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PF não descreve provas do encontro de Lessa, Brazão e delegado e expõe lacunas de relatório

Foto: FolhaPress

O relatório da Polícia Federal usado para prender os suspeitos de terem mandado matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes não apresenta provas que confirmem os encontros com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, detidos neste domingo (24), relatados na delação do ex-PM Ronnie Lessa.

Essas provas de corroboração ajudam a comprovar que um delator falou a verdade.

As evidências para tentar comprovar os relatos da delação premiada do ex-PM, acusado de ser o executor do crime, sequer estabelecem uma vinculação entre a família Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil acusado de participar da preparação do homicídio e atuar para obstruir as investigações.

As novas provas obtidas pela PF, porém, apontam a provável origem do veículo clonado usado para o homicídio e indicam um possível local de descarte das munições usadas no crime. O relatório também relata tentativas frustradas de ratificar a colaboração do ex-PM com provas independentes.

O deputado federal Chiquinho Brazão e o irmão Domingos Brazão, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), foram presos neste domingo (24) suspeitos de serem os mandantes do crime, cometido há seis anos. Eles negam terem participado do homicídio.

Rivaldo também foi preso sob suspeita de garantir a impunidade dos mandantes e executores antes do crime. A PF afirma também que ele atuou para dificultar as investigações. O delegado nega envolvimento no caso.

As provas de corroboração para a autorização de medidas cautelares, como prisão preventiva, se tornaram uma exigência expressa em 2019, após a aprovação do pacote anticrime. Foi uma reação aos alegados abusos da Operação Lava Jato.

Em seu relatório, a PF reconhece as dificuldades em comprovar pontos da delação de Lessa em razão dos seis anos do crime. Aponta também como empecilho o envolvimento de agentes de segurança capazes de encobrir rastros e dificultar as investigações.

“Diante do abjeto cenário de ajuste prévio e boicote dos trabalhos investigativos, somado à clandestinidade da avença perpetrada pelos autores mediatos, intermediários e executor, se mostra bem claro que, após seis anos da data do fato, não virá à tona um elemento de convicção cabal acerca daqueles que conceberam o elemento volitivo voltado à consecução do homicídio de Marielle Franco e, como consequência, de seu motorista Anderson Gomes”, afirma o relatório.

“Neste sentido, a concatenação dos fatos trazidos pelos colaboradores, notadamente Ronnie Lessa, e a profusão de elementos indiciários revestidos de um singular potencial incriminador dos irmãos Brazão são aptos a atribuí-los a autoria intelectual dos homicídios ora investigados.”

O “potencial incriminador dos irmãos Brazão” é descrito em capítulo a parte, na qual a PF descreve a trajetória política polêmica do ex-deputado Domingos, suas ligações com milicianos, o envolvimento de assessores com grilagem de terras e a intricada rede de empresas da família.

Lessa relatou três encontros com a família Brazão, intermediados por Edmilson de Oliveira, o Macalé. Não há prova independente sobre a realização de nenhum deles.

O primeiro ocorreu no segundo semestre de 2017, quando o crime teria sido encomendado. De acordo com o ex-PM, ele e Macalé se encontraram na lanchonete Baladinha e partiram em direção às imediações do hotel Transamérica, ambos na Barra da Tijuca (zona oeste), para encontrar os irmãos Brazão.

A PF afirma não foi possível encontrar registro das antenas de celulares referentes a 2017. Contudo, indicou que, em 2018, Macalé de fato frequentou a lanchonete.

Lessa afirma na delação que, após aceitar participar do crime, Macalé foi o responsável por lhe fornecer a arma para o crime. O ex-PM afirma ter testado o equipamento em um motel abandonado.

A PF afirma ter ido ao local tentar encontrar fragmentos balísticos que corroborassem a declaração. Contudo, o administrador do local afirmou que um trator fez uma limpeza da área entre 2018 e 2019.

