Brasil

Gleisi quer apresentar projeto para banir clubes de tiro e registros de CACs

Gleisi Hoffmann ataca Ives Gandra Martins por suposto golpeFoto: Adriano Machado/Reuters

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), quer apresentar um projeto de lei para banir os clubes de tiro e os registros dos chamados CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).

A parlamentar diz que o PT sempre se posicionou contra o armamentismo e que já solicitou para a sua equipe um levantamento sobre legislação relacionada ao tema.

Ela afirma ainda que pretende aprofundar essa discussão com o partido e com a bancada da legenda na Câmara dos Deputados, e que levará essa proposta ao ministro da Justiça, Flávio Dino.

“É preciso discutir qual o sentido de existir isso. Qual a utilidade para a sociedade brasileira? Não vejo nenhum sentido”, afirmou Gleisi ao Painel.

“Por que esse registro existe? Caçar o quê? Se é tiro esportivo, tem que ser uma coisa muito bem regulamentada, para fazer competições e essas competições têm que ter reconhecimento. Para que ir no clube de tiro só para atirar? Qual o objetivo?”, seguiu.

Painel – Folha de S. Paulo

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Política

Presidente do PT admite insatisfação de petistas com cargos federais na Paraíba

Jackson minimiza fala de Lula, mas pondera: “O PT só vai ter um candidato”

 

O presidente do PT da Paraíba, Jackson Macedo, admitiu a insatisfação de petistas com as indicações de cargos federais no estado. Em entrevista, Jackson disse desconhecer a indicação do nome do ex-deputado Anísio Maia (PSB) para a superintendência do Ibama, mas, neste caso específico, alegou que se o fato se concretizar é um direito do PSB, já que o partido é aliado do presidente Lula.

“Isso deve ser coisa do PSB e o PT não vai interferir nisso. O PSB é um partido aliado do presidente Lula, que tem o vice-presidente Geraldo Alckmin, então tem todo direito de indicar nomes”, declarou.

A insatisfação real dos petistas, segundo disse Jackson Macedo é com nomeações de pessoas que foram aliadas do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Dói no coração, dói na alma. Se você perguntar, nenhum petista está satisfeito com isso, mas infelizmente faz parte do sistema.  O presidente Lula precisa de apoio no Congresso Nacional, precisamos de pelo menos 308 deputados e temos 130”, ressaltou.

Anísio Maia foi indicado para assumir o cargo de superintendente do Ibama, mas negou que vai querer a vaga.

ClickPB

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Brasil

Uma chance para o fim do monopólio na petroquímica. O PT vai deixar?

Uma chance para o fim do monopólio na petroquímica. O PT vai deixar?
Neste sábado (10), a empresa química Unipar anunciou que está negociando a compra do controle da petroquímica Braskem, hoje nas mãos da Novonor (antiga Odebrecht).

A Braskem domina o mercado brasileiro de petroquímicos básicos e polímeros – os insumos que abastecem as cerca de 11 mil indústrias nacionais de produtos plásticos, sejam eles embalagens, itens de decoração ou peças de automóveis.

Essa posição de dominância foi alcançada em 2010, quando a política das “campeãs nacionais” do segundo governo Lula estava a pleno vapor. Àquela altura, Petrobras e Odebrecht, além de irmanadas no esquema do petrolão, já eram sócias na Braskem, que então adquiriu a segunda maior empresa brasileira do setor, a Quattor. A Unipar era a principal acionista da Quattor e agora procura voltar ao mercado que abandonou naquela época.

Com a consolidação promovida pela Braskem, reverteu-se totalmente, bem ao gosto petista, o processo de privatização que havia acontecido na década de 1990, com a venda das plantas petroquímicas da Petrobras para diversos grupos.

Não foi uma reestatização em sentido estrito, uma vez que o controle da Braskem estava nas mãos de uma empresa privada, a Odebrecht. Mas a influência da Petrobras nas decisões da companhia era determinante – por vias legítimas ou subterrâneas.

Durante a campanha do ano passado, Lula disse que não pretendia reeditar a política das campeãs nacionais. A negociação em torno da Braskem é a oportunidade de ele mostrar que não se tratava de uma promessa vazia.

