Saúde

GRIPE: Com mais de 50 mortes, João Pessoa vacina apenas 19% do público-alvo

Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda-feira (7)

ROVE ROSA/AGÊNCIA BRASIL

João Pessoa registra apenas 19,05% de cobertura vacinal contra a gripe, número considerado preocupante diante da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza foi prorrogada e agora segue até o dia 31 de julho em todo o país.

Na Paraíba, a cobertura está em 40,81%, enquanto a média nacional é de 38,87%. A vacina está disponível em todas as salas de vacinação do município, incluindo policlínicas, o Centro de Imunização e pontos móveis.

A dose é recomendada para toda a população a partir de seis meses de idade, mas o foco segue nos grupos prioritários, como crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.

De acordo com Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa, a situação exige atenção. “Convocamos essa população que procure um serviço de vacinação o quanto antes. Além da proteção individual, o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave no Estado exige ações de prevenção urgentes”, alertou.

A vacina contra a Influenza é atualizada anualmente e protege contra os vírus H1N1, H3N2 e B. Pode ser aplicada de forma simultânea com outras vacinas, como a da Covid-19, sem necessidade de intervalo.

Segundo dados da Gerência de Vigilância Epidemiológica, entre janeiro e junho deste ano, 16.921 casos de síndromes gripais foram notificados nas Unidades Sentinelas da capital. Desse total, 206 evoluíram para quadros graves e 52 óbitos foram confirmados. Outros 99 casos seguem em investigação.

A Vigilância Sentinela de Síndromes Gripais também atua na identificação de vírus respiratórios em circulação, fornecendo dados para ajustes das vacinas e acompanhamento da sazonalidade de novos subtipos virais, como os relacionados ao vírus da Covid-19.

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Saúde

Prefeitura de João Pessoa suspende ação de vacinação no feriado junino

Foto: Divulgação / Secom-JP

Devido ao ponto facultativo desta segunda-feira (23) e ao feriado de São João na terça-feira (24), a Prefeitura de João Pessoa informa que não haverá vacinação nas salas de vacina e nos pontos móveis da Capital durante esse período.
As atividades serão retomadas na quarta-feira (25), com a oferta de todos os imunizantes previstos no Calendário Nacional de Vacinação, além das vacinas de campanhas em andamento. Toda a população poderá se vacinar, seja para atualizar a caderneta ou receber doses pendentes.

De acordo com Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Capital, a interrupção temporária durante os festejos juninos não compromete a assistência preventiva ofertada pela rede municipal. “A interrupção da ação de vacinação nas salas de vacinas nesse período de festejo junino não prejudica a assistência preventiva, garantida pela Prefeitura de João Pessoa, considerando que esse cuidado é ofertado de segunda a sábado, das 8h às 21h”, explicou.

“A pausa é apenas nesta segunda-feira e terça-feira, mas já na quarta-feira será retomada toda a assistência com as vacinas disponíveis de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde”, completou.

Para casos de urgência – Mesmo com a suspensão das vacinas de rotina, o Centro Municipal de Imunização, localizado no bairro da Torre, funcionará excepcionalmente durante todo o feriadão, no período das 8h às 12h, para atender situações de urgência. No serviço, são ofertadas as vacinas antirrábica humana e dT (difteria e tétano), destinadas a pessoas expostas a acidentes com objetos perfurocortantes ou mordidas de animais — especialmente cães e gatos não vacinados, ou morcegos.

“Os serviços funcionam todos os dias para garantir essa assistência imediata de quem precisa. No caso de acidentes, os imunizantes devem ser administrados o mais rápido possível, para proteger o paciente do tétano e da raiva. Por isso, a rede municipal mantém a antitetânica e a antirrábica permanentemente disponíveis à população”, destacou Virgolino.

Vacinação Domiciliar – Para ter acesso à vacinação domiciliar, o cidadão deve fazer o agendamento pelo aplicativo ‘João Pessoa na Palma da Mão’. A vacinação nas residências é destinada às pessoas acamadas (restritas ao leito).

