Com a flexibilização das medidas de combate à covid-19, o volume de receita do setor de turismo cresceu 49% desde março deste ano, na sequência da 2ª onda da pandemia. Apesar da tendência de recuperação, os valores ainda estão 20% abaixo dos registrados no início de 2020.
Os dados fazem parte da projeção divulgada pela CNC (Conferação Nacional do Comércio) para o setor durante os meses de alta temporada.
Apesar da recuperação, o setor poderia ganhar ainda maior tração já nos primeiros meses do ano se o cenário econômico fosse mais favorável, aponta Fábio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa.“A inflação está muito alta, os juros estão altos, ainda há restrição”, diz.
A CNC estima que as atividades turísticas devem faturar R$ 171,9 bilhões ao longo da próxima alta temporada. O setor deve retomar os níveis pré-pandemia em maio de 2022.
Alta temporada deverá resultar em empregos
De novembro de 2021 a fevereiro de 2022 o setor deve contratar 478,1 mil profissionais, calcula da CNC. Destas, 81.700 vagas seriam temporárias.
Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais devem oferecer metade das vagas. Os segmentos com a demanda mais aquecida no setor serão o de bares e restaurantes, hospedagem e agências de viagem.
entes explicou que a estimativa positiva se explica sobretudo por duas razões: 1) há uma “demanda reprimida“, já que as pessoas pararam de viajar durante a pandemia, e 2) o Brasil tem hoje mais de 50% da população totalmente imunizada contra a covid-19.
O feriado prolongado promete ser movimentado no Terminal Rodoviário de João Pessoa, que estima uma circulação de passageiros 44% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
A expectativa é que entre esta sexta-feira (12) e segunda (15) sejam registrados cerca de 25 mil embarques e 23 mil desembarques, segundo a Socicam, que administra o terminal.
Os destinos mais procurados dentro da Paraíba são Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras, enquanto Recife e Natal lideram entre as cidades fora da Paraíba.
O terminal Rodoviário informou que serão colocados 18 ônibus extras para atender a demanda de passageiros e que está adotando todos os protocolos sanitários exigidos na proteção contra á Covid-19.
O feriadão de Finados já sente os efeitos do avanço da vacinação contra a Covid-19. No Estado, segundo a Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), a ocupação dos hotéis em todo o litoral e nas cidades do Brejo deve ser de mais de 90%.
O número é mais que o dobro do registrado no feriado do ano passado, quando a campanha de imunização dava seus primeiros passos e os hotéis registraram apenas 40% de quartos ocupados.
“O setor de turismo na Paraíba comemora as previsões de retomada em especial graças a Paraíba estar se saindo muito bem na campanha de vacinação, o que motiva o viajante a vir. Os hotéis na Paraíba seguem os protocolos sanitários adotados em todo o país e em alguns é feita a exigência da apresentação da comprovação de vacina, gerada pelo ConecteSUS, aplicativo do Ministério da Saúde”, comentou Ruth Avelino, presidente da PBTur.
Na Paraíba a lei que instituiu o passaporte sanitário como exigência para entrar em estabelecimentos comerciais, como bares, restaurantes, shows, entre outros ambientes de lazer foi sancionada pelo Governo do Estado no último dia 14, no entanto, sua aplicabilidade não é uma realidade, com nenhuma fiscalização sendo realizada. Em todo o estado, até esta sexta-feira (29), o percentual de pessoas vacinadas com segunda dose e dose única é de 45,9%.
A reabertura das fronteiras internacionais para turistas brasileiros motivou a emissão de 372.581 passaportes entre os meses de julho e setembro, de acordo com informações da PF (Polícia Federal), órgão responsável pela confecção dos documentos.
O número corresponde a um ritmo de impressões 96,3% maior que o verificado no mesmo período de 2020 (189.774), quando as viagens estavam praticamente interrompidas devido à pandemia do novo coronavírus, e 45,2% superior em relação aos 256.640 documentos confeccionados no segundo trimestre deste ano.
Os dados, obtidos pelo R7 com base na Lei de Acesso à Informação, mostram ainda que o volume de emissões de passaportes está em alta desde abril. Em junho, foi a primeira vez que o volume de documentos entregues superou 100 mil desde março do ano passado, o primeiro mês de medidas restritivas para conter o avanço do vírus.
Atualmente, já são mais de 100 países que permitem a entrada de brasileiros. Muitos deles, no entanto, exigem regras específicas para permitir a entrada dos viajantes. A maioria dos requisitos envolve a apresentação do comprovante de vacinação ou teste negativo de Covid-19.
“Esse é um grande momento para o turismo, uma retomada muito positiva. A reabertura das fronteiras, sem dúvida, vai refletir no crescimento da economia, voltando a movimentar todo o setor”, afirma o diretor-geral da myWorld no Brasil, Davi Damazio. Ele ressalta que, desde julho, houve um aumento importante na procura por hotéis e pacotes turísticos internacionais.
