Brasil

Pedidos de recuperação judicial aumentam 52%, maior nível em três anos

Crise da Americanas afeta diretamente a ocupação do setor logístico |Foto: Reprodução

Com os juros altos, o número de empresas que pediram à Justiça proteção para renegociar dívidas disparou no primeiro semestre deste ano e atingiu o maior nível em três anos. Foram registrados 593 pedidos de recuperação judicialde janeiro a junho de 2023, um aumento de 52,1% em relação ao mesmo período de 2022, quando os dados bateram 390 requerimentos.

Já o número de pedidos de falência atingiu 546 no primeiro semestre de 2023, alta de 36,2% em relação ao ano anterior.

Os dados são do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. “Este foi o pior número dos últimos três anos e é fruto da alta da inadimplência das empresas, que alcançou 6,48 milhões companhias em maio”, afirma Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

A onda afeta empresas de todos os portes, mas as microempresas e as pequenas respondem pela maior parte desses pedidos de recuperação (63). Em seguida, aparecem as médias empresas (26) e as grandes (3). Na divisão por setores, companhias de serviços tiveram a maior parcela (261), depois comércio (168), indústria (112) e primário (52).

Veja matéria completa do R7

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Economia

41% dos empreendedores da Paraíba sofreram queda no faturamento no último ano, diz Sebrae

Ainda tentando se reerguer na pós-pandemia, os pequenos empreendedores da Paraíba ainda enfrentam entraves para alavancar os negócios. Na pesquisa Pulso, divulgada pelo Sebrae no último mês de maio, 41% dos empresários afirmaram que o faturamento diminuiu no último ano. Já outros 25% dos empresários disseram que aumentou. Dos que relataram que tiveram o faturamento reduzido, afirmaram que caiu 38%. Já os que disseram que aumentou, o crescimento foi de 30%.

Para o gerente do Sebrae/PB da agência de Cajazeiras, no Sertão, Lúcio Wolmer, os fatores externos, inclusive tensões internacionais, ainda influenciam fortemente as economias emergentes e impactam os pequenos negócios, como acontece no Brasil. “Embora a Pandemia tenha se distanciado, ainda persiste a consequência da falta de produtos oriundos das comodities. Outro fator é a guerra travada entre as potências: Ucrânia x EUA x CHINA x RÚSSIA que pressionam os fertilizantes para cima, causando um aumento exacerbados aos produtos”, explica o gerente.

Outra dificuldade apontada na pesquisa são as dívidas dos empreendedores. Dos entrevistados, 38% disseram ter dívidas/empréstimos. Porém, em dia. Já 35% disseram não ter dívidas. Outros 27% têm dívidas em atraso e outros 50% disseram que o pagamento das dívidas representa menos de 30% dos custos da empresa. Todos esses fatores têm se refletido ainda no otimismo dos empresários de pequeno porte quanto ao futuro dos negócios. De acordo com a pesquisa, 49% dos empreendedores afirmaram ter muita dificuldade para manter a empresa. “Atualmente um dos maiores custos e despesas são alocadas em aluguéis. O empreendimento físico consome combustível e não convém dentro da atual conjectura a mobilidade para a aquisição de produtos, sendo o atendimento delivery um dos destaques de crescimento dos serviços”, aponta Lúcio Wolmer.

Alternativas para melhorar l– A analista técnica do Sebrae/PB, Éricka Albuquerque sugere alguns caminhos para os empreendedores, como melhorar o atendimento e entender melhor o seu público, fortalecendo o relacionamento. Inclusive, conforme a pesquisa Pulso, 54% dos empreendedores afirmaram que investiram no negócio nos últimos três meses. A maioria adquiriu máquinas/equipamentos e softwares, além de equipamentos de informática.

“Quando a gente fala sobre a falta de clientes, tem que se questionar: ‘por que o cliente vinha na sua empresa e não vem mais? Qual o tipo de relacionamento que você constroi ou deixa de construir com os clientes?’. Esses são alguns pontos que os empreendedores devem atentar e trabalhar para poder atrair e manter os clientes. Você tem que entender se realmente foi satisfatória a ida dele na sua empresa, aquisição do seu produto e qual a experiência que ele construiu para que volte na sua empresa. Então, tudo isso é estratégia e é algo que as pequenas empresas precisam amadurecer muito ainda para fazer essa construção”, explica a analista.

