Brasil

PEC com Bolsa Família fora do teto de gastos por 4 anos é apresentada no Senado

Relator do Orçamento de 2023, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) apresentou nesta segunda-feira (28) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para viabilizar a retomada do Bolsa Família. O texto retira o programa social do teto de gastos por quatro anos e prevê, ao todo, R$ 198 bilhões fora do teto em 2023.

Além dos R$ 175 bilhões estimados para bancar o Bolsa Família, a proposta libera o governo para investir até R$ 23 bilhões nos próximos anos, fora do teto de gastos, a partir do “excesso de arrecadação” – ou seja, de tributos arrecadados acima do que estava previsto inicialmente (entenda abaixo).

O governo eleito corre contra o tempo nas negociações porque todas essas regras precisam ser incluídas no Orçamento de 2023 – que, se não houver atrasos, deve ser votado até o dia 16 de dezembro.

“O que está sendo proposto é o prazo de quatro anos. Inicialmente, havia a ideia de ser perene a excepcionalização do teto de gastos do Bolsa Família. Mas, devido a muitas reações que houve, chegou-se à proposta de quatro anos”, afirmou Marcelo Castro nesta segunda.

“É claro que tudo isso vai ser fruto de intensas negociações, e quem cobre o Congresso Nacional sabe que dificilmente uma matéria entra no Congresso e sai da mesma maneira que entrou. Claro que nós estamos esperando que essa PEC sofrerá modificações até a gente chegar a um consenso”, continuou.

O objetivo da PEC do Bolsa Família é assegurar o pagamento da parcela de R$ 600 a partir de janeiro, mais um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. Essa modelagem tem custo estimado de R$ 175 bilhões por ano.

Ao retirar todo o orçamento do Bolsa Família das restrições da âncora fiscal, no entanto, a PEC também abre um espaço de R$ 105 bilhões abaixo do teto de gastos. Ou seja, permite que o governo eleito use esse montante para cumprir outras promessas de campanha, como a valorização do salário mínimo e a recomposição de programas como a Farmácia Popular.

Os pontos mais sensíveis – e que podem ser alterados durante a tramitação da PEC – são justamente o tamanho do impacto financeiro e o tempo pelo qual o Bolsa Família ficará fora das regras de austeridade fiscal.

O teto de gastos limita o crescimento das despesas públicas acima da inflação, funciona como uma barreira fiscal para que o governo não extrapole no aumento da dívida.

Inicialmente, a equipe de transição do governo do PT sugeriu uma PEC com efeito permanente, sem definir o período para excepcionalizar o benefício do teto. Mas, como a ideia sofreu resistência entre as lideranças do Congresso, o novo governo teve que recuar para um texto com validade de quatro anos.

O novo Bolsa Família ficaria, ainda, fora da regra de ouro de 2023 a 2026. Essa regra impede o governo de contrair dívida para financiar despesas correntes, como é o caso dos benefícios sociais.

G1

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Brasil

MPF pede condenação de aliados de Lula por gestão fraudulenta no BNDES

Mantega e Coutinho viram réus por prejuízo do BNDES com a JBS

Em alegações finais, o Ministério Público Federal em Brasília pediu a condenação do ex-ministro Guido Mantega e do ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira, relacionada à atuação ilegal de ambos na liberação de mais de R$ 8 bilhões pelo banco público para apoiar a JBS na aquisição de grupos internacionais.

Leonardo Mantega, filho do ministro, também deve ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, segundo o MPF. As mesmas acusações que pesavam originalmente sobre Guido e Luciano — por terem mais de 70 anos, ambos se livraram dessa parte do processo por incidência de prescrição.

As alegações finais foram protocoladas no último dia 22, pouco depois de o ex-ministro desistir de integrar o governo de transição, mas só tornadas públicas hoje. Na peça, os procuradores Ivan Marx e Mirella Aguiar pedem, em caso de condenação, a perda de função pública ou mandato eletivo e a devolução aos cofres do BNDES da singela soma de R$ 3,7 bilhões.

“Em caso de condenação, requer, desde já, a decretação da perda da função pública para os condenados que ocupem cargo ou emprego público ou mandato eletivo, nos termos do art. 92 do Código Penal, bem como reitera-se o pedido de arbitramento do dano mínimo, a ser revertido em favor do BNDES/BNDESPar, no montante de R$ 3.724.671.866,22, correspondentes ao dobro dos danos causados pela organização criminosa, em consonância com o artigo 387, inciso IV, CPP.”

