Polêmica

Desembargador adverte vítimas da Braiscompany por ‘corrida’ ao ressarcimento de golpe


O desembargador João Batista Barbosa, do Tribunal de Justiça da Paraíba, advertiu as vítimas da Braiscompany pela enxurrada de ações que visam recuperar seus investimentos aplicados na empresa de criptomoedas.

Ao negar um dos pedidos de uma cliente da Braiscompany, em decisão nessa quinta-feira (01), o desembargador pontuou que “as ações já interpostas contra a empresa demandada, tem como objetivo primordial a coletividade, não podendo ações individuais se tornarem em verdadeira corrida para recebimento de valores, quando se sabe que futura sentença abrangerá todos que tiverem contrato com a demandada.”

João Batista Barbosa frisou que o Juízo da 11ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa – PB, atendendo a um pedido Ministério Público da Paraíba, com objetivo de resguardar futuras execuções dos consumidores lesados, deferiu o bloqueio de R$ 45,1 milhões além de veículos e outros bens.

“Neste sentido, não há efeito prático em nova concessão de medida de bloqueio se já houve deferimento neste mesmo sentido”, argumentou o magistrado.

Com MaurílioJR

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Polêmica

VÍDEO: ‘NOTA ZERO’ Fabrícia Ais, da Braiscompany não sabia fazer uma simples conta de matemática

Responsável por um dos maiores escândalos no país envolvendo um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas, Fabrícia Ais, dona da Braiscompany não conseguia ao menos fazer uma simples conta de matemática.

Em mais um vídeo em que o BLOG DO BG PB conseguiu ter acesso aos bastidores do curso de traders da empresa, fica evidente a dificuldade da então chefe de operações em calcular os supostos “ganhos” dentro do mercado de criptoativos.

Para resolver uma questão de porcentagem ela pede ajuda ao roteirista e ao cinegrafista que corrigem o cálculo da esposa de Antônio Neto.

”Lembro que a moeda era a ‘hot’ eu comprei ela por 10 satoshis e vendi por 40 satoshis em 48 horas; isso aí foi o que me deu o ‘boom’, eu tenho que ser trader, eu preciso operar nesse mercado… tá certo, num tá? foi 400% de 10 satoshis pra 40? é 300%? ela quadruplicou de tamanho; é 400 ou 300? me diga só pra eu não errar”, questiona Fabrícia.

No vídeo ainda é possível perceber quando ela usa a calculadora para fazer a conta.

(VÍDEO) Erros e Gafes: Confira bastidores de Toin tentando gravar curso da Braiscompany

O termo Satoshi, usado por Fabrícia, é a menor fração da moeda virtual do Bitcoin, utilizando 8 casas decimais. O nome é uma homenagem a Satoshi Nakamoto, o apelido do criador por trás da inovação tecnológica.

Entenda o caso Braiscompany

Em fevereiro deste ano, a PF deflagrou a operação Halving, a primeira contra a Braiscompany, empresa acusada de funcionar como uma pirâmide financeira através de um serviço de “aluguel de criptomoedas” e que havia parado de pagar os clientes em dezembro do ano passado.

Depois vieram outras duas operações da PF, como a ‘Select’ em abril, e ‘Select II’ em maio, ambas desdobramento da Operação Halving.

Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, estão foragidos desde então, embora haja boatos que tenham passado por Buenos Aires, na Argentina. Eles são acusados de cinco crimes e a justiça já decretou prisão preventiva.

Em março, Ais reapareceu no Instagram e disse que a responsabilidade pelo colapso da Braiscompany era toda sua, mas justificou a quebra da Brais ocorreu por conta da queda do mercado cripto.

Blog do BG PB

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Polêmica

Tio de Fabricia Ais, da Braiscompany é preso em Pernambuco após matar garçom por dívida de R$100

Francisco de Assis, o dono do Castelo Spetus, bar localizado em Campina Grande, foi preso nesta quarta-feira (31) em Bonito, no interior de Pernambuco. Ele é acusado de matar o jovem garçom Willian Hudson Pereira Granjeiro, de 21 anos, com um tiro no peito, após uma discussão por causa de R$ 100.

