A Polícia Federal (PF) indiciou o paraibano Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, como um dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado ao final do governo Bolsonaro. Tércio é um dos 37 indiciados pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa e tentativa de golpe.
O envolvimento de Tércio Arnaud
Natural de Campina Grande, Tércio ganhou notoriedade por sua atuação na internet, produzindo memes contra o governo Dilma Rousseff e em apoio a Bolsonaro. Descoberto por Carlos Bolsonaro, foi nomeado assessor especial da Presidência em 2018, com salário de quase R$ 14 mil, mesmo sem experiência política.
Tércio é apontado como um dos integrantes do “Gabinete do Ódio”, grupo que disseminava desinformação e ataques a opositores políticos. Em 2022, ele deixou o cargo para disputar como suplente de senador pelo PL na Paraíba, mas foi derrotado. Após o pleito, voltou ao cargo de assessor de Bolsonaro.
O caso investigado
A PF concluiu que Tércio teria participado de um esquema para desestabilizar o sistema democrático, impedindo a posse do presidente Lula (PT). A investigação abrange ações de desinformação sobre urnas eletrônicas e a elaboração de documentos, como a “minuta do golpe”, encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres.
Próximos passos
O relatório da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar os elementos e decidir se apresenta denúncia. Caso o STF aceite a denúncia, os indiciados, incluindo Tércio, poderão se tornar réus.
O caso reforça o impacto da investigação sobre figuras-chave ligadas ao governo Bolsonaro e destaca a atuação de paraibanos na política nacional.
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