 2,8 bilhões, um recorde histórico. Em 2023, a arrecadação havia somado R$ 1,98 bilhão.

Quando anunciou a taxação de 20% das remessas internacionais, em agosto do último ano, o Fisco projetou um incremento de R$ 700 milhões em arrecadação em 2024.

“O aumento da arrecadação vai ao encontro da criação do Programa Remessa Conforme e o estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação”, informou a Receita Federal.

Com a disparada de 27% do dólar no ano passado, também subiu o valor das importações por meio das remessas internacionais, atingindo R$ 16,6 bilhões. Em 2023, haviam somado R$ 6,4 bilhões.

Remessa Conforme

O Remessa Conforme é o programa criado pelo governo em 2023 para regularizar a importação de mercadorias. O imposto que incide sobre essas compras ficou conhecido popularmente como a “taxa da blusinha”.

  • No começo, compras até US$ 50 dólares eram isentas do imposto de importação, mas tinham que ser declaradas à Receita. Até então, o índice de mercadorias declaradas era considerado pequeno.
  • Ainda em 2023, no entanto, os estados instituíram um ICMS de 17% para essas compras.
  • Em agosto de 2024, o governo brasileiro, em conjunto com o Congresso Nacional, instituiu uma alíquota de 20% para as compras do exterior de até US$ 50.
  • Ao mesmo tempo, os estados elevaram sua tributação, por meio do ICMS, também para 20%, com validade a partir de abril.
  • Segundo cálculos dos varejistas, a partir de abril deste ano, quando começar a vigorar a nova alíquota do ICMS sobre encomendas de até US$ 50, a taxação subirá para 50%. Importadoras reclamaram, mas o varejo nacional defende a medida.

No fim do ano passado, a Shein calculou que os consumidores já pagam atualmente no Brasil uma carga tributária combinada de 44,5% em compras internacionais de até US$ 50, tributação que subirá para 50% em abril de 2025 com a alta do ICMS estadual.

g1

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Economia

Transações por Pix voltam a crescer na 2ª metade de janeiro

Marcello Casal Jr/Agência Brasil – 4.11.2020

Após a onda de fake news de uma falsa taxação do Pix, o volume de transações voltou a aproximar-se da média histórica na terceira semana de janeiro. Dos dias 16 a 27 deste mês, o número de transferências totalizou 1,923 bilhões, alta de 0,24% em relação aos mesmos dias de novembro, segundo as estatísticas do Sistema de Pagamentos Instantâneo do Banco Central.

O levantamento vai do dia seguinte à revogação da norma que modernizava a fiscalização do Pix e de outros tipos de transferências financeiras até segunda-feira (27). Por causa de uma onda de desinformação, que acarretou fraudes, como falsos boletos de cobrança de impostos e crimes à ordem econômica, como cobrança de preços diferenciados entre Pix e outras modalidades, a Receita Federal cancelou a instrução normativa que tinha entrado em vigor em 1º de janeiro.

Em relação a dezembro, o volume de transferências via Pix caiu 13,1% na comparação entre os dias 16 e 27. No entanto, o último mês do ano historicamente tem um pico de transferências por causa do pagamento do 13º salário, das compras de Natal e das férias de fim de ano. Dessa forma, o padrão histórico mais apropriado de comparação é com o mesmo período de novembro.

A onda de mentiras sobre o Pix que circulou na primeira quinzena de janeiro fez o volume de transações cair 13,4% de 1º a 15 de janeiro em relação a dezembro. Na comparação com o mesmo período de novembro, o recuo chegou a 6,7%. Se considerar o período entre 1 e 14 de janeiro, a queda chega a 15,7% em relação a dezembro e a 7,9% em relação a novembro.

MP do governo reforçou gratuidade do Pix

Além de revogar a norma, o governo editou uma medida provisória que reforça a isenção de impostos e o sigilo bancário sobre o Pix, princípios já garantidos pela Constituição.

A MP também proíbe a cobrança de preços diferenciados pelo comércio para transações via Pix. Embora a Receita Federal tenha esclarecido que a instrução normativa não acarretaria cobrança de impostos pelo Pix, o crescimento na circulação de fake news sobre o tema forçou o cancelamento das novas regras.

R7

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Economia

Arrecadação federal bate recorde e soma R$ 2,71 trilhões em 2024, maior valor da série histórica

Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 2,709 trilhões em 2024. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pela Secretaria da Receita Federal. O resultado é o maior da série histórica, iniciada em 1995. No mesmo período de 2023, a Receita arrecadou R$ 2,47 trilhões.

Já em dezembro, a arrecadação foi de 261,2 bilhões, o maior resultado da série histórica para o período. O resultado representa uma alta de 7,78%, já descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Em relação a novembro, quando o montante foi de R$ 209,218 bilhões, a arrecadação subiu 24,23%, em termos reais.

Segundo a Receita, o aumento na arrecadação pode ser explicado por fatores como o comportamento dos principais indicadores macroeconômicos, melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins e o crescimento do IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

Veja abaixo:

  • Comportamento dos principais indicadores macroeconômicos;
  • Melhora no desempenho da arrecadação da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis;
  • Desempenho dos tributos do comércio exterior em função do aumento do volume das importações, das alíquotas médias e do crescimento da taxa de câmbio;
  • Crescimento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 14,84%, em função, principalmente, do crescimento de 14,93% na arrecadação da estimativa mensal.

No acumulado do ano (de janeiro a dezembro), sem a correção pela inflação, a arrecadação alcançou o valor de R$ 2,65 trilhões —, o que representa um acréscimo pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 9,62%.