Ela lembra ainda que o Sebrae disponibiliza aos empreendedores consultorias e capacitações, incluindo cursos gratuitos e on-line, que ajudam a melhorar diversos processos dentro do pequeno negócio.

Blog do BG PB

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Brasil

Empreendedoras nordestinas sofrem com o racismo

Informalidade, estudo e ganhos: o desafio das empreendedoras negras | Exame

A busca por independência financeira a partir da criação de um negócio é o que motiva 78% das empreendedoras nordestinas no exercício das atividades, aponta a pesquisa Perfil das Mulheres Empreendedoras do Nordeste, realizada pela Be.Labs, uma aceleradora de negócios e mentoria de empreendimentos femininos do Nordeste.

No universo do estudo, 64,41% das mulheres são pretas ou pardas e sofrem com racismo estrutural. As participantes da pesquisa são dos estados de Paraíba, Ceará, Pernambuco, Alagoas e Bahia.

A maioria das empreendedoras desenvolve uma atividade por necessidade, embora encontre as oportunidades no percurso. As mulheres ainda sofrem com situações de desigualdade em relação aos homens, como o acesso ao crédito e a missão de desenvolver mais tarefas no dia a dia, e temem fracassar nos negócios.

Mais da metade das entrevistadas (56,11%) relatou ter um faturamento que varia de um a três salários mínimos. Contudo, 28,05% têm renda inferior ao salário mínimo.

A sobrevivência é conquistada porque 72% das entrevistadas informaram que possuem mais de uma fonte de renda. Raça e renda A pesquisa revela uma relação entre raça/etnia e renda. Entre as mulheres com renda de até um salário mínimo, 81,75% são negras.

Além disso, empreendedoras nordestinas negras chefes de família representam 68,1% das entrevistadas. O medo constante em fracassar acomete 52,77% das empreendedoras. Para 33,16% delas, é difícil conciliar a atividade empreendedora com a vida pessoal, o que inclui o casamento ou união estável (estado civil de 57,31% das participantes) e a criação dos filhos (71,2% são mães).

Apesar de que 18% das mulheres responderam não ser reconhecidas em seus trabalhos, 92% das entrevistadas não deixariam de empreender para aceitar uma vaga de trabalho formal.

Blog do BG PB com União

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Paraíba

Maioria dos novos negócios, na PB, é de empresas de marmitas

Os segredos de um bom menu self service

O mercado de produção e fornecimento de marmitas continua atraindo a atenção de pessoas interessadas em ter o próprio negócio.

De acordo com levantamento realizado pelo Sebrae, a partir de dados fornecidos pela Receita Federal, somente no ano passado foram abertos 940 novos pequenos negócios na Paraíba com foco nessa atividade, que recebe o nome técnico de “fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar”.

Apesar de significativo, o número é inferior aos registrados nos dois anos anteriores, que correspondem ao período mais crítico da pandemia de coronavírus.

Segundo os dados, em 2022 os novos pequenos negócios do segmento estavam divididos da seguinte forma: 916 eram microempreendedores individuais (MEI); 21 eram microempresas (ME); e três se registraram na categoria de empresa de pequeno porte (EPP).

Já no ano de 2021, quando foram abertos 1.316 pequenos negócios no segmento, 1.294 estavam formalizados como MEI, 21 eram microempresas e apenas um foi registrado na categoria de EPP.

Ainda conforme o levantamento do Sebrae, em 2020, primeiro ano da pandemia, o segmento voltado ao fornecimento de marmitas contou com a abertura de 1.147 pequenos negócios. Desse total, 1.127 eram microempreendedores individuais; 18 estavam formalizadas como microempresas; e outras duas eram empresas de pequeno porte.

Esses números, segundo o Sebrae, demonstram a influência que a pandemia exerceu no crescimento da atividade, em 2020 e 2021, seja pelas mudanças no comportamento do consumidor, que recorreu com maior frequência ao delivery de comida, seja pela necessidade de pessoas que decidiram empreender durante esse período. Além disso, também contribuiu para a expansão do segmento o fato da produção de alimentos ser de baixa complexidade, podendo ser exercida como atividade principal ou como complemento de renda.

