Mundo

Mulher acha 15 mil dólares na rua, devolve e se surpreende com ‘recompensa’

Uma mulher que andava a caminho do trabalho encontrou uma bolsa contendo US$ 15 mil (cerca de R$ 75 mil), no estado norte-americano do Michigan. Apesar de precisar do dinheiro por estar em uma situação vulnerável, Diane Gordon localizou os donos da quantia e a devolveu.

Agora, ela está sendo recompensada pela boa ação, mas por meio de uma vaquinha virtual que já arrecadou mais do dobro do que ela achou – ainda que ela diga que não fez mais do que a obrigação.

Desde fevereiro do ano passado, quando seu carro quebrou, Diane caminhava por volta de 4 km até o mercado onde trabalha. O achado ocorreu em 21 de janeiro.

“Olhei para o chão e encontrei um saco plástico com uma grande quantia de dinheiro dentro”, disse ela à emissora Fox.

Por mais que a quantia fosse impressionante, Diane afirmou que a ideia de ficar com ela não passou pela cabeça. A trabalhadora acionou a polícia para identificar os donos do dinheiro.

“Dentro da sacola também havia cartões de casamento, eram presentes de um casamento ocorrido naquele dia”, relatou o tenente Matthew Ivory. Os recém-casados foram localizados e receberam o dinheiro de volta.

No entanto, os policiais do departamento de White Lake ficaram comovidos com a boa ação de Diane, que poderia ter usado o valor encontrado para consertar seu carro.

“Os netos têm eventos esportivos para os quais ela não pode ir dirigindo para vê-los”, disse Ivory.

Os agentes, então, iniciaram uma campanha no site GoFundMe para arrecadar R$ 50 mil, que seriam destinados ao reparo do veículo de Diane. A meta foi alcançada rapidamente e, até o momento, quase R$ 200 mil já foram acumulados, mais que o dobro da quantia achada pela mulher na rua.

Emocionada, Diane afirmou não entender o que fez para merecer essa atenção:

“Estou chocada. Quero dizer, eu não fiz nada de especial. Se você encontra algo que não lhe pertence, você não guarda.”

UOL

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Mundo

Justiça estrangeira aprova direito de homens andarem nus na rua; confira o país


Um tribunal superior da Espanha decidiu a favor de um homem que foi multado por andar nu pelas ruas de uma cidade na região de Valência e depois tentou comparecer a uma audiência nu.

Em nota, o tribunal superior da região informou ter negado provimento ao recurso contra decisão de primeira instância que anulou multas aplicadas ao homem por estar nu nas ruas de Aldaia, cidade nos arredores da capital regional.

O tribunal, no entanto, reconheceu um “vazio legal” na lei espanhola em relação à nudez pública.

Alejandro Colomar, 29, foi filmado chegando ao tribunal usando apenas um par de botas de caminhada antes de receber ordens de vestir mais roupas para entrar no prédio.

Em seu julgamento, ele argumentou que as multas infringiam seu direito à liberdade ideológica.

Ele disse à Reuters que começou a se despir em público em 2020 e recebeu mais apoio do que insultos ao andar nu, embora já tenha sido ameaçado com uma faca.

“A multa não faz o menor sentido”, disse. “Eles me acusaram de exibicionismo obsceno. De acordo com o dicionário, isso implica intenção sexual e (isso) não tem nada a ver com o que eu estava fazendo”.

A nudez pública é legal na Espanha desde 1988. Qualquer um pode andar nu em uma rua sem ser preso, mas algumas regiões como Valladolid e Barcelona introduziram suas próprias leis para regulamentar o nudismo, especialmente longe da praia. O tribunal observou que Aldaia não tem lei que proíba o nudismo.

O tribunal valenciano decidiu que Colomar “se limitou a permanecer ou circular nu em horários diferentes em duas ruas distintas de Aldaia”, não tendo o seu comportamento implicado uma “alteração da segurança cidadã, da tranquilidade ou da ordem pública”.