Uma das poucas informações corroboradas com prova independente foi a origem do Cobalt usado no crime. Lessa afirmou que Otacílio Antônio Dias Junior, identificado como Hulkinho, repassou o veículo com placa clonada para o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, também acusado de participar no crime.

Em depoimento à PF, Hulkinho confirmou o relato de Lessa, afirmando que não sabia como o carro seria usado.

O segundo encontro, também perto do hotel Transamérica, não tem data especificada no relatório. Segundo o delator, a reunião teria como objetivo demover os irmãos da exigência de que o crime não fosse cometido partindo da Câmara dos Vereadores.

De acordo com o ex-PM, essa foi uma exigência imposta por Rivaldo para permitir a obstrução da investigação.

A terceira reunião ocorreu, de acordo com Lessa, em abril de 2018, cerca de um mês após o crime, em local não descrito pela PF. Esse encontro teve como objetivo tranquilizar o ex-PM sobre as investigações. Os irmãos Brazão afirmaram, diz o delator, que Rivaldo estaria agindo para desviar o foco da apuração.

Nesse encontro, o ex-PM diz que Domingos reafirmou um pedido feito antes do crime: a devolução da arma do crime.

Dias após esse encontro, Lessa e Macalé encontraram dois homens ligados à família Brazão em Rio das Pedras (zona norte do Rio) para entregar a submetralhadora. O ex-PM afirmou na delação que um assessor de Domingos sacou os carregadores da arma e “se dirigiu a um córrego a dois metros dali, momento no qual se debruçou numa cerca e dispensou as munições sobressalentes na água”.

A PF foi ao local e encontrou um rio. Segundo moradores informaram aos agentes, a prefeitura havia realizado obras de desassoreamento do córrego utilizando tratores e caminhões, ampliando o curso d’água. O relatório aponta que realmente existia uma cerca, como descrito por Lessa.

As principais provas de corroboração obtidas pela PF se referem à relação entre Lessa e a família Brazão. O ex-PM afirma ter conhecido os irmãos entre 1999 e 2000, através de Macalé. Eles teriam mantido contato semanal num haras da família. Dois funcionários do local confirmaram que o delator frequentou o espaço no período indicado.

A PF também aponta como evidência independente o envio de mensagens de um topógrafo sobre regularização de condomínios irregulares, segundo Lessa, ligado a paramilitares. Para a polícia, o vínculo entre os dois reforça a informação do delator de que ele receberia da família Brazão, como recompensa pelo crime, uma área para explorar como miliciano.

O relatório não aponta corroboração para o envolvimento de Rivaldo na preparação do crime de Marielle. O documento sequer descreve vínculos entre o delegado e a família Brazão.

Para reforçar o possível envolvimento do ex-chefe de Polícia Civil, a PF usa dados de uma investigação ainda em curso do Ministério Público do Rio de Janeiro contra o delegado. Nela, há depoimentos e indícios de interferência de Rivaldo em investigações envolvendo bicheiros e milicianos.

A PF atribui a Rivaldo tentativas de impedir a investigação do caso. Usa, para isso, fatos públicos, como sua relação de proximidade com o delegado Giniton Lages, responsável pelo inquérito, e as falhas na análise das imagens captadas após o crime.

O relatório também descreve movimentações financeiras atípicas de Rivaldo, sua mulher Erika Araújo, e duas empresas da qual era sócio. O capítulo, porém, não aponta relação com Brazão.

Folha

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(VÍDEO) “Não é o caso de dar satisfação da minha vida”, afirma Bolsonaro após vídeo em embaixada

O jornal americano New York Times divulgou nesta segunda (25) imagens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada da Hungria quatro dias após ter o passaporte apreendido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Bolsonaro ficou duas noites no local, entre 12 e 14 de fevereiro, em Brasília.

Questionado pelo jornalista Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News, o ex-presidente afirmou: “Eu não estou fugindo de nada, eu poderia estar nos Estados Unidos até hoje, mas voltei para cuidar do meu Brasil”.

