O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que busca colaborar para o fortalecimento da democracia com suas repetidas declarações críticas às urnas eletrônicas.
A manifestação ocorreu dentro de uma ação em que o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, pediu à Corte Eleitoral que determine a remoção da internet de links com o vídeo de uma reunião realizada em 18 de julho com diplomatas estrangeiros, em que o mandatário falou sobre o sistema eleitoral brasileiro e afirmou que ministros da Corte Eleitoral atuam para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na peça, o advogado Marcelo Bessa, que representa Bolsonaro no caso, afirmou que, como dito por Bolsonaro no evento, “a grande maioria das democracias globais — tão ou mais sólidas que brasileira — não adota o sistema eletrônico de votação, mas o impresso”, como apoiado pelo mandatário. A pauta do voto impresso, no entanto, já foi derrotada pelo Congresso Nacional em 2021.
No texto enviado à Corte Eleitoral, a defesa explicou que as falas de Bolsonaro foram “embasadas nos documentos” mostrados na ocasião e que as declarações do candidato à reeleição também decorrem de “experiências empíricas de outros países — daí o encontro com embaixadores”.
“De qualquer forma, o Presidente da República, como ator político, e dentro da leitura que fez do Inquérito — inclusive citando, em seu discurso, passagens e colocações feitas tanto pela Polícia Federal quanto pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral —, entende que ainda cabem outros aprimoramentos, em especial de transparência e de facilitação de possíveis auditorias ao resultado do pleito eleitoral. Isso em nada encerra raciocínio contrário à democracia, mas sim de fortalecimento ao Estado Democrático de Direito.” disse a defesa.
O advogado também criticou o PT por abrir a ação e acusa a sigla do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “utilizar o Poder Judiciário para cercear a discussão democrática”. Segundo Bessa, Bolsonaro “apenas [faz sugestões para] amadurecer e aprimorar o sistema eleitoral, de modo a mitigar, tanto quanto possível, a possibilidade de incidência de falhas ou vícios no sistema eletrônico de votação”. A defesa também rebate as acusações de propaganda eleitoral antecipada e utilização indevida de meio de comunicação.
Com informações de UOL
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