CNN

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Mundo

MAIS RICOS DO MUNDO: Musk perde primeiro lugar na lista da Forbes; veja quem lidera

O empresário Elon Musk deixou o posto de pessoa mais rica do mundo, segundo a lista compilada pela revista Forbes divulgada na quarta-feira, 1°. O fundador da Tesla perdeu a liderança do ranking para o francês Bernard Arnault, CEO da LVMH, maior empresa de artigos de luxo do mundo, com cerca de 70 marcas de moda e cosméticos, incluindo Louis Vuitton, Christian Dior, Moet & Chandon e Sephora.

Arnault, no topo da lista, tem fortuna de US$ 213,3 bilhões, segundo estimativa desta quinta-feira, 2, do ranking em tempo real da revista. Musk aparece em segundo lugar, com uma fortuna estimada em US$ 183,5 bilhões.

Segundo a publicação, Musk permaneceu no posto de pessoa mais rica do mundo até dezembro do ano passado, quando sua fortuna diminuiu por conta da queda no preço das ações da Tesla. As ações da empresa caíram mais de 50% desde o pico em novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2023.

A revista destaca que dois bilionários deixaram o top 10 da lista dos mais ricos. Mark Zuckerberg, presidente da Meta, holding de Facebook, Instagram e WhatsApp, era a quinta pessoa mais rica do mundo em março de 2021, com fortuna de US$ 97 bilhões. Com a queda de mais de 40% das ações da empresa desde então, Zuckerberg hoje aparece na 22ª posição, com US$ 55,2 bilhões.

O indiano Gautam Adani, do Grupo Adani, que chegou a ocupar a 3ª posição no ranking das pessoas mais ricas do mundo, acabou saindo do top 10 na quarta-feira, após o conglomerado ser acusado de fraude pela empresa de investimentos norte-americana Hindenburg Research. Nesta quinta-feira ele aparece na 16ª posição, com fortuna estimada em US$ 64,6 bilhões.

Veja quem ocupa nesta quinta-feira as dez primeiras posições do ranking em tempo real dos mais ricos do mundo:

Nome / Fortuna estimada

  1. Bernard Arnault / US$ 213,3 bilhões
  2. Elon Musk / US$ 183,5 bilhões
  3. Jeff Bezos / US$ 128,3 bilhões
  4. Larry Ellison / US$ 114 bilhões
  5. Warren Buffett / US$ 108 bilhões
  6. Bill Gates / US$ 105,2 bilhões
  7. Carlos Slim Helu / US$ 92,2 bilhões
  8. Larry Page/ US$ 87 bilhões
  9. Sergey Brin / US$ 83,4 bilhões
  10. Mukesh Ambani / US$ 82,9 bilhões

Com informações do Estadão

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Judiciário

Juíza do caso Daniel Alves diz que ‘há provas suficientes’ de que houve um estupro

A juíza responsável pelo caso jogador Daniel Alves, na Espanha, afirmou que “há indícios muito mais do que suficientes” para considerar que houve um estupro na madrugada de 31 de dezembro dentro do banheiro da área VIP da boate Sutton, em Barcelona. A afirmação consta em um despacho assinado pela magistrada do Tribunal de Instrução n.º 15, da cidade espanhola, ​​Anna Marín. Alves está preso desde 20 de janeiro por suspeita de agressão sexual que teria sido cometida dentro da casa noturna.

No documento, que explica as razões pelas quais a prisão preventiva do jogador foi pedida, a juíza também anota que Daniel Alves é o suspeito crime. No entanto, Anna Marín sublinha que a investigação ainda está em andamento e que novos fatos podem surgir. As informações são do jornal espanhol “El Periódico”.

A defesa do brasileiro entrou com um recurso nesta segunda-feira pedindo o relaxamento da prisão. Cabe ao Tribunal de Barcelona avaliar se a prisão preventiva é ou não pertinente, com base nas provas coletadas até o momento, que foram consideradas mais do que suficientes para a juíza Anna Marín.

O advogado Cristóbal Martell, representante de Daniel Alves no caso, classificou a investigação da Unidade Central de Agressões Sexuais (UCAS) da polícia de Barcelona de “tendenciosa” e “descuidada”. E criticou o fato de a magistrada ter aceitado a denúncia “sem crítica”.

