Pelo menos dois alvos da operação ‘Território Livre’ da Polícia Federal, tiveram encontros com a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena. Uma delas é Kaline Neres, assessora da vereadora Raíssa Lacerda. A investigada tem ligação com uma facção criminosa do Alto do Mateus e tentava coagir os votos em determinados candidatos.
Em uma das conversas obtidas pela PF, Kaline aparece negociando com um traficante para que ele impeça outra candidata de entrar no bairro, para não ‘atrapalhar’ os votos que Raíssa teria no bairro. Nas conversas, Kaline revele que teve encontros com Lauremília e sugere que a primeira-dama sabia do esquema.
A pessoa a ser impedida de entrar na comunidade é Tassiana Farias da Nóbrega Cavalcante. Tassiana foi candidata à vereadora em 2022 com atuação política também no Alto de Mateus. Kaline e Tassiana já tiveram situação registrada na Polícia Civil, inclusive, com a justificativa de que a desavença seria política.
Defesa de Lauremília
Em nota enviada ao blog do BG, a defesa de Lauremília afirma que ela não é investigada. Veja o documento completo:
O Blog do BG PB publicou, na manhã de hoje (24), uma matéria mencionando supostos encontros entre alvos da operação Território Livre, que investiga o aliciamento violento de eleitores, e a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, bem como o secretário de Ciência e Tecnologia, Guido Lemos. Cabe esclarecer que nem Lauremília nem Guido são investigados nessa operação.
A coligação “João Pessoa no Caminho Certo”, em contato com o blog, esclareceu que a primeira-dama realiza um importante trabalho social, o que envolve o recebimento de lideranças comunitárias de diversos bairros da cidade. No entanto, reitera que em nenhum momento foram discutidos temas relacionados à investigação com essas pessoas.
Lauremília Lucena, ex-vice-governadora do Estado da Paraíba, possui uma reputação ilibada, não havendo contra ela qualquer condenação ou investigação em andamento. Atribuir a ela negociações com criminosos é um ataque à reputação de alguém que sempre atuou ao lado dos mais necessitados, com correção e desprendimento.
Em relação à atuação dos órgãos de controle durante o período eleitoral, a primeira-dama de João Pessoa apoia a rigorosa apuração de qualquer fato que tente interferir no livre exercício da democracia.
Quanto ao secretário de Ciência e Tecnologia, Guido Lemos, ele afirma não ter qualquer relação com os investigados e que colabora com as autoridades, torcendo pelo rápido esclarecimento dos fatos.
Blog do BG PB
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