O “fatiamento” da Braskem seria a maneira de devolver a competição ao setor petroquímico. Em vez de simplesmente adquirir o controle que hoje está nas mãos da Novonor, a Unipar ficaria com alguns ativos da empresa e a Petrobras, com outros. Nasceriam duas empresas distintas.

Essa solução há tempos é discutida pelo mercado e poderia resultar em aumento de competitividade no setor, redução de preços em toda a cadeia de produtos plásticos e atração de novos investimentos ao Brasil.

Segundo apurou O Antagonista, a divisão de ativos será uma das ideias na negociação entre Unipar e Petrobras. Os executivos da estatal terão de se convencer que essa é uma alternativa vantajosa. E o governo, que instalou o petista Jean Paul Prates na presidência da petroleira, certamente fará ouvir sua voz.

Também será importante observar se, nas próximas semanas, uma nova proposta pelo controle da Braskem se concretiza. Não pelo fundo de investimentos americano Apollo, que já deu sua cartada no início de maio, sem no entanto agradar à Novonor e, sobretudo, aos bancos credores. Por quem? Pela JBS, dos notórios irmãos Batista.

Nos últimos meses, a gigante do setor de alimentos fez circular a informação de que poderia comprar a fatia da Novonor na Braskem. Será curioso se o lance for feito agora, quando uma oferta de R$ 10 bilhões já está na mesa. A JBS precisará de coragem para ingressar num setor que não conhece, desembolsando uma quantia vultosa. Será  grande a tentação de se “apoiar” na Petrobras para iniciar essa aventura petroquímica.

Seria uma reedição da parceria entre Odebrecht e Petrobras. Uma velha ideia, com personagens também velhos.

Em março, os irmãos Batista fizeram parte da comitiva que Lula levou à China.

O Antagonista

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Brasil

RODOLFO BORGES: O PT não sabe perder

O PT não sabe perder

O senador Sergio Moro se tornou alvo da mais perigosa organização criminosa do país. É a Polícia Federal que o diz. O ministro da Justiça também disse. A política brasileira se mobilizou em manifestações de solidariedade ao ex-juiz, com uma única exceção: os petistas. A mágoa do PT com o ex-juiz da Lava Jato é maior até do que a estratégia política.

Num momento como este, em que um adversário ocupa o principal lugar de vítima da nação, reza a cartilha dos bons modos, antes de tudo, que se deve prestar alguma solidariedade, ainda que não seja autêntica. O senador Jaques Wagner foi perfeito ao intervir durante o discurso em que Moro se manifestou pela primeira vez sobre o assunto no Senado. O ex-governador da Bahia destacou, inclusive, que o colega não politizara a questão naquele momento. O pior para o PT, agora, seria que esse caso fosse politizado, e é exatamente o que fez o presidente Lula (foto), entre outros petistas, como Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta.

Graças aos ataques de Lula, Moro, que parece estar aprendendo a fazer política, tirou da cartola o apoio do PT a uma ação que tentava derrubar no Supremo Tribunal Federal (STF) a proibição imposta pelo Ministério da Justiça do ex-juiz a visitas íntimas a lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho em presídios federais. Isso em meio à desconfiança nacional de que o PT tem alguma ligação com o PCC — desconfiança alimentava por uma série de indícios, que não param de surgir. Ainda que as suspeitas indiquem apenas que os criminosos têm alguma simpatia pelas políticas do partido, isso já seria ruim demais para os petistas, que não conseguiram segurar o ímpeto de partir para o ataque a Moro.

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Política

Os indícios de relações do PCC com o PT

Os indícios de relações do PCC com o PT
Apesar de o PT ter classificado como “narrativa” um eventual vínculo entre o partido e o PCC, desde 2019 surgiram vários elementos que ligam, direta ou indiretamente, integrantes da organização criminosa com a agremiação partidária que hoje comanda o Palácio do Planalto.

Na quarta-feira, a PF desarticulou uma quadrilha que pretendia assassinar o ex-ministro da Justiça e hoje senador Sergio Moro. Ontem, o presidente Lula disse que tudo não teria passado de uma “armação” do ex-ministro. O PT, por sua vez, tem trabalhado para isentar a sigla de qualquer vínculo com a organização criminosa.

