O advogado José César Cavalcanti, acusado de agredir uma mulher dentro do elevador de um condomínio em João Pessoa, foi encaminhado ao Presídio Especial do Valentina após passar por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (17).
A delegada Cláudia Germana informou que, após a audiência de custódia, o advogado foi encaminhado ao Presídio Especial do Valentina. O gerente do Sistema Penitenciário, Ronaldo Porfírio, confirmou que José César Cavalcanti deu entrada na unidade prisional ainda na tarde desta terça-feira (17), conforme a prerrogativa do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante prisão especial para advogados, juízes, ministros, entre outras categorias, com exceções.
“Como ele é advogado, tem direito a prisão especial até o julgamento. Se depois ele for condenado, vai para um presídio normal. Os que não fazem parte das categorias definidas pelo STF vão direto para o Roger”, explicou Ronaldo Porfírio.
José César Cavalcanti foi preso preventivamente nesta terça-feira (17), por coação a testemunhas e também pelas agressões à mulher que aparece nas imagens divulgadas no dia 04 deste mês. A delegada Cláudia Germana informou, ainda, que contra ele já pesam outras denúncias de agressão à mulher.
Relembre o caso
Nas imagens gravadas pelo circuito de monitoramento de um condomínio, no bairro do Bessa, é possível observar o momento em que uma mulher tenta entrar no elevador e é agredida e arrastada pelos cabelos por José César Cavalcanti. No conteúdo, ele consegue tirar a mulher, e, um minuto depois, ela retorna para o elevador, aos prantos. O flagrante foi gravado no dia 28 de setembro.
Após o síndico do prédio receber as imagens do circuito de câmeras de segurança e levá-las à Delegacia Especializada da Mulher (DEAM) Norte, desde então, o caso está sendo investigado pela polícia. A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), determinou a abertura de um procedimento no Tribunal de Ética e Disciplina do órgão para apurar agressões cometidas pelo advogado.
José César foi suspenso da OAB duas vezes e pode ser excluído dos quadros do órgão. A presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-PB, Izabele Ramalho, afirmou que a instituição determinou a investigação assim que teve conhecimento do caso e que a OAB-PB não vai se omitir.
Blog do BG PB com Clickpb
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