Já no atual cenário, a tendência é de estabilização no segmento, com a reacomodação do mercado e com o impacto da inflação no preço dos alimentos. Por essa razão, é importante que os empreendedores adotem estratégias para se manterem competitivos no mercado. É o que destaca a gerente regional do Sebrae/PB no Cariri, Madalena Arruda.

Segundo ela, é importante que o empresário esteja atualizado sobre as tendências do mercado para atrair novos clientes e conseguir fidelizar seus consumidores. “Além da variedade do cardápio, é importante estar atento aos movimentos do mercado. Uma das tendências, por exemplo, é a procura por uma alimentação mais saudável.

Essa busca, que não se limita ao universo fitness, envolve também a oferta de alimentos mais nutritivos, com um cardápio equilibrado e a utilização de ingredientes de qualidade”, explicou. Ainda conforme Madalena Arruda, também vale a pena apostar no equilíbrio entre simplicidade e criatividade.

“O empreendedor pode utilizar a criatividade para oferecer pratos regionais ou temáticos, por exemplo, mas também pode apostar no sabor de uma comida mais simples e caseira. O importante é conhecer bem o seu público, suas necessidades e não esquecer da gestão do negócio, avaliando sempre quem são seus concorrentes, como estão as finanças da empresa e fazendo a gestão do estoque”, acrescentou a gerente.

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Paraíba

Quase 50% dos empreendedores paraibanos apostam nas redes sociais para vender mais

empreender online

 

A internet e as redes sociais são as ferramentas chaves para os empreendedores paraibanos. De acordo com a pesquisa “Transformação Digital nos Pequenos Negócios 2022”, realizada pelo Sebrae, 99% dos empresários acessam a internet pelo celular e 57% deles têm perfil profissional da empresa nas redes sociais.

O levantamento feito pelo Sebrae foi divulgado na última semana e mostra o WhatsApp e o Instagram como os principais canais de venda dos pequenos empreendedores no mundo digital, onde 70% dos respondentes informou que utilizam o WhatsApp para vendas e outros 49% disseram que fazem isso pelas redes sociais. Além disso, 36% dos empreendedores revelaram que mais de 20% das vendas do produto ou serviço vem das interações com os clientes via internet.

“A internet é uma ferramenta poderosa para as estratégias digitais. Se antes ela era vista mais como um espaço para lazer e entretenimento, hoje ela está muito forte para os negócios. É como se ela fosse uma espécie de um novo documento de identificação do empreendedor. Se hoje a empresa não está em um espaço digital, seja numa rede social ou site, é como se não existisse”, comenta o gerente de Relacionamento Digital do Sebrae-PB, João Jardelino.

O cenário da Paraíba revelado pela pesquisa acompanha a tendência que vem acontecendo no país e na região Nordeste. Conforme os números, 49% dos empreendedores utilizam a internet pelo celular entre seis e dez anos e 87% deles consideram de alta importância o uso do aparelho para os negócios e 93% ainda apontam que o uso da internet está no mesmo patamar de relevância.

“Com relação à presença digital, com tantas mudanças em relação à tecnologia, navegabilidade e comportamento do usuário, trabalhar com internet virou uma verdadeira fonte de oportunidade. Por isso, mais do que estar presente no meio digital, é preciso também saber atuar”, destaca João Jardelino.

Dona de uma loja de roupas femininas que é puramente digital, Juliana Santos revela que utiliza as redes sociais nas estratégias de vendas e para ampliar o seu público desde o início do negócio.

“Tanto o Instagram quanto o WhatsApp, você pode divulgar gratuitamente o seu produto. É só fazer conteúdos bem elaborados e a gente consegue fazer isso. Com a parte paga com anúncios, temos um alcance bem maior e podemos fazer mais vendas. Eu utilizo muito os recursos tanto de foto como vídeos para divulgar para minhas clientes e isso facilita a visualização, divulgação do produto, mostrando detalhes e dicas de looks. O contato pessoal também é importante. Digamos que o WhatsApp e o Instagram são uma porta de entrada para a venda presencial”, revela.

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