Política

Marcelo Ramos rebate crítica de Bolsonaro: “Corre das obrigações”

Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em resposta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que o responsabilizou pela aprovação do Fundo Eleitoral, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que o presidente corre de suas responsabilidades e obrigações e lembrou que não votou na matéria, pois estava presidindo a sessão.

Veja mais: Jair Bolsonaro critica Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões

“Se depender do Bolsonaro, ele não é responsável por nenhuma das mais de 530 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas”, afirmou Ramos.

O deputado ainda responsabilizou o governo e os filhos do presidente pela aprovação do texto. “E quero lembrar que não houve protestos pelos líderes do governo, nem pelo líder do partido do filho dele, contra a votação simbólica. Ainda vale a pena lembrar que eu nem voto nessa matéria, porque só presidi a sessão. Quem votou a favor foram os filhos dele, tanto na Câmara quanto no Senado. Essas palavras jogadas ao vento não vão transferir responsabilidades, presidente, assuma as suas.”

Acompanhe o vídeo:

Com Metrópoles

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Brasil

Jair Bolsonaro critica Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões

Foto: reprodução/CNN Brasil

O presidente Jair Bolsonaro criticou neste domingo (18) o aumento do Fundo Eleitoral para R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso na última semana e disse a jornalistas na saída do hospital onde estava internado em São Paulo que “vai buscar dar bom final a isso“.

O texto do Fundo Eleitoral foi aprovado na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022  na quinta-feira (15). A norma aprovada contém a possibilidade de aumentar o fundo, usado por partidos e candidatos para fazer campanha. Os recursos destinados a esse fim podem chegar a R$ 5,7 bilhões. Em 2020 foram R$ 2 bilhões.

Bolsonaro declarou que com o novo valor, seus ministros poderiam asfaltar todas as rodovias do Brasil ou levar água ao Nordeste.

“Sigo a minha consciência e sigo a economia e a gente vai buscar dar um bom final para isso daí. Afinal de contas, eu já antecipo, R$ 6 bilhões para fundo eleitoral, pelo amor de Deus. R$ 6 bilhões na mão do Tarcísio (Infraestrutura), ele recapearia grande parte da malha rodoviária do Brasil, R$ 6 bilhões na mão do Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), ele concluiria a água para o Nordeste.”

Bolsonaro criticou Marcelo Ramos (PL-AM). Foi o deputado que presidiu a sessão do Congresso que aprovou o novo fundo. O presidente diz que ele impediu que a votação em separado sobre os recursos eleitorais fosse feita nominalmente, quando há contagem de votos.

A votação foi simbólica, por isso o chefe do Executivo saiu em defesa de congressistas da base que estão sendo criticados por terem votado a favor da LDO.

“Pelo amor de Deus o Estado do Amazonas ter um parlamentar como esse, pelo amor de Deus. Ele atropelou, ignorou, passou por cima e não botou em votação o destaque. Obrigado aos parlamentares que votaram a LDO, todos eles estão sendo acusados injustamente de ter botado esse Fundão”, disse Bolsonaro.

Poder 360

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Política

Sete parlamentares vão ao STF contra fundo eleitoral de R$ 5,7 bi para 2022

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Sete parlamentares entraram com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar anular as votações ocorridas, no âmbito da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, e proibir o aumento no fundo eleitoral — chamado de “fundão” — de R$ 1,7 bilhões (2018) para R$ 5,7 bilhões.

O mandado de segurança é assinado pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), Daniel Coelho (Cidadania-PE), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tabata Amaral (PDT-SP, foto acima), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Vinicius Poit (Novo-SP), além do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Eles argumentam que a forma com que o reajuste no fundo eleitoral foi inserido na votação não seguiu o que determina a lei, uma vez que “não houve atendimento a um prazo razoável de deliberação quanto a uma mudança tão impactante”.

Os parlamentares reforçam que, se as regras procedimentais tivessem sido respeitadas, o aumento no fundo eleitoral seria uma medida “ruim”, mas não ilegal. Mas, em um momento de crise causada pela pandemia de covid-19, a má alocação de recursos públicos “foge à razoabilidade” e “gera um esvaziamento dos direitos e garantias fundamentais da população”. “Triplicar o valor do fundo eleitoral enquanto mais de 500 mil cidadãos brasileiros morreram pelo coronavírus, além de inconstitucional, é imoral e cruel”, defendem. “O presente caso (…) é de sopesamento entre o aumento de verba de custeio para candidatos realizarem suas propagandas e o direito de metade da população poder comer com o mínimo de dignidade. É pelo direito à vida!”

O que é o ‘fundão’?

O “fundão” foi criado em 2017 para financiar as campanhas eleitorais depois que o STF proibiu as doações de empresas. O processo foi aberto pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), para quem o financiamento de campanha por pessoas jurídicas violava o principio de igualdade política, uma vez que pessoas com menos recursos não tinham como competir o volume de doações de empresas.

UOL

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