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Saúde

‘Canetas emagrecedoras’ chegarão em breve as farmácias brasileiras

Foto: depositphotos.com / marcbruxelle

O setor farmacêutico brasileiro se prepara para uma nova fase no tratamento da diabetes e da obesidade, impulsionada pela iminente quebra da patente do Ozempic, medicamento da Novo Nordisk. A partir do segundo semestre de 2025, o mercado deve receber alternativas mais acessíveis, e a farmacêutica EMS está à frente desse movimento, com o lançamento previsto de canetas injetáveis baseadas em princípios ativos já consagrados.

A aposta inicial da EMS recai sobre a liraglutida — substância eficaz tanto no controle dos níveis de glicose quanto na redução de peso. Com aprovação já concedida pela Anvisa, os novos produtos da empresa prometem democratizar o acesso a terapias avançadas, combinando tecnologia desenvolvida no Brasil com preços mais competitivos em relação aos tratamentos atualmente disponíveis.

Como funcionam as canetas emagrecedoras à base de liraglutida?

A liraglutida é um análogo do hormônio GLP-1, responsável por regular a glicose no sangue e contribuir para a redução do apetite. O uso desse medicamento é feito por meio de injeções diárias, facilitadas pelo formato de caneta aplicadora. No Brasil, a EMS lançará duas versões: Lirux, indicado para diabetes tipo 2, e Olire, voltado para o tratamento da obesidade.

A principal diferença entre os dois produtos está na dosagem recomendada para cada finalidade. Enquanto o Lirux será destinado ao controle glicêmico, o Olire terá doses ajustadas para promover a perda de peso em pessoas com sobrepeso ou obesidade. A expectativa é que ambos estejam disponíveis para compra a partir de agosto de 2025, com uma produção inicial de 250 mil unidades.

O que muda com a chegada dos medicamentos similares para diabetes?

Apesar de serem popularmente chamados de “genéricos”, os novos produtos da EMS são classificados como medicamentos similares. Isso significa que possuem o mesmo princípio ativo, concentração e forma farmacêutica dos medicamentos de referência, mas são comercializados sob nomes de marca próprios. Essa categoria segue regras específicas da Anvisa e, na prática, oferece alternativas com preços mais acessíveis ao consumidor.

Quando os genéricos de semaglutida estarão disponíveis no Brasil?

Uma das dúvidas mais frequentes é sobre a chegada dos genéricos de semaglutida, princípio ativo do Ozempic, ao mercado nacional. Atualmente, a patente do Ozempic segue válida até 2026, garantindo exclusividade à Novo Nordisk. Por esse motivo, a EMS e outras empresas só poderão lançar suas versões a partir do segundo semestre de 2026.

A semaglutida apresenta uma vantagem importante em relação à liraglutida: a aplicação semanal, em vez de diária, o que pode aumentar a adesão ao tratamento. A expectativa é que, com o fim da patente, haja uma redução significativa nos preços e maior oferta de opções para pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade.

Quais os impactos esperados para pacientes de diabetes e profissionais de saúde?

A entrada de medicamentos similares e, futuramente, genéricos, tende a ampliar o acesso a tratamentos modernos, beneficiando principalmente quem depende dessas terapias para o controle de doenças crônicas. A redução de custos pode facilitar a adesão ao tratamento, enquanto a variedade de opções permite uma escolha mais personalizada, conforme a indicação médica.

  1. Maior oferta de medicamentos injetáveis para diabetes e obesidade.
  2. Preços mais competitivos, estimulando a concorrência no setor.
  3. Facilidade de prescrição, com produtos específicos para cada condição.
  4. Possibilidade de tratamentos com aplicações menos frequentes, como no caso da semaglutida.

Com essas mudanças, o cenário do tratamento para diabetes e obesidade no Brasil deve se tornar mais dinâmico e acessível, acompanhando tendências internacionais e promovendo avanços importantes na saúde pública.

