Paraíba

Senado vê interferência do STF e avalia retomar discussão sobre porte de drogas, aborto e imposto sindical

Plenário do Senado Federal – Wikipédia, a enciclopédia livreFoto: Arquivo/Agência Brasil

Após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para criminalizar qualquer porte ou posse de droga, senadores avaliam mais duas medidas contra temas pautados no STF (Supremo Tribunal Federal): os impostos sindicais e o aborto.

A visão entre líderes do Senado ouvidos pela Folha é que o Supremo tem invadido a competência do Congresso de legislar. E a forma de reagir a isso, para eles, é alterando o texto da Constituição.

Posse e porte de drogas

Nesse sentido, a primeira reação foi a PEC, apresentada por Pacheco na última quinta-feira (14), para criminalizar a posse e o porte de drogas, independentemente da quantidade ou da substância.

A medida foi protocolada menos de um mês após o Supremo retomar o julgamento da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal a partir da interpretação de um artigo da lei 11.343/2006, a chamada Lei de Drogas. O placar está em 5 a 1 a favor da descriminalização.

“A lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”, diz o texto proposto por Pacheco, que já escreveu artigo para defender que o STF não tem competência para tratar do tema.

O trecho seria acrescido na forma de inciso ao artigo 5º da Constituição.

Senadores e deputados federais protestam contra o julgamento com o argumento de que a medida deveria ser discutida pelo Congresso, não pelo STF. No início do mês passado, Pacheco disse que as “discussões políticas” deveriam ocorrer em âmbito político.

Imposto sindical

Outro julgamento que causou incômodo no Senado foi o do imposto sindical.

Na segunda (11), o STF definiu que os sindicatos poderão cobrar contribuição assistencial de todos os trabalhadores representados por eles, sejam sindicalizados ou não.

Segundo a tese, aprovada por maioria de votos, é permitida a cobrança da contribuição, desde que o trabalhador não sindicalizado tenha o direito de se opor a ela.

Aborto

O terceiro tema, que ainda não foi tema de decisão do STF, é o aborto.

Na terça (12), a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, liberou para julgamento a ação que trata da descriminalização do aborto durante o primeiro trimestre de gestação —ela é a relatora.

A ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 442, apresentada pelo PSOL em 2017, ainda não tem data para ser julgada.

A ação questiona a violação de direitos fundamentais das mulheres diante da manutenção do atual entendimento no país sobre aborto. A lei brasileira criminaliza o aborto com apenas três exceções: risco de vida, gravidez resultante de estupro e feto anencéfalo.

Também pede que sejam excluídas a incidência de artigos do Código Penal sobre a interrupção induzida e voluntária da gestação nas primeiras 12 semanas.

Na visão de senadores, esse tipo de assunto é legislativo e, portanto, deveria ser tratado pelo Congresso.

Os três temas vêm sendo discutido pelas lideranças nos corredores e também nas reuniões semanais, que definem as pautas que serão votadas pelo Senado.

Folhapress

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Polêmica

(VÍDEO) Com medo de Moraes, advogada chora em julgamento no STF: “trabalho desvalorizado”

A advogada Larissa Cláudia Lopes de Araújo, que defende o réu do 8/1 Matheus Lima de Carvalho Lazaro, chorou durante a defesa no plenário do Supremo Tribunal Federal. Larissa dizia que faltava critério no processo e mencionou que viu advogados serem humilhados no STF, em alusão às críticas feitas por Alexandre de Moraes a outro defensor.

“Vi advogados serem humilhados, talvez, por isso, esteja com um pouco de medo nessa tribuna. OAB nunca se manifestou para defender a gente. Eu não gosto de política. Meu choro aqui não é por partido é pelo meu trabalho, que é tão desvalorizado, que eu nem sei se alguém vai me ouvir”, disse Larissa.

A advogada ainda afirmou que “as sentenças estão prontas”. “Hoje, mais uma vez, confirmei e acredito que estejam mesmo”, disse.

