Chegam às unidades da Federação nos próximos dias 3 milhões de doses da Janssen, 2,1 milhões da Pfizer e 2,9 milhões da AstraZeneca/Fiocruz. O outro lote, com 5,3 milhões de doses de vacinas, já foi distribuído na última quarta (30/6) e quinta (1º/7).
A campanha de vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde quebra mais um recorde com o envio de 13,5 milhões de doses de imunizantes para todo o país – tudo isso no intervalo de cinco dias.
Até agora, o Ministério da Saúde já entregou aos estados e DF mais de 135 milhões de doses de vacinas Covid-19. Mais de 100 milhões de doses já foram aplicadas, sendo que 47% da população-alvo já recebeu a primeira dose e quase 17%, a segunda dose ou dose única das vacinas.
Um projeto de R$ 1 bilhão, com apoio internacional, pretende capacitar produtores rurais e aumentar a segurança alimentar no Semiárido do Nordeste. Lançado nesta semana pelo Fida (Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola), em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Ministério da Economia, o projeto Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste (PCRP) tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do sertão nordestino e amenizar os efeitos das mudanças climáticas na região.
O projeto pretende beneficiar 250 mil famílias (1 milhão de pessoas) em até quatro estados do Nordeste, que ainda serão escolhidos. Ao somar os aportes do Fida, do BNDES e a contrapartida dos governos estaduais, os investimentos podem chegar a US$ 202,5 milhões (cerca de R$ 1 bilhão na cotação atual).
As negociações para a captação de recursos foram concluídas nesta semana. Em dezembro, a diretoria-executiva do Fida havia aprovado, por unanimidade, a destinação dos recursos.
O projeto financiará ações de manejo sustentável da água e de enfrentamento da seca e das mudanças climáticas. Entre as principais ações, estão a introdução de tecnologias de coleta, armazenamento e reciclagem da água e a adoção de estratégias de diversificação produtiva no sertão. O programa pretende alcançar uma área de 84 mil hectares, restaurando ecossistemas degradados para prestarem serviços na área ambiental. Uma das metas consiste em evitar a emissão de mais de 11 milhões de toneladas de gás carbônico em 20 anos.
Iniciativa da Organização das Nações Unidas que destina recursos para projetos de adaptação às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento, o Green Climate Fund (GCF) aportará, por meio do Fida, US$ 100 milhões. Desse total, US$ 34,5 milhões entrarão como doação e US$ 65 milhões virão por meio de operações de crédito.
Dos recursos nacionais, o BNDES concederá US$ 73 milhões em financiamentos, como entidade executora do GCF. Os US$ 29,5 milhões restantes serão investidos como contrapartida dos estados.
Próximos passos
Após a aprovação pelo GCF e pelo Fida no fim de 2020, o BNDES, o Ministério da Economia e o fundo internacional concluíram as negociações do contrato de empréstimo na última quarta-feira (30). Os próximos passos são a conclusão dos arranjos de implementação do projeto e sua votação pela Diretoria do BNDES. O Senado precisará aprovar a concessão de garantias da União. A expectativa é que os primeiros financiamentos comecem a ser concedidos em 2022.
As discussões começaram em 2018, quando o governo federal indicou o BNDES como potencial parceiro do Fida no financiamento e desenvolvimento de projetos de desenvolvimento rural sustentável. Em 2019, a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia e a Comissão de Financiamento Externo da pasta deram aval à operação.
Com a missão específica de combate à fome e à pobreza rural, o Fida recebe apoio do governo brasileiro há mais de 40 anos. A instituição financeira internacional está baseada em Roma, onde fica o Fundo de Agricultura e de Alimentos das Nações Unidas.
Um homem que estava prestes a ser vacinado contra a Covid-19 tomou a seringa com o imunizante das mãos da vacinadora e aplicou no próprio braço. O caso aconteceu nesse sábado (3) na cidade de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. A ação foi registrada em vídeo por um colega que acompanhava o homem. A prefeitura da cidade alerta para os perigos desse tipo de atitude.
Durante o vídeo, é possível ver o homem conversando com profissionais da saúde, já posicionado para receber o imunizante. A auxiliar de enfermagem, ergue o braço e mostra ao homem a seringa preparada. É quando ele toma o imunizante das mãos dela, aponta para a câmera e, logo em seguida, de forma brusca, aplica a vacinação no próprio braço. A enfermeira ainda tenta pegar a seringa de volta, mas o homem foi mais rápido que ela.
Depois de aplicar o imunizante no próprio braço, o homem devolve a seringa para a enfermeira e vai embora, deixando a equipe surpresa.
Medo de não ser imunizado
Um familiar que prefere não ser identificado explicou que o homem teve a atitude por medo de algum tipo de fraude e que ele não brincou ao aplicar o imunizante no próprio braço. Segundo a familiar, o homem não tomou a seringa das mãos da enfermeira com o intuito de desmoralizar os profissionais que estavam no local.