O crime aconteceu no último dia 20 de maio, na frente do estabelecimento. Segundo testemunhas, Willian trabalhava há alguns dias no Castelo Spetus e cobrou o pagamento do empresário, que se recusou a pagar. Houve uma discussão entre o garçom e o dono do bar, que sacou uma arma de fogo e efetuou um disparo no peito da vítima, que morreu ainda no local do crime.

Empresário que assassinou garçom por dívida de R$100 é tio de Fabrícia Ais, da Braiscompany

Ele fugiu logo após o crime e estava foragido desde então. Ele foi localizado e preso por policiais da Delegacia de Homicídios de Campina Grande, que contaram com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco. Ele será encaminhado para a Paraíba, onde responderá pelo homicídio.

Francisco é tio da dona da Braiscompany, Fabrícia Ais que também está foragida no âmbito da Operação Halving da Polícia Federal. Ela e o marido são acusados de dar o maior golpe no formato pirâmide da história de Campina Grande, deixando milhares de vitimas.

Blog do BG PB com PBJá

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Polêmica

Caso Braiscompany: Justiça decide sobre indenização para cunhada de Antônio Neto; confira

O juiz do Trabalho, Adriano Mesquita Dantas, negou o pedido da cunhada de Antônio Neto Ais, dono da Braiscompany, Flávia Farias Campos, acerca de uma indenização de R$ 232 mil contra a empresa de criptomoedas.

Mais do que indeferir o pedido, Mesquita destacou em sua decisão que, “além de irmã e cunhada  dos  sócios  da Reclamada, era “gerente financeira” (ou seja, CFO), mesmo sem qualquer experiência”.

O magistrado apontou que a irmã de Fabrícia foi vendedora no comércio, auxiliar de escritório da Secretaria de Administração do Estado da Paraíba, telefonista na Prefeitura de Taperoá e, por fim, gerente financeiro da Reclamada, “respondendo por uma operação que, segundo as investigações, movimentou mais de R$ 1 bilhão de reais. Estava, portanto, intimamente relacionada com manutenção e operação da atividade ilícita, cuidando do pagamento dos rendimentos mensais aos “clientes”, como afirmado em audiência”.

“Na verdade, a Reclamante foi beneficiária direta da “operação”,seja  como  cliente  (afirmou  ter  firmado  mais  de  20  contratos),  seja  como  “gerente financeira”,  auferindo  expressivas  somas  a  título  de  “rendimentos”,  “salários”  e “comissões”.  Até  o  valor  da  “remuneração”  da  Reclamante  (R$  20.000,00)  chama atenção e destoa  do  ordinário, superando, em muito, a remuneração paga aos gerentes de grandes bancos na região”, acrescenta.

Na ação, Flávia Farias Campos afirmou que “acreditava na empresa e investiu com mais de 20  contratos”. A cunhada de Antônio Neto Ais pleiteou receber mais de R$ 230 mil da BraisCompany na esfera trabalhista. A causa está estimada no valor preciso de R$ 232.731,88, de acordo com os autos.

Com MaurílioJR

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Polêmica

Empresário que assassinou garçom por dívida de R$100 é tio de Fabrícia Ais, da Braiscompany

Há uma semana, Francisco de Assis, apontado como dono do Castelo Spetus, é o principal suspeito de assassinar o jovem garçom Willian Hudson Pereira Granjeiro, de 21 anos, com um tiro no peito.

O crime aconteceu por conta de uma cobrança de uma dívida no valor de R$100,00 referente a alguns dias trabalhados pelo garçom, e que o empresário não queria pagar.

Desde então o assassino está foragido.

Um detalhe: Francisco é tio da dona da Braiscompany, Fabrícia Ais que também está foragida no âmbito da Operação Halving da Polícia Federal. Ela e o marido são acusados de dar o maior golpe no formato pirâmide da história de Campina Grande, deixando milhares de vitimas.

