Brasil

Haddad atrasa burocracia para exportações e prejuízo pode chegar a R$ 1,5 bilhão


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad (PT), está desde o início de maio de 2023 sem fazer seguros para exportações de alto valor agregado. A consequência direta é a interrupção de novas vendas, o que pode causar um prejuízo de ao menos R$ 1,5 bilhão em 2023. Os cálculos são de pessoas ligadas ao ministério tomando como base a expectativa de exportações desses produtos no ano.

A atribuição de fazer seguros para exportações é da ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias). Mas, em 30 de abril de 2023, o contrato da agência com o governo federal foi encerrado e novos seguros deixaram de ser feitos.

Sem a garantia, os riscos aumentam e as empresas exportadoras não deixam de enviar seus produtos para outros países por medo de calote.

Inicialmente, havia uma disputa entre os ministérios de Fernando Haddad (Fazenda) e de Geraldo Alckmin (MDIC) sobre qual pasta teria a agência sob sua alçada. Oficialmente, a ABGF pertence ao ministério da Fazenda. Mas é a Camex (Câmara de Comércio Exterior), do MDIC, quem faz a gestão.

O MDIC buscava trazer a agência para a pasta e dar mais celeridade aos processos. Haddad, por outro lado, quer aumentar as suas atribuições. Segundo pessoas próximas a Alckmin, ele cedeu na disputa. A ABGF ficará com a Fazenda.

O Poder360 procurou o Ministério da Fazenda para perguntar se havia interesse em se manifestar. O jornal digital afirmou que aguardaria um comentário até 20h30 desta 6ª feira (12.mai.2023). Como não houve uma resposta, o texto foi publicado. Se o ministro Haddad ou sua equipe se manifestarem, a reportagem será atualizada com a posição.

LIMBO

A ABGF foi retirada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do plano de desestatização elaborado por Jair Bolsonaro (PL) em 6 de abril.

Enquanto fazia parte do plano, a agência fazia renovações contratuais de 3 em 3 meses com o governo. Não podia ser maior pelo fato de estar na lista de privatizações.

Ao sair da lista, essa renovação tornou-se obsoleta. E começou a ser negociado um novo contrato de 12 meses.

No meio do caminho, o embate dos ministérios impediu a evolução do novo acordo. Agora, com a disputa resolvida, a expectativa é pela renovação rápida do contrato, sob pena de prejuízos bilionários.

Em nota técnica, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) elogiou a retirada da agência do plano de desestatização.

“Uma liquidação apresentava riscos de interrompimento das análises de risco-país e das operações, e de perda da expertise de análise de risco e pessoal capacitado para exercer tal tipo de trabalho. A situação também criava incertezas sobre as parcerias já formalizadas para a realização de operações de cogarantias com agências de crédito oficial estrangeiras”, disse.

Poder 360

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Brasil

“Se dinheiro está caro, a culpa é do governo que deve muito”, diz Campos Neto

Foto: Reprodução/CNN Brasil

Em entrevista exclusiva ao programa Caminhos com Abilio Diniz, da CNN, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a taxa de juros estar em um patamar alto não é culpa do Banco Central (BC), mas sim da dívida do governo.

“A gente tem que tomar cuidado para não ter uma inversão de valores. Se você, empresário, está tentando pegar um dinheiro e está caro, a culpa não é do BC, porque é malvado, a culpa é do governo, que deve muito. Porque o governo está competindo com você pelo dinheiro que tem disponível para aplicar em projetos. Então, assim, o grande culpado pelos juros estarem altos é que tem alguém competindo pelos mesmos recursos e pagando mais”, disse.

De acordo com Campos Neto, se a dívida do governo fosse baixa, “o custo do dinheiro seria mais barato para todo mundo”.

“Quando a gente pensa que o governo faz uma emissão hoje, longa, e paga uma taxa de juro real acima de 6%, isso não tem a ver com o Banco Central, isso é uma percepção de longo prazo e existe um risco que justifique que a taxa de juro real seja 6%”, explicou o presidente da autoridade monetária.

CNN

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Brasil

Com desaceleração da economia, seguro-desemprego atinge maior nível em 7 anos

Foto: Divulgação Seteq

Os pedidos de seguro-desemprego voltaram a aumentar nos três primeiros meses deste ano e atingiram o maior patamar para o trimestre desde 2016. Segundo o Ministério do Trabalho, de janeiro a março, 1,8 milhão de requerimentos foram registrados no país. O número representa alta de 5,7% em relação ao mesmo período de 2022, que teve 1,7 milhão de solicitações.