O Antagonista

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Saúde

Usuários de Ozempic relatam aumento no tamanho do pênis: “Ganhei 3 cm”

Caneta de injeção de Ozempic - Metrópoles

Homens que estão fazendo uso de Ozempic nos Estados Unidos relataram aumento da g3nitália desde que começaram a tomar o medicamento para emagrecer. Em fóruns on-line, houve até quem se orgulhasse de um crescimento acima de três centímetros.

“Ganhei 3,8 centímetros de comprimento. Sem brincadeira […] Definitivamente, não foi só por causa da perda de peso”, disse um internauta em resposta a um homem que havia relatado um caso semelhante.

Conforme apuração do site New York Post, outros homens também afirmaram que notaram uma diferença de tamanho no pên1s depois de tomar Ozempic, mas atribuíram isso à melhor circulação sanguínea e à redução de gordura ao redor da área pubiana.

Um usuário do Reddit apontou que é possível que a diferença de tamanho notada por alguns homens se deva a diferentes condições de medição antes e depois do uso do medicamento.

Metrópoles

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Saúde

Casos de síndrome respiratória disparam na Paraíba com mais de 90 mortes

Diante do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Paraíba, o Governo do Estado publicou nesta terça-feira (10) uma portaria com medidas emergenciais para conter o avanço das doenças virais, que afetam principalmente crianças e idosos — os grupos com menor adesão à vacina contra a influenza.

Entre as ações estão a ampliação de leitos pediátricos e o monitoramento diário da ocupação hospitalar. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), já foram investidos R$ 6 milhões na abertura de 100 leitos de enfermaria e 46 de UTI. Outros R$ 3 milhões serão aplicados para abrir novos leitos em Cajazeiras, Catolé do Rocha, Pombal, Sousa, Patos, Campina Grande e João Pessoa.

De janeiro até agora, foram registrados 2.036 casos de SRAG no estado. Houve 92 mortes com vírus identificado: 49 por Covid-19, 15 por Influenza e 28 por outros vírus. Crianças e idosos são a maioria entre as vítimas.

A campanha de vacinação contra a gripe foi prorrogada até 31 de julho. A cobertura está abaixo da meta: apenas 35,6% das crianças e 37,9% dos idosos foram vacinados. Para incentivar a imunização, o programa Vacina Mais Paraíba agora vai pagar R$ 1.000 por sala de vacinação que atingir a meta de 90% de cobertura.

A SES recomenda que sintomas leves sejam tratados nas Unidades Básicas de Saúde. Em casos de febre alta, falta de ar ou recusa alimentar, é preciso buscar atendimento médico imediato.

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Saúde

Anvisa aprova Mounjaro para tratamento de sobrepeso e obesidade

Foto: Getty Images

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, para o tratamento de sobrepeso e obesidade. A resolução foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (9).

De acordo com a publicação, a norma já está em vigor e engloba diferentes dosagens e aplicações da caneta.

O Mounjaro já era aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, e estudos clínicos já haviam mostrado sua eficácia para a perda de peso. Agora, a caneta está aprovada para o tratamento de sobrepeso na presença de pelo menos uma comorbidade e de obesidade, acompanhada de atividade física e dieta de baixa caloria.

Nessa indicação, o tratamento é voltado para adultos com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 (obesidade), ou maior ou igual a 27 (sobrepeso) com pelo menos uma comorbidade associada ao peso, como hipertensão, colesterol alto ou pré-diabetes.

A aprovação da Anvisa foi baseada nos resultados do programa SURMOUNT, um conjunto de sete estudos clínicos de fase 3 que recrutou mais de 20 mil pacientes em todo o mundo.

Segundo o estudo, pessoas que utilizaram Mounjaro, associado à dieta e exercício, apresentaram uma perda de peso superior quando comparado ao placebo. Na dose mais alta do tratamento (15 mg), os indivíduos perderam, em média, 22,5%, enquanto na dose mais baixa (5 mg), perderam, em média, 16% (em comparação com 0,3% no placebo).