Bolsonaro disse ainda que não irá revelar os assuntos discutidos durante a estadia.

Jovem Pan News

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Brasil

Brasileiro vê piora na economia, na inflação e no desemprego, mostra Datafolha

Foto: PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC

Há mais brasileiros considerando que a economia brasileira piorou nos últimos meses do que os que enxergam melhora. Aumentou também a taxa daqueles que veem mais inflação e desemprego à frente —e cresceu o total dos que acham que sua situação econômica pessoal piorou.

Os resultados, de pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 de 20 de março, coincidem com uma oscilação negativa de três pontos na taxa de reprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 30% para 33%, em relação a levantamento realizado em dezembro.

Na comparação com dezembro do ano passado, há menos brasileiros otimistas e mais pessimistas tanto em relação ao futuro econômico do Brasil quanto o seu próprio.

A deterioração da percepção atual e das expectativas futuras com a economia ocorre em níveis consideráveis, na maior parte dos casos fora da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento ouviu 2.002 eleitores em 147 municípios.

A avaliação de que a economia piorou de dezembro para cá cresceu de 35% para 41%. Com isso, a taxa dos que veem piora ultrapassou a dos que vinham percebendo melhora, que recuou de 33% para 28% no período.

Algumas análises consideram que a perda de popularidade do presidente pode estar ligada a falas polêmicas recentes e revezes no Congresso. A atual pesquisa sugere que a paralisia da economia nos últimos dois trimestres de 2023 (o Produto Interno Bruto não cresceu nas comparações com trimestres anteriores) e a lenta recuperação neste início de 2024 podem ter pesado mais.

Assim como uma alta mais forte nos preços dos alimentos no início do ano, provocada por problemas climáticos nas regiões produtoras do Sul e do Centro-Oeste.

A avaliação sobre a piora na economia deu-se na maior parte dos principais segmentos da pesquisa, com exceção da faixa dos mais jovens, no qual houve recuo de 37% para 33%. A alta ficou acima da média nas faixas de 35 a 44 anos (de 35% para 46%) e de 45 a 59 anos (de 32% para 42%).

Na região Nordeste, 30% avaliam que a economia brasileira piorou nos últimos meses (eram 28% em dezembro), índice inferior —dentro da margem de erro e com variação menor na percepção de piora— do que o registrado no Sul (47%, ante 44% na pesquisa anterior), no Sudeste (43%, ante 35%) e Norte/Centro-Oeste (49%, ante 40%).

Entre aqueles que votaram em Lula no segundo turno da eleição presidencial de 2022, 16% veem piora no cenário econômico do país, com oscilação em relação ao levantamento anterior (13%). Entre eleitores de Jair Bolsonaro (PL), essa percepção saltou de 59% para 69%.

Na avaliação sobre a situação econômica pessoal, caiu de 35% para 28% o índice dos que apontam melhora, e oscilou de 26% para 28% a percepção de piora. Para 44%, a situação ficou estável (eram 38 % em dezembro do ano passado).

A expectativa de que a economia vai melhorar nos próximos meses caiu de 47% para 39%, com alta de 22% para 27% na tendência contrária, de piora econômica. Uma parcela de 32% vê estabilidade (em dezembro, 29%), e 2% não opinaram.

O índice de pessimismo com a economia do país fica acima da média entre os mais escolarizados (33%), entre os mais ricos (35%), na região Sul (34%), entre evangélicos (32%) e na parcela que reprova o governo Lula (56%).

Fica abaixo da média, por outro lado, entre os mais jovens (19%), no segmento dos menos escolarizados (20%), no Nordeste (19%, e 49% de otimismo), e entre quem aprova (6%) ou considera regular (18%) o governo Lula.

As expectativas sobre inflação, desemprego e poder de compra também ficaram mais pessimistas. Seis em cada dez (60%) brasileiros preveem que a inflação irá aumentar daqui para frente, ante 51% em dezembro do ano passado.