Além disso denúncias anônimas apontam que o bar pertencia a Antonio Neto Ais e que toda a gestão de RH da empresa era feira dentro da Braiscompany.

O bar e petiscaria tiveram os portões chumbados e mesas retiradas do local esta semana.

Blog do BG PB com NotíciaCertaPB

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Polêmica

Caso Braiscompany: TRF5 nega pedido para devolver passaporte a “broker”

 

O desembargador Sebastião José Vasques de Moraes, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, rejeitou o pedido ingressado por Erika Macêdo Xavier, companheira de Mizael Moreira Silva, um dos gerentes da Braiscompany, para que lhe fosse devolvido o passaporte apreendido durante a Operação Halving, que mira fraudes contra o Sistema Financeiro cometidas pela empresa de Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Campos. O casal chegou a ter prisão decretada, mas está foragido há três meses da Justiça Federal.

“A cautelar [apreensão do passaporte] foi baseada tão somente no fato de que a Paciente teria algum tipo de relacionamento com um dos investigados, sendo algo absolutamente anômalo ao nosso ordenamento jurídico, que merece a devida repreensão por parte desse Colendo Tribunal Regional Federal, até porque a Paciente nem investigada é nos supostos fatos criminosos perpetrados pelos dirigentes da Braiscompany”, argumentou a defesa.

Para o Ministério Público Federa, Erika Macêdo é “broker” da Braiscompany, responsável “pelo aliciamento de vítimas, pela apropriação de valores e pelo desvio do montante arrecadado, dado que atuava na captação de clientes, na intermediação da compra e venda de valores mobiliários, mediante o pagamento de comissão, e em operações diretas de compra e venda de criptoativos”.

“ERIKA MACEDO XAVIER, ademais, é companheira do investigado MIZAEL MOREIRA SILVA, COO – Chief Operating Officer da empresa utilizada na ação criminosa, e que foi responsável por operações diretas de compra e venda de criptoativos no valor de R$ 212.393.508,27, valor este inferior apenas ao movimentado por FABRICIA FARIAS CAMPOS, e que também teve contra ele medida cautelar decretada. Encontram-se, presentes, portanto, indícios robustos de que tinham um papel relevante na estrutura do grupo e no desvio e apropriação de valores de terceiros”, diz o parecer.

Ao decretar a apreensão do passaporte, a Justiça Federal em Campina Grande afirmou que “observou-se que há notícias públicas, confirmadas pela autoridade policial, de que os mesmos vêm [JOSE MOISES VENANCIO DOS SANTOS, JONAS ANDRE LUCENA SANTOS e ERIKA MACEDO XAVIER] praticando atos tendentes à imediata saída do país.

Para rejeitar o pleito de devolver o passaporte a Erika, o desembargador pontuou que não há “qualquer circunstância ou situação concreta no sentido de demonstrar que a paciente necessita urgentemente ou com a maior brevidade possível se ausentar do País”.

MaisPB

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Desembargador na Paraíba se averba suspeito para julgar ação contra Braiscompany

Da Paraíba para o mundo: conheça a Braiscompany, a maior empresa de  tecnologia blockchain da América Latina | Braiscompany | G1
Ainda são raras as ações de clientes lesados pela Braiscompany no Tribunal de Justiça da Paraíba. Em uma delas, o desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque se averbou “suspeito por motivo, de foro íntimo e superveniente”, para julgar uma ação de um cliente que pede a devolução do dinheiro investido na empresa de Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos.

Braiscompany: Donos ameaçavam multar em R$ 1 milhão funcionários que falassem sobre operação da empresa, diz ex-segurança

A ação foi então encaminhada para o desembargador Marcos William de Oliveira, que se aposenta nesta quarta-feira (24).

Entenda o caso

A Braiscompany, de propriedade de Antônio e Fabrícia Ais, é suspeita de praticar um esquema de pirâmide financeira e causar um prejuízo calculado em mais de R$ 500 milhões a milhares de investidores.

