A transparência da remuneração de promotores e procuradores dos Ministérios Públicos nos estados é pior do que a do Judiciário como um todo, aponta estudo inédito da Transparência Brasil.
De acordo com relatório que a entidade divulgou nesta terça (3), o órgão responsável por fiscalizar os poderes públicos e defender o cumprimento das leis cria uma série de obstáculos para a coleta mensal automatizada dos contracheques de seus membros.
A existência de barreiras à consulta atrapalha ou até impede que a sociedade civil saiba se os recursos públicos estão sendo utilizados corretamente ou se há casos de pagamentos abusivos a promotores e procuradores, por exemplo.
Na Paraíba não é diferente. Ao acessar o portal da Transparência do MPPB, o cidadão tem que baixar um software para ter acesso aos dados.
Um levantamento recente feito pelo Blog do BG PB revelou que dos 215 procuradores, cinco receberam salário superior a R$ 100 mil em dezembro do ano passado, o que ultrapassa o valor mensal de R$ 39.293,32, limite pago a um servidor público previsto na consituição.
Outro fato chamou que chamou a atenção é que o casal de procuradores Janete Maria Ismael da Costa Macedo e Francisco Sagres Macedo Vieira receberam, juntos, cerca de R$ 195 mil.
Janete é a procuradora com os maior salário em dezembro de 2021, quando recebeu cerca de R$102 mil. Já o marido, Francisco Sagres, faturou 92 mil em vencimentos.
Comente aqui