Considerado um dos biomas mais ricos do planeta, a Mata Atlântica é alvo de constante degradação. Em um ano (2021- 2022), o desflorestamento chegou a 20.075 hectares no país, o equivalente a 20 mil campos de futebol destruídos.
Na Paraíba, foram 34 hectares desmatados, o que representou um aumento de 13 hectares se comparado aos 21 hectares registrados no estudo anterior (2020-2021). Esses são os dados mais recentes do Atlas da Mata Atlântica, estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Séculos atrás, a cobertura original do bioma na Paraíba era de 599.370 hectares. Atualmente, os números totais chegam a apenas 54.215, o que equivale a cerca de 9% dos remanescentes da mata original.“O que é um dado muito preocupante porque é um percentual bastante baixo da área original que permanece no estado”, afirmou Luis Fernando Guedes Pinto, diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica.
Os municípios paraibanos onde foram registrados maiores desmatamentos foram João Pessoa (16 hectares) e Baía da Traição (11 hectares). O Dia Nacional da Mata Atlântica, lembrado no sábado, é mais uma oportunidade para se discutir a importância de se conservar essa floresta capaz de minimizar, inclusive, os efeitos das mudanças climáticas.
“A gente tem de lembrar que a proteção e a restauração da Mata Atlântica são muito importantes para combater as mudanças climáticas e evitar os desastres ambientais. As áreas desmatadas, com populações e regiões de risco, junto com as fortes chuvas que estão acontecendo, aumentam bastante o risco desses desastres. Proteger o que existe e recuperar o que tem de mata evitam eventos climáticos futuros”, declarou Luis Fernando.
Bioma na PB
Segundo ele, 11% do território paraibano é ocupado pelo bioma, sobretudo, nas áreas próximas do Litoral. No restante, a vegetação predominante é a Caatinga. Ao falar sobre a importância da Mata Atlântica, a diretora-técnica da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Joanna Regis Nóbrega, declarou que pela notável diversidade faunística, o bioma abriga uma ampla variedade de espécies de mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis, totalizando cerca de 1,6 milhão de espécies, incluindo insetos.
Blog do BG PB com União
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