Segundo a Receita, a tributação de fundos exclusivos gerou um aumento de R$ 13 bilhões na arrecadação no ano passado, enquanto a atualização do IRRF sobre offshores contribuiu com outros R$ 7,67 bilhões.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal total de R$ 12,1 bilhões em dezembro de 2024, valor igual ao registrado no mesmo mês de 2023, a preços correntes, conforme a Receita Federal. No acumulado de 2024, as desonerações totalizaram R$ 124,9 bilhões, volume inferior ao registrado no ano anterior (R$ 139,348 bilhões, a preços correntes).

O resultado reflete a retomada da tributação sobre combustíveis, feita ao longo de 2023. Em janeiro de 2024, o governo retomou a cobrança integral do PIS/Cofins sobre o diesel, que havia sido zerado em 2021, com retomada parcial em setembro de 2023.

Os números de renúncia da desoneração da folha de pagamento ainda não foram informados pela Receita, cuja categoria está em mobilização.

R7

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Economia

Governo admite que preço da comida e da energia impactam desaprovação de Lula

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (27) — mostrando, pela primeira vez desde janeiro de 2023, a aprovação do governo Lula menor (47%) do que a desaprovação (49%) — não pegou o Palácio do Planalto de surpresa.

Há cerca de seis meses, pesquisas internas vêm detectando viés de baixa na avaliação do governo. Nas últimas semanas, o Planalto percebeu que os altos preços dos alimentos estão pesando desfavoravelmente — e muito — nessa balança.

A CNN conversou sobre o resultado da pesquisa com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo.

“Todas as vezes em que há aumento de preços de alimentos e de energia tivemos uma oscilação (na popularidade)”, disse Padilha.

De acordo com ele, o governo tem “experiência o bastante para saber que pesquisa é uma fotografia de um momento, temos que analisá-lo, sem perder de vista o filme”.

Para o ministro, “o nosso filme de dois anos (mandato atual) tem sido de crescimento econômico, de redução do desemprego e de aumento do poder de compra do povo.”

E, mais uma vez, destacou o quanto o trabalho da comunicação é importante. “O que importa para o filme é avaliar e comunicar melhor medidas que mexem com a vida de milhões de brasileiros”.

Além disso, Padilha disse que o governo não pode “desligar o alarme de atenção sobre aquilo que mexe no bolso das famílias”.

CNN

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Economia

Haddad diz não haver previsão de novas medidas de contenção de gastos

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) negou por meio de sua assessoria, neste domingo (26), que já haja novas medidas de contenção de gastos a serem apresentadas ao presidente Lula (PT).

É a segunda vez em menos de um mês que Haddad afirma não haver novas propostas para tentar acalmar o mercado financeiro.

Segundo nota da Fazenda, não há novas medidas elaboradas nem anúncio previsto para esta semana.

A afirmação ocorre num momento em que o dólar retomou a um patamar abaixo de R$ 6, após uma trajetória ascendente desde o fim do ano passado, quando renovou o recorde histórico para R$ 6,267.

Há uma preocupação no governo em barrar de antemão a formação no mercado financeiro de expectativas de que haverá anúncio de novas medidas para breve, de acordo com auxiliares do presidente ouvidos pela Folha.

O risco que entrou no radar é que, no caso da ausência de medidas, haja um novo movimento de alta do dólar e dos juros futuros no momento em que a cotação da moeda norte-americana começou a cair.

O dólar fechou a sessão da sexta-feira (24) com queda de 0,12%, cotado a R$ 5,917, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitir que existe a possibilidade de um acordo comercial com a China e que preferia não criar tarifas de importação aos produtos daquele país.

Foi o menor valor desde 27 de novembro do ano passado (R$ 5,913) e o maior recuo semanal (2,42%) desde 9 de agosto do ano passado, quando cedeu 3,43% em cinco dias úteis.

A negativa de Haddad foi divulgada em razão de notícia publicada pelo jornal O Globo segundo a qual ele já teria fechado com sua equipe três propostas para apresentar a Lula na tentativa de convencer o mercado financeiro de que o governo está preocupado em reverter a deterioração do quadro fiscal.

De acordo com o jornal, medidas poderiam ser anunciadas nesta semana.

No dia 29, a assessoria de Haddad já havia negado informação anterior, no mesmo sentido.

O governo quer evitar a repetição do que ocorreu durante as discussões das medidas de corte de gastos, no ano passado, quando a demora do anúncio e especulações sobre o tamanho do pacote acabaram promovendo um ciclo de piora das condições financeiras com alta do dólar e dos juros.

Na avaliação de integrantes do governo, essa espera acabou levando a uma avaliação ruim pelo mercado do impacto das medidas.

Um ministro de Lula disse à Folha, na condição de anonimato, que Haddad ainda está construindo no governo as condições para que o presidente Lula aceite retomar as discussões de novas medidas.

Antes disso, o governo ainda terá que negociar a votação do Ploa (Projeto de Lei Orçamentária) de 2025, após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, no sábado (1º).

O auxiliar do presidente destacou que não tem como discutir medidas antes da votação das Mesas Diretoras do Congresso e das negociações orçamentárias, que são sempre delicadas. A equipe econômica precisa acomodar no Orçamento as medidas do pacote fiscal.

Ele reforçou que, apesar da ansiedade dos analistas do mercado, há o “timing” da política para as decisões e que Haddad estaria jogando com isso para ter mais tempo de conversas com o presidente Lula sobre a estratégia de política fiscal e a adoção de novas medidas.

Folhapress

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