A empresa, investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), foi alvo de diversos mandados de busca e apreensão no âmbito das Operações Halving e Select. Contra o casal existem mandados de prisão, mas eles conseguiram fugir da polícia e são considerados foragidos.

Blog do BG PB com MaurílioJR

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(VÍDEO) Erros e Gafes: Confira bastidores de Toin tentando gravar curso da Braiscompany

O empresário de criptoativos Antônio Neto era tão enrolado no esquema de pirâmide que nem ele mesmo sabia mais o que estava vendendo.

No vídeo que o Blog do BG PB conseguiu nesta terça-feira (23) é possível perceber a  dificuldade de Tonin entender e assimilar um  simples texto. E uma frase curta quase que o roteirista perdia a paciência.

Confira os momentos de erros e gafes do fugitivo da polícia federal.

Entenda o caso Braiscompany

Em fevereiro deste ano, a PF deflagrou a operação Halving, a primeira contra a Braiscompany, empresa acusada de funcionar como uma pirâmide financeira através de um serviço de “aluguel de criptomoedas” e que havia parado de pagar os clientes em dezembro do ano passado.

Depois vieram outras duas operações da PF, como a ‘Select’ em abril, e ‘Select II’ em maio, ambas desdobramento da Operação Halving.

Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, estão foragidos desde então, embora haja boatos que tenham passado por Buenos Aires, na Argentina. Eles são acusados de cinco crimes e a justiça já decretou prisão preventiva.

Em março, Ais reapareceu no Instagram e disse que a responsabilidade pelo colapso da Braiscompany era toda sua, mas justificou a quebra da Brais ocorreu por conta da queda do mercado cripto.

Blog do BG PB

 

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Desempregado, sem dinheiro e ameaçado: ex-segurança da Braiscompany conta drama após golpe milionário

renatodiniz.com: EX-SEGURANÇA DE CASAL DA BRAISCOMPANY CONTA “O QUE SÓ ELE SABE” EM ENTREVISTA

Ismael Lira, ex-segurança da Braiscompany, que revelou em entrevista vários acontecimentos que presenciou enquanto trabalhava na empresa, lamenta que após a crise na empresa está desempregado, sem dinheiro e ameaçado.

Lira conta que na ocasião da primeira ação da Polícia Federal contra a Braiscompany, ele foi comunicado através de uma pessoa próxima de Ais sobre o seu distrato e que ele receberia todos os seus direitos mediante assinatura de contrato que previa uma multa de R$ 1 milhão.

“Nunca mais eu poderia falar o nome da Braiscompany nem fazer essas denúncias”, disse Lira, que atualmente passa por “um grande aperto financeiro” por causa da situação.

O ex-funcionário afirma que, enquanto trabalhava na Braiscompany, passou por várias mudanças de horário de trabalho, inclusive fazendo plantões de 24 e 48 horas, mas que nunca recebeu adicional noturno previsto em lei.

Ele trabalhou para a empresa pouco mais de um ano, sendo quatro meses em São Paulo, quando morou com os patrões e, portanto, os acompanhou 24 horas por dia. Ele deixou a empresa em junho do ano passado.

Além dos prejuízos relatados, Lira disse que também recebeu ameaças e que já relatou às autoridades — tanto a PF quanto a Polícia Civil da Paraíba.

“Estou recebendo várias ameaças de morte, dizendo que vão me matar — que sabem onde eu moro”, disse ele à reportagem.

Os donos da Braiscompany também são alvos de ameaças de clientes envolvidos em atividades criminosas, contou Lira. “O envolvimento do PCC e outras facções… Quem tinha dinheiro queria botar…uma empresa pagando de 7% a 8% todo mês. Fiquei sabendo que várias pessoas em Campina Grande — do crime, agiotas e várias pessoas perigosas — já mandaram recado para Ais, de que se encontrarem ele, não será bom se ele não pagar”, disse Lira.

