Imóveis com área superior a 200 metros quadrados, algumas suítes, quatro ou até mais vagas de garagem. Um apartamento de luxo conta com projeto arquitetônico exclusivo, sistema de ar-condicionado central e projetos luminotécnicos automáticos para toda a mansão, que conta com portas de entrada amplas e banheiras de hidromassagem nas suítes. Já os valores, podem superar a quantia de R$ 7 milhões. Assim é o mercado dos imóveis de luxo em João Pessoa, restrito a uma pequena parcela da população.
O segmento passou por um período de baixa nos últimos anos por fatores sociais, mas está em tendência de alta, atraindo novamente a classe A.
Os compradores dos lançamentos são do Brasil inteiro, que buscam morar ou investir no ponto mais oriental da Américas. O diretor-secretário do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Glauco Morais, afirma que o conceito de imóvel de luxo não está necessariamente ligado ao tamanho do empreendimento. Contudo, o público A demonstra interesse por espaços maiores.
Ele destaca a venda de um imóvel de 36 metros quadrados em Manaíra pelo valor de R$ 555 mil, o que corresponde a uma média de R$ 15,4 mil por metro quadrado. Mas há propriedades na capital cujo metro quadrado supera os R$ 20 mil.
“Quanto menor o imóvel, maior o valor do metro quadrado”, aponta o corretor. O luxo não está apenas dentro do imóvel, mas em todas as áreas dos condomínios verticais. “São itens de extremo requinte nas áreas comuns, levando o nível do imóvel e o caracterizando como de luxo” diz, Glauco Morais.
São exemplos: espaço gourmet, spa, sauna, hidromassagem, piscinas – inclusive aquecidas, pool house, academia de ginástica, pista de cooper, quadras esportivas, salões de jogos e de festas, bares, espaços para pets, espaço cowork, lava a jato, tomadas para carros elétricos e salas para garçons e motoristas dos condôminos.
Localização privilegiada
O diretor-secretário do Creci-PB afirma que os empreendimentos luxuosos são construídos nos bairros com praias, sobretudo à beira-mar, além do Altiplano. “O zoneamento da cidade só autoriza a construção de torres verticais em terrenos grandes, o que também favorece a implantação de empreendimentos mais completos. No passado, Jardim Luna e Miramar receberam alguns condomínios”.
A construção de empreendimentos na beira-mar de Cabo Branco e Tambaú, por exemplo, é para imóveis bem exclusivos. Segundo Glauco Morais, a legislação não permite construções de torres no local, o que encarece os custos de construção. “Os imóveis possuem valores a partir de R$ 3 milhões. Já no Altiplano, podemos encontrar com valores a partir de R$ 1,5 milhão. Mas temos imóveis em condomínios verticais de valores superiores aos R$ 5 milhões na cidade”.
Ele destaca que o mercado de João Pessoa está tão amplo, que os projetos luxuosos já estão chegando também a Cabedelo, como em Ponta de Campina, Camboinha, Praia Formosa e Areia Dourada.
De acordo com Glauco Morais, o público que compra os apartamentos de luxo é composto por empresários, médicos, magistrados e advogados locais, além de uma parcela de investidores de outros estados.
Quanto ao pagamento, geralmente ocorre com o imóvel ainda em construção. “Há consumidor que dá um sinal de 20% a 30% do valor total do apartamento, com plano de finalização até a entrega do imóvel. Muitos utilizam apenas capital próprio”.
Blog do BG PB com União
Comente aqui