O deputado Walber Virgolino (PL) informou nesta quarta-feira (25), que já tem dez das doze assinaturas necessárias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de desvios de recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Para ser instalada, a CPI precisa da aprovação de um terço dos deputados ocupantes de cadeiras na Assembleia Legislativa, que tem um total de 36 parlamentares.
Walber falou que a CPI terá o objetivo de trazer transparência aos recursos que são arrecadados e também aos gastos do hospital, alvo de um grave escândalo nos últimos meses. “Pretendemos verificar as emendas enviadas, quem gerenciou esse dinheiro, quem fiscalizou”, ressaltou o deputado.
O pedido da instalação da CPI foi anunciado nessa terça-feira (24). De acordo com Walber Virgolino, todos os deputados da oposição já assinaram o requerimento, restando apenas os da bancada de situação. “Ninguém se manifestou ainda”, destacou falando sobre os situacionistas.
Escândalo no Padre Zé
Após suposto furto de vários aparelhos celulares doados pela Receita Federal ao Hospital Padre Zé, um escândalo muito maior foi descoberto. Segundo a força-tarefa montada para investigar o caso, o antigo diretor da instituição filantrópica, Padre Egídio de Carvalho – que renunciou ao cargo – ostenta grande riqueza e há indícios de desvio de recursos do hospital.
Em uma granja do Padre Egídio foram encontrados móveis no valor total de R$ 3 milhões. Somente o fogão utilizado no imóvel é avaliado em R$ 80 mil.
A força-tarefa é formada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPPB), Polícia Civil, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e Controladoria-Geral do Estado da Paraíba.
Com Clickpb
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