Na peça, obtida por O Antagonista, o MPF reproduz uma série de emails, já conhecidos de denúncia anterior, que reforçam a tese da acusação contra o ex-ministro e do ex-presidente do BNDES. Os documentos são cruzados com colaborações premiadas, como as de Antonio Palocci e Joesley Baptista, além de quebras de sigilo.

“Com o envio dos documentos, percebeu-se que a operação de apoio para aquisição da PILGRIM’S PRIDE CORPORATION não havia sido um ato isolado, pois o Sistema BNDES havia participado dos principais movimentos de internacionalização da JBS S/A, inicialmente, apoiando a compra da SWIFT ARGENTINA, via financiamento, e, posteriormente, nos movimentos de expansão da companhia nos EUA e Austrália, via BNDESPar, por meio de aportes de capital na aquisição da SWIFT CO. (2007) e na aquisição da SMITHFIELD BEEF, FIVE RIVERS e TASMAN GROUP (2008), motivo pelo qual o sigilo referente a essas operações também foi afastado por decisão judicial (fls. 630/632 do Apenso I).”

Os procuradores também destacam “os expedientes utilizados pela gestão do banco público para manutenção em sigilo das operações fraudulentas, recusando-se, inclusive, a prestar informações sobre a sua ocorrência a autoridades públicas, tal como o TCU” e citam a famosa caixa-preta do BNDES.

“Note-se que o sigilo imposto, ensejava, inclusive, consoante relatado em depoimentos de testemunhas ouvidas na instrução processual, que os pedidos de financiamento público ou de outra modalidade de apoio financeiro pelo BNDES fossem retidos em documentos físicos, apenas sendo inseridos no sistema em avançada fase de aprovação. Tais práticas dificultaram a descoberta das ilegalidades praticadas, no contexto do que a impressa rotulou de ‘caixa-preta do BNDES’.”

O caso envolvendo a atuação de Mantega no BNDES começou na Lava Jato no Paraná, onde ele chegou a virar réu. Depois, o STF o transferiu para a Justiça Federal em Brasília, retrocedendo o processo à fase da denúncia. Nesse ínterim, o ex-ministro completou 70 anos, incidindo a prescrição nos casos de corrupção e lavagem de dinheiro — semelhante ao ocorrido com Lula.

O Antagonista

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Brasil

Governo de transição de Lula tem ao menos 67 pessoas investigadas

A equipe de transição do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conta com pelo menos 67 pessoas que são ou já foram investigadas pelas polícias, pelos órgãos de controle ou pelo Ministério Público.

Parte delas esteve envolvida em escândalos apurados pela Lava Jato, caso de Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, que chegou a ser preso em 2016.

A lista de políticos alvo da Justiça tem Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação, da Casa Civil e da Ciência, Tecnologia e Inovação, que já respondeu inquérito por tráfico de influência e obstrução de Justiça. Outra figura é a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que responde a inquérito por corrupção em contrato do antigo Ministério do Planejamento. Advogado de Lula, Cristiano Zanin foi investigado na Lava Jato do Rio de Janeiro, em 2020, por suposta participação em desvios no Sistema S.

R7

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Brasil

VÍDEO: Ciro Gomes é hostilizado em aeroporto de Miami

Ciro Gomes foi hostilizado no aeroporto de Miami, nos Estados Unidos. O vídeo, gravado por uma mulher, viralizou nas redes sociais neste domingo (27).

Na gravação, o ex-candidato à Presidência pelo PDT aparece numa fila acompanhado da esposa, Giselle Bezerra. Ele não respondeu às provocações.

A mulher que gravou o vídeo chama Ciro de “traidor” e diz que ele “se aliou ao bandido do PT”:

“Olha aqui, gente, quem tá aqui em Miami. Se aliou ao bandido do PT, Ciro Gomes, na fila aqui de Miami. O traidor. Falou um monte de bosta do Lula e se aliou a ele. Tá aqui, passeando em Miami enquanto vocês estão aí tudo passando dificuldade.”

Veja o vídeo:

O Antagonista

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Brasil

Regulação da internet é tema de discussões entre integrantes do governo eleito

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar medidas de regulação da internet nos 100 primeiros dias de governo. Propostas em torno do tema estão sendo elaboradas pela equipe da transição responsável pela área das Comunicações.

A CNN apurou que o assunto atende uma recomendação feita por ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral durante visita institucional que Lula fez às duas Cortes após ser confirmado nas urnas.

Nesse contexto da regulação, é praticamente consenso entre os integrantes da equipe de transição que três eixos precisam ser trabalhados: combate a desinformação, um problema recorrente nas últimas eleições; aspectos tributários; e produção de conteúdo.

O grupo também vai sugerir a criação de uma Secretaria de Serviços Digitais no âmbito do Ministério das Comunicações.

