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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) deram mais três horas, neste domingo, para que palestinos abandonassem suas casas no norte da Faixa de Gaza e fossem para o sul da região, via estrada Salahuddin, em meio à iminência de uma incursão terrestre. O prazo estabelecido pelas IDF para não fazer quaisquer operações no território se encerrou às 13h (7h, em Brasília).
No comunicado, as forças israelenses afirmaram que líderes do Hamas já teriam “garantido” a própria segurança e a das respectivas famílias. A nota sugere que os militares não esperam encontrar os mandantes do ataque terrorista de 7 de outubro em Gaza.
“Durante este período, aproveitem a oportunidade para se deslocarem para sul a partir do norte de Gaza. Sua segurança e a de sua família são importantes. Por favor, siga nossas instruções e siga para o sul. Tenham a certeza de que os líderes do Hamas já garantiram a sua segurança e a das suas famílias”, afirma a nota das IDF, publicada na madrugada deste domingo nas redes sociais.
Os militares israelenses afirmaram abertamente, neste sábado, que há a necessidade de uma “manobra terrestre” e que ela “exigirá a entrada no centro de Gaza” para que se alcance o objetivo de se chegar aos integrantes do Hamas. A declaração é a confirmação mais clara e pública sobre a esperada invasão por terra em Gaza, que vem sendo especulada desde o ataque terrorista do grupo palestino na semana passada.
O comunicado verbaliza o que analistas anteciparam após o ultimato israelense para que a população civil deixasse o norte de Gaza, na sexta-feira. O prazo inicial, que ia até a meia-noite de sábado (18h de sexta em Brasília), foi ampliado para às 16h (10h em Brasília). Apesar dos apelos internacionais de que o tempo não era suficiente para a retirada de cerca de 1,1 milhão de pessoas, não foi estabelecido um novo prazo.
O Globo
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