STF

Moraes mantém prisão de homem que ameaçou ministros do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve, na sexta-feira (11), a prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, investigado por ataques à Corte, aos respectivos magistrados e a políticos.

Rejane aparece em um vídeo ameaçando ministros do Supremo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em um dos trechos da gravação, ele ameaça “pendurar” os ministros “de cabeça para baixo” e convoca outras pessoas para invadir o Supremo e colocar os magistrados para fora do Brasil.

Para o ministro, o andamento da investigação e o atual momento do país — com algumas manifestações antidemocráticas reivindicando golpe militar em frente a quartéis — recomendam a manutenção da prisão. Moraes lembrou que, mesmo no dia de sua prisão, Rejane incitou publicamente a animosidade entre Forças Armadas e demais Poderes, entre eles o Judiciário.

Além disso, Moraes determinou à Polícia Federal que ouça, no prazo de 30 dias, as seis pessoas que mantiveram contato com o investigado na época dos fatos investigados. A corporação deve, ainda, identificar e ouvir os participantes do grupo de Telegram intitulado ‘Caçadores de ratos do STF’, diante da suspeita da ocorrência do crime de organização criminosa.

O investigado pediu o relaxamento da prisão preventiva ou a substituição por medidas cautelares. No entanto, Moraes avalia que a gravidade da conduta de Rejane e o risco concreto de “reiteração delitiva” justificam a manutenção da prisão para a garantia da ordem pública.

R7

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Brasil

Exames de Lula mostram inflamação na laringe por esforço vocal, diz boletim médico

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou, neste sábado (12), uma série de exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

De acordo com nota divulgada pela equipe médica, a avaliação clínica contou com exames de imagem, como ecocardiograma, que monitora o coração; angiotomografias, que permitem a visualização de estruturas no interior das veias e artérias, e PET Scan, que mapeia o organismo de forma completa.

Segundo a equipe, os resultados estão normais e seguem apontando completa remissão do tumor diagnosticado em 2011.

Um outro exame endoscópico chamado nasofibroscopia, que avalia tecidos da cavidade nasal, faringe, cordas vocais e laringe, apresentou alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe.

Leucoplasias são lesões que se manifestam como placas brancas nas superfícies da mucosa oral. Em entrevista, o médico Roberto Kalil Filho  sclareceu que, em sua maioria, os casos de leucoplasia são benignos.

A equipe médica que atende o presidente eleito é coordenada pelos médicos Roberto Kalil Filho, Artur Katz e Rubens Brito.

CNN

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Mundo

VÍDEO: Aviões se chocam e explodem em show aéreo no Texas, EUA

Espectadores de um show aéreo realizado neste sábado (12) em Dallas, no Texas, Estados Unidos, testemunharam um dramático acidente quando dois aviões colidiram no ar durante uma manobra e explodiram. O evento é voltado a admiradores da aviação de combate e de manobras aéreas.

O acidente ocorreu no evento Dallas Airshow por volta de 13h25 (horário local, 16h25 em Brasília) e envolveu um Boeing B-17 Flying Fortress, bombardeiro de combate da Força Aérea dos EUA na Segunda Guerra Mundial, e um avião menor, que o atingiu. Ainda não há informações sobre vítimas. Veja as cenas:

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Brasil

Equipe de transição de Lula tem ex-ministros presos por corrupção

A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escalou para o governo de transição ex-ministros e políticos aliados do petista que já foram presos ou denunciados por corrupção.

Entre eles está Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele vai compor o grupo técnico de planejamento, orçamento e gestão da equipe de transição de Lula.

Em 22 de setembro de 2016, ele foi preso em uma das fases da Operação Lava Jato pela suspeita de ter pedido um pagamento de R$ 5 milhões ao empresário Eike Batista. O dinheiro teria sido repassado a marqueteiros do PT para quitação de dívida de campanha eleitoral da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010.

Mantega acabou solto no mesmo dia, mas em 2018 virou réu na operação por corrupção e lavagem de dinheiro pela suposta edição de medidas provisórias para beneficiar empresas do grupo Odebrecht. De acordo com a denúncia, a Odebrecht teria disponibilizado R$ 50 milhões a Mantega para que as MPs fossem assinadas. A investigação ainda não foi finalizada.