Dois minutos

A defesa de Daniel Alves colocou em dúvida o depoimento da jovem de 23 anos que acusa o brasileiro de estupro dentro do banheiro da boate Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro do ano passado. Nas 24 páginas do documento apresentado à Justiça espanhola consta a alegação de que a vítima entrou no toalete dois minutos após o atleta, o que contrariaria o relato feito pela mulher.

De acordo com o jornal “La Vanguardia”, que teve acesso ao recurso, o advogado Cristóbal Martell sustenta que as imagens das câmeras de segurança e o relato da vítima não coincidem. A defesa do jogador insiste que há o intervalo de dois minutos entre o momento em que Alves entra pela porta do banheiro e a chegada da jovem “depois de falar com suas duas amigas e um garçom”.

A mulher, segundo o relato do advogado do brasileiro, então vai até a porta do banheiro e “entra sem que Alves abra a porta”. De acordo com Martell, “as imagens falam por si” e demonstram “fraquezas nas provas da acusação”. De acordo com o jornal “El Periódico”, Martell também sustenta que a vítima pode ter usado a “mesma distorção narrativa” para descrever o que aconteceu dentro do banheiro por 16 minutos, intervalo de tempo que ocorre longe das câmeras.

No recurso apresentado pela defesa do jogador, na segunda-feira, no Tribunal de Barcelona, Martell sustenta que existem “certas fragilidades” nas provas reunidas contra o ex-atacante do Barcelona. Segundo ele, as câmeras de segurança do salão não corresponderiam integralmente às declarações prestadas pela vítima, uma jovem de 23 anos que abriu mão de qualquer indenização por parte do jogador.

De acordo com o jornal “El Periódico”, fontes ligadas às investigações indicam que a gravação das câmeras não é incompatível com o relato da vítima. As imagens também parecem dar a impressão de que o jogador está parado ao lado da porta do banheiro fazendo gestos insistentes para que a jovem o siga até o local.

No pedido para suspender a prisão preventiva, Martell sugere a adoção de medidas cautelares menos onerosas, como comparecer em juízo diariamente, retenção de passaporte e consequente proibição de sair da Espanha, além de uso de pulseira eletrônica.

O jogador, que teria dito a companheiros que não teme “o que vier”, enfrentou nessa terça-feira boatos de que sua mulher, a modelo Joana Sanz, teria pedido o divórcio. A notícia foi divulgada por um canal de TV, mas a própria modelo negou que vá se separar.

Apesar disso, nos últimos dias, Joana postou nas redes sociais um desabafo por conta do assédio que tem recebido em mensagens que a chamam de “cúmplice de estuprador”. Os sites também comentam outro fato curioso: ela teria apagado todas as suas fotos com o jogador no Instagram.

O Globo

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Mundo

MISERICÓRDIA: YouTuber que dava dicas para aumento peniano é encontrado morto de forma brutal

Um youtuber norte-americano famoso por suas dicas para aumento peniano foi encontrado morto de forma brutal em sua residência na Tailândia. Leo Rex tinha 34 anos e seu canal no YouTube, Leo & Longevity, acumulava mais de 123 mil assinantes. O influencer foi encontrado sem vida por um amigo. Ele estava de barriga para baixo, de camisa preta e nu da cintura para baixo, com sangue escorrendo de sua boca e de seu nariz.

Segundo o jornal New York Post, o quarto de Rex estava extremamente bagunçado, com roupas espalhados por todos os lados e seu banheiro destruído. Perto do corpo do influencer foram achadas drogas e medicamentos controlados. Ele vinha vivendo no local já há alguns meses, mas não eram visto pessoalmente por amigos há um longo período. Funcionários do prédio no qual o youtuber vivia disseram que ele não costumava receber visitas.

Rex ficou famoso por suas dicas para conquistar músculos de forma rápida e também os seus tutoriais para aumento peniano.

As autoridades tailandesas já requisitaram os registros das câmeras de segurança do local no qual o youtuber foi encontrado. Também foi relatado que já foram chamados para depoimentos amigos de Rex e uma mulher que o havia visitado recentemente. As investigações estão em aberto, mas a polícia local não descarta que a celebridade virtual tenha sido vítima de uma overdose acidental.