Além da reabertura das fronteiras, Damazio cita a flexibilização das medidas mais restritivas, o avanço da vacinação e a vontade maior das pessoas em viajar após o longo período de isolamento como outros fatores que têm impulsionado o turismo. “Agora as pessoas começam a sentir mais segurança para voltar a pôr o pé na estrada”, avalia ele.
Apesar da alta recente, o número de emissões ainda segue distante daquele observado no período pré-pandemia. Ao comparar os dados do terceiro trimestre com o mesmo intervalo de 2019, verifica-se uma queda superior a 100% no volume de entregas efetivas do documento.
No ano passado, foi entregue pouco mais de 1 milhão de passaportes no Brasil, quantidade 65,5% menor que a verificada em 2019, quando se realizaram quase 3 milhões de impressões. Os principais destaques negativos foram observados nos meses de abril e maio, quando houve a emissão de pouco mais de 3.000 documentos.
Os Estados Unidos vão suspender todas as restrições de viagens internacionais, a partir de 8 novembro, para adultos estrangeiros que estiverem totalmente vacinados contra a Covid-19, anunciou o governo do presidente Joe Biden nesta sexta-feira (15).
A medida vale para todos os países, inclusive o Brasil, e substitui o atual sistema, que restringe o voo de estrangeiros de determinados países e impõe outras restrições, como quarentenas obrigatórias.
Segundo um comunicado divulgado no fim de setembro, os estrangeiros que viajarem aos EUA deverão estar totalmente imunizados e apresentar o comprovante de vacinação antes de embarcar.
Os Estados Unidos vão passar a aceitar a entrada de viajantes imunizados com as vacinas aprovadas para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além daquelas já aprovadas pelas autoridades de saúde do país. Na lista estão todas as vacinas utilizadas no Brasil no Plano Nacional de Imunização contra a covid-19.
Um representante do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) confirmou a informação à agência Reuters.
No Brasil são utilizadas os imunizantes Butantan/Sinovac, AstraZeneca, Pfizer/BioNTech e Janssen, todos estão na lista de vacinas aprovadas pela OMS. As vacinas Sinopharm e Moderna também foram aprovadas pela OMS.
A expectativa do porta-voz do CDC é que a nova política seja aplicada no país “até o início de novembro”.
O Reino Unido irá flexibilizar ainda mais as regras de entrada no país. Na próxima quinta-feira (7), o primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar o fim da obrigatoriedade da quarentena obrigatória a pessoas vacinadas que chegam no país. A informação foi publicada no jornal The Sunday Telegraph, no último sábado (2).
A nova regra valerá a partir do fim de outubro. Pela nova determinação, turistas brasileiros e de outros 45 países vacinados contra a Covid-19 não precisarão adotar a quarentena obrigatória.
Quem entrar no Reino Unido também não terá de fazer o RT-PCR, teste rápido exigido para acesso ao país. Os turistas poderão optar por testagens mais baratas.
O aguardado anúncio do primeiro-ministro muda as regras atuais que preveem a obrigatoriedade de isolamento por 10 dias em hotéis britânicos a quem chega ao Reino Unido.
Atualmente, caso uma pessoa tenha passado por um dos 54 países da “lista vermelha” nos últimos 10 dias antes de sua chegada ao Reino Unido só pode entrar no território se for uma cidadã britânica ou irlandesa, ou se tiver direito de residência no país. O governo britânico espera que as liberações possam reaquecer a economia do país e aumentem as vendas de passagens aéreas.
Suspensos no país desde o início da pandemia de covid-19, os cruzeiros marítimos retornarão à costa brasileira em novembro, anunciou o Ministério do Turismo. Em nota, a pasta informou que uma portaria será assinada nos próximos dias.
Após a publicação da portaria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editará uma norma com os protocolos sanitários. As viagens também deverão respeitar as regras das cidades onde os navios atracarem.
Entre os protocolos a serem definidos pela Anvisa, estão a realização de testes antes do embarque em todos os passageiros, vacinação e testagem dos tripulantes, uso de máscaras, distanciamento, ocupação reduzida nos navios, desinfecção e higienização constantes nas embarcações e fornecimento de ar fresco sem recirculação (nos moldes dos filtros especiais dos aviões).
A liberação dos cruzeiros ocorre três semanas depois de a Anvisa ter se posicionado contra a medida. Em 10 de setembro, a agência havia informado que as evidências sanitárias e epidemiológicas ainda não apontavam a retomada dos cruzeiros como ação segura. Naquele momento, não havia previsão de uma nova reavaliação da medida.
Segundo o Ministério do Turismo, a autorização para a temporada de cruzeiros 2021/2022 envolveu a aprovação conjunta de medidas dos Ministérios da Saúde, da Justiça, da Infraestrutura, da Casa Civil e da Presidência da República. A expectativa, informou o governo, é gerar R$ 2,5 bilhões para a economia e criar 35 mil empregos, o que representaria crescimento de 11% em relação à temporada 2019/2020.