O ex-ministro também foi acusado de crimes na Operação Zelotes. Em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) o denunciou por corrupção, advocacia administrativa tributária e lavagem de dinheiro por uma autuação tributária imposta ao grupo Cimento Penha no valor de R$ 57,7 milhões.

De acordo com os procuradores, houve manipulação da composição e funcionamento do Conselho Superior de Recursos Fiscais, órgão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Em seguida, ocorreu favorecimento indevido ao grupo comercial e, em troca, Mantega e outros denunciados receberam vantagens indevidas. Em 2017, contudo, a Polícia Federal concluiu o inquérito e não indiciou Mantega.

À época de cada caso, Mantega negou as acusações. Durante um depoimento em São Paulo, disse que não fez pagamentos via caixa dois da Odebrecht para a campanha da petista. O advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, chegou a afirmar que o cliente negou que tivesse ocorrido qualquer tipo de reunião com o empresário Eike Batista para falar sobre doações de dinheiro ou de pagamento de dívida.

Paulo Bernardo

Para o grupo técnico de comunicação, Lula chamou Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento e das Comunicações. Ele foi preso em 23 de junho de 2016 em uma operação que foi desdobramento na Lava Jato por ter recebido ao menos R$ 7 milhões de um esquema de corrupção, segundo o MPF. Paulo Bernardo deixou a prisão seis dias depois.

De acordo com as denúncias, o esquema de repasses de propina vigorou durante cinco anos e começou depois que o Ministério do Planejamento contratou, em 2009, uma empresa terceirizada para controlar o sistema eletrônico do crédito consignado do governo federal.

Segundo as investigações, houve um direcionamento na contratação da empresa, que abriu mão do seu faturamento, direcionando pagamentos de cerca de 70% para corrupção. Em julho de 2016, a Polícia Federal enquadrou Paulo Bernardo por integrar organização criminosa e praticar corrupção passiva pelo envolvimento no esquema. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu o ex-ministro.

A defesa de Paulo Bernardo afirmou na época, por meio de nota, que “o ex-ministro Paulo Bernardo reitera que não participou ou teve qualquer ingerência na celebração ou manutenção do acordo de cooperação técnica celebrado autonomamente entre a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e as associações de Bancos e Previdência (ABBC e Sinapp). Também reitera que não recebeu qualquer quantia da Consist, direta ou indiretamente”.

Outro membro da equipe de transição é Paulo Okamotto, ex-presidente do Instituto Lula e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que estará no grupo técnico de pequena empresa. Em 2005, foi denunciado pelas CPIs dos Bingos e do Mensalão de ter pago uma dívida de R$ 30 mil de Lula e não declarar a origem desses recursos. O caso segue sem solução.

Além disso, em 2020, ele se tornou réu na Lava Jato, junto com Lula e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, por uma suposta lavagem de R$ 4 milhões da Odebrecht ao Instituto Lula. A ação, no entanto, foi anulada pelo STF.

Durante a CPI dos Bingos no Senado, em 2015, Okamotto confirmou que pagou em dinheiro, junto à tesouraria do Partido dos Trabalhadores, a quantia de R$ 29.436,26 para cobrir despesas, principalmente com viagens ao exterior e diárias, realizadas em 2001 pelo então pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva e por sua então mulher, Marisa Letícia.

No grupo técnico de pequena empresa também estará o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano. Em 2021, ele foi investigado pela suspeita de rachadinha com ex-funcionários do gabinete dele pela movimentação suspeita de R$ 49 milhões, mas o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro o inocentou.

No mesmo ano, o Ministério Público informou que a movimentação fazia referência à quitação de uma dívida de um empresário que estava lotado no gabinete de Ceciliano.

R7

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Brasil

Galvão Bueno é internado com Covid-19 a uma semana da Copa do Mundo


O narrador da TV Globo, Galvão Bueno, está internado com Covid-19 no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na última quarta-feira (9), ele testou positivo para o vírus e segue em recuperação. Apesar disso, a decisão do locutor e da família pela internação, que aconteceu na noite desta sexta-feira (11), foi para acelerar o processo de recuperação.