Além disso, cerca de 40% dos participantes que usaram Mounjaro perderam mais de 40% do peso corporal total, em comparação a 0,3% do grupo placebo. Os participantes do estudo que conciliaram o uso de Mounjaro à dieta e ao exercício observaram mudanças no colesterol e reduções na pressão arterial e na medida da cintura. As mudanças foram desfechos secundários a partir do uso do medicamento, e não faziam parte da indicação desse.

“Infelizmente, apesar das evidências científicas contrárias, a obesidade é frequentemente vista como uma escolha de estilo de vida – algo que as pessoas deveriam gerenciar por si mesmas. Durante décadas, dieta e exercício foram as únicas opções de tratamento, mas nem todos os pacientes conseguem perder peso apenas com essa abordagem”, avalia Luiz Magno, diretor sênior da Área Médica da Lilly do Brasil, em comunicado.

“Graças a todos os estudos recentes, agora sabemos que o próprio corpo pode responder a uma dieta de déficit calórico aumentando a fome e reduzindo a sensação de saciedade, ou seja, o próprio metabolismo do paciente dificulta a perda de peso e facilita o reganho”, explica Magno.

Para ele, a aprovação do Mounjaro para obesidade traz “mais oportunidades de tratamento para quem vive com obesidade e está à procura de melhores alternativas para controle de peso”.

CNN

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Saúde

Paraíba registra duas mortes por arboviroses e casos de dengue chegam a 80%

Imagem de Pete por Pixabay

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), divulgou, nessa segunda-feira (2), mais um boletim epidemiológico com o balanço de arboviroses no estado. De 1º de janeiro a 31 de maio de 2025, foram registrados 5.533 casos prováveis de arboviroses, sendo 4.431 de dengue (80,08%), 449 de chikungunya (8,11%), oito de zika (0,14%) e 645 de febre oropouche (11,66%). Entre os casos de febre oropouche, quatro foram identificados em gestantes e dez em puérperas, o que acende um alerta para os grupos mais vulneráveis.

Até o momento, foram confirmados dois óbitos em decorrência de arboviroses no estado, sendo um por dengue, no município de São Domingos do Cariri, e um por chikungunya, no município de Campina Grande. Outros 11 óbitos seguem em investigação.

Diante do cenário epidemiológico, a responsável técnica pelas Arboviroses da SES-PB, Carla Jaciara, reforça a necessidade de manter a prevenção para combater os mosquitos transmissores e evitar a proliferação dos agravos. “É necessário que tanto os gestores municipais quanto a população adotem hábitos que ajudem a prevenir o Aedes aegypti [vetor da dengue, zika e Chikungunya] e o maruim [vetor da febre oropouche], com foco na eliminação de criadouros desses mosquitos”, ressalta.

Os números divulgados, segundo Carla Jaciara, são relativamente menores do que os registrados no mesmo período do ano passado, quando o estado notificou 9.819 casos de dengue, 1.228 de chikungunya e 64 de zika.

“É importante enfatizar que, apesar da redução, precisamos seguir com todos os cuidados. Ao surgirem sintomas como febre, dor no corpo e manchas na pele, é fundamental procurar imediatamente os serviços de saúde. Além disso, os profissionais de saúde também devem estar atentos a todos os sinais ou sintomas sugestivos de arboviroses para realizar a notificação correta e a coleta oportuna para o diagnóstico dos casos”, explica Carla Jaciara.

A SES-PB mantém o monitoramento contínuo dos casos e segue trabalhando de forma articulada com os municípios para conter a disseminação das arboviroses em todo o território paraibano.

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Saúde

Fiocruz: 72,5% das mortes por SRAG estão relacionados à influenza A

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

O boletim semanal InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (29), indica que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza A têm atingido níveis de incidência de moderada a muito alta em jovens, adultos e idosos. O documento destaca a alta mortalidade de idosos e crianças de até dois anos de idade, em consequência da doença.

O vírus tem maior incidência em crianças pequenas, seguida pela população idosa. Entre os óbitos, nas últimas quatro semanas, o maior número de vítimas positivas da doença foi de 72,5% para influenza A; 1,4% para influenza B; 12,6% para VSR; 9,7% para rinovírus; e 5,9% para Sars-CoV-2.