Metrópoles

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STF

‘APELÃO’ Ricardo Coutinho suplica ao STF por adiamento de audiência na próxima semana

Ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT)

A defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PT) pediu novamente, nessa quarta-feira (13), que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspenda a audiência de instrução do caso dos Codificados, no âmbito da Operação Calvário, segundo apurou o Blog junto à Corte. A sessão está marcada para a próxima quinta-feira (21) na 2ª Vara Criminal de João Pessoa.

Na semana passada, Gilmar já tinha se desdobrado de forma liminar sobre o caso e disse não haver, no momento, a “necessidade” de adiar a audiência. Mesmo assim, o magistrado determinou que a Polícia Federal apresentasse em 48 horas os arquivos e provas que pudessem ajudar a Coutinho a formular a defesa da acusação do Ministério Público da Paraíba.

O delegado Reinaldo de Araújo Paiva Filho, da PF, informou ao STF, porém, que o material está custodiado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em despacho proferido na última terça-feira (12), o ministro Francisco Falcão, do STJ, determinou que a defesa de Coutinho apresentasse um “HD com capacidade igual ou superior a 3TB (três terabytes) para possibilitar o envio à Polícia Federal para o espelhamento do HD apreendido, com a manutenção da cadeia de custódia da prova”.

Ricardo, no entanto, informou ao STF, através de seus advogados, que “na melhor das hipóteses, a defesa terá acesso à cópia integral do material no dia 15/09/2023, apenas seis dias antes da audiência marcada”. Por isso, avalia que “acerca do tamanho dos arquivos e dos procedimentos necessários para o seu espelhamento, não há como manter a data do dia 21/09/2023 para a realização do ato processual sem comprometer o exercício do direito de defesa pelo ora reclamante”.

Com WallisonBezerra

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Brasil

Levantamento mostra quem são os ministros do STF mais hostilizados

Foto: Nelson Jr./SCO/STF.

Entre 2017 e 2023, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram hostilizados 74 vezes, de acordo com um levantamento do site Poder360, publicado nesta segunda-feira, 31.

Alexandre de Moraes ocupa o topo da lista: 30 vezes, no período, das quais 12 acabaram na Justiça. Na sequência, vem Luís Roberto Barroso, alvo de 18 manifestações. Gilmar Mendes está em terceiro lugar, com 17 protestos.

Os juízes do STF menos hostilizados são a presidente da Corte, Rosa Weber, e André Mendonça.

O ex-ministro Marco Aurélio Mello se pronunciou, sobre a pesquisa. Conforme o magistrado, a Corte tem de considerar “críticas construtivas”.

“O Supremo, porque muito acionado, está na vitrine”, disse Mello. “Em meus 31 anos de judicatura no Supremo, jamais fui hostilizado. Se tivesse sido, faria um balanço de meus atos e, percebendo falha — a Justiça é obra do homem e, assim, é passível de falha —, daria a mão à palmatória e buscaria a correção.”

Alexandre de Moraes: 30;
Luís Roberto Barroso: 18;
Gilmar Mendes: 17;
Edson Fachin: 4;
Nunes Marques: 4;
Luiz Fux: 3;
Cármen Lúcia: 2;
Ricardo Lewandowski: 2;
Dias Toffoli: 2;
Rosa Weber: 1;
André Mendonça: 1.

Revista Oeste.

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STF

STF marca retomada de julgamento da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal; Veja data

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (2) o julgamento da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal.

A descriminalização começou ser analisada em 2015, mas o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

O caso trata da posse e do porte de drogas para consumo pessoal, infração penal de baixa gravidade que consta no Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). As penas previstas são advertência sobre os efeitos das drogas, serviços comunitários e medida educativa de comparecimento a programa ou curso sobre uso de drogas.

Até o momento, três ministros – Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes – votaram, todos a favor de algum tipo de descriminalização da posse de drogas.