A Copa do Mundo inicia no próximo domingo (20), e Galvão ainda precisa viajar ao Catar para acompanhar a cobertura da emissora no evento. Mas ele se encontra bem e recuperando da doença. Em seu Instagram, publicou vídeos pedalando e fazendo exercícios.

A decisão pela internação foi de última hora, sugerida pelo próprio narrador. A previsão é que Galvão Bueno deixe o Alberto Einstein na segunda-feira (14), um dia antes de embarcar para sua viagem ao Catar e dar início à sua última cobertura de Copa do Mundo.

Blog do BG PB

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Brasil

STF mantém suspensão de perfis do PCO; Rosa Weber defende que ministros discutam bloqueios em redes

Em uma série de recursos à decisão de Moraes, os advogados do Twitter, do Telegram, do Tik Tok, do Google (dono do YouTube) e da Meta (dona do Facebook e do Instagram) afirmaram que a determinação fez censura genérica a conteúdos que muitas vezes são lícitos.

As empresas queriam que as decisões do STF apontassem de forma clara o conteúdo que é ilegal para que as publicações fossem derrubadas pontualmente, e não que seja ordenado o bloqueio de páginas inteiras.

Entendem, no geral, que não se pode determinar a remoção de postagens que não ferem as instituições ou reproduzem fake news, e que impedir usuários de publicarem novos conteúdos é “censura prévia”.

A sessão do plenário virtual começou após o segundo turno das eleições, no último dia 4, e se encerrou ao fim desta sexta-feira (11). Nesse modelo de julgamento, os ministros depositam seus votos no sistema do STF durante um determinado período.

Moraes negou os recursos, sob a alegação jurídica de que as empresas não apresentaram “argumento minimamente apto a desconstituir os óbices apontados” em sua decisão.

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O entendimento foi acompanhado pelos demais ministros, exceto Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados ao Supremo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos têm se manifestado nos processos contra o bloqueio de perfis de redes sociais, uma bandeira que também é do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar de ter seguido o voto de Moraes e criticado os ataques do PCO às instituições, a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, defendeu que o tema dos bloqueios integrais de perfis em redes sociais seja tratado, em outro momento, no plenário físico.

“A relevante questão constitucional suscitada pela parte recorrente reclama maiores reflexões e um debate mais aprofundado no âmbito desta Suprema Corte”, afirmou Rosa.

“Cuida-se de tema sensível envolvendo pontos de atrito entre valores constitucionais, ora situados em rota de colisão, que ainda não se acha maduro o suficiente para receber, neste específico procedimento cautelar, ora sob julgamento eletrônico, uma solução definitiva desta casa”, afirmou a ministra.

Já Kassio, em seus votos contrários à decisão de Moraes, afirmou que “as redes sociais servem como ferramenta ou instrumento de preservação da democracia e diálogo aberto e direto da sociedade, e, dela (o povo), com o parlamentar”.

“Sem isso, corremos o indesejável risco de nos distanciarmos da liberdade de expressão e liberdade de pensamento; valores que devem ser protegidos por esta Suprema Corte”, afirmou.

Mendonça, que também votou pelo desbloqueio, afirmou que, para remover conteúdo da internet, “cabe o apontamento específico de cada conteúdo ilegal para a exclusão, caso a caso, da respectiva postagem ou vídeo”.

Nesta sexta-feira, o Supremo também concluiu julgamento de recurso relacionado à derrubada do perfil de Ivan Rejane Boa Pinto, militante bolsonarista de Belo Horizonte preso em julho. Apenas Kassio e Mendonça, novamente, discordaram do posicionamento de Moraes.

No pedido feito ao STF contra a decisão de suspensão do perfil de Ivan Rejane no Twitter, a rede social afirma que, “a despeito do integral cumprimento à determinação”, entende que o bloqueio integral da conta viola leis e a Constituição.

