Foto: Reprodução
A quantidade de multas a condutores de veículos e motocicletas foi o tema do pronunciamento do vereador Carlão (PL) nesta quinta-feira (5), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Para ele, não é justo cobrar multas tão altas a trabalhadores que se esforçam para ganhar tão pouco. “A máquina e a indústria da multa é violenta contra o trabalhador”, disse.
De acordo com o parlamentar, muitos motoboys que trabalham no serviço de delivery receberam multas quase que equivalentes ao valor de seu salário. Ele propôs: “Será que não seria mais justo fazer uma conscientização com a população de João Pessoa? Porque o estado, a Prefeitura, têm a caneta pesada e jogam nas costas do trabalhador quase R$ 1.000 de multa”.
Carlão ainda argumentou: “Tem que mudar a figura do gestor que só cobra multa. A gente sofre com o trabalhador que não tem como pagar. Não podemos transformar João Pessoa em uma indústria de multas. O que eu queria era que todas as faixas de pedestres estivessem pintadas, que a política de educação no trânsito funcionasse sem ter que sangrar o dinheiro do trabalhador. Não venham me dizer que isso tudo é para a educação da pessoa no trânsito. A intenção é a prefeitura ficar com o seu dinheiro para cobrir contratações ou fazer remanejamentos. A política de educação no trânsito não acontece só dando multa e tirando o dinheiro do povo”.
Levantamento do BG
No mês passado o Blog do BG PB fez um levantamento exclusivo sobre a quantidade de multas aplicadas em 2023 pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana em João Pessoa. Foram quase 190 mil até a quinzena de setembro.
De acordo com os dados, em média foram aplicadas de 20.193 multas por mês, o equivalente a 718 por dia e 29 por hora.
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