O recurso sobre o assunto tem repercussão geral reconhecida, devendo servir de parâmetro para todo o Judiciário brasileiro.

Rosa Weber

Também na quarta, a atual presidente da Corte, ministra Rosa Weber, completa 75 anos, idade que os ministros devem aposentar.

A data em que ela deixará o tribunal ainda não foi divulgada, e a presidência da Corte deve ficar com o ministro Luís Roberto Barroso; Edson Fachin será vice.

Posse de Zanin

Na quinta-feira (3), Cristiano Zanin Martins toma posse como ministro da Corte. A cerimônia está marcada para as 16h. O advogado teve o nome aprovado pelo Senado em 21 de junho e foi oficialmente nomeado ministro pelo presidente Lula em 5 de julho.

O advogado vai ocupar a cadeira de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril. Zanin tem 47 anos e atuou na defesa de Lula em processos na Operação Lava Jato.

Com informações de R7 e Agência Brasil

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Política

Novo lança abaixo-assinado por CPI do abuso de autoridade do STF e TSE

Novo lança abaixo-assinado por CPI do abuso de autoridade do STF e TSE
O partido Novo lançou na noite dessa quarta (17) um abaixo-assinado em defesa da abertura da CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE. Até a manhã desta quinta-feira (18) já havia aproximadamente 70 mil signatários.

“Cassação de Deltan Dallagnol, censura, inquéritos ilegais. Chega! Não é possível continuar desse jeito. Peço seu apoio para assinar o abaixo-assinado e divulgá-lo. Também gostaria de pedir aos parlamentares que assinem o requerimento da nossa CPI do abuso de autoridade do STF e do TSE”, afirmou o deputado Marcel van Hattem, que encabeçou a iniciativa e gravou um vídeo pedindo assinaturas.

Segundo o Novo, a CPI servirá para que excessos sejam investigados e para que o equilíbrio de Poderes possa ser restabelecido.

“Cada vez mais brasileiros enxergam o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral como fontes de ilegalidades, inquéritos abusivos e intimidatórios, favorecimento de alguns e perseguição de outros e de decisões motivadas por ressentimentos pessoais e desejos de vingança. Os brasileiros que apoiam este abaixo-assinado desejam a instauração da CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE, para que estes excessos sejam investigados e para que o equilíbrio de poderes da democracia brasileira possa ser restabelecido”, afirma o partido, em mensagem na página do abaixo-assinado.

O Antagonista

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Polêmica

Cabo Gilberto aponta ativismo judicial em ordem de Moraes para investigar atos no DF

Cabo Gilberto aponta ativismo judicial em ordem de Moraes para investigar atos terroristas
O deputado federal, Cabo Gilberto (PL), comentou nesta segunda-feira (20), a decisão do ministro do Superior Tribunal Fededal (STF), Alexandre de Moraes, que mandou a Polícia Federal ouvir os paraibanos Nilvan Ferreira (PL), Wallber Virgolino (PL), Eliza Virgínia (PP) e o próprio Cabo Gilberto Silva, no inquérito relativo aos ataques contra STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, no último dia 08 de janeiro.

“Eu não tenho nenhum problema quanto a isso, eu estaria preocupado se eu tivesse envolvimento com algum tipo de corrupção, com algum escândalo público com relação ao seu contrário a atividade política. Estão me colocando lá por ativismo judicial”, disse o parlamentar.

A decisão de Moraes ainda determina que a conduta do Cabo Gilberto seja apurada pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Vale ressaltar que, na data, o parlamentar paraibano ainda era deputado estadual e ainda não tinha tomado posse como federal.

PolíticaEtc

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STF

Atos no DF: Moraes manda investigar bolsonaristas da PB e aponta ‘conduta grave’ de Pâmela Bório

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na tarde desta sexta-feira (17) a inclusão de Nilvan Ferreira, Wallber Virgolino, Eliza Virginia e o Cabo Gilberto Silva no inquérito que apura atos contra STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.