O corpo do youtuber está atualmente sob responsabilidade das autoridades tailandesas e passará por autopsia nos próximos dias. A embaixada dos EUA em Bangkok e os familiares de Rex já foram informados do ocorrido.

RevistaMonet

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FBI faz operação em casa de férias de Biden


O FBI (a polícia federal americana) está realizando uma operação de busca na casa de férias do presidente Joe Biden em Rehoboth Beach, Delaware, informou seu advogado pessoal nesta quarta-feira, enquanto os investigadores continuaram procurando materiais confidenciais que estejam em sua posse.

A busca, assim como ao menos outras duas conduzidas em locais associados a Biden, foi conduzida com a cooperação do presidente e de sua equipe legal. Ainda não está claro se documentos foram recuperados em sua casa na praia. No mês passado, os advogados de Biden disseram não ter encontrado nenhum arquivo no local, informou nesta quarta o Washington Post.

“Hoje, com total apoio e cooperação do presidente, o Departamento de Justiça está conduzindo uma busca previamente programada em sua casa em Rehoboth, Delaware,” disse o advogado Bob Bauer em um comunicado. “Sob o procedimento padrão do departamento, e os interesses da integridade e da segurança da operação, decidiu-se que o trabalho fosse conduzido sem prévia notificação ao público, e nós concordamos em cooperar.”

Bauer acrescentou que forneceria “informações adicionais após a conclusão das buscas hoje”. Um porta-voz do Departamento de Justiça não quis comentar a informação.

A ação do FBI é a mais recente em uma série de revelações de que Biden — que criticou duramente o ex-presidente Donald Trump por manejar de forma incorreta arquivos classificados do governo em sua residência na Flórida — manteve materiais que deveriam ter sido devolvidos aos Arquivos Nacionais depois de ele deixar a Vice-Presidência, em janeiro de 2017.

Documentos marcados como classificados foram encontrados previamente em sua residência em Wilmington e no escritório em um centro de estudos em Washington que ele usou após deixar a Vice-Presidência durante o governo de Barack Obama.

Na terça-feira, vários veículos americanos, incluindo o New York Times, informaram que o FBI conduziu uma busca similar no local, o Penn-Biden Center, em meados de novembro, depois de os assessores do presidente terem descoberto um pequeno lote de documentos classificados no local naquele mês.

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Mundo

TRAGÉDIA: Pai perde as duas pernas ao salvar filhas de acidente com limpa-neve


Um pai corajoso acabou perdendo as duas pernas para tentar salvar suas duas filhas de serem atropeladas por um veículo de remoção de neve. O caso ocorreu em uma estação de esqui, no norte da Califórnia (EUA).

Segundo divulgado pelo jornal britânico Daily Mail, Dave Miln e sua esposa Clare estavam levando Isla, de três anos, e Anna, de um ano, para aulas de esqui em Mammoth Mountain, na manhã de 15 de dezembro. No local, surgiu um veículo de remoção de neve, fazendo com que Dave se jogasse sobre as crianças para impedir que elas fossem puxadas para dentro da máquina.

O veterano da Força de Defesa Australiana, que mora em San Diego, na Califórnia, conseguiu manter Anna sob seu corpo, mas Isla sofreu ferimentos graves. Além disso, Dave ficou preso na máquina por mais de uma hora, até que os socorristas conseguiram libertá-lo e transferi-lo para um hospital. Ele permaneceu consciente durante todo o tempo.

Os ferimentos de Dave acarretaram em uma dupla amputação, uma delas foi acima do joelho esquerdo e outra abaixo do joelho direito. Ele também quebrou os dois fêmures, a pélvis, várias vértebras inferiores, um sacro e três costelas.

O pai das meninas precisou passar por 10 cirurgias e já tem outros procedimentos previstos. Já Isla também passou por operações após ter sofrido fraturas nas pernas e na pélvis, além de outros ferimentos. Apesar disso, a expectativa é que ela tenha uma boa recuperação.