O boletim indica que as hospitalizações por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que atingem sobretudo as crianças pequenas, têm apresentado início de queda nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Já a influenza A apresenta estabilização da doença no Mato Grosso do Sul e no Pará, embora os casos da doença ainda permaneçam em níveis altos de incidência nesses estados.

Os dados laboratoriais por faixa etária indicam que o aumento dos casos de SRAG nas crianças de até 4 anos tem sido impulsionado principalmente pelo VSR. O rinovírus e a influenza A têm contribuído para o aumento dos casos de SRAG na faixa etária de até 4 anos, assim como nas crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Já a influenza A tem sido o principal vírus responsável pelo aumento dos casos de SRAG entre adultos e idosos e jovens a partir dos 15 anos.

A pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella ressalta a importância da vacinação diante do atual cenário epidemiológico e reforça que é fundamental levar as crianças, os idosos e outros grupos prioritários para se vacinarem contra o vírus.

“A vacina ainda leva por volta de uns 15 dias para fazer efeito, então quanto antes esse grupo tomar a vacina, melhor”, avaliou a especialista.

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Saúde

Casos de síndromes gripais crescem em João Pessoa com mais de 30 mortes

Imagem: Kleide Teixeira / Secom-JP

O aumento de casos de síndromes respiratórias (SG) e síndromes respiratórias aguda grave (SRAG) acende um alerta e profissionais de saúde orientam sobre as causas, riscos e como as pessoas podem se proteger. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontou um aumento de 63,5% nos atendimentos pediátricos por SRAG entre fevereiro e abril, com destaque para João Pessoa, Campina Grande, Sousa e Queimadas.

Em João Pessoa, segundo a Vigilância Epidemiológica do Município, nos primeiros quatro meses deste ano, foram registradas nas Unidades Sentinelas 16.921 casos notificados para síndromes gripais. Desses, 296 foram casos graves, sendo 124 positivos para algum vírus respiratório, o que corresponde a 42%, resultando em 31 óbitos. “A procura por vacinação está baixa, principalmente para quem faz parte dos grupos prioritários e o aumento da procura nos serviços de saúde tem preocupado ainda mais os profissionais de saúde”, destacou Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa.

A nova edição do Boletim InfoGripe da Fiocruz também traz o alerta de que a Influenza A segue em crescimento na maior parte do país, especialmente na região Centro-Sul, mas também em diversos estados do Norte e Nordeste. Dados apontam ainda para aumento de casos em diversos estados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que mantém impacto expressivo nas hospitalizações de crianças de 2 a 4 anos e na mortalidade até os 2 anos.

A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza foi ampliada para toda a população a partir de seis meses de idade e a Prefeitura de João Pessoa segue fazendo o alerta para a importância da vacinação nos grupos prioritários. A baixa vacinação em crianças preocupa os profissionais de saúde, considerando os riscos das doenças respiratórias e casos de hospitalizações, especialmente entre este público, que é mais suscetível ao desenvolvimento de formas graves da gripe, bronquiolite ou pneumonia.

Cobertura vacinal – De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal no Brasil entre os grupos prioritários, que inclui crianças menores de seis anos, idosos e gestantes, é de 32,45%. Na Paraíba, a cobertura está em 34,59% e em João Pessoa esse número representa 16,69%. Na Capital, o maior percentual de imunização é de idosos, com 19,15%. A cobertura vacinal em crianças soma 11,19% e nas gestantes 17,85%.

“Todas as unidades de saúde da família do Município contam com salas de vacinas modernas e equipadas para atender a toda a população. Dispomos também de pontos móveis promovendo vacinação até as 21h. A campanha contra a gripe foi ampliada e as doses estão disponíveis para todos a partir dos seis meses idade. Portanto, convocamos a população, principalmente os pais de crianças menores de cinco anos, a levarem seus filhos e garantir esse cuidado”, destacou Fernando Virgolino.

