Judiciário

Alexandre de Moraes rejeita pedido da PGR para deixar relatoria de inquérito contra Bolsonaro

 

Divulgação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), na última segunda-feira (5), para que ele deixe a relatoria do inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter associado as vacinas contra Covid-19 ao risco de infecção pelo vírus HIV. Moraes também solicitou à PGR que se manifeste sobre os pedidos de indiciamento formulados pela Polícia Federal.

No mês passado, a PF afirmou que o presidente havia cometido crime ao associar as vacinas contra a Covid-19 à Aids. As declarações do chefe do Executivo federal foram feitas durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais e não têm base científica. Segundo a corporação, o presidente disseminou informações falsas, alegando basear-se em relatórios do Reino Unido.

A investigação foi aberta a pedido do presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 no Senado, Omar Aziz (PSD-AM).

O ministro do STF ainda negou o pedido da PGR para anular a abertura do inquérito e passar a relatoria ao ministro Luís Roberto Barroso. A justificativa da Procuradoria é que Barroso é o relator do caso por prevenção, por estar responsável pela petição que apura as condutas de Bolsonaro mencionadas no relatório final da CPI.

Na segunda-feira, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, reiterou o pedido feito em dezembro pela PGR, solicitando o não prosseguimento da investigação e frisando que Barroso deveria ser o relator.

Em sua decisão, Moraes afirmou que, em despacho do dia 29 de agosto, o inquérito em questão foi prorrogado por mais 60 dias, conforme solicitação da Polícia Federal apoiada pela PGR. “Dessa maneira, a investigação prosseguirá normalmente, nos termos já apontados tanto pela Polícia Federal quanto pelo Ministério Público”, escreveu o ministro.

R7

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Paraíba

“Os profissionais da enfermagem não precisam de mais um estudo”; critica Veneziano

 

O candidato ao governo da Paraíba, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), defendeu nesta terça-feira (06) a implantação imediata do piso salarial nacional para os profissionais da enfermagem. Segundo ele, a lentidão do atual governador em tomar decisões faz com que categorias inteiras sejam prejudicadas e acabem por deixar de receber benefícios aos quais têm direito.

Ele criticou a decisão do governador de “empurrar com a barriga” a implantação do piso da enfermagem, ao anunciar, apenas ontem, que ainda vai iniciar um “estudo” para ver se implanta ou não o novo piso de R$ 4.750.

“Os profissionais da enfermagem não precisam de mais um estudou, João, de mais uma promessa. Precisam de um governador que implante o piso. E nós vamos implementá-lo. Até porque lutamos muito no Senado para isso”, disse Veneziano, ao lembrar sua luta e articulação, no Senado, para a aprovação do benefício.

No Senado, Veneziano presidiu a sessão de aprovação da PEC 11/2022, que decidiu pelo piso salarial nacional da enfermagem, num reconhecimento do presidente Rodrigo Pacheco à sua luta em favor dos enfermeiros, enfermeiras, técnicos e técnicas de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o Brasil.

Blog do BG 

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Política

Sete parlamentares vão ao STF contra fundo eleitoral de R$ 5,7 bi para 2022

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Sete parlamentares entraram com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar anular as votações ocorridas, no âmbito da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, e proibir o aumento no fundo eleitoral — chamado de “fundão” — de R$ 1,7 bilhões (2018) para R$ 5,7 bilhões.

O mandado de segurança é assinado pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), Daniel Coelho (Cidadania-PE), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tabata Amaral (PDT-SP, foto acima), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Vinicius Poit (Novo-SP), além do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Eles argumentam que a forma com que o reajuste no fundo eleitoral foi inserido na votação não seguiu o que determina a lei, uma vez que “não houve atendimento a um prazo razoável de deliberação quanto a uma mudança tão impactante”.

Os parlamentares reforçam que, se as regras procedimentais tivessem sido respeitadas, o aumento no fundo eleitoral seria uma medida “ruim”, mas não ilegal. Mas, em um momento de crise causada pela pandemia de covid-19, a má alocação de recursos públicos “foge à razoabilidade” e “gera um esvaziamento dos direitos e garantias fundamentais da população”. “Triplicar o valor do fundo eleitoral enquanto mais de 500 mil cidadãos brasileiros morreram pelo coronavírus, além de inconstitucional, é imoral e cruel”, defendem. “O presente caso (…) é de sopesamento entre o aumento de verba de custeio para candidatos realizarem suas propagandas e o direito de metade da população poder comer com o mínimo de dignidade. É pelo direito à vida!”

O que é o ‘fundão’?

O “fundão” foi criado em 2017 para financiar as campanhas eleitorais depois que o STF proibiu as doações de empresas. O processo foi aberto pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), para quem o financiamento de campanha por pessoas jurídicas violava o principio de igualdade política, uma vez que pessoas com menos recursos não tinham como competir o volume de doações de empresas.

UOL

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