Entenda o caso Braiscompany

Em fevereiro deste ano, a PF deflagrou a operação Halving, a primeira contra a Braiscompany, empresa acusada de funcionar como uma pirâmide financeira através de um serviço de “aluguel de criptomoedas” e que havia parado de pagar os clientes em dezembro do ano passado.

Depois vieram outras duas operações da PF, como a ‘Select’ em abril, e ‘Select II’ em maio, ambas desdobramento da Operação Halving.

Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, estão foragidos desde então, embora haja boatos que tenham passado por Buenos Aires, na Argentina. Eles são acusados de cinco crimes e a justiça já decretou prisão preventiva.

Em março, Ais reapareceu no Instagram e disse que a responsabilidade pelo colapso da Braiscompany era toda sua, mas justificou a quebra da Brais ocorreu por conta da queda do mercado cripto.

PortalBitCoin

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Polêmica

Ex-segurança da Braiscompany revela mais bastidores da pirâmide de R$ 2 bilhões: “Enganaram todo mundo”

Ismael Lira, ex-funcionário da Braiscompany,posa para foto.

A Braiscompany era faminta por clientes e não se importava se “era uma pessoa morrendo de câncer, o maior criminoso ou o maior juiz do Brasil”. A afirmação é do campinense Ismael Lira, ex-segurança da Braiscompany, que revelou em entrevista vários acontecimentos que presenciou enquanto trabalhava na empresa.

Controlada pelo casal Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, a Braiscompany tem sido alvo constante de ações da Polícia Federal, que investiga tanto o paradeiro do casal foragido quanto o sumiço do dinheiro dos clientes. Dados atualizados da PF estimam que o prejuízo deixado pelo esquema da Braiscompany está em torno de R$ 2 bilhões.

O casal fugiu porque já “está acostumado em dar golpe e participar de pirâmide financeira”, disse Lira na entrevista. Ele se absteve de responder algumas perguntas dado a um processo que corre em segredo de Justiça. Lira é uma das testemunhas que já foram ouvidas pelas autoridades.

Fuga do casal Braiscompany

Lira disse que previu a fuga do casal quando percebeu que tudo estava sendo vendido e se deu conta que também seria uma das vítimas do negócio fraudulento que prometia altos retornos mensais, chamado internamente de ‘locação de ativos’.

Esse tipo de oferta se tornou comum em esquemas de pirâmide, onde golpistas alegam que os rendimentos vêm de operações no mercado cripto.

Quando as operações da Brais se tornaram insustentáveis, seus líderes fugiram, assim como aqueles que estavam por trás da Atlas Quantum, MidasTrend, Unick Forex, DD Corporation, Indeal, dentre tantos outros golpes cripto famosos no Brasil.

“Eles fugiram porque já tinha tudo premeditado”, disse Lira. “Quando eles mudaram aqueles contratos de locação de criptomoedas de R$ 1 mil, que antes eram de R$ 6 mil, na hora eu disse lá em casa: ‘me ferrei, perdi meu dinheiro’”.

Lira acompanhou praticamente toda a movimentação de Ais e Fabrícia, já que ele também era motorista do casal, mesmo sendo contratado como segurança patrimonial. Ele presenciou, por exemplo, tudo ser vendido às pressas antes do golpe final, que culminou no sumiço do casal e numa dívida bilionária com os clientes.

Em dezembro do ano passado, na mesma época em que a Braiscompany parou de pagar os clientes, Antônio Ais vendeu às pressas uma mansão por R$ 12,5 milhões, um valor menor ao estimado para o imóvel de R$ 15 milhões.

Em suas publicações no Instagram, Lira faz vídeos ironizando o ex-patrão. Por meio do perfil, ele também demonstra orgulho da profissão de segurança. Na Braiscompany, no entanto, ele era muito mais do que isso:

“Eu era motorista, segurança, porteiro, lavava carro, cuidava de cachorro, levava menino para a escola, mandava emplacar carro, comprava passagens aéreas…”.

