Os profissionais da Escola Cidadã Integral Técnica Estadual (ECIT) João Caetano, localizada em Bayeux denunciam agressões físicas e morais causadas pela diretora Paula Meirelles. Esta, de acordo com o Sindicato de Trabalhadoras e Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB) ocupa um cargo de confiança, de livre nomeação e exoneração por parte do governador João Azevedo.
“Os profissionais que trabalham lá vivem sob constante pressão e medo. Recebemos desde fevereiro deste ano inúmeras denúncias de ameaças feitas por ela contra professores, chegando ao ponto de expulsar professora recém concursada, afirmando que não havia vaga na escola, embora a profissional estivesse com portaria de designação da secretaria para tal. Paula apresenta constantemente um comportamento violento em reuniões, enviando mensagens ameaçadoras no grupo de trabalho da escola, sonegou informações sobre a prestação de contas da escola e documentos do Conselho Escolar, abuso de autoridade para prejudicar administrativamente quem questiona seus atos, gritando durante as reuniões”, relatou Felipe Baunilha, membro da direção do sindicato.
Ao longo da apuração das denúncias apresentadas, o SINTEP-PB teve acesso a processos judiciais que mostram que uma ex-professora da escola foi espancada pela gestora, no dia 4 de abril de 2021. Quatro dias depois, por motivações diferentes, outra pessoa também foi espancada a poucos metros da escola pela diretora. Uma das vítimas sofreu graves traumas na região craniana em decorrência das agressões sofridas.
“Quando tivemos conhecimento dos fatos entramos em contato com a Secretaria de Educação e conseguimos o afastamento da professora espancada, para assim garantir a segurança dela. Anexamos todas as provas, juntamos as denúncias em um dossiê que foi entregue no início deste ano à gerente da 1ª Regional de Educação, Wleica Aragão, e ao secretário de Educação, Cláudio Furtado. A Secretaria finalizou processos sem nem ao menos ouvir as denunciantes. Só após o Ministério Público ser acionado e intimar o secretário é que as denúncias começaram a ser apuradas”, contou Felipe.
A diretoria do Sintep-PB informou ainda que mesmo após o início da investigação, novas denúncias surgiram, como a de que a gestora escolar foi até a casa da mãe de uma das denunciantes e bateu com um bastão de ferro no portão, proferindo ameaças e causando pânico na idosa, e em seu neto, uma criança.
Nesta última terça-feira (dia 23), finalmente aconteceu a audiência administrativa e, novamente, a gestora não se fez presente. Desta vez, a assessoria jurídica do SINTEP-PB solicitou a exoneração de Paula Meirelles por entender que, além de ferir o Estatuto do Servidor do Estado, ela não apresenta condições éticas para se manter na gestão da escola. Porém, a decisão da Secretaria de Educação foi afastá-la do cargo por 60 dias, mas ainda recebendo sua remuneração.
Blog do BG
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