O total do acumulado deste ano é o maior desde 2016, quando o benefício foi solicitado por 1,9 milhão de pessoas que haviam perdido o emprego, de acordo com o Painel de Informações do Seguro-Desemprego, do Ministério do Trabalho e Emprego.

O benefício é pago ao trabalhador que é demitido sem justa causa e não tem renda própria. O valor varia de três a cinco parcelas, de R$ 1.320 a R$ 2.230,97, dependendo do tempo trabalhado com carteira assinada.

Março foi o mês no trimestre com o maior número de solicitações, 683.218. Mas o recorde de requerimentos foi registrado em maio de 2020, com 960.308, a maior marca da série histórica, no começo da pandemia de coronavírus.

A alta do benefício coincide com com a taxa de desemprego no Brasil que subiu 0,9 ponto percentual e atingiu 8,8% no primeiro trimestre de 2023. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,4 milhões de pessoas.

R7

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Economia

Gasolina: Confira onde encontrar o menor valor do combustível em João Pessoa

Gasolina vai baixar? Petrobras vai anunciar redução de preços
A gasolina comum está com média de preço de R$ 5,173, registra pesquisa comparativa para combustíveis realizada pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, oscilando entre R$ 5,040 (Elesbão – Água Fria) e R$ 5,290 (Setta – Alto do Mateus) para pagamento à vista, com variação de 5% e diferença de R$ 0,25. O diesel S10 registra redução de preço nas duas pontas em relação ao levantamento anterior, com o menor mostrando queda de R$ 0,11, saindo de R$ 5,290 para R$ 5,180, e o maior saindo de R$ 6,690 para R$ 5,980.

Ainda em comparação à semana passada, a gasolina comum apresenta o menor preço reduzido em R$ 0,04, com o maior permanecendo o mesmo. O produto não subiu em nenhum posto, caiu em 44 e se manteve em 63 estabelecimentos. Para pagamento no cartão, o preço está sendo praticado entre R$ 5,040 e R$ 5,450, diferença de R$ 0,41 e variação de 8,1%.

Quanto à gasolina aditivada, o produto mostra redução de preços nas duas pontas, saindo de R$ 5,160 para R$ 5,150 (Auto Posto – Valentina) e de R$ 5,570 para R$ 5,500 (Maxi – Oitizeiro), com diferença de R$ 0,35, variação de 6,8% e média de R$ 5,346. O levantamento do Procon-JP foi realizado em 111 postos que estavam em atividade no dia 11 de maio.

Álcool – Já o menor preço do álcool mostra leve alta, saindo de R$ 3,840 para R$ 3,880 (Ferrari – Centro), com o maior permanecendo em R$ 4,290 (São Severino – Castelo Branco) quando comparado ao último dia 4. A diferença está em R$ 0,41, variação em 10,6% e a média em R$ 3,986. Ainda na comparação, o etanol aumentou em 14 locais, reduziu em 10 e se manteve em 83 estabelecimentos.

S10 – O diesel S10 volta a registrar redução nos preços, desta vez nas duas pontas, com o menor mostrando queda de R$ 0,11 em relação à última pesquisa do Procon-JP, saindo de R$ 5,290 para R$ 5,180 (Litoral Sul –Monsenhor Magno) e o maior saindo de R$ 6,690 para R$ 5,980 (Canaã –Jaguaribe), queda de R$ 0,71. A diferença está em R$ 0,80, a variação em 15,4% e a média em R$ 5,382. Nenhum posto subiu o preço do produto, 74 diminuíram e 30 mantiveram.

Diesel comum – O diesel comum foi outro combustível que apresentou redução no menor preço quando comparado ao último levantamento do Procon-JP, saindo de R$ 5,190 para R$ 4,990 (cinco postos), com o maior se mantendo em R$ 5,690 (Boa Viagem – Distrito Industrial). A média do preço do produto está em R$ 5,175.

