A cidade de João Pessoa enfrenta problemas de sobrecarga no atendimento de UPAs e UBS’s, o que agrava ainda mais a situação da saúde pública. Além disso, outro fator preocupante é a escassez de médicos nessas unidades.
Com a falta de profissionais de saúde, os pacientes enfrentam longas filas de espera e demora para conseguir atendimento, o que pode resultar em agravamento das condições de saúde.
A população sofre com a dificuldade de acesso aos serviços básicos de saúde, demandando urgente ações para solucionar esses problemas, como investimentos na contratação e qualificação de médicos.
Vereadores de João Pessoa questionaram ontem (21) durante o balanço de contas da secretaria de saúde do município sobre os serviços de saúde oferecidos pela atual gestão do Prefeito Cícero Lucena. E alguns pontos foram levantados como a necessidade de soluções quanto à disponibilidade e substituição de farmacêuticos e médicos durante o período de férias de cada um, de modo que não prejudique a população.Além da sobrecarga no sistema público.
O vereador Marcos Henriques (PT) apontou a necessidade de soluções quanto à disponibilidade de médicos durante o período de férias de cada um; da manutenção de equipamentos e estrutura para atendimento na área de saúde bucal; a USF do Varadouro poder contribuir para o reavivamento do Centro de João Pessoa; e pediu a reativação de grupo de trabalho sobre saúde mental. Marcos também questionou a respeito da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2024 incluir o piso da enfermagem.
A ele, a secretária Janine Lucena respondeu, quanto à contratação de farmacêuticos, que já existe autorização da gestão para contratar farmacêuticos itinerantes, mas estão lidando com a escassez de profissionais para ocupar as vagas. Sobre as unidades de saudade sobrecarregadas, Janine reconheceu que o crescimento da cidade não foi acompanhado pela construção de novas unidades, mas explicou que têm sido dadas ordens de serviço para desafogar as que já existem e atender áreas ainda descobertas. O Porto do Capim, segundo afirmou, está em um projeto da Seplan de reurbanização que contempla uma unidade básica de saúde. Sobre o piso de enfermagem na LOA, Janine lembrou que a Medida Provisória que o estabelece vale até dezembro de 2023, mas que, sendo normatizada pelo Ministério da Saúde, será feito o ajuste no orçamento.
O vereador Junio Leandro (PDT) destacou a sobrecarga que afeta a Saúde do município devido ao atendimento de pacientes de outras cidades. O parlamentar perguntou qual seria a saída para resolver essa situação, tendo em vista que João Pessoa tem 800 mil habitantes e 1,4 milhão de cartões do SUS. Janine Lucena defendeu a necessidade de reorganização da Programação Pactuada e Integrada (PPI) para evitar a sobrecarga da rede municipal de saúde. “Existem períodos em que nossos hospitais estão com 60% de ocupação de pacientes de outros municípios, e isso pesa bastante”, afirmou a gestora.
O vereador Carlão (PL) perguntou sobre a distribuição de medicamentos e o funcionamento do Prontuário Eletrônico. A secretária interina informou que os medicamentos são dispensados em todas as unidades básicas de saúde, nas quais o Prontuário Eletrônico já é uma realidade. “O Prontuário Eletrônico já está funcionando em todas as unidades básicas e em alguns hospitais. Todas as crianças que nascem no Instituto Cândida Vargas, por exemplo, já saem cadastradas. Em breve toda a rede estará integrada”, garantiu.
Thiago Lucena quis saber se há alguma programação para isso. Ele também perguntou se há projeção de levar alguma unidade de saúde para o Centro de João Pessoa. A secretária disse que está na programação a reforma do USF do Jardim Veneza e que até o momento não há projeção de construção de um ponto de saúde para o Centro, mas que estão sendo estudadas algumas áreas que estão descobertas nesse sentido, inclusive, checando a disponibilidade de terrenos para a construção.
Blog do BG PB
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