Influenza – Devido à mudança dos vírus, é necessário a vacinação anual contra a gripe, a forma mais eficaz de prevenção contra a doença e suas complicações. A constante mudança dos vírus influenza requer um monitoramento global e frequente reformulação da vacina.

Todos os imunizantes disponíveis das campanhas ativas (Covid-19 ou Influenza) podem ser administrados simultaneamente com qualquer outro que faz parte do calendário de rotina, em qualquer intervalo de tempo, na faixa etária de seis meses de idade ou mais. A Covid-19 e a Influenza continuam sendo ameaças para a saúde pública, especialmente para as pessoas não vacinadas.

Onde se vacinar – A caderneta de vacinação pode ser atualizada nas unidades de saúde da família (USFs) que funcionam das 7h às 11h e das 12h às 16h. Outros serviços estão localizados nas policlínicas municipais e no Centro Municipal de Imunização (CMI), no bairro da Torre, onde a imunização fica à disposição do público no horário das 8h às 16h.

João Pessoa segue mantendo o funcionamento de três postos móveis, do meio-dia até as 21h. Esses pontos estão localizados no Home Center Ferreira Costa, no Shopping Sul e no Shopping Tambiá.

Para ter acesso à vacinação, o cidadão deve apresentar um documento oficial com foto ou certidão de nascimento da criança ou adolescente, além do Cartão SUS e o cartão ou caderneta de vacina.

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Saúde

Venda de tadalafila no Brasil cresce 20 vezes em 10 anos e bate recorde

Foto: Reprodução/TV Globo

A venda de tadalafila é quase 20 vezes maior agora do que há dez anos no Brasil, segundo um levantamento exclusivo obtido pelo g1. Para ter uma ideia, de cada 1 comprimido que era vendido antes, hoje são 20. Só em 2024 foram vendidos 64 milhões de unidades do medicamento – um recorde.

Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda da Metbala, uma gominha à base do medicamento que vinha sendo divulgada por um influenciador. O produto ajuda a explicar a alta no interesse pela “tadala” no país, puxada justamente pelo hype nas redes sociais, onde ganhou fama de recurso para “turbinar” o sexo e até promessas de que poderia aumentar o tamanho do pênis – o que não é verdade.

A tadalafila é um medicamento usado para tratar a disfunção erétil e está no mercado desde os anos 2000. Ela veio para substituir a sildenafila, o popular viagra, com ação prolongada e menos efeitos colaterais.

O medicamento saiu de um tabu para o destaque das prateleiras nos últimos anos, com vendas recordes. Segundo o levantamento da Anvisa a pedido do g1, o número saltou de 3 milhões de unidades vendidas em 2015 para 64 milhões em 2024.

Os números mostram apenas os remédios à base de tadalafila produzidos por farmacêuticas e não incluem o mercado de medicamentos manipulados. Ou seja, o volume pode ser ainda maior.

As redes sociais ajudam a explicar esse aumento. São milhares de vídeos de jovens e adolescentes contando que usam a “tadala”, como foi apelidada, antes de dates, de qualquer sexo e às vezes todos os dias. O medicamento virou até música, com o refrão: sabe qual é o segredo para aguentar a noite todinha? Tadalafila.

A “tadala” é vendida sem retenção de receita. Com o fácil acesso, as farmácias relatam vender dezenas de caixas por dia. Segundo especialistas, estima-se que o país tenha cerca de 16 milhões de homens com disfunção erétil, e a fama do remédio ajudou quem tinha a doença, mas sentia vergonha de se medicar ou buscar ajuda.

A disfunção erétil é uma doença que se caracteriza pela dificuldade de ter ou manter uma ereção satisfatória para a penetração. A doença é diferente de episódios em que não se consegue ter uma ereção. A frequência é que determina a doença.

No entanto, o número de diagnósticos não cresceu a ponto de acompanhar a alta nas vendas. Com isso, o que médicos e psiquiatras explicam é que os dados revelam a insegurança de homens e a pressão pela performance no sexo.

g1

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