GNV – O preço do Gás Natural Veicular (GNV) permanece o mesmo da semana passada nas duas pontas, oscilando entre R$ 4,230 (Estrela do Geisel) e R$ 4,250 (Z – Jardim Cidade Universitária, Pichilau Gauchinha – Distrito Industrial, São Luiz e Master Gás – Epitácio Pessoa), diferença de R$ 0,02, variação de 0.5% e média de R$ 4,242. Todos os 13 revendedores visitados pela pesquisa do Procon-JP mantiveram os preços da semana anterior.

Confira a pesquisa completa acessando os sites da Prefeitura de João Pessoa www.joaopessoa.pb.gov.br e do Procon-JP www.proconjp.pb.gov.br

Blog do BG PB

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Economia

Verba do Governo Federal garante pagamento do piso da enfermagem até dezembro e preocupa prefeitos paraibanos

Liminar do STF suspende piso nacional da enfermagem | Geral

A verba de R$ 7,3 bilhões liberada pelo Governo Federal para que o setor público consiga arcar com os custos provocados pela implantação do piso nacional da enfermagem foi comemorado por prefeitos em todo o Brasil. Entretanto a preocupação dos gestores não acaba. A verba só garante o cumprimento do pagamento até dezembro, ou seja, não representa uma solução definitiva.

“Ninguém é contra o piso, todos acham justo, mas é um recurso finito e é necessário que haja a definição da fonte da complementação de recursos de forma definitiva”, explicou o secretário- executivo da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), Pedro Dantas.  Ele explica que é necessária a regularização rápida da situação.

Outra questão que preocupa os gestores é que ainda não se sabe como esse dinheiro será distribuído e essa definição precisa ser feita no máximo até a próxima segunda-feira (15), antes do fechamento das folhas de pagamento, para garantir que o dinheiro já venha no próximo salário dos enfermeiros.

Dantas, explica que essas questões precisam ser resolvidas com urgência e agora a luta dos prefeitos é que haja uma fonte de recursos regular do dinheiro que será dividido entre estados municípios e instituições filantrópicas.

A lei que estabeleceu o piso salarial para profissionais de enfermagem foi aprovada no ano passado. Pouco tempo depois, a lei acabou sendo suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por não prever a fonte de recursos para bancar os pagamentos.

O Congresso Nacional precisou aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para viabilizar os recursos que seriam transferidos da União aos estados e municípios ficassem fora do teto de gastos.

ClickPB

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Economia

Enquanto arrecadação do Estado só cresce, servidores da PB amargam perdas salariais

Um documento entregue pelas entidades do Fórum dos Servidores Públicos da Paraíba revela estudo feito comparativo entre salários dos servidores e receita do Governo. O estudo revela que, enquanto nos cinco últimos anos o achatamento salarial das categorias chega a 16,6 %, a receita do Governo da Paraíba, só em 2022 aumentou 12%, chegando a R$ 16 bilhões.

O documento foi elaborado por 31 entidades, entre sindicatos e associações de servidores públicos do estado da paraíba, e foi entregue ao secretário Tibério Limeira, de Administração, durante reunião ocorrida na última quarta-feira (10) no Centro Administrativo do Governo.

Um nova reunião está marcada para o próximo dia 2 de junho, oportunidade em que o Governo se manifestará sobre a propostas da categorias. As entidades que integram o Fórum dos Servidores, além de mostrarem o estudo comparativo mostrando queda nos salários e aumento das receitas do Governo, apresentou proposta de reajuste linear para recompor, ao menos, as perdas salariais com o acumulado da inflação dos últimos anos.

Veja documento:

Com informações de Marcelo José

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Economia

Paraíba é o estado maior taxa de desigualdade social do país, afirma IBGE

A nova pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (11), constatou que a Paraíba teve a maior média de desigualdade social do Brasil em 2022.

Tendo como base o índice Gini, que mede a concentração de renda e a desigualdade econômica, no qual quanto mais próximo de 0, melhor, a Paraíba ficou com 0,558, estando acima da média do Nordeste (0,517) e da média nacional (0,518).

A pesquisa também utilizou outro indicador de desigualdade. Neste, o estado registrou que 50% da população com os menores rendimentos, recebia um valor médio mensal per capita de R$ 351,00. Já a população que faz parte do 1% com os maiores rendimentos, o valor subia para R$ 23.132.

Por fim, a pesquisa divulgou que a Paraíba ficou em 3º lugar na proporção de domicílios recebendo Bolsa Família ou Auxílio Brasil, com 35,5%, atrás somente das registradas no Maranhão com 40,7% e o Piauí, que constatou 40,3%.