Ainda segundo o Daily Mail, a família havia acabado de se mudar para os Estados Unidos. Após o acidente, Tsen Bogan, um amigo do casal, criou uma página no site GoFundMe para ajudá-los no tratamento. No texto, ele afirmou que a família já está de volta à Sydney e que “começarão o longo processo de reabilitação física e mental”.

Em uma atualização que fez no último dia 21, Bogan informou que Dave passou por outra cirurgia no dia 20 para remover as suturas em sua perna direita, enquanto continua fazendo procedimentos em outras áreas do corpo.

“Durante esse tempo, Clare e Dave demonstraram força e resiliência além da compreensão. A família se uniu com determinação positiva para o futuro. Muitos de nós ficamos abalados com esta notícia e estamos procurando uma maneira de apoiar os Miln durante este período inimaginável’, destacou o amigo.

Terra

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Covid-19

OMS deve decidir se a Covid-19 ainda é emergência global nesta sexta

Um comitê da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne nesta sexta-feira, 27, para avaliar se a pandemia da Covid-19 ainda representa uma Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional.

A data do encontro foi confirmada por uma porta-voz da entidade e pelo próprio diretor-geral, Tedros Adhanom. O evento ocorre três anos depois da doença ter sido classificada assim pela primeira vez.

O Comitê de Emergência aconselhará Adhanom, que tomará a decisão final sobre a doença permanecer com o mais alto nível de alerta da agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Vários cientistas e consultores importantes da OMS dizem que pode ser muito cedo para declarar o fim da fase de emergência da pandemia da Covid-19 devido aos altos níveis de atendimento na China, que desmantelou sua política rígida contra o coronavírus no mês passado.

Jovem Pan

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Mundo

Homossexualidade não é crime, mas é pecado, diz papa Francisco

O papa Francisco defendeu a descriminalização da homossexualidade e disse que a Igreja Católica deve acabar com “leis injustas” que afirmam o contrário. Em entrevista à Associated Press publicada nesta quarta (25), porém, o pontífice reforçou a posição doutrinária que trata a homossexualidade como pecado.

“Ser homossexual não é crime”, disse ele. “Não é crime. Sim, mas é um pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir um pecado de um crime. Também é pecado não ter caridade com o próximo.”

Em 2013, seu primeiro ano à frente da Igreja Católica, Francisco se declarou inapto a rejeitar homossexuais que buscassem o conforto de Deus. “Quem sou eu para julgar?”, disse à época. A fala encheu católicos LGBTQIA+ com a esperança de serem acolhidos sem ressalvas no seio da instituição.

Oito anos depois, Francisco deu sinal verde para o Vaticano divulgar a diretriz para que clérigos não abençoe uniões entre pessoas do mesmo sexo. “Deus não pode abençoar o pecado”, diz o documento da Congregação para a Doutrina da Fé, que formula normas para os fiéis da maior vertente cristã do mundo.
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Na entrevista, Francisco reconheceu que lideranças católicas em algumas partes do mundo ainda apoiam leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a comunidade LGBTQIA+. “Esses bispos precisam ter um processo de conversão”, afirmou o pontífice, acrescentando que tais lideranças devem agir com ternura —”por favor, como Deus tem por cada um de nós”.

De acordo com o Human Dignity Trust, organização sediada em Londres que mapeia direitos e desafios dos LGBT pelo mundo, ao menos 67 países e territórios criminalizam a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo. Em 11 desses países, homossexuais podem ser punidos com a morte. O papa descreveu essas legislações como “injustas” e disse que a igreja deve trabalhar para acabar com elas. “Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força com que cada um luta pela nossa dignidade.”

O Catecismo católico se refere à homossexualidade como “atos de grave depravação”, descritos como “intrinsecamente desordenados”. “São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de genuína complementaridade afetiva e sexual. Em hipótese alguma podem ser aprovados.”

A igreja defende, porém, que homossexuais “sejam aceitos com respeito, compaixão e sensibilidade” e diz que “todo sinal de discriminação injusta deve ser evitado”. Ponderando que a “gênese psicológica” da homossexualidade é inexplicada, a norma católica preconiza a castidade para pessoas LGBTQIA+. “Essas pessoas são chamadas a cumprir a vontade de Deus em suas vidas e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da Cruz do Senhor as dificuldades que possam encontrar em sua condição”, diz o Catecismo.

