Baleado após a derrota do Flamengo para o Palmeiras neste sábado, na final da Libertadores, o flamenguista Douglas Hassel Sales não conseguiu embarcar para o Brasil na madrugada desta quarta-feira. O torcedor estava internado em um hospital de Montevidéu, precisou de uma vaquinha para comprar a passagem e o bilhete foi adquirido com a ajuda de uma das estrelas do time rubro-negro: o jogador Arrascaeta.
Hassel chegou ao aeroporto por volta das 23h40 de terça-feira. O embarque estava previsto para 1h40 do dia seguinte. De acordo com o torcedor, assim que foram informados que o passageiro estava baleado, os funcionários da companhia aérea GOL passaram a dizer que o embarque não seria liberado.
“Cheguei de ambulância e então os enfermeiros tiveram que comunicar alguém para arrumar uma maca ou cadeira de rodas para eu conseguir chegar até o avião. Eles (funcionários da empresa aérea) pediram a situação do paciente e (os enfermeiros) falaram que estava baleado, aí começaram a implicar e destratar ” disse Hassel.
Segundo o flamenguista, o médico responsável pelo tratamento havia feito um laudo autorizando o embarque. No entanto, o profissional de saúde autorizou a liberação apenas para voo direto, em classe executiva, e que tivesse uma ambulância à espera de Hassel no Brasil.
Hassel sustenta que essas exigências foram todas atendidas, com a ajuda de uma vaquinha online e a colaboração do jogador Arrascaeta. Mas de acordo com o torcedor, o funcionário da empresa leu o laudo e disse que não liberaria o embarque.
Com a insistência do flamenguista, o funcionário teria telefonado para uma pessoa em São Paulo, que seria um médico da empresa. O profissional de saúde também teria negado o aval para o embarque. Hassel e seu acompanhante disseram que foram informados de que faltava um documento chamado MEDIF, que deveria ser preenchido com 48h de antecedência do voo.
O MEDIF é um formulário que deve ser preenchido previamente por passageiros que tenham história de doença recente, hospitalização, cirurgias recentes ou qualquer condição de saúde considerada instável. Hassel e seu acompanhante argumentam que não foram informados dessa exigência e que não conseguiram falar nos canais de atendimento da empresa aérea antes de ir ao aeroporto.
Sem conseguir o embarque, Hassel e seu acompanhante tiveram que voltar para o hospital, em Montevidéu. Mas agora eles estão na enfermaria. Antes, estavam em um quarto.
Hassel foi alvo de tiros quando saía de uma pizzaria na capital uruguaia. A princípio, ele havia sofrido apenas lesões no pé e no joelho esquerdos. Segundo relatos dos amigos do torcedor, no entanto, os médicos indicaram também uma bala causou lesão na coluna tibial, com comprometimento do ligamento cruzado anterior.
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