Portal T5

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Economia

Imposto de Renda: prazo para tentar restituição no 1º lote se encerra nesta quarta

Para tentar receber a restituição do Imposto de Renda no primeiro lote, o contribuinte deve entregar a declaração até esta quarta-feira (10). O primeiro lote será pago no dia 31 de maio, data limite para entrega do IR.

A Receita Federal informa que o pagamento é feito com base nas prioridades legais. A recomendação é que os grupos prioritários, como idosos, enviem a declaração até o dia 10 de maio para ter chances de receber no primeiro lote de restituição. Isso porque o critério de desempate entre os grupos é a data de entrega. Os contribuintes com prioridade são idosos a partir de 80 anos; idosos com 60 anos, pessoas com deficiência ou doença grave e aqueles em que a maior fonte de renda seja o magistério.

Os outros lotes de restituição serão pagos nos seguintes dias: segundo lote (30 de junho), terceiro lote (31 de julho), quarto lote (31 de agosto) e quinto e último lote (29 de setembro).

Imposto a pagar

Aquele contribuinte com imposto a pagar deve também enviar a declaração até esta quarta-feira (10) se optar pelo débito automático da primeira cota ou cota única com vencimento no dia 31 de maio.

Novidades

A declaração tem novidades relativas à restituição. Quem optar por receber a restituição via Pix ou usar a declaração pré-preenchida receberá o valor mais rapidamente, sempre respeitando as prioridades legais. Em relação ao Pix, no entanto, a novidade só vale para quem declarar a chave do tipo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) no campo de pagamento da restituição.

Outra mudança importante é a ampliação dos dados disponíveis na declaração pré-preenchida. No ano passado, o acesso havia sido estendido a quem tem conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br. Agora, o formulário, que proporciona mais comodidade e reduz as chances de erros pelo contribuinte, terá mais informações, como imóveis registrados em cartório e criptoativos.

Também houve uma novidade em relação a quem tem investimentos na bolsa de valores. A Receita flexibilizou a obrigatoriedade da declaração para este público. Só quem fez vendas de grande valor ou obteve lucro (de qualquer valor) nessas aplicações deverá preencher a declaração.

Quem deve declarar

Estão obrigados a declarar os cidadãos que tiveram, em 2022, rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 28.559,70. No caso de rendimentos considerados “isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte”, é obrigado a declarar quem recebeu valor superior a R$ 40 mil.

Continua obrigado a apresentar declaração quem teve ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do imposto, bem como aqueles que, no dia 31 de dezembro de 2022, eram proprietários de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima de R$ 300 mil; e pessoas que, na atividade rural, receberam rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 142.798,50.

Pessoas que tenham operado em bolsas de valores no ano passado também devem declarar o IR. Mas, neste ano, a Receita estabeleceu dois limites. Devem apresentação de rendimentos os que venderam ações em valores acima de R$ 40 mil, independentemente do volume de compras, e aqueles que fizeram operações e tiveram ganhos líquidos sujeitos à incidência dos impostos, acima do limite de isenção de R$ 20 mil.

Agência Brasil

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Brasil

Gasolina comum sobe mais de 12% no início do governo Lula

Os primeiros quatro meses do governo Lula à frente da Presidência da República foram de alta no preço médio da gasolina comum no país. A mais nova edição do “Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade Urbana” mostra que o valor do combustível cresceu 12,2%, no comparativo com o período de janeiro a abril de 2022. Divulgado nesta segunda-feira, 8, o levantamento foi realizado em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

No primeiro quadrimestre de 2023, a gasolina comum não foi o único combustível a registrar alta acumulada. De acordo com o estudo, a gasolina aditivada também apresentou inflação acima de dois dígitos: elevação de 10,6%. O etanol hidratado foi outro item em que o preço médio cresceu; no caso, 4,8%.

Enquanto isso, o gás natural veicular (GNV) e o diesel comum apresentaram quedas, no comparativo do primeiro quadrimestre deste ano com o mesmo período do ano passado. Eles ficaram mais barato 7,5% e 8,9%, respectivamente. Contudo, a maior queda registrada no período foi do diesel S10, com recuo de 9,9%.