Como líder da igreja há dez anos, Francisco não mudou as diretrizes doutrinárias nesse sentido. Algumas de suas falas, porém, são vistas como, se não mais progressistas, mais acolhedoras à comunidade LGBT.

“Pessoas homossexuais têm o direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deveria ser descartado [dela] ou ser transformado em miserável por conta disso”, afirma o papa no documentário “Francesco”, lançado em 2020.

No filme, a fala do pontífice vem logo após ele ler uma carta de um homem gay que adotou três crianças com seu parceiro. Nela, o homem explica que gostaria de ir com o companheiro e os filhos às missas em sua paróquia, mas temia que as crianças fossem hostilizadas. Segundo o Vaticano, a fala do papa foi tirada de contexto e construída a partir de suas respostas a duas perguntas diferentes.

Em janeiro de 2022, Francisco fez um apelo para que pais não condenem seus filhos devido à orientação sexual. Ele falava sobre a dificuldade que os pais podem enfrentar na criação de filhos quando elencou a importância de “não se esconder atrás de uma atitude de condenação” diante de filhos LGBTQIA+.

Na ocasião, também defendeu que a igreja pode e deve apoiar leis de união civil destinadas a dar a casais homoafetivos direitos igualitários em áreas como acesso a saúde e compartilhamento de bens.

Um dos principais opositores à união homoafetiva na Igreja Católica era Bento 16, antecessor de Francisco morto em dezembro. Em biografia autorizada publicada em maio de 2020, ele comparou a prática ao “anticristo”. “Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade”, afirmou. “A sociedade moderna está formulando um credo ao anticristo que supõe a excomunhão da sociedade quando alguém se opõe”.

Folha de São Paulo

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Mundo

MISERICÓRDIA: “Relógio do Juízo Final” acelera e o mundo fica mais perto do apocalipse, dizem cientistas

O importante grupo de cientistas nucleares Bulletin of the Atomic Scientists anunciou nesta terça-feira (24) que o mundo está mais próximo do que nunca do seu fim. O grupo criou um mecanismo para alertar o planeta sobre os riscos de um potencial apocalipse: o “doomsday clock”, ou o relógio do juízo final – em uma tradução livre.

A lógica é simples. Quanto mais perto da meia-noite estiverem os ponteiros do relógio, mais próximo estará também o mundo do seu fim. Este ano, o grupo de cientistas notáveis anunciou que estamos a 90 segundos do fim do mundo, o mais perto que o relógio do juízo final já chegou da meia-noite desde sua criação, em 1947.

Um fator essencial para isso foram as ameaças da Rússia de usar armas nucleares contra a Ucrânia.
Como funciona o relógio do juízo final

O relógio é uma boa ideia de marketing para fomentar a discussão, mas não uma medição exata de quanto tempo ainda resta no planeta. Apesar da explicação simples, a posição dos ponteiros do relógio é determinada por uma série de cálculos matemáticos complexos que medem a probabilidade real de eventos catastróficos acontecerem.

Entre eles estão guerras nucleares, doenças epidêmicas e mudanças climáticas. O relógio foi criado logo depois da Segunda Guerra Mundial, quando os cientistas, entre eles o físico Albert Einstein, começaram a se preocupar com a corrida armamentista entre Estados Unidos e União Soviética.

Quando a contagem começou, o relógio estava a sete minutos da meia-noite. Em meio às tensões nucleares, o relógio chegou a marcar dois minutos para o fim do mundo, em 1953. Com o fim da guerra fria, voltou para 17 minutos.

Mas o refresco durou pouco e voltou a dois minutos no início deste século com o avanço das mudanças climáticas e ameaças nucleares da Coréia do Norte. Em 2021 e 2022, o relógio chegou a marcar 100 segundos para a meia-noite, por causa da pandemia da Covid-19 e dos riscos de uma nova corrida armamentista.

CNN

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