Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com apoio da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) mostra que o impacto do novo piso nacional da enfermagem pode deixar 1.721 enfermeiros desligados do programa Estratégia de Saúde da Família o que vai desassistir 1,8 milhão de pessoas nos 223 municípios paraibanos. O impacto financeiro é de R$ 90,5 milhões. O levantamento também mostra que 745 equipes do programa serão desligadas.
Os municípios com maiores prejuízos para população são: João Pessoa com 301.528; Campina Grande com 121.403; Santa Rita com 65.556; Bayeux com 46.873; Cabedelo com 33.004; Patos com 33.533; Cajazeiras com 42.305; Sousa com 35.459; Guarabira com 30.495; Mamanguape com 25.879 e Sapé com 29.987 pessoas.
Com o objetivo de fazer frente a mais essa despesa do piso da enfermagem, a CNM apresentou uma proposta no Congresso Nacional que permite aumentar, de forma permanente, em 1,5% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), fazendo com que os repasses cheguem a 27% do que é arrecadado em Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e Imposto de Renda (IR) pelo governo federal.
Para o presidente da Famup, George Coelho, é preciso buscar esse apoio junto aos nossos deputados federais. ”Precisamos do compromisso deles para essa PEC que tramita na Câmara dos Deputados. Vamos buscar cada um dos nossos 12 representantes e garantir que eles assinem esse documento que estamos disponibilizando”, destacou.
Piso
Estabelecido pela Lei 14.434/2022, o piso foi suspenso por meio de liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até que sejam esclarecidos os impactos nas finanças de Estados e Municípios. Estudo da Confederação protocolado na Corte mostra que, sem a fonte de custeio, o piso da enfermagem pode levar ao desligamento de quase ¼ dos 143,3 mil profissionais da enfermagem ligados à Estratégia de Saúde da Família (ESF) e à desassistência de 35 milhões de brasileiros. Estimativas da entidade mostram, ainda, que o piso deve gerar despesas de R$ 10,5 bilhões ao ano apenas aos cofres municipais.
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