A vacinação segue critérios técnicos e a aplicação é feita por profissional habilitado. Toda pessoa pode, no ato da imunização, checar qual vacina será aplicada, e se há líquido na seringa, por meio dos procedimentos padrões adotados pelos vacinadores, que são subordinados a órgãos de saúde.
Ato foi perigoso e imprudente, diz prefeitura
Em nota, Prefeitura de Eusébio afirmou considerar o ato “inadequado, imprudente, perigoso e ainda desrespeitoso para com a vacinadora, profissional apta para realizar a aplicação da vacina”.
A prefeitura também lamentou a atitude, que considera como “reprovável” por ter exposto o próprio homem a risco de acidente. “Por exemplo, poderia ter havido ruptura (o que não houve) da agulha no braço do mesmo”, disse, em nota.
A ocorrência será notificada como incidente de vacinação à coordenação estadual de imunização. “Estaremos mais atentos para coibir e evitar incidentes outros semelhantes a este, que como dito é reprovável”, finaliza a nota.
Após protestos neste sábado (03), o presidente Jair Bolsonaro segue com comentários após protestos contra o governo. “Esse tipo de gente quer voltar ao Poder por um sistema eleitoral não auditável, ou seja, na fraude”, escreveu no Facebook.
Em sua rede social, Bolsonaro compartilhou um vídeo que mostra o confronto entre manifestantes e policiais militares. “Aos 36 segundos, um policial militar é atingido quase mortalmente por uma pedra. Para a grande mídia, tudo normal.”, afirmou o presidente.
Manifestantes foram às ruas neste sábado (3) em defesa da vacinação contra Covid-19 e para protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Foram registrados atos em todos os Estados e Distrito Federal, em ao menos 120 cidades brasileiras e em dezenas de capitais europeias.
Segundo informações divulgadas pelo Vaticano, o Papa Francisco foi internado em um hospital de Roma, neste domingo (4), para uma cirurgia no intestino grosso. A informação foi divulgada, sem detalhes sobre o horário em que o procedimento ocorrerá.
A operação já estava agendada e busca reparar um estreitamento no cólon (estenose), que dificulta a passagem das fezes. Um novo boletim médico será divulgado quando a operação terminar. “Esta tarde, Sua Santidade, o Papa Francisco, foi ao hospital Gemelli – Roma – para uma intervenção cirúrgica programada para uma diverticulite estenótica sintomática. A cirurgia será realizada pelo professor Sergio Alfieri”, disse o porta-voz, em nota à imprensa. Um boletim médico será emitido ao final da cirurgia.
Três horas antes do comunicado da Igreja Católica, o pontífice chegou a participar da tradicional cerimônia religiosa na Praça de São Pedro, onde reza aos domingos com seus seguidores.
O Ministério da Saúde liberou, no início da noite deste sábado (3), o uso das doses da vacina contra a covid-19 da Janssen que chegaram congeladas ao Distrito Federal. Segundo a pasta, os imunizantes podem ser aplicados na população de forma segura.
“O carregamento passou por vistoria e foi aprovado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), após a constatação de que a temperatura não influenciou a qualidade da vacina”, informou a pasta.
O imunizante, que é de dose única, estava armazenado fora da temperatura adequada de conservação, que é de 2°C.
Mais cedo, a Secretaria Estadual de Saúde do DF informou que as doses congeladas ficariam “armazenadas e indisponíveis para uso”, mas que os imunizantes passariam por análises para “verificar a estabilidade dos imunobiológicos e se é seguro aplicar essas vacinas”.
O Brasil pode ter uma “sobra” de 300 milhões de doses contra a Covid-19 no fim do ano, caso seja cumprida a promessa de entrega das 632,5 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde.
O país aplicou até este sábado (3) um total 104 milhões de doses do imunizante: 71,9 milhões foram utilizadas como primeira dose, outras 24,4 milhões correspondem à segunda dose (que engloba AstraZeneca, Coronavac e Pfizer) e menos de 800 mil pessoas tomaram a vacina da Janssen, que é aplicada em dose única.
Para vacinar toda a população acima de 18 anos, são necessários, pelo menos, três vezes mais do que já foi aplicado até o momento. Só que, de acordo com o IBGE, há 160 milhões de brasileiros acima de 18 anos – ou seja, o país precisa de aproximadamente 330 milhões de doses para imunizar toda a população adulta.
Se os laboratórios cumprirem os prazos acordados com o Ministério da Saúde, em dezembro sobrarão mais de 300 milhões de doses — 302,5 milhões de doses. Até lá, talvez seja preciso vacinar os adolescentes entre 12 e 18 anos, provavelmente dar uma dose de reforço a idosos e profissionais de saúde ou guardar para 2022.
Enquanto isso, o Brasil segue como segundo país no mundo em número de mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a Universidade John Hopkins.
Já em número de contaminações, o Brasil ocupa a terceira colocação no ranking mundial, atrás dos Estados Unidos e a Índia.