CNN

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Brasil

Presidente do Psol defende fim do teto: “Nunca funcionou”

O presidente do Psol, Juliano Medeiros, 38, defendeu que o teto de gastos seja revogado e o Brasil discuta um novo modelo de regra fiscal.q

“O teto de gastos não funcionou em 1º lugar. Ele não entregou aquilo nem que os seus defensores defendiam: estabilidade, previsibilidade e controle das contas públicas. Não entregou isso“, disse entrevista ao Poder360.

Medeiros está no Conselho Político da transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O dirigente do Psol disse que a defesa da revogação do teto de gastos não significa ser contra regra fiscal. Para ele, é preciso discutir via lei ordinária uma nova política fiscal para o Brasil.

“Não é que estamos defendendo que não exista regra fiscal nenhuma. Mas uma nova regra fiscal definida em lei ordinária, porque é um absurdo que isso esteja na Constituição. Em nenhum país regra fiscal entra na Constituição”, declarou.

Poder360

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Brasil

Bolsonaro participa de cerimônia com militares na 1ª viagem oficial desde o segundo turno das eleições

O presidente Jair Bolsonaro participa na manhã deste sábado (26), em Resende (RJ), da formatura de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras  (AMAN).

É a primeira viagem oficial de Bolsonaro depois da derrota nas urnas para Lula (PT), no dia 30 de outubro.

Esta é a segunda agenda pública do presidente desde a divulgação do segundo turno das eleições. Ele se pronunciou antes em uma coletiva, no dia 23, quando comentou os bloqueios nas estradas.

Bolsonaro passou a noite em Guaratinguetá (SP), na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR).

A cerimônia de formatura dos cadetes começou por volta das 11h, no Pátio Marechal Mascarenhas de Moraes. A previsão é de que Bolsonaro deixe a cidade fluminense no início da tarde de volta para Brasília.

Com informações de O Antagonista e g1

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Política

João Azevêdo terá encontro com vice-presidente eleito para discutir cargos no governo Lula

Geraldo Alckmin confirma presença na convenção de João Azevêdo • Blog do Max Silva
O governador João Azevêdo (PSB) considerou natural que o partido tenha espaço no novo governo do presidente eleito Lula (PT). No entanto, o gestor ressaltou nunca ter tratado como “prioridade” a questão de cargos.

“É natural que o espaço do PSB seja importante, até porque o vice-presidente é do PSB. Ainda não sentamos, sequer estamos numa fase de transição, o presidente Lula delegou a Geraldo (Alckmin) essa função”, explicou o governador.

Ele revelou ter uma agenda programada em Brasília com o PSB e com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin para tratar de pautas políticas e espaços.

MaisPB

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Brasil

Frota desiste de integrar transição da Cultura e culpa “esquerda sapatênis”

Alexandre Frota

Um dos nomes apresentados nesta semana pelo vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), para o grupo de trabalho da área de cultura, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) anunciou, nesta quinta-feira (24), que não vai aceitar o convite.

Nas redes sociais, o parlamentar, ex-ator e ex-aliado do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Frota alegou que vem sofrendo forte preconceito por parte do que chamou de “esquerda sapatênis do Leblon”.

“O preconceito está na transição que fala em um país plural”, lamentou o deputado, eleito na esteira do Bolsonarismo, em 2018, e que não conseguiu se eleger deputado estadual neste ano.

A indicação de Frota, juntamente com outros 98 nomes,  para o grupo da Cultura foi anunciada pelo coordenador de transição e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), na terça-feira (22). Pouco depois, foi criticada por atores aliados ao PT, como José Abreu e Pedro Cardoso.

Nas publicações, disse que “o preconceito está na cabeça deles que falam da diversidade, de oportunidades para todos, de respeito as diferenças, sem julgamentos”, mas que “não é bem assim”.

Frota encerra a sequência de publicações dizendo ser “mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.

Poder360

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Política

Lewandowski manda Lula explicar ‘falhas’ de R$ 620 mil em contas de campanha

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a chapa do presidente e vice-presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), esclareçam “falhas” encontradas em contas de campanha referentes às Eleições 2022.

As irregularidades identificadas fazem referência a itens como nota fiscal, impulsionamento de conteúdo, passagens aéreas e hospedagens. Somados, os valores chegam a R$ 620 mil.

O magistrado deu um prazo de três dias para que as explicações sejam dadas.

No despacho, Lewandowski escreveu que “a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias – Asepa, ao realizar o exame das contas dos candidatos eleitos, identificou falhas na prestação de contas e sugere a adoção de diligências aos prestadores de contas”.

R7

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