
A desigualdade salarial entre homens e mulheres aumentou na Paraíba, segundo dados do 3º Relatório de Transparência Salarial divulgado pelo Governo Federal. Desde a última edição, em setembro de 2024, a diferença subiu 1,44%, passando de 15,39% para 16,83%.
Atualmente, as mulheres no estado recebem em média R$ 2.203,26, enquanto os homens têm rendimento médio de R$ 2.648,96. A diferença de remuneração é ainda mais acentuada entre mulheres negras e não negras: 20,8%. Na Paraíba, as mulheres negras recebem em média R$ 2.035,70, contra R$ 2.571,22 das não negras.
O relatório nacional também mostra que, apesar dos avanços, a disparidade de gênero segue forte no Brasil, com uma diferença salarial média de 20,87% entre homens e mulheres. Em cargos de chefia e alta qualificação, a desigualdade é ainda mais evidente: mulheres diretoras e gerentes recebem apenas 73,2% do que ganham os homens; em ocupações de nível superior, o percentual cai para 68,5%.
Na contramão da desigualdade, um dado positivo no relatório aponta que a participação das mulheres negras no mercado de trabalho cresceu 18,2% entre 2023 e 2024, passando de 3,2 milhões para 3,8 milhões de trabalhadoras.
A publicação do relatório integra a política de fiscalização da Lei nº 14.611/2023, que exige igualdade salarial entre homens e mulheres em empresas com mais de 100 funcionários. Além do relatório, o Governo Federal lançou o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial e o Movimento pela Igualdade no Trabalho, que convida empresas e entidades a aderirem à luta por um mercado mais justo.
A Paraíba está entre os estados com maior desigualdade salarial de gênero do Nordeste, enquanto Pernambuco (9,14%) lidera entre os que têm as menores diferenças no país.
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