Economia

Número de pessoas com renda de aluguel cresce 41% na Paraíba

Como alugar um imóvel pela imobiliária passo a passo | Imóveis - Estadão

O número de pessoas que têm renda de aluguel e arrendamento na Paraíba cresceu 41,3%, em 2022, na comparação com o ano anterior, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em um ano, a quantidade de proprietários de imóveis com essa finalidade de locação passou de 29 mil para 41 mil pessoas.

O rendimento da atividade no estado aumentou 55,7%, de R$ 954 a R$ 1.485, na contramão da média nacional, que caiu 11,76%. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Ubirajara Marques, o lucro dos imóveis por temporada atrai novos investidores ao mercado.

Além disso, os novos imóveis elevam a média dos preços de locação para além da inflação do setor. Ele destaca que, nos últimos três anos, houve um aumento do número de investidores imobiliários, que os adquirem para dois tipos de locação: a anual e a por temporada, com a realização de contratos por dias ou semanas.

“Em torno de 65% dos compradores de imóveis na Paraíba são pessoas de outros estados. Eles têm dois perfis: uns fazem a aquisição para investir em locação e outros para ter a segunda moradia. Mas as pessoas desse segundo grupo acabam alugando esses imóveis por temporada, como em um hotel. As pessoas contratam uma administradora, que cuida de tudo o que for necessário”, comenta Ubirajara Marques.

O dirigente explica que os valores dos imóveis por locação anual são praticamente pré-fixados com reajuste baixo. Ele afirma que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) é uma referência para os reajustes. No ano de 2022, o índice acumulou alta de 5,45%.

Mas em 2021 chegou a 17,78%. Ele pondera que os locadores não costumam praticar reajustes altos para manter os locatários e evitar que os imóveis fiquem desocupados. “Se o inquilino tem o compromisso de pagar sempre dentro do prazo, o locador tenta manter a renovação, com uma negociação bilateral”.

No outro extremo estão os negócios de aluguéis por temporada. Segundo o presidente do Creci-PB, um investidor pode conseguir em três dias de locação uma média de R$ 1 mil, metade do que um inquilino de contrato anual pagaria por cada mês de moradia no mesmo imóvel. Neste contexto, ele destaca o crescimento da quantidade de construção de imóveis compactos, como flats, estúdios e apartamentos com até dois quartos.

Brasil
Em âmbito nacional, o rendimento médio mensal da categoria Aluguel e arrendamento caiu de R$ 1.989 em 2021 para R$ 1.755 em 2022, menor valor da série, com redução de 11,76%. O movimento foi acompanhado pelas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, a última apresentando a maior queda, de R$ 2.261 para R$ 1.815.

Blog do BG PB com União

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Paraíba

SEGUNDA CASA: Cresce procura por imóveis entre turistas que vêm à PB

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Visitantes de outros estados movimentam o mercado imobiliário da Região Metropolitana de João Pessoa com a compra de imóveis compactos para hospedagem própria e como fonte de renda. Conforme a Pesquisa Anual do Desempenho do Turismo, realizada Federação do Comércio de Bens e Serviços da Paraíba (Fecomércio-PB), o meio de hospedagem “residência própria” foi indicado por 4,8% dos entrevistados.

O interesse no tipo de hospedagem pode ser refletido também na opção “flats” (6,02%) e “casa ou apartamento alugado” (11,60%). Na comparação desta edição da pesquisa, realizada em janeiro de 2023, com a de 2022, houve uma alta de 2,48 pontos percentuais na procura por casas e apartamentos para alugar e de 1,12 p.p. no número de pessoas que já possuem residência na Região Metropolitana de João Pessoa.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Wagner Breckenfeld, aponta que desde 2019 vem ocorrendo o crescimento da demanda por imóveis compactos, a exemplos de flats e estúdios, com área de 18 metros quadrados a 45 metros quadrados, em média, de preferência, na faixa litorânea.

“Esse tipo de imóvel é normalmente utilizado como segunda residência, isto é, de lazer, para utilização nas férias, e como fonte de renda no restante do ano, a partir dos aluguéis por temporada. João Pessoa tem sido um grande case de sucesso nesse aspecto. É comum que pessoas das regiões Sul e Sudeste se aposentem e invistam aqui “, comenta Wagner Breckenfeld.

Pesquisa da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias, em parceria com a Brain – Inteligência Estratégica, aponta que, no Nordeste, 15% dos compradores adquirem imóveis para lazer ou para estabelecer uma segunda residência.

Entre os participantes da região Sul, 28% procuram um segundo imóvel para lazer. O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Ubirajara Marques, afirma que o mercado dos imóveis compactos vem ganhando força desde a pandemia de Covid-19.

“As pessoas queriam investir, tinham dinheiro e estavam se sentindo sufocadas, no período de isolamento social. O mercado de segunda residência vem ganhando força desde então”.

Blog do BG PB com União

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