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Este é um dos principais executivos da Brais Company.

No vídeo ele manda um recado pra mim.

Na última semana este jovem foi preso. pic.twitter.com/wm1bspHqDp

— Tiago Guitián Reis (@Tiagogreis) June 29, 2023

O economista Tiago Reis, um dos maiores críticos ao modelo de negócios fraudulentos da BraisCompany, publicou, nesta quinta-feira (29), uma “resposta” ao executivo da empresa Victor Hugo Learth, que foi preso na semana passada, na Argentina.

Em um vídeo antigo de divulgação para investimentos na empresa de Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias, Victor que se auto intitulava atuante no marketing da corretora de criptomoedas ironiza Tiago Reis.

“Quer saber como não ser como o Tiago Reis e lucrar com informações assertivas no mercado de criptomoedas? Arrasta pra cima e fala comigo”, dizia Victor Hugo no vídeo.

Reis então deu a resposta hoje, anos depois. “Este é um dos principais executivos da BraisCompany. No vídeo ele manda um recado pra mim. Na última semana este jovem foi preso”, declarou o economista.

PbJá

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das criptomoedas, em funcionamento na Câmara dos Deputados, já aprovou dois requerimentos para investigar os sócios-administradores da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, que seguem foragidos da Justiça.

A Presidência da CPI não deve ficar “inerte” às ausências de Antônio Neto Ais e Fabrícia. Há a possibilidade de requisitar junto a autoridades policiais e outras instituições informações e documentos que possam corroborar com as investigações.

Requerimentos aprovados

O primeiro requerimento, do deputado federal Júnior Mano (PL/CE), enquadra o casal na condição de investigado e requer que a CPI utilize-se de todos os instrumentos legais cabíveis para convocar Antônio Neto e Fabrícia a comparecerem à comissão.

“O inquérito realizado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público da Paraíba revelou indícios de que a Braiscompany utilizava informações falsas sobre projetos ou serviços, prometendo rentabilidade normalmente alta ou garantida, além da inexistência de taxas”, diz o parlamentar no requerimento.

De acordo com o deputado, diante da gravidade dos fatos e do amplo impacto social causado por esse esquema de pirâmide financeira, é fundamental a convocação. “Portanto, requeiro que sejam tomadas todas as providências cabíveis para a convocação dos sócios-administradores Antônio Ais Neto e Fabrícia Ais, proprietária da Braiscompany, a fim de que prestem os devidos esclarecimentos perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito”, disse.

Convite

No dia 20 de junho, o presidente da Comissão, deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), apresentou um convite para o comparecimento do casal. Tanto o convite quanto a convocação foram aprovados.

“Assim, por toda exposição e gravidade da situação, faz-se necessária a participação do envolvido para prestar esclarecimentos acerca dos fatos narrados. Assim, pedimos o apoio dos pares para a aprovação do requerimento”, opinou.

Prisões

Na última sexta-feira (23), a Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal, prendeu três funcionários de Antônio Neto Ais, dono da Braiscompany, envolvidos em supostos crimes contra o sistema financeiro praticados pela empresa gestora de criptoativos situada em Campina Grande, na Paraíba. As informações sobre essa operação também deverão abastecer à CPI.

AgendaPolítica

Uma pirâmide financeira nunca cai. Ela sempre se conclui. A tese foi apresentada pelo advogado Artêmio Picanço, especialista em atender vítimas de fraudes com criptoativos, durante palestra na Bitsampa neste domingo (11).

Com isso, o advogado aponta que os estelionatários já têm em mente que um dia a situação será insustentável e trabalham do dia um do projeto sabendo que a pirâmide será concluída em algum momento.

Além disso, o advogado afirma que existe um grande ecossistema de pessoas envolvidas na fraude. “É uma indústria em que existe investidor anjo, existem stakeholders (pessoas que estão envolvidas no negócio e participam da cadeia), e quando a pirâmide se conclui, aquelas pessoas migram de um caso para outro”, diz.

“Todas elas antes de ir embora tem um último voo de galinha. Toda pirâmide pouco antes de se concluir, gera um FOMO, expressão em inglês para o sentimento de fazer as pessoas terem medo de estar perdendo algo. A GAS (alvo de uma ordem judicial que congelou R$ 38 bilhões em suas contas), pouco antes de concluir, disse que iria diminuir a rentabilidade para aportes feitos depois de determinado dia de 10% para 5%. Isso fez acontecer uma injeção intensa de capital na pirâmide. O criador da GAS é réu e responde pelos crimes contra o sistema financeiro nacional, gestão fraudulenta e organização criminosa”, afirma.

Na Braiscompany, criou-se o Token Brais em dezembro e a barreira de entrada foi reduzida de R$ 5 mil para R$ 1 mil. Em fevereiro a pirâmide parou de pagar totalmente.