Ao decidir pelo bloqueio dos conteúdos do PCO, Moraes também incluiu o partido no inquérito das fake news, que investiga ainda o presidente Jair Bolsonaro e alguns dos seus apoiadores.

À época, Moraes deu cinco dias para que o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, fosse ouvido pela Polícia Federal.

A decisão do ministro foi tomada após o perfil do partido no Twitter se referir ao ministro como “skinhead de toga” que, em “sanha por ditadura”, “retalha o direito de expressão e prepara um novo golpe nas eleições”. O partido, que se define como “verdadeiramente revolucionário e comunista”, ainda pediu a “dissolução do STF” na postagem.

Segundo Alexandre de Moraes, “o Partido da Causa Operária, além das publicações no Twitter, utiliza sua estrutura para divulgar as mesmas ofensas nos mais diversos canais (Instagram, Facebook, Telegram, Youtube, TikTok)”.

Ele disse que isso amplia “o alcance dos ataques ao Estado Democrático de Direito”, atingindo “o maior número possível de usuários nas redes sociais, que somadas, possuem quase 290 mil seguidores”.

Folha de S. Paulo

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Brasil

Marcelo Queiroga faz apelo após avanço da Covid-19 no país: “Busquem as salas de vacinação”

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo neste sábado (12) para que a população brasileira busque as salas de vacinação espalhadas pelo país,  após o Brasil registrar um aumento no número de casos de Covid-19. Nas redes sociais, o paraibano lembrou dos brasileiros que ainda não tomaram nem a primeira dose do imunizante.

“Quero lembrar também que mais de 69 milhões de brasileiros não tomaram a primeira dose de reforço contra a Covid-19. Já 32,8 milhões de pessoas poderiam ter recebido a segunda dose de reforço contra a doença, mas ainda não se vacinaram.” lembrou.

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Brasil

R$ 450 MILHÕES: Mega da Virada vai sortear o maior prêmio da história; Apostas começam no dia 16

O maior sorteio da história das loterias brasileiras será aberto para apostas na próxima quarta-feira (16/11). A Mega da Virada de 2022 vai sortear R$450 milhões de uma só vez na noite do dia 31 de dezembro.

O prêmio, como em todo concurso especial de fim de ano, não acumula. Ou seja, se ninguém marcar os 6 números, o prêmio é dividido entre os que acertaram 5 números, e assim por diante.
Se uma só pessoa acertar os seis números, o prêmio vai superar o recorde da loteria brasileira, de 2015. Em novembro daquele ano, o vencedor do Distrito Federal levou R$205 milhões para casa. As apostas, individuais ou por bolão, podem ser feitas presencialmente, em lotéricas; pelo aplicativo Loterias Caixa para celular; e no Portal Loterias Caixa. O valor mais barato, para um jogo simples, é de R$ 4,50.
Rendimento 

Os R$450 milhões são suficientes para comprar 50 mansões, no valor de R$ 9 milhões cada.

Se uma pessoa levar o prêmio e aplicá-lo em uma conta poupança, ele renderia R$ 2,7 milhões só no primeiro mês. Mas a poupança não é a melhor opção – um investimento em CDB (Certificados de Depósito Bancário), considerado seguro, renderia R$ 61,9 milhões (considerando a taxa de 13,65%).

Chance de 1 em 50 milhões 

A probabilidade de acertar os 6 números é 1 em 50 milhões – pode-se comparar com a probabilidade de duas pessoas, em qualquer lugar do mundo, olharem para o céu a pontarem para a mesma estrela: 1 em 10 mil. Por isso, apostar contando com a vitória nunca é uma boa ideia.

Estado de Minas

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Brasil

MPF pede investigação sobre ataque hacker em computadores da Presidência da República

O Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) solicitou, nesta sexta-feira (11), abertura de procedimento investigatório para apurar o suposto apagão de documentos de computadores da Presidência da República dias após o resultado das eleições.

A intenção do órgão é descobrir de quem partiu a ordem de formatação dos HDs e se a pasta promoveu a apuração de responsabilidade sobre eventuais causas e responsáveis pelo episódio, revelado pelo R7.