O café da manhã, disse Lira, era de sua responsabilidade comprar os produtos, que davam em torno de R$ 200 por dia. O valor era repassado em sua conta bancária via Pix.

Ele disse que começou a prestar seus serviços de segurança como freelancer para a Braiscompany quando Ais viajava para São Paulo, na época das desavenças entre o empresário com o criador da casa de análises Suno Research, Tiago Reis.

No final de 2020, Reis foi um dos primeiros a classificar a Braiscompany como pirâmide financeira, cujo discurso foi reforçado pelo polêmico influencer Raiam Santos.

Depois de um tempo como freelancer, Lira foi contratado como segurança patrimonial para trabalhar na matriz da Braiscompany, em Campina Grande, na Paraíba. O salário acordado foi de R$ 2.500 por mês. No entanto, não demorou muito para ele ter uma surpresa.

“Quando eles me entregaram a carteira [de trabalho] estava assinada com salário mínimo”, disse ele. Quando reclamou, disseram a ele que era daquela forma que eles trabalhavam e que a diferença seria paga em criptomoedas. Daquela forma, ele diz que recebia parte do pagamento em real em conta bancária e o complemento em Bitcoin e XRP via departamento financeiro.

Lira disse que teve que mentir sobre a modalidade da sua conta bancária para fugir de possíveis interesses por parte da empresa para movimentar dinheiro. Quando lhe perguntaram, ele disse que era “conta-salário”, ou seja, um tipo de conta simples e bastante limitada.

“Nunca me envolvi nessa parte não [de movimentar fundos da Braiscompany]. Graças a Deus que eu sabia que não era certo”.

Lira relata que conversava com Ais e Fabrícia somente o necessário, como parte do seu trabalho, porém, como motorista, ficou sabendo de muitas coisas que se passavam na Braiscompany ao ouvir as conversas do casal durante as viagens.

Festa dos R$ 3 milhões

De acordo com o ex-funcionário, no final de 2021, Ais fez uma festa em um salão que fica na saída de Campina Grande, onde participaram cerca de 30 funcionários que estavam no negócio desde o começo. No evento, Ais teria presenteado cada um deles com R$ 100 mil. “Deu em torno de R$ 3 milhões”, afirmou.

Mas nem tudo era ‘festa’. Segundo Lira, mensalmente eram descontados 30% do salário de “consultores” para serem aportados na empresa.

Outro ponto, ressaltou ele, é que havia uma grande pressão sobre os traders, “que não podiam falar sobre operação”, pois se o fizessem, seriam multados em R$ 1 milhão. Além disso, caso saíssem da empresa, “não podiam operar para ninguém durante um período de cinco anos porque responderíam processo”.

Portanto, segundo os relatos, a Brais “mordia e assoprava”, já que precisava da constante entrada de ativos para que o esquema continuasse funcionando. Então aceitava pagamentos de todas as formas, de carro a lancha; Lira viu boa parte dessas entradas, afirmando, porém, que nunca presenciou alguém levando dinheiro vivo.

“Clientes levando dinheiro em espécie eu nunca vi, mas lanchas, jet ski, casas de praia, casa daqui de Campina Grande, carros luxuosos — Jaguar, Porsche, Land Rover, Hilux, SW4, todo tipo de carro eu já vi. Já fui buscar, deixar na mansão dele cegonha [carreta de dois andares]’ cheia. Geralmente era eu que fazia”, descreveu.

Ele diz que dinheiro vivo mesmo servia para esconder da Receita Federal os gastos do casal no exterior. Lira disse que depois de uma ida de carro ao Paraguai, o casal gastou “de um a dois milhões” em compras — “óculos do metaverso, celulares, computadores, iPads”— e deixou a ‘parte ruim’ para ele e outro funcionário cuidar.

“Ele fez a gente trazer uma Land Rover lotada de tecnologia sem nota fiscal”, disse ele, afirmando que o casal retornou de avião. Ele garante que só descobriram no meio do caminho que os produtos estavam no carro.

PortalBitcoin

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