Em 2019, em ligações interceptadas pela Polícia Federal – como parte da Operação Cravada -, integrantes da facção criminosa reclamam da transferência de presos e xingaram o então ministro Moro. Eles também falam em “diálogo cabuloso” com o PT.

“Esse Moro aí, mano, esse cara é um m…”, disse um dos integrantes do PCC, Alexsandro Roberto Pereira, também conhecido como “Elias”. “Ele [Moro] já começou [a atrapalhar] quando foi para cima do PT. Para você ver que com o PT, com nós a gente tinha diálogo. O PT nós tinha um diálogo cabuloso, mano.”

A informação foi divulgada, inclusive, por veículos como jornal O Globo e o Estado de S. Paulo.

Na época, a então presidente do PT também associou a ação da PF a uma armação do ex-juiz Sergio Moro.

“Quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra Lula com delações mentirosas e sem provas”, disse Gleisi pelo Twitter na época.

Em junho do ano passado, a Revista Crusoé revelou que a Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para investigar se o vereador Senival Moura, ex-líder do PT na Câmara de São Paulo, seria uma espécie de laranja do PCC em uma célula da organização criminosa dentro do setor de transportes da capital paulista.

“O crime organizado foi seu primeiro financiador, oportunidade em que dois criminosos alcunhados como ‘Cunta’, já falecido, e ‘Alexandre Gordo’, que está preso há muitos anos, encarregaram-se da tomada de recursos.”disse no inquérito policial, o delegado Vagner Alves da Cunha, responsável pela investigação.

O bandido mais perigoso do Brasil, o Marcos Camacho, o “Marcola”, também já foi flagrado fazendo referência ao PT. Em outubro do ano passado, O Antagonista revelou áudios de Marcola na prisão, captados com autorização judicial, e que também mostravam a existência de canais de conversa da facção com o PT. O material foi obtido por Crusoé, mas censurado por ordem do TSE durante o período eleitoral.

O operador do mensalão Marcos Valério também tinha conhecimento de relações entre integrantes do PT e o PCC. Em delação obtida pela revista Veja, Valério disse que “ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, detalhes sobre o que seria a relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital”.

Na delação, Valério afirmou que o hoje presidente Lula era chantageado pelo empresário do ramo de transportes Roman Maria Pinho para que ele não revelasse como funcionava um suposto esquema de arrecadação ilegal para financiar petistas.

O antagonista

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Mensagem do PCC orienta votos em deputada federal do PT; Assista vídeo

 

É motivo de constante preocupação a expansão de tentáculos do crime organizado na direção do mundo político. Na semana passada, segundo apurou a reportagem de VEJA, foi detectado um indício de um movimento relevante nessa direção.

No caso em questão, um preso que atua como informante relatou à direção de um dos presídios paulistas que o Primeiro Comando da Capital (PCC) emitiu um “salve” (ordem”) orientando famílias de detentos a votarem em Fabiana Soler. Ex-vereadora na cidade de Potim, no interior do estado, ela agora é candidata a deputada federal pelo PT.

Fabiana é esposa de Evandro Andrade da Silva, conhecido no mundo do crime como Ceasa, Veinho e Bondinho. Condenado a 48 anos de prisão por roubo, porte ilegal de arma, homicídio, receptação, cárcere privado e tráfico de drogas, Ceasa está atualmente no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior paulista. Ele já cumpriu 50% da sua pena.

Nas redes sociais, Fabiana se apresenta como defensora dos direitos humanos para a pessoa presa, familiares e egressos. Não há nenhum processo criminal em andamento contra ela, que também não é acusada de participar do PCC. Procurada por VEJA para comentar a orientação vinda de dentro dos presídios, Fabiana ainda não retornou o contato.

Recentemente, a candidata postou um vídeo no qual diz ser formada em comunicação social e que deseja defender a bandeira das políticas públicas no sistema carcerário. “Todo mundo que visita o sistema carcerário sabe que não existe apenas a pena aplicada pelo juiz, mas a pena da fome, de tortura, e sabe que a sociedade não discute com a gente, que é familiar. Precisamos colocar esse debate em pauta”. Veja o vídeo abaixo:

Veja

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