De acordo com fontes, os criminosos que atuam pela internet conseguiram acessar informações sensíveis e prejudicar o acesso aos arquivos armazenados nos servidores do órgão.

O sistema de informática da Presidência da República foi alvo de um ataque hacker no início da semana passada, o que levou a perda de arquivos e obrigou a formatação dos computadores. A investida teria sido por meio de um ataque de ransomware, quando os dados são criptografados, ou seja, trancados, e o acesso ocorre apenas mediante uma senha, da qual apenas os hackers têm conhecimento.

Diante do episódio, o MPF alerta que os fatos são graves e suficientes para instaurar uma investigação. Sustenta também que a Presidência da República não esclareceu se os computadores foram formatados, se os arquivos foram danificados ou apagados, se dados foram vazados ou perdidos e se houve investigação.

“Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências”, destacou o MPF.

Este tipo de ataque se tornou frequente contra órgãos públicos e no ano passado atingiu o Ministério da Saúde, o Ministério da Fazenda e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Procurada pela reportagem, a Polícia Federal informou que não comenta eventuais investigações em andamento e recomendou que a Presidência fosse questionada sobre o tema.

É comum que nos ataques deste tipo contra empresas privadas, organizações e governos, os criminosos peçam um valor para liberar os dados sequestrados. Geralmente, a exigência de pagamento ocorre por meio de moedas virtuais, já que é mais difícil localizar o destinatário.

Contatada na quinta-feira (10), a Presidência da República não falou sobre o caso. A reportagem procurou novamente o órgão e aguarda retorno.

R7

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EDITORIAL FOLHA: Lula e o mau começo

No ABC paulista, Lula diz estar cansado de 'mentiras e ...

Em apenas duas semanas desde o desfecho das eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu derrubar grande parte das esperanças de que seu governo vá adotar uma política econômica racional e socialmente responsável.

Sem nenhum ato concreto que indique algum plano de ação até o momento, o petista e seu entorno apenas fizeram saber que planejam propor uma emenda à Constituição capaz de liberar uma gastança sem precedentes nem contrapartidas ao longo do mandato.

Como se não fosse ruim o bastante, Lula abraçou a demagogia mais rasteira ao vociferar contra “a tal da responsabilidade fiscal”, ao posar de único preocupado com a pobreza no país e ao resmungar contra a previsível reação negativa dos mercados financeiros.

O presidente eleito parece não ter aprendido que responsabilidade fiscal é responsabilidade social. Se colocar em prática seu falatório, a sangria dos cofres do Tesouro não tardará a alimentar a inflação, que mal deixou o patamar de dois dígitos, os juros —já estratosféricos hoje— e a dívida pública.

Pior, resultará, como se viu no final da passagem do PT pelo Palácio do Planalto, em colapso do crescimento econômico e escalada do desemprego, da miséria e da fome que se promete combater.

Se é fundamental manter a transferência direta de renda às famílias miseráveis, não é menos imperativo planejar como essa e outras despesas serão sustentadas no futuro.

Lula deseduca ao tentar fazer crer, em um primarismo atroz, que governos só controlam gastos por não se importarem com os pobres. Do mesmo modo, fala em metas de crescimento econômico, como se isso estivesse ao alcance de uma canetada do presidente.

Ao contrário, tolices desse calibre põem em risco a retomada da atividade e do emprego, que surpreendeu positivamente neste ano. Como o governo Dilma Rousseff desenhou para todo o país, irresponsabilidade orçamentária é o caminho mais curto para a estagflação.

As contas públicas são deficitárias hoje, à diferença do que ocorria há duas décadas. O cenário externo pós-pandemia, com alta de inflação e juros nas principais zonas econômicas, além da guerra na Ucrânia, é dos mais hostis.

Não há margem para erro e improviso. Providências e compromissos sólidos devem ser apresentados desde já, a começar pelos nomes dos responsáveis pela política econômica. Ou Lula se arriscará a perder o apoio obtido de políticos e especialistas sérios.

A pretendida PEC da gastança acabou adiada para a próxima semana, o que, na melhor hipótese, pode ser um sinal de recuo à sensatez. De mais certo, o que se tem até aqui é um mau começo.

Folha

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