Polêmica

ALERTA DE TRETA: MP não descarta pedido de prisão de sócios da Fiji e processo por dano coletivo

Diretores executivo e financeiro da FIJI prestam esclarecimentos e criticam diretor de tecnologia - Paraíba Todo Dia

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está prestes a acionar a justiça contra a empresa Fiji Solutions e não descarta pedir a prisão dos sócios. Nesta sexta-feira (31), o promotor Sócrates Agra, responsável pelo caso, ressaltou que a documentação apresentada pelos sócios está sendo analisada “para verificar a tipificação penal que irá definir a competência jurisdicional”.

O promotor destaca ainda que o dano coletivo já está caracterizado para que a Justiça seja acionada.

A expectativa é de que a ação judicial seja protocolada até a próxima terça (04) ou quarta-feira (05).

Sócrates Agra ainda disse que o Ministério Público ainda está ventilando se irá requerer bloqueio das contas ou até mesmo o arresto dos bens dos sócios da Fiji Solutions. Ele declarou também que “no tocante à questão de pirâmide, estamos examinando os documentos constantes dos autos, objetivando a comprovação ou não desse fato”.

Os clientes da Fiji Solutions, empresa que atua com criptomoedas em Campina Grande, seguem sem saber quando terão seu dinheiro devolvido. Há alguns meses os clientes pararam de receber os rendimentos referentes às criptomoedas e começaram a temer estarem sendo vítimas de golpe financeiro.

Bueno Aires é o proprietário da Fiji Solutions e dirige a empresa ao lado de Emilene Marilia Lima, que é diretora executiva, e Breno Azevêdo, que é o diretor financeiro.

O promotor ressaltou ainda que “essa questão de possível prisão de algum dos sócios não está descartada, mas, será apreciada na esfera penal”.

Questionado sobre a possibilidade de fuga dos responsáveis pela empresa, tal qual aconteceu no caso Braiscompany, Sócrates Agra disse que “esse é um sentimento que tem sido despertado nos investidores sim, contudo, não sinto que ocorra, pois, estamos mantendo contanto diariamente com os sócios da Fiji”. Os sócios responsáveis pela Braiscompany nunca prestaram qualquer colaboração ou deram informações para poder solucionar os problemas dos investidores, de acordo com o promotor Sócrates Agra.

Sob o ponto de vista do promotor Sócrates Agra, não há necessidade de pedido de prisão no momento devido à colaboração dos sócios, assim como pelo fato deles serem facilmente localizáveis.

Tamanho do prejuízo financeiro

O Ministério Público já está de posse de todo o material de contabilidade da empresa assim como os dados dos investidores e clientes da Fiji Solutions, com os detalhes sobre investimentos e pagamentos. Ainda não há informação concreta sobre o montante de dinheiro envolvido no caso Fiji Solutions.

O promotor Sócrates Agra diss que a documentação apresentada ao Ministério Público segue sendo analisada para que o órgão tenha a estimativa concreta sobre a quantia de dinheiro empregada na Fiji.

De acordo com o promotor, não será necessário a criação de um cadastro dos investidores, “pois, todos esses dados já foram coletados pelo Ministério Público, ao contrário do que ocorre no caso Brascompany”.

A expectativa dos investidores é que o caso seja resolvido e que o dinheiro seja recuperado. Desde a última semana o Ministério Público mantém contato com os sócios da Fiji Solutions em busca das informações sobre a falta de pagamento e tentando a garantia de que o dinheiro dos investidores esteja resguardado.

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Polêmica

Decisão da Justiça Federal que suspende atividades da BraisCompany se encerra nesta sexta-feira

A decisão do juiz da Justiça Federal que suspendeu as atividades da BraisCompany por 30 dias tem sua validade até a próxima quinta-feira (17). Proferida há um mês, no dia 15 de fevereiro, um dia antes da deflagração da Operação Halving, da Polícia Federal, o juiz Vinicius Costa Vidor suspendeu as atividades da empresa de Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias por suspeitas de pirâmide financeira, estelionato e crimes contra o sistema financeiro.

Na decisão, o juiz apontou que a “suspensão das atividades desenvolvidas é adequada e necessária à efetiva prevenção da prática criminosa”, além de destacar que a BraisCompany é alvo de investigação sobre pirâmide financeira.

A BraisCompany não possui autorização para atuar no mercado financeiro da forma como opera. “Alerte-se, nesse ponto, que a referida empresa não possui autorização para opear como instituição financeira ou distribuir valores mobiliários, o que evidencia uma ilicutde de natureza cível na sua operação”, explicitou Vinicius Vidor.

O juiz então determinou a suspensão das atividades da BraisCompany por 30 dias.

“De modo a impedir a celebração de novos contratos de investimento ou a renovação dos contratos já celebrados, seja diretamente, por quaisquer das empresas do grupo econômico, seja por intermédio de pessoas físicas vinculadas a esse grupo econômico (brokers, traders, consultores, assistentes, etc)”, destacou o magistrado.

A contar do prazo da decisão, proferida no dia 15 de fevereiro, a suspensão segue até o dia 17 de março. Em caso de não acontecer uma nova decisão, a suspensão estaria finalizada.

De acordo com o advogado Artêmio Picanço, especialista em blockchain, a expectativa é que a Justiça Federal prorrogue a suspensão diante de vários fatos que circundam o caso.

ParaíbaJá

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