Estimativas
Para a temporada de cruzeiros 2021/2022, que vai de novembro até abril do próximo ano, estão previstos sete navios, informou o Ministério do Turismo. As embarcações devem ofertar mais de 566 mil leitos, 35 mil a mais que na temporada 2019/2020, e farão cerca de 130 roteiros e 570 escalas em portos brasileiros. Entre os destinos previstos, estão Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo, Recife e Ubatuba.
Por meio de um vídeo gravado nos Emirados Árabes Unidos, onde participa da Expo Dubai 2020, o ministro do Turismo, Gilson Machado, comentou a liberação dos cruzeiros.
“A temporada está autorizada pelo governo. O presidente Bolsonaro determinou empenho total para que conseguíssemos liberar, porque os navios geram em torno de 42 mil empregos no Brasil, entre diretos e indiretos. Teremos uma temporada belíssima este ano”, declarou Machado.
A ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, e o novo chefe de gabinete da presidência, Juan Manzur, anunciaram o fim de diversas medidas sanitárias de controle ao novo coronavírus. Entre elas, a reabertura das fronteiras terrestres com países vizinhos a partir de 1º de outubro.
De acordo com o comunicado, viajantes de países vizinhos poderão entrar na Argentina por terra, sem a necessidade de fazer quarentena. Os voos com estes países, como o Brasil, também poderão ser retomados, mas disso depende a autorização dos governadores de cada província. Já os demais viajantes internacionais terão a entrada permitida a partir de 1º de novembro.
Para entrar na Argentina, estrangeiros em geral deverão apresentar comprovante de vacinação com as duas doses (ou dose única) aplicadas há pelo menos duas semanas antes da chegada. Também será obrigatório apresentar teste PCR negativo para Covid-19 feito até 72 horas antes da viagem, e fazer um novo teste PCR de cinco a sete dias após a chegada.
Pessoas que não estiverem com a vacinação completa ou menores de idade ainda não imunizados serão submetidos a quarentena, com um teste após sete dias.
O turismo foi um dos setores mais afetados mundialmente pela pandemia. Em relação ao Brasil, especificamente, o fechamento de fronteiras, imposição de isolamento social, cumprimento de medidas sanitárias, números elevados de mortes e casos de covid-19 no país e aumento do dólar são os principais fatores atribuídos aos prejuízos do setor. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o turismo já acumula perda de R$ 413,1 bilhões desde o início da crise sanitária. Entretanto, entidades da área têm projetado, cada vez mais, uma recuperação e aumento nas demandas.
Dados divulgados na última quinta- feira (16.) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com base em informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), registram pelo quinto mês consecutivo um aumento nos voos domésticos — ou seja, realizados dentro do Brasil. Em setembro, a malha aérea doméstica registrou uma média diária de 1.793 partidas, o que equivale a 74,6% da oferta de voos que as companhias aéreas nacionais operavam antes do impacto da pandemia, em março de 2020.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, considera que os dados demonstram apenas o início de uma forte retomada do segmento no país: “Estamos com a expectativa de que os próximos meses sejam ainda melhores em todos os segmentos turísticos, principalmente com o avanço da vacinação. Não tenho dúvidas de que o turismo doméstico voltará com muito mais força e precisaremos de uma malha aérea forte que atenda a demanda dos nossos turistas”, disse.
O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, também atribuiu o crescimento do setor ao avanço da vacinação pelo país e ao não recrudescimento da pandemia. Entretanto, Sanovicz ressaltou que determinados fatores podem “inibir” a recuperação das companhias aéreas: “Temos também de enfrentar o Custo Brasil, que pode inibir uma recuperação mais consistente da aviação”, afirmou o presidente. O ‘Custo Brasil’ ao qual Sanoviz se refere trata-se de um conjunto de dificuldades econômicas e/ou estruturais que prejudicam o crescimento do país e influenciam de forma negativa o ambiente de negócios. Como o aumento do combustível e a alta da inflação.
Na última quarta- feira (15), durante videoconferência realizada pelo Ministério da Saúde, o secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França, apresentou os impactos da pandemia no turismo brasileiro e as ações realizadas para a retomada do setor.
O secretário destacou a necessidade de protocolos de biossegurança e a tendência do turismo de proximidade e do turismo de natureza.
De acordo com o Ministério da Saúde, na ocasião também foi ressaltada a liberação do crédito de R$ 5 bilhões, via Fundo Geral do Turismo (Fungetur), para socorrer o setor durante a pandemia. Segundo França, a ideia foi garantir a manutenção das empresas e empregos do setor.
Os destinos da Região Nordeste são os mais procurados
Os destinos mais procurados pelos brasileiros têm sido na região do Nordeste, com destaque para Recife (PE), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Seguro (BA) e Porto de Galinhas (PE). A empresa de viagens CVC afirma que, com a vacina, os brasileiros se sentem mais seguros para retomarem os planos de viagem.
A empresa destaca que, apesar do impulsionamento causado pelo turismo doméstico, destinos internacionais também começam a ganhar força à medida que fronteiras são reabertas, e as vendas chegam a aumentar em até 6 vezes.
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