Para 14%, a inflação irá cair (eram 19%), 23% avaliam que ficará igual (em dezembro, 27%) , e 3% não opinaram. O índice de expectativa de alta na inflação atual é o mais alto desde junho de 2022, quando estava em 63%.

A previsão de alta no desemprego é compartilhada por 46%, em alta na comparação com dezembro (39%).

Entre os que elegeram Lula, 42% acreditam que a inflação vai aumentar. A taxa salta para 77% entre os que votaram em Bolsonaro. Em relação ao aumento do desemprego, os índices são de 31% e 61%, respectivamente, na mesma comparação.

Com informações de Folhapress

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Daniel Alves paga fiança de 1 milhão de euros e já pode deixar a prisão em Barcelona

Foto: Reprodução

O jogador brasileiro Daniel Alves, condenado a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma mulher, pagou nesta segunda-feira (25) a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5.5 milhões) imposta pela Justiça espanhola, e já pode deixar a prisão em liberdade provisória. A informação é do jornal El País.

Daniel, que está preso há um ano e dois meses na região metropolitana de Barcelona, deve deixar a prisão nas próximas horas. Ainda não se sabe de onde veio o dinheiro para o pagamento da fiança, se é do próprio ex-atleta ou se alguém o ajudou, já que ele está com seus bens bloqueados. O pai de Neymar informou na semana passada que não iria pagar a fiança do ex-jogador. A família do craque brasileiro deu dinheiro há alguns meses para Daniel pagar uma multa para redução de sua pena.

Preso desde 20 de janeiro de 2023 pelo estupro de uma mulher de 23 anos na boate Sutton, no fim de 2022, o ex-jogador terá de entregar à Justiça seus dois passaportes — espanhol e brasileiro — e não pode deixar a Espanha. Além disso, ele também terá de comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona.

Daniel está impedido de chegar a menos de 1 quilômetro da casa ou de qualquer lugar frequentado pela vítima e está proibido de entrar em contato com ela.

R7

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Brasil

Inscrições para o concurso da Caixa terminam nesta segunda-feira (25); Paraíba oferta 47 vagas

CaixaFoto: Reprodução

Terminam nesta segunda-feira (25) as inscrições para o concurso público da Caixa Econômica Federal. Ao todo, o certame vai selecionar candidatos para preencher 4.050 vagas ao redor do Brasil. Na Paraíba estão disponíveis 47 vagas distribuídas nas cidades de Campina Grande, João Pessoa e Patos.

As provas objetivas e de redação serão aplicadas no dia 26 de maio, com divulgação dos resultados finais prevista para o dia 5 de agosto.

As inscrições terminam às 16h e devem ser realizadas no site da banca avaliadora, a Fundação Cesgranrio. A taxa de inscrição para qualquer um dos cargos é de R$ 50 e pode ser paga por boleto bancário, ou PIX (com copia e cola ou código QR code).

O pedido da taxa de isenção deve ser feito até 7 de março. Nos dias 14 e 15 de março, os candidatos que tiverem isenção indeferida poderão apresentar recurso e no dia 21 de março, será publicada a lista final dos isentos.

O cartão de confirmação da inscrição estará disponível no dia 22 de maio.

Os aprovados para as vagas de técnico bancário serão distribuídos em 107 polos bancários e os profissionais de tecnologia da informação serão lotados em Manaus, Brasília, Goiania, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Os locais de aplicação das provas são os mesmos escolhidos para a lotação, em caso de aprovação.

Nível superior

Outro edital oferece 34 vagas para nível superior. São 11 vagas para engenheiro de segurança do trabalho com remuneração inicial de R$ 14.915 e jornada de 40 horas semanais. E outras 23 vagas para médico do trabalho, com remuneração inicial de R$ 11.186 e jornada de 30 horas semanais.

