
A falta de chips no mercado já fez com que cerca de 120.000 veículos deixassem de ser fabricados no Brasil durante o 1º semestre de 2021. A estimativa é da Anfavea(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Em todo mundo, pode variar de a 5 a 7 milhões o número de carros que deixarão de sair das fábricas em 2021 pela ausência do material.
O chip, ou semicondutor, é um dos insumos mais importantes para a indústria da microeletrônica, e está presente em qualquer produto tecnológico, de celulares a automóveis. Desde 2020, a mercadoria está em falta no mundo.
A escassez é resultado do desequilíbrio que a pandemia provocou nas cadeias globais de produção. A procura por notebooks, smartphones e tablets, por exemplo, aumentou consideravelmente em 2020. Com o aquecimento da economia em velocidade maior que a prevista, a demanda por microprocessadores subiu e os fabricantes dos itens não estão dando conta.
O insumo é central para a indústria automobilística. “Dependendo do semicondutor, não tem nem como começar a montar o veículo. [Com a falta] você perde a produção mesmo”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
“Eu vou te dar um exemplo: você consegue montar um carro sem um farol. Depois você vai lá no pátio e monta o farol. O semicondutor é o coração, está todo o gerenciamento de segurança, do consumo do veículo”, declarou.
As montadoras tentam adaptar a rotina de acordo com as projeções. O Chevrolet Onix ficou com a produção parada por 3 meses. A Volvo diminuiu a produção e a Volkswagen anunciou férias coletivas na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. A Fiat estima que o problema vai durar até o 2º semestre de 2022.
Mais de 70% das empresas do setor da indústria automobilística e de informática e eletrônicos já relataram problemas no fornecimento de insumos para a produção, em junho de 2021. A informação é de uma pesquisa do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getúlio Vargas). O número cresceu nos últimos 7 meses. Em novembro de 2020, entre 50% e 61% relatavam essa dificuldade.
Em junho, 45% das empresas que dependem de insumos importados relataram problemas em manter a produção.
Poder 360
Professor A respondeu: Internet, data apresentação e computador”.