O príncipe Andrew, terceiro dos quatro filhos da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, perdeu seus títulos militares e não será mais chamado de alteza, disse o Palácio de Buckingham nesta quinta-feira (13). O anúncio veio um dia após a Justiça americana recusar um pedido para arquivar um processo em que ele é acusado de agredir sexualmente uma mulher que, na época, tinha 17 anos.
Em uma nota, a Coroa disse que, “com o aval e endosso da rainha, as filiações militares e associações reais do duque de York serão devolvidas”, usando o título oficial do príncipe de 61 anos. O comunicado diz ainda que ele continuará afastado das atribuições públicas, como está desde 2019, e responderá à ação nos Estados Unidos como um civil.
Ele também não usará mais o título “Sua Alteza Real” e suas antigas atribuições serão distribuídas entre outros integrantes da família real. A mesma demanda foi feita ao príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, quando decidiram abandonar suas atribuições oficiais e se mudaram para os Estados Unidos.
Na quarta-feira, o juiz distrital de Manhattan, Lewis Kaplan, rejeitou a petição dos advogados do príncipe britânico para que fosse arquivada a ação civil movida contra ele pela advogada americana Virginia Giuffre. Ela abriu o processo contra Andrew em agosto do ano passado, acusando-o de forçá-la a fazer sexo em 2001, quando ainda era menor de idade.
Os encontros entre os dois teriam sido intermediados pelo financista Jeffrey Epstein, acusado de exploração sexual de menores, e pela socialite britânica Ghislaine Maxwell, sua ex-companheira e sócia. Epstein morreu na cadeia em 2019, e Maxwell foi, no fim do ano passado, considerada culpada por tráfico sexual e abuso de menores.
G1
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