O magistrado quer saber saber se eles tiveram ligação com a autoria intelectual ou instigação dos atos registrados em oito de janeiro.

“Conforme destacado pela Procuradoria-Geral da República, a participação de WALBER VIRGOLINO, NILVAN FERREIRA e ELIZA VIRGINIA teria ocorrido mediante instigação/autoria dos atos criminosos investigados (objeto de apuração no Inq 4.921/DF), notadamente por meio das redes sociais”, escreveu Moraes.

Já a ex-primeira-dama Pâmela Bório será investigada no inquérito que apura o “núcleo de executores materiais dos atos criminosos”. Para o ministro, a conduta dela “se revela ainda mais grave, pois teria feito parte do núcleo dos executores materiais da organização criminosa investigada, participando efetivamente da destruição do prédio-sede do CONGRESSO NACIONAL”

A decisão atende à Procuradoria-Geral da República e foi tomada na ação movida pelo PSOL contra os bolsonaristas.

O ministro determinou ainda que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados apure a conduta do deputado Cabo Gilberto Silva (PL).

A Polícia Federal deverá ouvir os réus no prazo de 15 dias.

MaisPB

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Brasil

Moraes quer que redes sociais sejam classificadas como empresas de comunicação

Foto: Reprodução.

O ministro do STF Alexandre de Moraes defendeu hoje que as redes sociais devem ser classificadas como empresas de comunicação, para que se responsabilizem pelo conteúdo divulgado nelas. O magistrado deu a declaração à imprensa antes de participar de um evento na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, sobre liberdade de expressão.

“Temos que mudar a forma jurídica de responsabilização de quem é o detentor das redes. Não é possível ainda hoje que as grandes plataformas sejam consideradas empresas de tecnologia. Elas são também empresas de comunicação, empresas de publicidade. O maior volume de publicidade no mundo quem ganha são essas plataformas”, afirmou Moraes.

Ainda ao falar sobre o tema, o ministro, que preside o TSE desde o ano passado, disse que a “a Constituição não garante uma liberdade de expressão como liberdade para agressão, discurso de ódio, para discurso contra a democracia”.

“O modelo negocial das redes é diferente e exatamente por isso temos que negociar a forma de regulação. Sempre levando em conta que a Constituição não garante uma liberdade de expressão como liberdade para agressão, discurso de ódio, para discurso contra a democracia. E nós vimos o que vem ocorrendo e o que ocorreu nas eleições“, afirmou Moraes.

Por Antagonista.

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Brasil

PGR pede que Supremo encerre investigação contra empresários bolsonaristas

Foto: Divulgação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu nesta sexta-feira (9) da decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou busca e apreensão, quebra de sigilos bancário e telemático e bloqueio de todas as contas bancárias de empresários que compartilharam mensagens pregando ruptura democrática em um grupo de conversas virtuais.

A PGR pediu o encerramento da investigação e a anulação dos procedimentos realizados.

O Ministério Público aponta, no documento, uma lista de supostas irregularidades na condução da apuração:

  • ausência de competência do ministro relator para analisar o caso;
  • violação ao sistema processual acusatório;
  • carência de justa causa e atipicidade das condutas narradas (ou seja, entendimento de que não houve crime);
  • constrangimento ilegal.

“Diante da prévia demonstração das inconstitucionalidades e ilegalidades que sobressaem desta investigação, com a nulidade absoluta de todos os atos judiciais e investigativos já materializados, bem como da manifesta atipicidade das condutas investigadas e de ausência de substrato indiciário mínimo, a evidenciar flagrante constrangimento ilegal, urge seja adotada a excepcional via do trancamento desta Petição por meio de concessão de ordem de ofício pelo órgão colegiado do Supremo Tribunal Federal”, afirma o documento, assinado pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo.

G1

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