Preço médio da gasolina comum em abril

Segundo o levantamento da Fipe, o preço médio da gasolina comum no Brasil foi de R$ 5,57. Apesar disso, ao menos três Estados da Região Norte fecharam o mês com valores acima dos R$ 6: Acre (R$ 6,10), Roraima (R$ 6,19) e Amazonas (R$ 6,46).

No entanto, o panorama revela que foi outro Estado do Norte que teve a gasolina comum mais barata do país em abril, o Amapá. Nos postos amapaenses, a saber, o preço médio do litro do combustível foi de R$ 5,20. Paraíba (R$ 5,35) e São Paulo (R$ 5,37) completam o pódio dos Estados com os preços mais baixos do mês.

Revista Oeste

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Brasil

Governo e deputados querem acabar com crédito do saque-aniversário do FGTS

Deputados articulam usar a MP (medida provisória) do Minha Casa, Minha Vida para impedir que o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) seja usado como garantia para contratação de empréstimos.

A medida é de interesse da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), forte crítica da possibilidade de concessão de crédito regulamentada em 2020 pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro Luiz Marinho (Trabalho) já deu declarações públicas contra a criação do saque-aniversário do FGTS e criticando a possibilidade de usar os recursos como garantia de empréstimos. Na avaliação dele, a mudança “criou a possibilidade da farra do sistema financeiro”.

Hoje, bancos oferecem linha de crédito com garantia no saque-aniversário. Emenda do deputado Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE) à MP do Minha Casa, Minha Vida busca retirar da lei que regula o FGTS a possibilidade de uso dos recursos em operações de microcrédito.

Na justificativa, o deputado afirma que o fundo se constituiu “como fonte imprescindível de recursos para financiar a produção habitacional para famílias de baixa renda, bem como para infraestrutura”.

“Qualquer iniciativa de redirecionamento destes recursos, mesmo que para objetivos nobres, reduz a capacidade do país de equacionar tais gargalos”, argumenta. “A revogação da política de microcrédito com recursos do FGTS busca salvaguardar os recursos para habitação e infraestrutura.”

A emenda tem apoio do governo, que defende que os recursos do fundo sejam usados prioritariamente em política habitacional e em outros objetivos essenciais previstos na lei. Nos bastidores, o relator da MP, deputado Fernando Marangoni (União-SP), já sinalizou que não acatará em seu parecer sugestão envolvendo mudança no FGTS.

A MP do Minha Casa, Minha Vida tem validade até 14 de junho e precisa ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado antes desse prazo para permanecer em vigor.

O relator já fez seis audiências públicas com diversos setores interessados no programa social. Outras cinco audiências regionais devem ser realizadas na semana que vem, uma por região do país. A decisão deve ser tomada em conjunto com o presidente da comissão, o senador Eduardo Braga (MDB), nesta semana.

O objetivo é colher sugestões que levem em conta as diferenças locais no Brasil para aperfeiçoar o programa.

Somente depois disso um relatório final deve ser fechado por Marangoni. Nele, devem estar as sugestões do vice-presidente da comissão, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Boulos chegou a ser indicado para relatar a MP, mas abriu mão do posto após um ensaio de rebelião por parte do União Brasil. Ao deixar o posto, recebeu a garantia de que suas contribuições estariam no relatório.

Assim, o projeto deve ir para votação na Comissão Mista que analisa o texto na segunda metade do mês. Daí, seguirá para o plenário das duas Casas.

Até o momento, 298 emendas já foram apresentadas e é provável que mais adendos sejam sugeridos nas audiências regionais.

O FGTS é um foco de atenção do governo federal por conta de um julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) que avalia a rentabilidade do fundo.

Uma decisão da corte constitucional revendo para cima o rendimento dos recursos depositados no FGTS impactará diretamente os setores que mais dependem de financiamentos do fundo de garantia: a habitação e o saneamento.

O problema é que o governo com os financiamentos mais baratos do FGTS para garantir o sucesso do Minha Casa, Minha Vida e a universalização do saneamento básico.

Assim, o fim de saques extraordinários do FGTS, como o saque-aniversário, e outras políticas que tiram recursos do fundo são uma maneira de destinar mais verba para essas políticas.

O julgamento no STF já tem dois votos para que o rendimento das aplicações no fundo seja equiparado ao da poupança. Ele foi interrompido após um pedido de vista do ministro Kassio Nunes.

Folha de São Paulo

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