A prova ocorrerá também no dia 26 de maio, e a divulgação dos resultados finais está prevista para o dia 18 de agosto. Os prazos de inscrição e solicitação de isenção da taxa serão os mesmos que para os concorrentes de nível médio, mas como haverá prova de títulos, o resultado final deverá ser divulgado somente no dia 18 de agosto.

Portal Correio

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Ala radical do PT e PSOL não aceitam conclusão sobre inquérito de Marielle; militância tenta ligar Bolsonaro ao caso

Foto: EBC

A ala mais radical do PT e PSOL estão inconformados com a conclusão final do inquérito sobre “Quem mandou matar Marielle Franco”. Os radicais, assim como presidente Lula (PT), esperavam a inclusão do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos no inquérito.

Segundo a esquerda, a família Bolsonaro possui ligações diretas com as milícias do Rio de Janeiro, responsáveis pela execução da vereadora. Ainda na tarde desse domingo, uma espécie de militância radical e milícia digital de esquerda, dispararam diversos vídeos, fotos e fake News sobre o caso já desvendado, por meio do trabalho importante da Polícia Federal.

Nas mídias, militantes de esquerda sustentam a tese de que Bolsonaro está envolvido na morte da vereadora. Ainda nas eleições, Lula alimentou bastante esse discurso, incentivando sua militância a acreditar na versão.

Nas eleições, como pré-candidato à Presidência, Lula (PT) atribuiu o assassinato da vereadora Marielle, à “gente” do presidente Jair Bolsonaro (PL), na época ainda no poder. Em evento em Porto Alegre, o petista insinuou que Bolsonaro tem proximidade de milicianos e afirmou que “gente dele não tem pudor em ter matado a Marielle”.

Revista Ceará

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CASO MARIELLE: ‘Neste momento, os trabalhos foram dados como encerrados’, diz Lewandowski após prisão de supostos mandantes

Foto: Rafa Nedeermeyer/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a prisão neste domingo (24) dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), cometido em 2018, é uma “vitória do Estado brasileiro”.

Segundo Lewandowski, com a identificação dos supostos mandantes, pode-se dizer que os “trabalhos foram dados como encerrados”.

“Este momento é extremamente significativo, é uma vitória do Estado brasileiro, das nossas forças de segurança do país com relação ao combate ao crime organizado”, disse o ministro.

“É claro que podem surgir novos elementos que levarão eventualmente a um relatório complementar da Polícia Federal. Mas neste momento, os trabalhos foram dados como encerrados.”

Mais cedo, Domingos e Chiquinho foram presos no Rio de Janeiro como supostos mandantes do assassinato de Marirelle, em 2018, no qual também morreu o motorista Anderson Gomes. O delegado Rivaldo Barbosa também foi preso, suspeito de atrapalhar as investigações.

Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Operação Murder, Inc. foi deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF). O caso era investigado pela PF desde fevereiro do ano passado.

A prisão acontece após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa – que está preso desde 2019, sob acusação de ser um dos executores do crime. Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.

Os investigadores ainda trabalham para definir por que Marielle foi morta. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com a expansão territorial da milícia no Rio.

g1

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Cresce o número de brasileiros contra a descriminalização da maconha

Plantação de maconha cannabis - MetrópolesFoto: Reprodução

Em setembro do ano passado, 61% dos brasileiros afirmaram que eram contra a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Agora, esse número passou para 67%. O aumento foi constatado por pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada neste sábado (23/3).

No levantamento atual, 31% dos entrevistados apoiaram a descriminalização. Em setembro do ano passado, esse índice era de 36%. Na enquete mais recente, 2% não souberam ou preferiram não responder à questão – na anterior, foram 3%.

A pesquisa foi feita com 2.002 pessoas maiores de 16 anos, entre os dias 19 e 20 de março, em 147 municípios de todo o Brasil. A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.

Aos entrevistados, foi feita a seguinte pergunta: “O Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando um caso que pode descriminalizar, ou seja, deixar de tratar como crime, a posse de pequenas quantidades de maconha. Na sua opinião, portar uma pequena quantidade de maconha deveria deixar de ser crime ou não?