Em âmbito nacional, seis estados brasileiros já ultrapassaram a marca de 1 milhão de contaminações: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Santa Catarina.
O Distrito Federal suspendeu o uso de 40,1 mil doses da vacina contra a covid-19 da Janssen recebidas neste sábado, 3, depois de constatar que os imunizantes estavam congelados, fora da temperatura adequada de armazenamento, que é de 2°C.
A Secretaria Estadual de Saúde do DF informou que acionou o Ministério da Saúde e que a orientação recebida do órgão federal é “deixar toda a carga das vacinas em quarentena”. “Elas ficarão armazenadas e indisponíveis para uso no momento”, disse a Secretaria.
O comunicado não esclarece as razões ou condições que levaram ao congelamento indevido das doses da vacina.
O órgão estadual informou ainda que o Ministério da Saúde vai solicitar, na próxima segunda-feira, 5, análise de qualidade das doses, a ser feita pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O objetivo será “verificar a estabilidade dos imunobiológicos e se é seguro aplicar essas vacinas”.
A vacina da Janssen é a única dos imunizantes contra covid-19 que requer aplicação de apenas uma dose, o que significa que o lote agora em quarentena viabilizaria a imunização completa de 40 mil pessoas. As demais vacinas que estão sendo usadas requerem duas doses aplicadas.
A Uniãogastou R$ 19,3 bilhões com pensões de dependentes de militares ao longo de 2020. A maior parte do dinheiro foi para as filhas. Das 226 mil pessoas que recebem este tipo de benefício no País, nada menos do que 137.916, ou 60% do total, são filhas de militares já mortos. Os dados também revelam que as pensões nas Forças Armadas são maiores do que as dos servidores civis.
Os 226 mil beneficiários de pensões militares receberam, em média, R$ 5.897,57 em fevereiro, enquanto os 286.208 civis ganharam, também em média, R$ 4.741,19. Alguns dos benefícios são quase centenários. A pensão militar mais antiga começou a ser paga pelo contribuinte em setembro de 1930.
Os dados foram divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU), por meio do Portal da Transparência. A divulgação foi feita com quase um ano e meio de atraso, atendendo a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). É a primeira vez que o Estado brasileiro mostra dados sistematizados sobre pensões de militares, inclusive com os nomes dos beneficiários. A decisão do TCU foi motivada por reclamações da agência de dados independente Fiquem Sabendo.
O lote liberado pela CGU abarca os meses de janeiro de 2020 a fevereiro de 2021 e expõe dezenas de pensionistas de militares recebendo valores acima do teto constitucional do serviço público, hoje fixado em R$ 39,3 mil. Em fevereiro deste ano, por exemplo, eram 14 casos de pensionistas que ganhavam mais de R$ 100 mil líquidos, já depois dos descontos.
Em todos estes casos, a “super parcela” se deve a um pagamento eventual, específico. O maior pagamento, já depois dos descontos, foi de R$ 435,6 mil, feito a uma pensionista menor de 16 anos, filha de um segundo-tenente. Os dados dela foram omitidos.
Direito. As pensões nas Forças Armadas são regidas pela lei 3.765 de 1960. Até 2001, a regra permitia que filhas de militares continuassem recebendo indefinidamente as pensões de pais já falecidos, desde que continuassem solteiras. A norma foi mudada por meio de uma Medida Provisória no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas quem conquistou o direito antes da mudança continua com o benefício.
Os militares que ingressaram na carreira antes da Medida Provisória também deixaram o direito para as filhas. Até hoje filhas e filhos de militares usufruem de regras mais favoráveis para as pensões — eles mantém o benefício até os 24 anos, caso estejam na universidade, quando no INSS a idade usada como parâmetro é 21 anos.
Luís Roberto Barroso acredita que as plataformas de redes sociais precisam ser claras ao definir as regras de exclusão de postagens e perfis para que eventual retirada de conteúdo não atinja a liberdade de expressão.
“Precisamos proteger a qualidade mínima do debate público não interferindo indevidamente com o que seria a liberdade de expressão. E aí nós temos dois problemas: a censura privada que eventualmente pode ser exercida pelas redes sociais e, portanto, nós não queremos passar de uma censura estatal para uma censura privada. As redes sociais têm que ter termos de uso claros para que a exclusão de posts e a exclusão de pessoas se dê por critérios que possam ser controlados pela sociedade e não arbitrários. E do outro lado, nós não queremos potencializar a atuação dos grupos que atacam as instituições”, disse Barroso, em entrevista ao podcast “Supremo na Semana”, produzido pelo STF e que vai ao ar neste sábado (3/7).
Barroso afirmou no podcast que a experiência de conduzir as eleições de 2020 lhe mostrou a necessidade de mudar a lei para “definir responsabilidades, para assegurar transparência e para a proteção das instituições”.
“Não é um momento fácil porque há uma nova realidade em que nós não queremos perder o que já conquistamos, não queremos instaurar uma censura privada, mas não queremos deixar que a democracia seja destruída ou corrompida por milícias digitais”.
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