MPPB

MP vai investigar construções de ‘espigões’ na orla de João Pessoa; entenda

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) atendeu solicitação da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional paraíba (OAB-PB), e instaurou Inquérito Civil para investigar a construção irregular de prédios licenciados pela Sudema (Superintendência de Administração do Meio Ambiente) e pela secretaria municipal de Planejamento (Seplan) na orla marítima de João Pessoa.

O presidente da OAB-PB, Harrison Targino, explicou que o expediente da Seccional junto ao MPPB foi motivado por denúncias na Comissão de Direito Ambiental da Ordem relativas ao suposto descumprimento de dispositivo da Constituição Estadual que proíbe construções acima de determinado patamar, os chamados espigões, na orla da capital.

“Em face desta preocupação, a OAB-PB requereu a abertura do procedimento no Ministério Público para que possa ser averiguada a extensão do que tem sido autorizado e evitar que proceda qualquer agressão às normas urbanísticas e ambientais existentes na legislação municipal e legislação estadual”, destaco Harrison Targino.

Na instauração do inquérito, o Ministério Público estabeleceu um prazo de 10 dias úteis, a contar do último 18 de maio, para que a Sudema apresente manifestação acerca das edificações localizadas na Orla marítima de João Pessoa com indícios de desconformidade quanto a altura máxima permitida.

Também determinou que a Seplan “ofereça manifestação acerca dos critérios e parâmetros de cálculo do gabarito de construção de edificações na orla marítima de João Pessoa e forneça a lista atualizada dos edifícios em construção ou já construídos, bem como os pertinentes documentos que se reportem a medidas de fiscalização, repressão e regularização eventualmente já adotadas ou por adotar”.

MaisPB

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Polêmica

Construtora contesta MPF na Justiça e afirma que paredão na praia de João Pessoa não provoca danos ambientais

A Construtora Delta Engenharia disse à Justiça Federal que a construção de um paredão dentro da praia do Bessa, em João Pessoa (PB), para proteger o edifício de luxo ‘Avoante’, não gera modificações ambientais. A Delta é alvo de uma ação do Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas na Justiça Federal pela construção do ‘Avoante’ dentro do mar, causando danos ambientais irreversíveis.

Em uma contraposição apresentado no último dia 17 (quarta-feira), a Delta afirmou que “a tecnologia apresentada é defensiva e não modifica: as correntes marinhas, os transportes sedimentares, a biota ou biodiversidade marinha, a direção, os intervalos ou as dimensões das ondas e não muda a conformação das praias como havia com as anteriores estruturas precárias de manilhas e gabião que avançavam até o mar”.

No último dia 3 de maio, uma perícia do Ministério Público Federal constatou que a Delta Engenharia ultrapassou os limites permitidos para a construção de um muro de contenção no Edifício Avoante. O MPF recomendou que a Sudema e a Prefeitura de João Pessoa analisem uma proposta da Delta para readequação do empreendimento, a fim de solucionar as irregularidades encontradas.

As instituições deram um prazo de 30 dias para que as secretarias encaminhem um relatório detalhado sobre o estudo e projeto de readequação apresentados pela empresa.

Blog do BG PB com MaurílioJR

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