Jovens contra

De acordo com o levantamento, a oposição à descriminalização cresceu de forma expressiva entre jovens de 16 a 24 anos desde setembro. Nesse caso, o grupo contrário à medida passou de 46% para 55%. Ou seja, agora, engloba a maioria.

Na faixa etária seguinte, de 25 a 34 anos, o índice subiu de 56% para 65%. Considerada a idade, o segmento mais conservador tem 60 anos ou mais. Nesse caso, 72% não aceitam que a posse da maconha, embora de pequenas quantidades, deixe de ser crime.

Pardos mais liberais

Em relação à cor, as pessoas que se definem como pardas são as mais liberais. Mesmo assim, 64% delas dizem ser contra a descriminalização. A maior oposição à mudança da lei, contudo, ocorre entre os pretos, com 72% contrários à liberação.

Entre as pessoas mais escolarizadas, 68% afirmaram que são contra deixar de tratar a posse de pequenas quantidades de maconha como crime. Na pesquisa anterior, eram 53%. A parcela com renda familiar mensal entre 2 e 5 salários mínimos passou a registrar uma oposição de 71%, ante 59% na sondagem de setembro.

Bolsonaristas e petistas

Do total de entrevistados que se identificaram como bolsonaristas, 76% afirmaram ser contra a descriminalização e 22% favoráveis – 1% não soube responder. Entre os petistas, 59% refutaram a medida e 39% a aprovaram. Dos que se consideram neutros em relação aos dois grupos políticos, 69% são contra e 29% a favor.

O julgamento da questão no STF ocorre desde 2015. O placar está em 5 votos a favor e 3 contrários à descriminalização. A discussão foi suspensa no início de março com um pedido de vista do processo do ministro Dias Toffoli. Além dele, Luiz Fux e Cármen Lúcia ainda não votaram sobre o tema.

Metrópoles

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PF prende suspeitos de ordenar assassinato de Marielle Franco

ImagemFoto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo

Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.

Foram presos Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

Também foram expedidos mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.

Os investigadores ainda trabalham para definir a motivação do crime. Do que já se sabe, o motivo tem a ver com expansão territorial de milícia no Rio.

Ao aceitar o acordo de colaboração com a PF, Lessa apontou quem eram os mandantes e também indicou a motivação do crime.

g1

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Cresce número de brasileiros que dizem ser contra descriminalização da maconha, aponta Datafolha

Foto: Unsplash

Cresceu o percentual de brasileiros que dizem ser contra a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, segundo pesquisa Datafolha realizada nesta semana.

Informados de que o STF (Supremo Tribunal Federal) está julgando um caso que pode deixar de tratar como crime a posse de pequenas quantidades da droga, 67% disseram ser contra a proposta. No levantamento anterior, realizado em setembro de 2023, esse percentual era de 61%.

Do outro lado, 31% dos entrevistados nesta semana apoiam a descriminalização, índice abaixo dos 36% que responderam, no ano passado, que o porte de maconha deveria deixar de ser crime. Na pesquisa mais recente, outros 2% não sabem ou preferiram não responder.

O Datafolha entrevistou 2.002 pessoas maiores de 16 anos, nos dias 19 e 20 de março, em 147 municípios de todo o Brasil. A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O instituto aponta que a oposição à descriminalização cresceu mais entre grupos que, em setembro de 2023, mostravam-se inclinados a uma posição liberal sobre o tema. É o caso dos jovens de 16 a 24 anos, segmento no qual a opinião contrária à descriminalização passou de 46% para 55%. Na faixa seguinte, de 25 a 34 anos, esse índice passou de 56% para 65%.

Entre brasileiros mais escolarizados, 68% agora são contra deixar de tratar como crime a posse de pequenas quantidades de maconha, ante 53% da pesquisa anterior. Na parcela com renda familiar mensal de 2 a 5 salários mínimos, essa posição passou de 59% para 71%.

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