
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (12) que, se a proposta de incorporar o voto impresso no sistema eleitoral brasileiro não passar no Congresso Nacional, vai requerer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que os votos sejam contados de forma pública. A declaração foi dada a jornalistas logo depois de um encontro entre o presidente da República e o ministro Luiz Fux, que preside o Supremo Tribunal Federal (STF).
“[Se o Congresso não aprovar], nós vamos querer, daí – e eu respeito o Parlamento brasileiro -, vamos querer a contagem pública dos votos, isso já é lei”, disse Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, o presidente voltou a defender o voto impresso como maneira de garantir um processo eleitoral, segundo ele, à prova de fraudes. Sobre os atritos com a Corte, Bolsonaro frisou que seu “problema” é com Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, e que refuta a ideia da mudança eleitoral proposta pelo presidente.
A tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que levaria ao voto impresso já nas eleições de 2022 enfrenta dificuldades por resistência de líderes partidários, que fecharam questão contra a proposta. Entre os contrários estão líderes de partidos da base aliada do Planalto, como Republicanos e Progressistas.
Pela falta de acordo, a proposta corre o risco de ser rejeitada ainda na comissão especial que trata do assunto na Câmara dos Deputados. Se de fato for rejeitada, a proposta será arquivada antes mesmo de ir a plenário.
CNN
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